Sobre este Remédio

Abelcet, para o que é indicado e para o que serve?

Abelcet® (complexo lipídico de anfotericina B) é indicado para o tratamento de candidíase invasiva grave e também como terapia de segunda linha para o tratamento de infecções fúngicas sistêmicas graves em pacientes que não responderam à anfotericina B convencional ou outros agentes antifúngicos sistêmicos, naqueles que apresentam comprometimento renal ou outras contraindicações à anfotericina B convencional ou em pacientes que desenvolveram nefrotoxicidade associada à anfotericina B. O tratamento com Abelcet® é indicado como tratamento de segunda linha para aspergilose invasiva, meningite criptocócica e criptococose disseminada em pacientes com HIV, leishmaniose cutânea e visceral em pacientes com HIV, fusariose, coccidiomicose, paracoccidioidomicose, histoplasmose, zigomicose e blastomicose.

Como o Abelcet funciona?

Abelcet® (complexo lipídico de anfotericina B) atua através da ligação aos esteroides da membrana celular de fungos suscetíveis, resultando em alteração da permeabilidade da membrana. Considerando que as infecções fúngicas são muito difíceis de tratar, o tempo de tratamento com Abelcet® varia de acordo com o tipo de infecção, sendo a média de 4 semanas. O efeito antifúngico do tratamento com Abelcet® pode ser demonstrado nos primeiros dias de tratamento; porém, para garantir a eficácia do tratamento, este deve ser continuado por 2 semanas ou mais, de acordo com a necessidade do paciente e orientação médica.

Quais as contraindicações do Abelcet?

Abelcet® (complexo lipídico de anfotericina B) é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida à anfotericina B ou a qualquer componente da formulação, a não ser que, na opinião do médico, o benefício do tratamento supere o risco de hipersensibilidade (alergia). Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Como usar o Abelcet?

Ao iniciar o tratamento pela primeira vez, uma dose teste de Abelcet® (complexo lipídico de anfotericina B) deve ser administrada imediatamente antes da primeira infusão. O medicamento Abelcet® é estéril, portanto, as técnicas de assepsia e antissepsia devem ser rigorosamente observadas durante todo o manuseio do produto, uma vez que a formulação de Abelcet® não contém nenhum agente conservante microbiológico. Preparação para Infusão Agitar o frasco suavemente até que não haja evidência de qualquer sedimento amarelo no fundo. Retirar a dose adequada de Abelcet® do número necessário de frascos, em uma ou mais seringas estéreis usando uma agulha calibre 18. Remover a agulha de cada seringa preenchida com Abelcet® substituindo-a pela agulha-filtro de 5 µm fornecida com cada frasco do produto. Pode-se usar uma única agulha-filtro para filtrar o conteúdo de até quatro frascos de 100 mg. Introduzir a agulha-filtro da seringa em uma bolsa de infusão IV contendo solução glicosada a 5% USP, e esvaziar o conteúdo da(s) seringa(s) na bolsa. A concentração final da infusão deve ser de 1 mg/mL. Em pacientes pediátricos e naqueles com doença cardiovascular ou restrição hídrica o medicamento pode ser diluído em solução glicosada a 5% até uma concentração final máxima para infusão de 2 mg/mL. Antes da infusão, homogeneizar a bolsa até que o conteúdo esteja completamente misturado. Caso o tempo de infusão exceda 2 horas, misturar o conteúdo da bolsa de infusão, homogeneizando-a a cada 2 horas. Devido à alta viscosidade da solução glicosada a 5% e à indicação de uma velocidade máxima de infusão de 2,5 mg/kg/h, é recomendando o uso de uma bomba de infusão para maior controle sobre este parâmetro. Não usar a mistura após a diluição com solução glicosada a 5% se houver qualquer evidência de substância estranha. Os frascos devem ser usados uma única vez. O material não aproveitado deve ser descartado. Deve-se observar rigorosamente a técnica asséptica durante todo o período de manipulação do Abelcet®. Cuidado: não diluir com soluções salinas. Não misturar com outros medicamentos ou eletrólitos, uma vez que a compatibilidade de Abelcet® com esses produtos não foi estabelecida. O acesso intravenoso existente deve ser lavado com solução glicosada a 5% antes da infusão de Abelcet®, ou um acesso separado deve ser usado para a infusão. Não usar um filtro de linha. A suspensão diluída, pronta para o uso, é estável por até 48 horas de 2ºC à 8ºC e por um período adicional de 6 horas em temperatura ambiente. Não há estudos de Abelcet® administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa. Atenção: não substitua a prescrição de Abelcet® por outra formulação de anfotericina B, uma vez que as formulações de anfotericina B disponíveis no mercado apresentam doses e métodos de administração diferentes e, portanto, não são intercambiáveis. Posologia do Abelcet A dose diária recomendada para adultos e crianças (incluindo neonatos prematuros) é de 1,0 a 5,0 mg/kg/dia, em uma única infusão a uma taxa de 2,5 mg/kg/h. Para infecções fúngicas do sistema nervoso central (SNC), o tempo de tratamento é de 2 a 6 semanas dependendo da resposta clínica. No caso de infecções sistêmicas graves a duração do tratamento deve ser de no mínimo 14 dias. A dosagem de Abelcet® deve ser ajustada de acordo com as necessidades específicas de cada paciente Micoses sistêmicas: A terapia usualmente é instituída a uma dose de 1,0 mg/kg/dia, podendo ser aumentada até 5,0 mg/kg/dia conforme a necessidade do paciente. Leishmaniose visceral: Poderá ser usada a dose de 3 mg/kg/dia por 5 a 10 dias. Infecção fúngica sistêmica em pacientes pediátricos: A dose recomendada é de 2,0 a 5,0 mg/kg/dia. Pacientes idosos: Pacientes idosos devem ser tratados comparando as doses recomendadas e o peso corporal. Pacientes diabéticos: Abelcet® pode ser administrado em pacientes diabéticos em doses comparáveis às doses recomendadas considerando o peso corporal do paciente. Pacientes com insuficiência renal ou hepática: infecções fúngicas sistêmicas em pacientes com insuficiência renal ou hepática foram tratadas com Abelcet® com dose comparável à dose recomendada considerando o peso corporal do paciente. Pacientes pediátricos (uso em crianças e adolescentes): infecções fúngicas sistêmicas foram tratadas com sucesso em pacientes pediátricos com idade entre 1 mês e 16 anos com doses comparáveis às doses recomendadas para adultos, considerando o peso corporal do paciente. Não há dados suficientes disponíveis sobre eficácia e segurança em bebês com idade inferior a um mês. Não há dados disponíveis sobre eficácia e segurança do uso de Abelcet® em recém-nascidos prematuros sofrendo de infecções fúngicas devido a espécies de aspergillus. Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Abelcet?

Em caso de esquecimento de dose, entrar em contato com o seu médico imediatamente. Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Abelcet?

Foram relatados casos de anafilaxia (reação alérgica grave) com desoxicolato de anfotericina B e outros produtos que contêm anfotericina B. Casos de anafilaxia (reação alérgica grave) foram relatados após uso de Abelcet® (complexo lipídico de anfotericina B) com incidência inferior a 0,1%. Caso ocorra dificuldade respiratória grave, a infusão deve ser suspensa imediatamente; o paciente não deve receber outras infusões de Abelcet®. Assim como com qualquer produto que contenha anfotericina B, a administração inicial de Abelcet® deve ser realizada sob observação clínica estreita por profissionais com treinamento adequado. Reações de hipersensibilidade à infusão Reações relacionadas à infusão, incluindo pirexia (febre) e calafrios, relatadas após a administração de Abelcet® são geralmente leves ou moderadas, e são normalmente relatadas durante os dois primeiros dias de administração. Tais reações geralmente diminuem após alguns dias de tratamento e devem ser consideradas medidas cautelares de prevenção ou tratamento dessas reações para pacientes em tratamento com Abelcet®. Tratamento com dose diária de ácido acetilsalicílico, antipiréticos, anti-histamínicos e antieméticos foi relatado como bem sucedido na prevenção ou tratamento destas reações. A infusão foi raramente associada a casos de hipotensão (queda de pressão arterial), broncoespasmo (espasmo nos brônquios dificultando a passagem de ar aos pulmões), arritmias (alteração do ritmo das batidas cardíacas), choque (alteração da função dos órgãos vitais), dor no peito e, em certos pacientes, uma diminuição na saturação de oxigênio e cianose. Infecções fúngicas sistêmicas Abelcet® não deve ser utilizado para tratamento de infecções fúngicas comuns, superficiais ou infecções fúngicas somente detectáveis a partir de testes cutâneos ou sorológicos. Exames laboratoriais Os níveis de creatinina sanguínea devem ser monitorados a intervalos frequentes durante a terapia com Abelcet®. É também recomendável o monitoramento regular da função hepática, eletrólitos sanguíneos (particularmente magnésio e potássio) e hemograma completo. Carcinogênese, mutagênese e redução da fertilidade Não foram realizados estudos de longo prazo, em animais, para avaliar o potencial carcinogênico de Abelcet®. Para avaliar o potencial mutagênico de Abelcet® foram conduzidos os seguintes estudos in vitro (com e sem ativação metabólica) e in vivo: Ensaio de mutação reversa bacteriana, ensaio de mutação de progressão do linfoma em camundongo, ensaio de aberração cromossômica em células CHO e ensaio in vivo de micronúcleos em camundongo. Abelcet® não apresentou efeitos mutagênicos em quaisquer dos ensaios. Os estudos demonstraram que Abelcet® não teve qualquer impacto sobre a fertilidade dos ratos machos e fêmeas, em doses até 0,32 vezes a dose humana recomendada (com base no parâmetro área de superfície corporal). Gravidez Estudos sobre a reprodução em ratos e coelhos, com doses até 0,64 vezes a dose humana, não revelaram danos aos fetos. Uma vez que os estudos sobre a reprodução, em animais, não são sempre preditivos da resposta humana e como não foram realizados estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, Abelcet® somente deve ser utilizado durante a gravidez se os benefícios do tratamento superem os riscos à mãe e ao feto. Amamentação Não se sabe se Abelcet® é excretado no leite materno. Como muitos fármacos são excretados no leite humano e tendo em vista o potencial de reações adversas graves relacionadas ao uso de Abelcet® em lactentes alimentados ao seio, deve-se decidir entre a suspensão da amamentação ou o uso do fármaco, levando em conta a necessidade do tratamento. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Abelcet® é um medicamento classificado na categoria de risco C na gravidez. Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco Pacientes Idosos Quarenta e nove pacientes idosos, com idade acima de 65 anos, foram tratados com Abelcet® na dose de 5 mg/kg/dia, em dois estudos abertos e em um estudo de grupo único, prospectivo e menor. Nenhum evento adverso grave inesperado foi relatado. Uso pediátrico Cento e onze crianças (2 foram recrutadas duas vezes e contadas como pacientes separados), com idades de 16 anos ou menos, onze das quais tinham menos de 1 ano, foram tratadas com Abelcet®, na dose de 5 mg/kg/dia, em dois estudos abertos e em um pequeno estudo prospectivo de braço único. Em um estudo monocêntrico, 5 crianças com candidíase hepatoesplênica foram tratadas eficazmente com 2,5 mg/kg/dia de Abelcet®. Não foram reportados eventos adversos graves inesperados. Abelcet® foi estudado em neonatos e foi constatado que o medicamento é seguro e eficaz no tratamento nesta faixa etária com candidíase invasiva na dosagem de 2,5 mg/kg/dia a 5 mg/kg/dia. Os resultados deste estudo indicaram que não há diferença na disposição de Abelcet® em neonatos e grupos de outras idades. Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas Os efeitos do Abelcet® sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas não foi estudado. Algumas das reações adversas de Abelcet® podem alterar a capacidade do paciente de dirigir e operar máquinas. No entanto, a condição clínica da maioria dos pacientes tratados com Abelcet® não permite dirigir e operar máquinas.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Abelcet?

Como todos os medicamentos, Abelcet® (complexo lipídico de anfotericina B) pode causar reações adversas, embora nem todas as pessoas as apresentem. As reações adversas mais comumente relatadas com o uso de Abelcet®, que ocorrem em mais de 10% dos pacientes tratados, foram: Calafrios; Pirexia (febre); Aumento da creatinina sanguínea. As reações adversas comumente relatadas com o uso de Abelcet®, que ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes tratados, foram: Trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue); Hiperbilirrubinemia (aumento dos níveis sanguíneos de; bilirrubina); Hipocalemia (diminuição dos níveis sanguíneos de potássio); Distúrbio eletrolítico, incluindo hipercalemia (aumento dos níveis sanguíneos de potássio) e hipomagnesemia (diminuição dos níveis sanguíneos de magnésio); Cefaleia (Dor de cabeça); Tremor; Taquicardia; Arritmia cardíaca (alteração no ritmo ou mudança na frequência dos batimentos cardíacos); Hipertensão (aumento da pressão arterial); Hipotensão (diminuição da pressão arterial); Dispneia (dificuldade para respirar); Asma; Náusea; Vômito; Dor abdominal; Alteração de testes de função hepática; Rash cutâneo (erupção cutânea); Insuficiência renal (diminuição aguda da função dos rins); Aumento sanguíneo de fosfatase alcalina; Uremia (aumento dos níveis sanguíneos de ureia). As reações adversas menos comumente relatadas com o uso de Abelcet®, que ocorrem em menos de 1% dos pacientes tratados, foram: Resposta anafilática (reação alérgica grave); Convulsão; Neuropatia (doença que afeta nervos); Parada cardiorrespiratória; Choque (alteração da função dos órgãos vitais); Insuficiência respiratória; Prurido (coceira); Mialgia (dor muscular); Reação no local de aplicação. Outras reações adversas de frequência desconhecida com o uso de Abelcet® foram: Broncoespasmo (espasmo nos brônquios dificultando a passagem de ar aos pulmões);  Dermatite esfoliativa (descamação da pele); Hipostenúria (dificuldade do rim em concentrar urina); Acidose renal tubular (perturbação na qual os tubos do rim não extraem adequadamente o ácido do sangue para que seja excretado pela urina); Diabetes insipidus nefrogênico. Reações de hipersensibilidade à infusão Reações relacionadas à infusão, incluindo pirexia (febre) e calafrios, relatadas após a administração de Abelcet® são geralmente leves ou moderadas, e são normalmente relatadas durante os dois primeiros dias de administração . Tais reações geralmente diminuem após alguns dias de tratamento e devem ser consideradas medidas cautelares de prevenção ou tratamento dessas reações para pacientes em tratamento com Abelcet®. Tratamento com dose diária de ácido acetilsalicílico, antipiréticos, anti-histamínicos e antieméticos foi relatado como bem sucedido na prevenção ou tratamento destas reações. A infusão foi raramente associada a casos de hipotensão (queda de pressão arterial), broncoespasmo (espasmo nos brônquios dificultando a passagem de ar aos pulmões), arritmias (alteração do ritmo das batidas cardíacas), choque (alteração da função dos órgãos vitais), dor no peito e em certos pacientes uma diminuição na saturação de oxigênio e cianose. Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento ao consumidor.

Apresentações do Abelcet

Suspensão injetável 5 mg/mL Abelcet® (complexo lipídico de anfotericina B) é apresentado em embalagem contendo 1 frasco-ampola de 20 mL de suspensão injetável estéril, para uso único, acompanhado de 1 agulha-filtro de 5µm. Uso intravenoso. Uso adulto e pediátrico.

Qual a composição do Abelcet?

Cada mL da suspensão injetável de Abelcet® (complexo lipídico de anfotericina B) contém: 5 mg de anfotericina B. Excipientes: dimiristil fosfatidilcolina (DMPC), dimiristil fosfatidilglicerol (DMPG), cloreto de sódio, água para injetáveis.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Abelcet maior do que a recomendada?

Em caso de superdose, o estado do paciente (em particular as funções cardiopulmonar, renal e hepática, assim como a contagem de eletrólitos sanguíneos) deve ser monitorado e medidas de suporte devem ser iniciadas de acordo. Não existe antídoto específico para anfotericina B. Caso se suspeite de superdosagem, descontinuar o tratamento, monitorar o estado clínico do paciente e instituir as medidas de apoio necessárias. Abelcet® (complexo lipídico de anfotericina B) não é hemodialisável. Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Abelcet com outros remédios?

Não foram conduzidos estudos formais de interação de Abelcet® com outros fármacos. Entretanto, quando administrados concomitantemente, os fármacos descritos abaixo são conhecidos por interagir com a anfotericina B, podendo assim, interagir com Abelcet®: Agentes antineoplásicos O uso simultâneo de agentes antineoplásicos e anfotericina B pode aumentar o potencial para toxicidade renal, broncoespasmo (espasmo nos brônquios dificultando a passagem de ar aos pulmões) e hipotensão (queda da pressão arterial). Deve-se ter muito cuidado quando da administração concomitante de agentes antineoplásicos e Abelcet®. Corticoesteroides e corticotropina (ACTH) O uso concomitante de corticoesteroides ou corticotropina com anfotericina B pode potencializar a hipocalemia (redução do nível sanguíneo de potássio), podendo predispor o paciente à disfunção cardíaca; se usados concomitantemente com Abelcet®, os eletrólitos sanguíneos e a função cardíaca devem ser estreitamente monitorados. Ciclosporina A Dados de interação medicamentosa de medicamentos contendo anfotericina B indicam que pacientes recebendo anfotericina B concomitantemente com altas doses de ciclosporina A apresentaram aumento da creatinina sanguínea, causada por administração simultânea destes dois fármacos. No entanto, Abelcet® mostrou ser menos nefrotóxico do que a anfotericina B convencional. Glicosídeos digitálicos O uso concomitante com anfotericina B pode induzir hipocalemia (diminuição do nível sanguíneo de potássio) e potencializar a toxicidade digitálica. Quando administrados concomitantemente com Abelcet®, os níveis sanguíneos de potássio devem ser estreitamente monitorados. Flucitosina O uso concomitante de flucitosina com preparações contendo anfotericina B pode aumentar a toxicidade da flucitosina por uma possível elevação da sua captação celular e/ou comprometimento da sua excreção renal. Deve-se ter cautela na administração concomitante da flucitosina com Abelcet®. Imidazóis (p.ex.: cetoconazol, miconazol, clotrimazol, fluconazol) Antagonismo entre anfotericina B e derivados imidazólicos tais como miconazol e cetoconazol, que inibem a síntese de ergosterol, foi reportado tanto em estudos in vitro quanto em animais in vivo. A importância clínica destes achados não foi determinada. Outros medicamentos nefrotóxicos O uso simultâneo de anfotericina B e agentes tais como aminoglicosídeos e pentamidina podem aumentar o potencial de toxicidade renal droga-induzida. O uso simultâneo de Abelcet® e aminoglicosídeos ou pentamidina requer muito cuidado. Recomenda-se monitoração intensiva da função renal em pacientes que requeiram qualquer combinação de medicamentos nefrotóxicos. Relaxantes musculoesqueléticos A hipocalemia (diminuição do nível sanguíneo de potássio) induzida pela anfotericina B pode aumentar o efeito curarizante dos relaxantes músculos-esqueléticos (tubocurarina, por exemplo). Quando administrados simultaneamente com Abelcet®, os níveis de potássio sanguíneo devem ser monitorados a intervalos frequentes. Zidovudina Mielotoxicidade exacerbada e nefrotoxicidade foram observadas em cães que receberam administração simultânea de Abelcet® (1,5 ou 5,0 mg/kg/dia) e zidovudina durante 30 dias. Ao se usar zidovudina e Abelcet® simultaneamente, as funções renais e hematológicas devem ser monitoradas a intervalos frequentes. Transfusões de leucócitos Toxicidade pulmonar aguda foi relatada em pacientes recebendo anfotericina B convencional e transfusões de leucócitos. Não se deve administrar, ao mesmo tempo, transfusões de leucócitos e Abelcet®. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a saúde.

Qual a ação da substância do Abelcet (Anfotericina B)?

Resultados de Eficácia Infecções Fúngicas Duzentos e oitenta e dois pacientes refratários ou intolerantes à Anfotericina B convencional, ou para os quais esta mostrou-se nefrotóxica, portadores de aspergiloses (n=111), candidíases (n=87), zigomicoses (n=25), criptococoses (n=16), fusarioses (n=11) e outras infecções fúngicas, foram tratados com Anfotericina B em três estudos abertos. Os resultados destes estudos demonstraram a efetividade de Anfotericina B no tratamento de infecções fúngicas invasivas. Efeitos sobre a função renal Pacientes com aspergilose que iniciaram o tratamento com Anfotericina B com níveis de creatinina sérica acima de 2,5 mg/dL apresentaram declínio do nível deste parâmetro durante o tratamento (Figura 1). Em um estudo retrospectivo de controle os níveis de creatinina sérica de pacientes tratados com Anfotericina B apresentaram-se mais baixos quando comparados com os níveis dos pacientes tratados com Anfotericina B convencional (Figura 1). Figura 1: Alterações do nível médio de creatinina sérica ao longo do tempo Pacientes com aspergilose e creatinina sérica > 2,5 mg/dL na condição basal [ ] = Número de pacientes em cada ponto de tempo. Nota: As curvas não representam a evolução clínica de um paciente, mas sim a evolução clínica de uma coorte de pacientes em um estudo aberto. Figura 2: Alterações do nível médio de creatinina sérica ao longo do tempo Pacientes com infecções fúngicas e creatinina sérica > 2,5 mg/dL na condição basal [ ] = Número de pacientes em cada ponto de tempo. Nota: As curvas não representam a evolução clínica de um paciente, mas sim a evolução clínica de uma coorte de pacientes em um estudo aberto. Em um estudo randomizado de Anfotericina B para o tratamento de candidíase invasiva em pacientes com função renal normal ao início do estudo, a incidência de nefrotoxicidade foi significativamente menor no grupo tratado com Anfotericina B na dose de 5 mg/kg/dia do que no grupo tratado com Anfotericina B convencional na dose de 0,7 mg/kg/dia. Apesar de geralmente observar-se menor nefrotoxicidade de Anfotericina B na dose de 5 mg/kg/dia quando comparado com terapia com Anfotericina B convencional na dose de 0,6-1,0 mg/kg/dia, é possível, ainda assim, verificar-se toxicidade renal dose-limitante com Anfotericina B. A toxicidade renal de doses superiores a 5 mg/kg/dia de Anfotericina B não foi formalmente estudada. Características Farmacológicas Grupo Farmacoterapêutico: Antimicóticos para Uso Sistêmico. Código ATC: J02AA01. Anfotericina B é uma suspensão estéril, apirogênica, para infusão intravenosa. Anfotericina B consiste de Anfotericina B complexada com dois fosfolipídios em razão molar de fármaco-lipídio de 1:1. Os dois fosfolipídios, L-α-dimiristoilfosfatidilcolina (DMPC) e L-α-dimiristoilfosfatidilglicerol (DMPG), estão presentes em razão molar de 7:3. Anfotericina B é uma suspensão amarela e opaca, com pH entre 5 e 7. Nota: A encapsulação lipossomal ou a incorporação em um complexo lipídico pode afetar substancialmente as propriedades funcionais do fármaco, em comparação às propriedades do fármaco não encapsulado ou não complexado a lipídios. Adicionalmente, diferentes produtos lipossomais ou complexos lipídicos diferentes, com um mesmo princípio ativo, podem diferir na composição química e na forma física do componente lipídico. Tais diferenças podem afetar as propriedades funcionais dos medicamentos. A Anfotericina B, um polieno, é um antibiótico antifúngico produzido por uma cepa de Streptomyces nodosus. É quimicamente designado como: [1R-(1R*,3S*,5R*,6R*,9R*,11R*,15S*,16R*,17R*,18S*,19E,21E,23E,25E,27E,29E,31E,33R*,35S*, 36R*,37S*)]-33-[(3-Amino-3,6-dideoxi-b-D-manopirasonil)oxi]-1,3,5,6,9,11,17,37-octahidroxi-15,16,18-trimetil-13-oxo-14,39- dioxabiciclo[33.3.1]nonatriaconta-19,21,23,25,27,29,31-heptaeno-36-ácido carboxílico. Apresenta peso molecular de 924,09 e fórmula molecular C47H73NO17. Sua fórmula estrutural é: Propriedades Farmacodinâmicas Mecanismo de Ação Anfotericina B age através ligação aos esteroides da membrana celular de fungos suscetíveis, resultando em uma alteração da permeabilidade da membrana. As membranas celulares dos mamíferos também contêm esteroides, acreditando-se que os danos às células humanas ocorrem por intermédio do mesmo mecanismo de ação. Atividade in vitro e in vivo Anfotericina B mostrou atividade in vitro contra Aspergillus sp. (n=3) e Candida sp. (n=10), com CIMs geralmente < 1 µg/mL. Dependendo das espécies e cepas de Aspergillus e Candida testadas, diferenças significativas in vitro na suscetibilidade à Anfotericina B (CIMs variando de 0,1 a > 10 µg/ml) foram relatadas. Entretanto, não foram estabelecidas técnicas padronizadas para testes de suscetibilidade de agentes antifúngicos, e os resultados dos estudos de suscetibilidade necessariamente não se correlacionam com os resultados clínicos. Anfotericina B é ativo em modelos animais contra Aspergillus fumigatus, Candida albicans, C. guillermondi, C. stellatoideae e C. tropicalis, Cryptococcus sp., Coccidioidomyces sp., Histoplasma sp. e Blastomyces sp., nos quais os objetivos foram a eliminação dos microrganismos do(s) órgão(s) alvo(s) e/ou o aumento da sobrevida dos animais infectados. Propriedades Farmacocinéticas O ensaio usado para dosar a Anfotericina B no sangue após a administração de Anfotericina B não distingue a Anfotericina B complexada com fosfolipídios, de Anfotericina B, da Anfotericina B não complexada. A farmacocinética da Anfotericina B após a administração de Anfotericina B é não linear. O volume de distribuição e a depuração do sangue aumentam com o aumento da dose de Anfotericina B, resultando em aumentos não proporcionais das concentrações sanguíneas de Anfotericina B na faixa de doses de 0,6 - 5,0 mg/kg/dia. Os parâmetros farmacocinéticos da Anfotericina B no sangue total após a administração de Anfotericina B e desoxicolato de Anfotericina B são: Parâmetros farmacocinéticos da Anfotericina B no sangue total em pacientes aos quais se administraram doses múltiplas de Anfotericina B ou desoxicolato de Anfotericina B Parâmetro farmacocinético Anfotericina B 5,0 mg/kg/dia por 5-7 dias Média ± SD Anfotericina B 0,6 mg/kg/dia por 42 dias 1 Média ± SD Concentração máxima (μg/ml) 1,7 ± 0,8 (n=10) 2 1,1 ± 0,2 (n=5) Concentração ao final do intervalo entre as doses (μg/ml) 0,6 ± 0,3 (n=10) 2 0,4 ± 0,2 (n=5) Área sob a curva concentração sanguínea/tempo (AUC0-24h ) (µg*h/mL) 14 ± 7 (n=14) 2,3 17,1 ± 5 (n=5) Depuração (mL/h*kg) 436 ± 188,5 (n=14) 2,3 38 ± 15 (n=5) Volume de distribuição aparente (Vdárea ) (L/kg) 131 ± 57,7 (n=8) 3 5 ± 2,8 (n=5) Meia-vida de eliminação terminal (h) 173,4 ± 78 (n=8) 3 91,1 ± 40,9 (n=5) Quantidade excretada na urina nas 24 horas após a última dose (% da dose) 4 0,9 ± 0,4 (n=8) 3 9,6 ± 2,5 (n=8) 1 Dados de pacientes com leishmaniose mucocutânea. Velocidade de infusão de 0,25 mg/kg/h. 2 Dados de estudos em pacientes com câncer citologicamente comprovado sendo tratados com quimioterapia ou pacientes neutropênicos com infecção fúngica presumida ou comprovada. Velocidade de infusão de 2,5 mg/kg/h. 3 Dados de pacientes com leishmaniose mucocutânea. Velocidade de infusão de 4 mg/kg/h. 4 Percentagem da dose excretada em 24 horas após a última dose. O grande volume de distribuição e a alta depuração sanguínea da Anfotericina B após administração de Anfotericina B provavelmente refletem captação pelos tecidos. A longa meia-vida de eliminação final provavelmente reflete uma lenta redistribuição dos tecidos. Embora a Anfotericina B seja excretada lentamente, existe uma pequena acumulação no sangue após administração de múltiplas doses. A AUC da Anfotericina B aumentou aproximadamente 34% a partir do dia 1 após a administração de Anfotericina B, na dose de 5 mg/kg/dia durante 7 dias. Os efeitos do gênero ou da raça sobre a farmacocinética de Anfotericina B não foram estudados. As concentrações tissulares de Anfotericina B (descritas na tabela abaixo) foram obtidas da autópsia de um paciente submetido a transplante cardíaco que recebeu três doses de Anfotericina B de 5,3 mg/kg/dia: Concentrações Tissulares Órgão Concentração Tissular de Anfotericina B (µg/g) Baço 290 Pulmão 222 Fígado 196 Nódulos Linfáticos 7,6 Rim 6,9 Coração 5 Cérebro 1,6 Este padrão de distribuição é consistente com o observado em estudos pré-clínicos em cães, nos quais as maiores concentrações de Anfotericina B, após administração de Anfotericina B, foram observadas no fígado, baço e pulmão; entretanto, a relação entre as concentrações tissulares de Anfotericina B, quando administrada como Anfotericina B, e sua atividade biológica é desconhecida. Populações Especiais Insuficiência Hepática O efeito da insuficiência hepática sobre a disponibilidade de Anfotericina B não é conhecido, porém observa-se em estudo que mesmo quando há comprometimento hepático por infecção fúngica invasiva, as enzimas hepáticas se mantiveram inalteradas na vigência do tratamento e a concentração hepática de Anfotericina B permaneceu alta. Pacientes com insuficiência hepática devido à infecção, doença do enxerto contra o hospedeiro, outras doenças hepáticas ou administração concomitante de fármacos hepatotóxicos foram tratados com sucesso com Anfotericina B. Insuficiência Renal Estudos demonstram a segurança de Anfotericina B em pacientes com insuficiência renal, e mesmo em pacientes com tendência à disfunção renal. A dose ideal não foi estabelecida, mesmo assim, os estudos relatam que não existe dose limite para a nefrotoxicidade, mesmo sendo essa dose maior que 5 mg/kg/dia. Conclui-se ainda que os níveis séricos de creatinina devem ser monitorados durante o tratamento. Sendo Anfotericina B uma droga potencialmente nefrotóxica, deve ser realizado um monitoramento da função renal antes de iniciar o tratamento em pacientes com doença renal pré-existente ou que já tiveram insuficiência renal e, regularmente, durante a terapia. Anfotericina B pode ser administrado em pacientes durante a diálise renal ou hemofiltração. Os níveis séricos de potássio e magnésio séricos devem ser monitorados regularmente. Hemodiálise ou diálise peritoneal não aumentam visivelmente a taxa de eliminação da Anfotericina B. Pacientes Idosos A farmacocinética e a farmacodinâmica em pacientes idosos (≥ 65 anos de idade) não foram estudadas, entretanto infecções fúngicas sistêmicas têm sido tratadas em pacientes idosos (≥ 65 anos de idade) em doses comparáveis à dose recomendada para o peso corporal. Pacientes Pediátricos Estudos em pacientes pediátricos indicam que a eficácia do tratamento foi mantida tanto nas doses mínimas como nas doses máximas. Além disso, a toxicidade foi diminuída nas doses menores. Anfotericina B foi estudado em neonatos e foi constatado que o medicamento é seguro e eficaz no tratamento nesta faixa etária com candidíase invasiva na dosagem de 2,5 mg/kg/dia à 5 mg/kg/dia. Os resultados deste estudo indicaram que não há diferença na disposição de Anfotericina B em neonatos e grupos de outras idades.

Como devo armazenar o Abelcet?

Abelcet® (complexo lipídico de anfotericina B) deve ser conservado sob refrigeração (entre 2°C e 8°C), sem congelar, protegido da luz. Manter o frasco-ampola dentro do cartucho externo até o momento do uso. Depois de aberto, a suspensão diluída de Abelcet® em solução glicosada a 5% somente poderá ser utilizada em até 48 horas quando armazenada sob refrigeração (entre 2°C e 8°C) e por um período adicional de 6 horas em temperatura ambiente. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamentos com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Características físicas e organolépticas Abelcet® é uma suspensão opaca, de cor amarela, estéril, apirogênica, para infusão endovenosa. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Mensagens de Alerta do Abelcet

Leia atentamente esta bula antes de começar a tomar este medicamento, pois ela contém informações importantes para você. Guarde esta bula. Você pode precisar ler novamente. Se você tiver qualquer dúvida, pergunte ao seu médico ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para você. Não o forneça a outras pessoas. Ele pode ser prejudicial para elas, mesmo que os sintomas delas sejam os mesmos que os seus. Se você tiver quaisquer efeitos indesejáveis, fale com seu médico ou farmacêutico. Isso inclui os possíveis efeitos indesejáveis não mencionados nesta bula.

Dizeres Legais do Abelcet

MS n°: 1.5573.0034 Farm. Resp.: Carolina Mantovani Gomes Forti CRF-SP n°: 34.304 Fabricado por: Exelead,Inc. Indianapolis - EUA Importado por: Teva Farmacêutica Ltda. Av. Guido Caloi, 1935 - Prédio B - 1° Andar São Paulo - SP CNPJ nº 05.333.542/0001-08 SAC Teva 0800-777-8382 ®Marca registrada de Cephalon Limited. Venda sob prescrição médica. Uso restrito a hospitais.

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