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Acetato de Megestrol

Sobre este Remédio

Acetato de Megestrol, para o que é indicado e para o que serve?

Acetato de Megestrol é indicado para o tratamento paliativo do carcinoma avançado de mama1 (isto é, doença recorrente, inoperável ou metastática). 1CID C50 - Neoplasias [tumores] malignas(os) da mama.

Quais as contraindicações do Acetato de Megestrol?

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com histórico de hipersensibilidade ao Acetato de Megestrol ou a qualquer componente da formulação. Categoria D para gravidez - Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Como usar o Acetato de Megestrol?

Carcinoma de Mama 160 mg/dia (1 comprimido/dia). É recomendado um período de pelo menos dois meses de tratamento contínuo para determinar a eficácia de Acetato de Megestrol. As doses esquecidas não devem ser compensadas. Se o paciente esquecer uma dose de Acetato de Megestrol, ele deve reiniciar o tratamento com a dose prescrita e consultar o médico. Para segurança e eficácia desta apresentação, Acetato de Megestrol, não dever ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via oral.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Acetato de Megestrol?

Aumento de Peso O aumento de peso é um efeito colateral frequente do Acetato de Megestrol quando usado em pacientes com câncer. Este aumento tem sido associado ao aumento de apetite. O ganho de peso está associado com um aumento de gordura e de massa celular corpórea. Fenômenos Tromboembólicos Relatam-se fenômenos tromboembólicos que incluem: tromboflebite e embolia pulmonar (fatal em alguns casos). Outras Reações Adversas Náuseas, vômitos, edema e sangramento uterino espontâneo ocorrem em aproximadamente 1% a 2% dos pacientes. Também foram relatados: dispneia, dor, insuficiência cardíaca, hipertensão, fogachos, alteração do humor, faces cushingóides, exacerbação tumoral (com ou sem hipercalcemia), hiperglicemia, alopecia, síndrome do túnel de carpo, diarreia, letargia e erupções cutâneas. Em geral, nos estudos clínicos com Acetato de Megestrol em pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) não houve diferenças estatisticamente significativas entre o tratamento ativo e o placebo, em pacientes reportando pelo menos um evento adverso. Eventos relatados em ≥ 5% destes pacientes estudados incluem diarreia, impotência e erupções cutâneas. Foram relatados outros eventos adversos como: flatulência, astenia e dor. Também foram relatadas constipação e diurese frequente nas pacientes que receberam altas doses de Acetato de Megestrol nos estudos clínicos. Anormalidades do eixo adrenal-pituitário incluindo intolerância à glicose, novos casos de diabetes, exacerbação de diabetes preexistente com diminuição da tolerância à glicose e síndrome de Cushing foram relatadas com o uso de Acetato de Megestrol. Raramente registrou-se insuficiência adrenal clinicamente aparente nos pacientes, logo após a descontinuação do Acetato de Megestrol. A possibilidade de supressão adrenal deve ser considerada em todos os pacientes que estejam recebendo ou descontinuando terapia crônica com Acetato de Megestrol. Doses de reposição de glicocorticoides podem ser indicadas. A Tabela 4 inclui todos os eventos adversos citados acima agrupados de acordo com a frequência e a classe dos sistemas orgânicos, seguindo as seguintes categorias: Muito comum - > 1/10 (> 10%); Comum (frequente) - >1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%); Incomum (Infrequente) - > 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%); Rara - > 1/10.000 e < 1.000 (> 0,01% e < 0,1%); Muito rara - < 1/10.000 (< 0,01%).  Esta tabela foi compilada de acordo com as recomendações do Conselho de Organizações Internacionais de Ciências Médicas (CIOMS), grupos III e V. Tabela 4. Frequência das reações adversas Classe de sistemas orgânicos Frequência   Eventos Adversos Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incluindo quistos e pólipos)​ Comum Exacerbação tumoral Desordens endócrinas​ Muito Comum Insuficiência adrenal, cushingóide, Síndrome de Cushing Desordens do Metabolismo e da nutrição Muito comum Diabetes mellitus, intolerância à glicose, hiperglicemia, aumento do apetite Desordens psiquiátricas Comum Alterações do humor Desordens do sistema nervoso Comum Síndrome do túnel do carpo, letargia Desordens cardíacas Comum Insuficiência cardíaca Desordens vasculares​ Muito Comum Tromboflebite, embolia pulmonar (fatal em alguns casos), hipertensão, fogacho Desordens respiratórias, toráxicas e mediastinais Muito Comum Dispneia Desordens gastrointestinais Comum Náuseas, vômitos, diarreia, flatulência Muito Comum Constipação Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo Comum Erupções, alopecia Desordens renais e urinárias​ Comum Polaciúria Desordens do sistema reprodutor e das mamas Comum Sangramento uterino espontâneo, Disfunção erétil Desordens Gerais e no local da administração Comum Astenia, dor, edema Investigações Muito Comum Aumento de peso Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Acetato de Megestrol com outros remédios?

Não são conhecidas informações sobre interações com outros medicamentos.

Quais cuidados devo ter ao usar o Acetato de Megestrol?

O uso de Acetato de Megestrol (substância ativa) em outros tipos de neoplasias não é recomendado. Acetato de Megestrol (substância ativa) deve ser usado com cautela em pacientes com história de tromboflebite. Monitoramento próximo e frequente é indicado para qualquer paciente tratado para câncer metastático ou recorrente. Exacerbação de diabetes preexistente com maior necessidade de uso de insulina foi relatada com o uso associado de Acetato de Megestrol (substância ativa). Carcinogênese, mutagênese e fertilidade A administração de Acetato de Megestrol por até 7 anos em cadelas foi associada a um aumento na incidência de tumores benignos e malignos da mama. Em estudos semelhantes em ratos e macacos não foi demonstrada relação com uma maior incidência de tumores. A relação entre os tumores do cão associados ao Acetato de Megestrol para humanos é desconhecida, mas deve ser considerada ao se avaliar a razão risco-benefício ao se prescrever o Acetato de Megestrol (substância ativa). Estudos de fertilidade e reprodução com altas doses de Acetato de Megestrol mostraram um efeito feminilizante reversível em alguns fetos de ratos machos. Diversos relatos sugerem uma relação entre a exposição intrauterina a fármacos progestagênicos no primeiro trimestre da gravidez e anomalias genitais em fetos de ambos os sexos. O risco de hipospádias, 5 a 8 em cada 1000 nascimentos de bebês do sexo masculino na população geral, pode ser aproximadamente dobrado com a exposição a estes medicamentos. Não há dados suficientes para quantificar o risco da exposição a fetos do sexo feminino, porém, alguns destes medicamentos induzem à leve virilização da genitália externa destes fetos. Gravidez e Lactação O uso de progestagênicos durante os primeiros quatro meses de gravidez não é recomendado. Mulheres com potencial de engravidar devem ser avisadas para evitar que isto ocorra. Se a paciente for exposta ao Acetato de Megestrol (substância ativa) durante os quatro primeiros meses de gravidez, ou se ela engravidar enquanto estiver fazendo uso desse medicamento, deverá ser informada quanto aos riscos potenciais ao feto. Os agentes progestagênicos têm sido empregados começando com o primeiro trimestre da gravidez com o intuito de prevenir o aborto habitual ou a ameaça de aborto. Não há evidência adequada de que tal uso seja eficaz e há evidências de dano potencial ao feto quando tais fármacos são administrados durante os quatros primeiros meses de gravidez. O uso desses agentes, com propriedades uterino-relaxantes, em pacientes com óvulos fertilizados defeituosos, pode causar um atraso no aborto espontâneo. A amamentação deve ser interrompida durante o tratamento com o Acetato de Megestrol (substância ativa), devido ao potencial de eventos adversos no recém-nascido. Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. Uso Pediátrico A segurança e a eficácia em pacientes pediátricos não foram estabelecidas. Uso em Idosos Não há dados suficientes de estudos clínicos com Acetato de Megestrol envolvendo pacientes com 65 anos de idade ou mais para determinar se estas respondem diferentemente das pacientes mais jovens. Em geral, deve-se ter cuidado ao escolher a dose para um paciente idoso. Usualmente se inicia na dose mínima recomendada, devido à maior frequência nesta população de disfunção hepática, renal ou cardíaca, doenças associadas e utilização concomitante de outros medicamentos. O Acetato de Megestrol é substancialmente excretado pelos rins e, o risco de reações tóxicas pode ser maior em pacientes com insuficiência renal. Devido a maior probabilidade de os idosos terem função renal diminuída, deve-se ter cuidado na escolha da dose e pode ser útil monitorar as funções renais. Efeitos na habilidade de dirigir e/ou operar máquinas Não são conhecidos os efeitos do Acetato de Megestrol com relação à habilidade de dirigir ou operar máquinas.

Qual a ação da substância Acetato de Megestrol?

Resultados de eficácia A eficácia clínica de Acetato de Megestrol (substância ativa) foi avaliada em uma série de estudos clínicos. Um estudo fase III foi conduzido por Abrams J. e colaboradores e avaliou a eficácia de três diferentes doses diárias (160 mg, 800 mg e 1600 mg) de Acetato de Megestrol em mulheres, maiores de 18 anos, com confirmação histológica de carcinoma de mama e doença metastática progressiva. Outros critérios de inclusão no estudo foram: necessidade das pacientes apresentarem RE (receptor de estrógeno) e RP (receptor de progesterona) positivos e/ou desconhecidos, não terem recebido quimioterapia prévia e que tenham recebido, no máximo, um tipo de terapia hormonal. A taxa de resposta ao tratamento foi avaliada em 357 pacientes. Os valores obtidos foram 23%, 27% e 27% para as doses 160 mg, 800 mg e 1600 mg, respectivamente. Os valores apresentados não apresentam diferenças estatisticamente significativas. Para a taxa de duração da resposta foram avaliadas 91 pacientes que responderam ao tratamento com Acetato de Megestrol. Os valores foram 17 meses, 14 meses e 8 meses para as doses de 160 mg, 800 mg e 1600 mg, respectivamente. A duração de resposta pareceu ser inversamente proporcional à dose de Acetato de Megestrol administrado. Essa relação foi estatisticamente significativa quando comparado a dose de 160mg (p<0,003). Outro dado analisado foi o tempo para a progressão da doença. Altas doses de Acetato de Megestrol não prolongaram o tempo livre de progressão da doença. Os valores apresentados foram 8 meses, 7 meses e 8 meses para as doses 160 mg, 800 mg e 1600 mg, respectivamente. A diferença observada entre os valores não foi significativa. O tempo de sobrevida não apresentou correlação com as doses. O tempo médio de sobrevida foi de 28 meses, 24 meses e 29 meses para as doses 160 mg, 800 mg e 1600 mg, respectivamente. Estudo conduzido por Robertson e colaboradores avaliou a eficácia de 160 mg de Acetato de Megestrol, como segunda linha de tratamento, em mulheres com carcinoma de mama histologicamente confirmado. Nenhuma paciente havia recebido terapia sistêmica adjuvante. Das 221 pacientes avaliadas, 16% atingiram resposta (parciais + completas) ao tratamento e 25% apresentaram doença estável. Esses valores apresentam variação dependendo do status de receptor de estrógeno e progesterona das pacientes. Tabela 1: Taxas de resposta ao Megestat por status de receptor de estrógeno e progesterona O tempo para progressão da doença foi de 15,4 meses para as pacientes que responderam ao Acetato de Megestrol e 13,3 meses para as pacientes que apresentaram doença estável. As pacientes que não responderam ao tratamento com Acetato de Megestrol apresentaram tempo para progressão da doença de 3,8 meses. Tabela 2: Diferenças estatísticas entre as taxas de tempo de progressão   P Resposta vs. Progressão <0.01 Doença estável vs. Progressão <0.01 Resposta vs. Doença estável Sem diferença estatística Características farmacológicas Descrição Acetato de Megestrol (substância ativa) é um medicamento progestagênico sintético para administração oral. O Acetato de Megestrol é um sólido branco, cristalino, denominado quimicamente como 17-alfa-acetoxi-6-metilpregna-4,6-dieno-3,20-diona. Farmacodinâmica O mecanismo de ação exato pelo qual o Acetato de Megestrol produz seus efeitos antineoplásicos contra o carcinoma de mama é desconhecido. Farmacocinética Estimativas dos níveis plasmáticos de Acetato de Megestrol são dependentes do método de medição utilizado. Os níveis plasmáticos dependem da inativação intestinal e hepática d o fármaco, que pode ser afetada pela motilidade do trato intestinal, bactérias intestinais, administração concomitante de antibiótico, peso corporal, dieta e funções hepáticas. Não existem diferenças clinicamente importantes na biodisponibilidade de formulações com Acetato de Megestrol. Metabólitos somaram apenas de 5% a 8% da dose de Acetato de Megestrol administrada. A excreção urinária com uma média aproximada de 66% e a excreção fecal com uma média aproximada de 20% da dose administrada são as principais vias de eliminação do medicamento no ser humano. A excreção respiratória e o armazenamento na gordura contabilizam a fração de dose administrada não encontrada na urina ou nas fezes.

Interação alimentícia: posso usar o Acetato de Megestrol com alimentos?

Não são conhecidas informações sobre interações com alimentos.

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