Saúde e Vigilância Sanitária

Hepatites virais são temas de seminário promovido pelo Ministério da Saúde

30/06/2022

O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde (DCCI/SVS), realizou o Seminário: “20 anos da Política Nacional de Hepatites Virais”. O evento ocorreu nessa quarta-feira (29) e nesta quinta-feira (31) em Brasília (DF), com transmissão on-line.

O objetivo do encontro foi avaliar a trajetória e os avanços dos 20 anos da política brasileira de enfrentamento das hepatites virais – de maneira conjunta – com diversos atores e instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, foi realizada uma reavaliação das estratégias voltadas à eliminação da doença como problema de saúde pública até 2030. Dentre os temas dos debates, foram discutidas questões como o compartilhamento do cuidado para a eliminação das doenças no Brasil e no mundo, a descentralização do cuidado das hepatites virais e a pandemia de Covid-19, além da atuação da sociedade civil para a sustentabilidade e acesso a medicamentos.

Durante a abertura do evento, Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, falou sobre os 20 anos da política nacional das hepatites virais no país e destacou a importância do trabalho desenvolvido pelo Ministério da Saúde e por todos os profissionais de saúde envolvidos.

“Ao longo desses 20 anos de política pública implantada, vários desafios foram superados, especialmente acerca das tecnologias para diagnóstico, do fortalecimento da rede de assistência e dos fármacos que possibilitam maior qualidade de vida dos pacientes, inclusive a cura para hepatite C”, afirmou.

O secretário também destacou o papel fundamental que o país exerce na luta contra o agravo e os desafios que ainda devem ser superados. “Desde 2016, o Brasil é signatário da estratégia global da Organização Mundial da Saúde para a eliminação das hepatites virais, como problema de saúde pública, até 2030. Este é, sem sombra de dúvida, um grande desafio para o país. Mas é exatamente devido às experiências e trabalhos desenvolvidos durante todos esses anos que nos sentimos estimulados a lutar, cada vez mais, nessa perspectiva de que esse Ministério está em constante preocupação com a saúde integral da população brasileira”, disse.

Gerson Pereira, secretário substituto de Vigilância em Saúde e diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), destacou a importância da troca de experiências adquiridas nas ações promovidas pelo Ministério da Saúde no combate às hepatites e à tuberculose. “Nesses 20 anos da política de hepatites no Brasil, podemos perceber que a troca de experiências foi muito importante não só para a aids como também para as hepatites".

Compromisso

O Ministério da Saúde está comprometido com a implementação da Agenda 2030 para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU), visando eliminar as hepatites virais até 2030 como problema de saúde pública e aumentar os esforços para combater as infecções pelos vírus das hepatites B e C.

O conceito de eliminação dessas doenças como problema de saúde pública está baseado nas metas globais estabelecidas pela OMS para reduzir novas infecções em 90% e a mortalidade atribuível às hepatites em 65% até 2030. Para tanto, é necessário realizar o diagnóstico de 90% dos casos e tratar 80% dos casos diagnosticados.

“Hoje podemos afirmar que temos uma Política Pública Nacional de Hepatites Virais que foi desenvolvida ao longo dos anos, através de muito trabalho de todos os profissionais envolvidos nessa construção. E hoje, sim, a população tem a segurança de receber gratuitamente, através do SUS, vacina para hepatite B, testes e tratamentos para as hepatites virais. É por meio dos trabalhos desenvolvidos pelo Ministério da Saúde que esperamos garantir acesso à saúde para todos os brasileiros”, completou Arnaldo Medeiros.

A mesa de abertura do evento também contou com a participação de: Miguel Aragón, representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); Ana Cristina Garcia Ferreira, Coordenadora-Geral do HIV/Aids e das Hepatites Virais, do DCCI/SVS/MS; e Jeová Pessim Fragoso, representante do Movimento Social das Hepatites Virais.

Ministério da Saúde

Fonte:Ministério da Saúde