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Oficina da Rede de Atenção Materna e Infantil chega ao sul do país em Curitiba (PR)

28/09/2022

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Foto de Mariane Sanches 

Após o avanço da implementação da Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami) no Norte e Nordeste do Brasil, a oficina que capacita gestores e profissionais de saúde para adequar os serviços aos novos critérios da rede chegou à região Sul. Nesta semana, a iniciativa foi levada ao Paraná pela equipe técnica responsável pela pauta materna e infantil no Ministério da Saúde.

O encontro aconteceu na capital, Curitiba, que é referência no desempenho dos indicadores voltados ao pré-natal, parto e nascimento na atenção primária à saúde e se destacou no programa Previne Brasil. Na ocasião, as secretarias de saúde do estado e do município apresentaram à equipe ministerial a estrutura da linha de cuidado do eixo materno e infantil e as experiências exitosas locais. Além disso, pactuaram o início do processo de  habilitação de novos serviços nos critérios da Rami.  

As habilitações de maternidades de baixo risco (MAB) e dos Ambulatórios de Alto Risco  para gestantes (Agar) e Ambulatórios para Crianças Egressas de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Aneo), previstos pela Rami, trazem a possibilidade de complementar o processo de cuidado que já faz parte da rede do estado. 

A Rede Materna e infantil Paranaense 

A linha de cuidado materna e infantil do Paraná se estabelece a partir de um modelo de atenção às condições crônicas, com a estratificação de risco como principal ferramenta para vinculação das gestantes da atenção primária à hospitalar, tanto para o parto quanto para as situações de urgência e emergência no pré-natal, no pós parto e na atenção aos os bebês. 

“A atenção materna e infantil paranaense vai de encontro à reestruturação política preconizada pelo Ministério da Saúde, uma vez que a estratificação de risco determina a lógica de cuidado compartilhado das gestantes e dos bebês de risco intermediário e alto risco na atenção ambulatorial especializada”, destacou a diretora do Departamento de Saúde Materno Infantil do Ministério da Saúde, Lana de Lourdes Aguiar Lima. Para ela, um diferencial visto no Paraná é a possibilidade de identificar a real porcentagem de gestantes que necessitam de um serviço especializado para a oferta de um pré-natal de qualidade seguro e humanizado.  

O secretário de Atenção Primária da pasta, Raphael Câmara, também participou da abertura da oficina e conheceu pessoalmente a Unidade de Saúde Mãe Curitibana, que leva o nome do programa que institui a linha de cuidado da cidade.

Além da Unidade de Saúde, a equipe ministerial visitou os principais hospitais que são referência para o cuidado materno infantil na capital e no estado. Entre eles estão o Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, a Maternidade Mater Dei, o Complexo Hospitalar do Trabalhador e os ambulatórios de gestação de alto risco e de atenção aos recém-nascidos e crianças egressas de unidade neonatal, que estão vinculados ao Consórcio Metropolitano de Saúde do Paraná (Comesp). 

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Equipe Técnica do Hospital da Clínicas da Universidade Federal do Paraná - CHC/UFPR

Sobre a Rami

A Rede de Atenção Materna e Infantil foi instituída por meio das Portarias GM/MS nº 715/2022 e GM/MS nº 2.228 a partir da necessidade de atualização e ampliação da rede existente, trazendo os preceitos de segurança e qualidade como pilares inerentes à humanização. O principal objetivo é assegurar à mulher o direito ao planejamento familiar e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e, às crianças, o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. 

A rede acrescenta R$ 624 milhões para ampliação do financiamento dos serviços atuais e inclui, novo incentivo para as Maternidades de Baixo Risco que realizam acima de 500 partos por ano e também do Ambulatório de Gestação de Alto Risco (Agar) e do Serviço de Atenção Ambulatorial Especializada do Seguimento do Recém-nascido e Criança prioritariamente Egressos da Unidade Neonatal (Aneo).


Fonte:Secretaria de Atenção Primária à Saúde