O Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) lamentam profundamente o falecimento abrupto de Maria Luiza de Andrade, conhecida como Iza. Moradora do Morro do Estado, em Niterói (RJ), era Conselheira Estadual de Saúde, Conselheira Municipal de Proteção da Igualdade Racial, integrante do Fórum de Mulheres Negras da cidade, parteira e quilombola.
Iza Andrade participou da 17ª Conferência Nacional de Saúde e passou mal na noite desta quarta-feira (5), vindo a falecer no Aeroporto Internacional de Brasília enquanto aguardava, junto com a delegação do Estado do Rio de Janeiro, o voo de volta para casa.
Sua contribuição foi significativa ao longo de toda a vida na luta pela humanização do parto e prevenção à violência obstétrica. Durante os quatro dias da Conferência Nacional de Saúde, Iza levou sua história, força e ancestralidade. Aprendeu a fazer partos quando ainda era adolescente, com a avó Brasilina, escrava liberta aos 13 anos de idade.
Maria Luiza completaria 60 anos na próxima semana, no dia 13 de julho. Ela deixa três filhas, um filho e um neto. Em sua última participação em conferências de saúde, afirmou que “parteira jamais morre, parteira sobrevive aos obstáculos e continua na sua ancestralidade”.