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Acetato de Cetrorrelix

Sobre este Remédio

Acetato de Cetrorrelix, para o que é indicado e para o que serve?

Prevenção de ovulação prematura em pacientes submetidas a uma estimulação ovariana controlada, seguida por coleta do oócito e técnicas de reprodução assistida.

Quais as contraindicações do Acetato de Cetrorrelix?

Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos análogos estruturais do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), aos hormônios peptídicos extrínsecos ou a qualquer um dos excipientes. Gravidez e lactação. Mulheres na pós-menopausa. Pacientes com insuficiência renal e hepática de moderada a grave.

Como usar o Acetato de Cetrorrelix?

Acetato de Cetrorrelix somente deve ser prescrito por um especialista com experiência nesta área. A primeira administração de Acetato de Cetrorrelix deve ser efetuada sob supervisão médica e em um local onde o tratamento de possíveis reações alérgicas/pseudoalérgicas (incluindo de anafilaxia potencialmente fatal) esteja imediatamente disponível. As injeções seguintes podem ser autoadministradas, desde que a paciente tenha sido informada sobre os sinais e sintomas que podem indicar hipersensibilidade, as consequências de tal reação e a necessidade de intervenção médica imediata. O conteúdo de um frasco-ampola (0,25 mg) deverá ser administrado uma vez ao dia, em intervalos de 24h, de manhã ou à noite. Após a primeira administração, recomenda-se que a paciente permaneça sob supervisão médica durante 30 minutos para assegurar que não há qualquer reação alérgica/pseudoalérgica à injeção. Acetato de Cetrorrelix deve ser administrado por injeção subcutânea na parede abdominal inferior. As reações no local da administração podem ser minimizadas alternando-se os locais da injeção, retardando-se a repetição da aplicação em um mesmo local e injetando-se lentamente o medicamento para facilitar a sua absorção progressiva. Posologia Administração pela manhã O tratamento com Acetato de Cetrorrelix deverá ser iniciado no dia 5 ou 6 da estimulação ovariana (aproximadamente 96 a 120 horas após o início da estimulação ovariana) com gonadotrofina, devendo manter-se durante o período de tratamento com gonadotrofinas, incluindo o dia de indução da ovulação. Administração à noite O tratamento com Acetato de Cetrorrelix 0,25 mg deverá ser iniciado no dia 5 da estimulação ovariana (aproximadamente 96 a 108 horas após início da estimulação ovariana) com gonadotrofina, devendo manter-se durante o período de tratamento com gonadotrofinas até a noite anterior ao dia da indução da ovulação.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Acetato de Cetrorrelix?

Os efeitos indesejáveis notificados com mais frequência são reações locais no local da injeção como eritema, edema e prurido que são normalmente transitórios e de intensidade leve. Nos ensaios clínicos, estes efeitos foram observados com uma frequência de 9,4% após injeções múltiplas de Acetato de Cetrorrelix 0,25 mg. Uma síndrome de hiperestimulação ovariana leve a moderada (Grau I ou II da OMS) foi notificada frequentemente e deve ser considerada como um risco intrínseco do procedimento de estimulação. Ao contrário, a síndrome de hiperestimulação ovariana grave continua a ser pouco frequente. Foram notificados casos pouco frequentes de reações de hipersensibilidade, incluindo reações pseudo-alérgicas/anafilactoides. As reações adversas relatadas abaixo são classificadas da seguinte forma, de acordo com a frequência de ocorrência: Muito comuns: ≥ 1/10 (≥ 10%); Comuns: ≥ 1/100, < 1/10 (≥ 1%, < 10%); Incomuns: ≥ 1/1.000, < 1/100 (≥ 0,1%, < 1%); Raras: ≥ 1/10.000, < 1.000 (≥ 0,01%, < 0,1%); Muito raras< 1/10.000 (< 0,01%). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Distúrbios do sistema imune Incomuns Reações alérgicas/pseudoalérgicas, incluindo anafilaxia potencialmente fatal Distúrbios do sistema nervoso Incomuns Cefaleia Distúrbios gastrointestinais Incomuns Náusea Distúrbios da mama e sistema reprodutor Comuns Pode ocorrer síndrome de hiperestimulação ovariana leve a moderada (grau I ou II da OMS), a qual é um risco intrínseco do procedimento de estimulação Incomuns Síndrome de hiperestimulação ovariana grave (grau III da OMS) Distúrbios gerais e alterações no local de administração Incomuns Foram notificadas reações no local da injeção (ex: eritema, edema e prurido). Geralmente foram transitórias e de intensidade leve. A frequência, tal como notificada nos ensaios clínicos, foi de 9,4% após injeções múltiplas de 0,25 mg de cetrorrelix Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Acetato de Cetrorrelix com outros remédios?

Investigações in vitro mostraram que são improváveis interações com medicamentos metabolizados pelo citocromo P450 ou glucuronizados ou conjugados de outra forma. Contudo, embora não haja qualquer evidência de interações medicamentosas, especialmente com medicamentos de uso corrente, gonadotrofinas ou com produtos que possam induzir a liberação de histamina em indivíduos susceptíveis, não se pode excluir totalmente a possibilidade de uma interação.

Quais cuidados devo ter ao usar o Acetato de Cetrorrelix?

Deve ter-se cuidado especial em mulheres com sinais e sintomas de condições alérgicas ativas ou com história conhecida de predisposição alérgica. O tratamento com Acetato de Cetrorrelix não é recomendado em mulheres com condições alérgicas graves. Durante ou após a estimulação ovariana poderá ocorrer uma síndrome de hiperestimulação ovariana. Essa manifestação deve ser considerada como um risco intrínseco do procedimento de estimulação com gonadotrofinas. A síndrome de hiperestimulação ovariana deve ser tratada sintomaticamente, ex: com repouso, eletrólitos/colóides por via intravenosa e terapêutica com heparina. Deve ser dado suporte à fase lútea de acordo com a prática médica reprodutiva do centro. Até ao momento, existe uma experiência limitada da administração de Acetato de Cetrorrelix durante o procedimento repetido de estimulação ovariana. Portanto, Acetato de Cetrorrelix só deve ser utilizado em ciclos repetidos, após avaliação cuidadosa da relação risco/benefício. Gravidez e lactação Acetato de Cetrorrelix não se destina a ser utilizado durante a gravidez e lactação. Não foi detectada teratogenicidade em ratos e coelhos; no entanto, foram observadas em animais reabsorções precoces e aumentos dose-relacionados nas perdas de implantação. Acetato de Cetrorrelix não é indicado durante a lactação. Desconhece-se se o cetrorrelix é excretado no leite humano. Categoria de risco X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas Os efeitos de Acetato de Cetrorrelix sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas são nulos ou insignificantes. Uso em crianças e idosos Não há nenhuma indicação relevante para a utilização de Acetato de Cetrorrelix em crianças e idosos. A segurança e a eficácia de Acetato de Cetrorrelix em pacientes idosos não foram estabelecidas. Pacientes com insuficiência hepática ou renal A segurança, eficácia e farmacocinética de Acetato de Cetrorrelix em pacientes com insuficiência renal ou hepática não foram estabelecidas.

Qual a ação da substância Acetato de Cetrorrelix?

Resultados de Eficácia No programa de Fase III, a eficácia do Acetato de Cetrorrelix foi estabelecida em estudos clínicos adequados e bem controlados utilizando comparadores ativos. Além disso, um estudo clínico não comparativo avaliou o esquema de dosagem múltipla de 0,25 mg de Acetato de Cetrorrelix. O tratamento de estímulo ovariano com FSH recombinante ou gonadotrofina menopáusica humana (hMG) foi iniciado no dia 2 ou 3 de um ciclo menstrual normal. A dose de gonadotrofinas foi administrada de acordo com o diagnóstico e resposta individual de cada paciente. Características Farmacológicas Farmacodinâmica O cetrorrelix é um antagonista do hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH). O LHRH liga-se aos receptores de membrana das células hipofisárias. O cetrorrelix atua por competição com o LHRH endógeno para ligação a estes receptores. Devido a este modo de ação, o cetrorrelix controla a secreção de gonadotrofinas (LH e FSH). O cetrorrelix inibe a secreção de LH e de FSH pela hipófise de uma forma dose-dependente. O início da supressão é virtualmente imediato e é mantido pelo tratamento contínuo, sem um efeito estimulante na fase inicial. Nas mulheres, cetrorrelix retarda a elevação do LH e, consequentemente, a ovulação. Em mulheres submetidas à estimulação ovariana, a duração da ação de cetrorrelix é dose-dependente. Após uma dose única de 3 mg de cetrorrelix, foi reportada uma duração da ação de pelo menos 4 dias. No dia 4 a supressão foi de aproximadamente 70%. Com uma dose de 0,25 mg por injeção, injeções repetidas a cada 24 horas irão manter o efeito de cetrorrelix. Tanto em animais como no homem, os efeitos antagonistas hormonais de cetrorrelix foram totalmente reversíveis com o término do tratamento. Farmacocinética A biodisponibilidade absoluta de cetrorrelix após administração subcutânea é cerca de 85%. A depuração plasmática total e a depuração renal são 1,2 ml x min-1 x kg-1 e 0,1 ml x min-1 x kg- 1 respectivamente. O volume de distribuição (Vd) é 1,1 l x kg-1 . A média das meias-vidas terminais após administração intravenosa e subcutânea é de 12h e 30h, respectivamente, demonstrando o efeito do processo de absorção no local da injeção. A administração subcutânea de doses únicas (0,25 mg a 3 mg de cetrorrelix), bem como a posologia diária durante 14 dias, demonstram uma cinética linear.

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