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Bromocriptina

Sobre este Remédio

Bromocriptina, para o que é indicado e para o que serve?

Bromocriptina é indicado para: Tratamento da doença de Parkinson; Tratamento de estados hiperprolactinêmicos patológicos incluindo amenorreia, infertilidade feminina e hipogonadismo; Tratamento de pacientes com adenomas que secretam prolactina; Acromegalia.

Quais as contraindicações do Bromocriptina?

Bromocriptina não deve ser administrado para: Hipertensão não controlada, distúrbios hipertensivos da gravidez (inclusive eclâmpsia, pré-eclâmpsia ou hipertensão induzida pela gravidez), hipertensão pós-parto e no puerpério; Toxemia gravídica Hipersensibilidade a qualquer alcaloide do ergot ou a quaisquer componentes da formulação; Gravidez diagnosticada ou presumida, em qualquer indicação do Bromocriptina; Inibição da lactação fisiológica; Disfunção do ciclo menstrual (síndrome pré-menstrual); Galactorreia com ou sem amenorreia: no pós-parto; idiopática; tumoral; por fármacos; Ingurgitamento mamário puerperal; Fase lútea curta; Em período pós-parto, em mulheres com história de doença cardiovascular; Crianças menores de 15 anos; Sintomas e/ou história de distúrbios psíquicos sérios; Doença da artéria coronária e outras condições cardiovasculares graves. Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres que estejam amamentando.

Como usar o Bromocriptina?

Bromocriptina deve sempre ser administrado com alimentos. É recomendável tomar o medicamento antes de dormir e com leite para prevenir o aparecimento de náuseas. Posologia do Bromocriptina O princípio básico da terapia com Bromocriptina é iniciar o tratamento com doses baixas e, em doses individuais, aumentar lentamente a dose diária até uma resposta terapêutica máxima a ser alcançada. Estados hiperprolactinêmicos, incluindo amenorreia, infertilidade feminina e hipogonadismo Dose inicial de 1,25 mg (meio comprimido) a 2,5 mg por dia. Doses adicionais de 2,5 mg/dia podem ser administradas a cada 3 a 7 dias até que uma resposta terapêutica adequada seja alcançada. A dose terapêutica usual é de 5 mg a 7,5 mg. Adenomas 1,25 mg (meio comprimido) a 2,5 mg por dia, aumentando gradativamente a dose até que se consiga manter os níveis plasmáticos de prolactina adequadamente suprimidos. Para indivíduos entre 15 e 17 anos 1,25 mg (meio comprimido) duas ou três vezes por dia, aumentar gradativamente a quantidade diária de comprimidos requeridas para manter a prolactina plasmática adequadamente suprimida. A dose máxima diária recomendada para indivíduos entre 15 e 17 anos é 20 mg. Acromegalia Dose inicial é de 1,25 mg (meio comprimido) a 2,5 mg/dia. Doses adicionais de 1,25 mg a 2,5 mg a cada 3 a 7 dias podem ser administradas até que uma resposta terapêutica adequada seja alcançada. Pacientes devem ser reavaliados mensalmente e a dose ajustada, baseada na redução do hormônio de crescimento ou da resposta clínica. A dose usual varia de 20 a 30 mg/dia na maioria dos pacientes. Para indivíduos com idade entre 15 e 17 anos Inicialmente 1,25 mg (meio comprimido) duas ou três vezes por dia, aumentar gradativamente a quantidade diária de comprimidos dependendo da resposta clínica e das reações adversas. A dose máxima diária recomendada para indivíduos com idade entre 15 e 17 anos é 20 mg. Pacientes submetidos à irradiação da hipófise devem descontinuar Bromocriptina para uma avaliação, tanto dos efeitos clínicos da irradiação sobre o desenvolvimento da doença como do uso do Bromocriptina. O período adequado para tal retirada é de 4 a 8 semanas. A recorrência dos sinais ou sintomas ou aumento do hormônio do crescimento indicam que a doença ainda está ativa e novo tratamento com Bromocriptina deve ser considerado. Doença de Parkinson A dosagem de levodopa, durante o período introdutório deste medicamento, deve ser mantida, se possível. A dose inicial de Bromocriptina é de 1,25 mg (meio comprimido) a 2,5 mg/dia, em duas tomadas com as refeições. Avaliações a cada 2 semanas são aconselháveis para assegurar que doses mais baixas possam produzir o efeito terapêutico desejado. Se necessário, a dose pode ser aumentada a cada 14 - 28 dias com 2,5 mg/dia, administradas com as refeições. Neste momento, é aconselhável reduzir as doses de levodopa devido aos efeitos adversos. Populações especiais Idosos (65 anos ou mais) Embora nenhuma variação na eficácia ou no perfil de reações adversas tenha sido observada em pacientes idosos utilizando Bromocriptina, uma maior sensibilidade em alguns idosos não pode ser descartada. Geralmente, a titulação da dose para pacientes idosos deve ser cautelosa, iniciando-se com a menor dosagem da faixa posológica, refletindo a maior frequência na diminuição das funções hepáticas, renais ou cardíacas e doenças concomitantes ou outras terapias medicamentosas nesta população. Insuficiência renal Não foram conduzidos estudos em pacientes com insuficiência renal. Insuficiência hepática Não foram conduzidos estudos em pacientes com insuficiência hepática. Este medicamento não deve ser mastigado.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Bromocriptina?

As seguintes reações adversas com Bromocriptina foram derivadas de múltiplas fontes, incluindo estudos clínicos e experiência de pós-comercialização, através de relatos espontâneos e casos da literatura (Tabela 1) e estão listadas de acordo o sistema de classes de órgão do MedDRA. Dentro de cada sistema de classe de órgão, as reações adversas são classificadas por frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade. Adicionalmente, a categoria de frequência correspondente a cada reação adversa ao medicamento é baseada na seguinte convenção (CIOMS III): Muito comum (≥ 1/10); Comum (≥ 1/100, < 1/10); Incomum (≥ 1/1.000, < 1/100); Rara (≥ 1/10.000, < 1/1.000); Muito rara (< 1/10.000); Desconhecida. Tabela 1 – Reações adversas ao medicamento Distúrbios Psiquiátricos Incomuns: Estado confusional, hiperatividade psicomotora, alucinações Raras: Distúrbios psicóticos, insônia Desconhecida: Transtorno do controle dos impulsos* Distúrbios do Sistema Nervoso Comuns: Dor de cabeça, sonolência, vertigem Incomum: Discinesia Raras: Parestesia Muito raras: Início súbito de sono Distúrbios oculares Raras: Distúbios visuais, visão borrada Distúrbios auriculares e do labirinto Rara: Tinnitus (zumbido) Distúrbios cardíacos Raras: Efusão pericárdica, pericardite constrictiva, taquicardia, bradicardia, arritmia Muito rara: Fibrose da válvula cardíaca Distúrbios vasculares Incomuns: Hipotensão, hipotensão ortostática (muito raramente levando a síncope) Muito rara: Palidez reversível dos dedos da mão e dos pés induzido pelo frio (especialmente em pacientes com história do fenômeno de Raynaud) Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais Comum: Congestão nasal Raras: Efusão pleural, fibrose pleural, pleurisia, fibrose pulmonar, dispneia Distúrbios gastrointestinais Comuns: Náusea, constipação, vômitos Incomum: Boca seca Raras: Diarreia, dor abdominal, fibrose retroperitoneal, úlcera gastrintestinal, hemorragia gastrintestinal Distúrbios da pele e de tecidos subcutâneos Incomuns: Dermatite alérgica, alopecia Distúrbios musculoesqueléticos e de tecidos conjuntivos Incomum: Espasmos musculares Distúrbios gerais e condições do local de aplicação Incomum: Fadiga Rara: Edema periférico Muito rara: Uma síndrome semelhante à Síndrome Maligna Neuroléptica com a retirada abrupta de Bromocriptina  *Distúrbio do controle dos impulsos. Jogo patológico, aumento da libido, hipersexualidade, compulsão por gastar ou comprar e compulsão por comer podem ocorrer em pacientes tratados com agonistas dopaminérgicos, incluindo Bromocriptina. Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Bromocriptina maior do que a recomendada?

Sinais e sintomas Os sintomas observados na superdose foram náuseas, vômitos, vertigem, hipotensão, hipotensão postural, taquicardia, sonolência, confusão, letargia, ilusões, alucinações, bocejos repetidos, sudorese, palidez e mal-estar. Há relatos isolados que crianças ingeriram acidentalmente Bromocriptina. Os eventos adversos relatados foram: vômito, sonolência e febre. Os pacientes recuperaram-se espontaneamente dentro de poucas horas ou após conduta adequada. Tratamento da superdose No caso de superdose, é recomendado remover a droga por emese se o paciente estiver consciente, lavagem gástrica, carvão ativado e catarse salina.. Fazer controle hídrico rigoroso e da hipotensão. O controle da intoxicação aguda é sintomático. Pode-se indicar a metoclopramida para o tratamento da emese ou das alucinações. Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Bromocriptina com outros remédios?

Interações observadas a serem consideradas. Substratos / inibidores de CYP3A4 A Bromocriptina é um substrato e um inibidor do CYP3A4. Portanto deve-se ter cuidado quando são coadministrados medicamentos que são fortes inibidores e/ou substratos desta enzima (antimicóticos azóis, inibidores da HIV protease). O uso concomitante de antibióticos macrolídeos tais como eritromicina ou josamicina mostraram um aumento dos níveis plasmáticos de Bromocriptina. O tratamento concomitante de pacientes acromegálicos com Bromocriptina e octreotida levou a um aumento nos níveis plasmáticos de Bromocriptina. Medicamentos simpatomiméticos A coadministração de simpatomiméticos como fenilpropanolamina e Bromocriptina pode levar à hipertensão e cefaleia intensa. Sumatriptano A coadministração de sumatriptano pode potencializar o risco de reações vasoespásticas, devido ao efeito farmacológico aditivo. Alcaloides do ergot A coadministração pode aumentar a atividade estimulante de dopamina, levando a efeitos adversos dopaminérgicos, como cefaleia, náusea, vômito. Antagonistas de receptores dopaminérgicos Bromocriptina exerce seu efeito terapêutico pela estimulação de receptores de dopamina central, antagonistas de dopamina tais como antipsicóticos (fenotiazinas, butirofenonas e tioxantenas), e também metoclopramida e domperidona podem reduzir a atividade de Bromocriptina. Álcool O álcool pode potencializar os efeitos colaterais de Bromocriptina, bem como reduzir a tolerabilidade a este medicamento. Não se recomenda o uso concomitante de Bromocriptina e outros alcaloides do ergot.

Quais cuidados devo ter ao usar o Bromocriptina?

Deve-se tomar precauções com: Pacientes com problemas renais ou hepáticos; Pacientes com história de psicoses ou doenças cardiovasculares; Pacientes com história de úlcera gástrica, principalmente em pacientes acromegálicos. A administração de Bromocriptina concomitante com outras medicações que baixam a pressão arterial, ou em pacientes que recentemente receberam medicamentos que alteram a pressão arterial devem, periodicamente, receber monitoramento da pressão arterial, particularmente durante as primeiras semanas de tratamento. Doses elevadas de Bromocriptina, as quais podem diminuir ou inibir o fluxo salivar, contribui para o desenvolvimento de cáries, doenças periodontais, candidíase oral. Pacientes tratados com Bromocriptina e que fazem uso de contraceptivos orais devem ser orientados a utilizar outras medidas contraceptivas. Gastrointestinal Têm sido revelados poucos casos de sangramento gastrintestinal e úlcera gástrica. Se ocorrerem tais reações, o tratamento com Bromocriptina deve ser interrompido. Os pacientes com história ou evidência de úlcera péptica devem ser cuidadosamente monitorados quando receberem o medicamento. Quando o medicamento é usado no tratamento de outras afecções, aconselha-se observar periodicamente a pressão arterial. Caso se desenvolva hipertensão ou cefaleia renitente, grave e progressiva (com ou sem perturbações visuais), ou evidência de toxicidade do SNC, deve-se descontinuar a administração de Bromocriptina e o paciente deve ser avaliado imediatamente. Condições fibróticas Foram relatados ocasionalmente em alguns pacientes que usam Bromocriptina, especialmente os com tratamento prolongado e altas doses, efusões pleural e pericárdica, bem como fibrose pleural e pulmonar e pericardite constritiva. Pacientes com distúrbios pleuropulmonares inexplicados devem ser examinados completamente e a terapia com Bromocriptina deve ser descontinuada. Em alguns pacientes, particularmente aqueles com tratamentos prolongados e altas doses, foi relatado fibrose retroperitoneal. Para assegurar o reconhecimento da fibrose retroperitoneal no estágio precoce reversível é recomendado que suas manifestações (por ex. dor nas costas, edema dos membros inferiores, função renal prejudicada) sejam acompanhadas nesta categoria de pacientes. Bromocriptina deve ser retirado se mudanças fibróticas no retroperitôneo forem diagnosticadas ou suspeitas. Transtorno do controle dos impulsos Os pacientes devem ser regularmente monitorados quanto ao desenvolvimento de transtornos do controle dos impulsos. Pacientes e cuidadores devem ser alertados sobre os sintomas comportamentais dos transtornos do controle dos impulsos, incluindo jogo patológico, aumento da libido, hipersexualidade, compulsão por gastar ou comprar, compulsão por comer, que podem ocorrer em pacientes tratados com agonistas dopaminérgicos, incluindo Bromocriptina. Redução da dose ou descontinuação do tratamento devem ser considerados caso tais sintomas se desenvolvam. Pacientes com adenoma secretor de prolactina Uma vez que a hiperprolactemia e a infertilidade têm sido associadas com tumores da hipófise, uma completa avaliação da hipófise é indicada antes do tratamento com Bromocriptina. Uma vez que os pacientes com macroadenomas da hipófise também são acompanhados de hipopituitarismo decorrente de compressão ou destruição do tecido hipofisário, deve-se realizar uma completa avaliação das funções hipofisárias e adotar uma terapia de substituição adequada antes da utilização de Bromocriptina. Em pacientes com insuficiência secundária da adrenal, a substituição com corticosteroides é essencial. A avaliação do tamanho do tumor em pacientes com macroadenomas hipofisários deve ser cuidadosamente monitorada e, se houver evidências de expansão do tumor, deve-se considerar procedimento cirúrgico. Se ocorrer gravidez após a administração de Bromocriptina em pacientes com adenomas, é imprescindível uma observação cuidadosa. Os adenomas secretores de prolactina podem expandir durante a gravidez. Nesses pacientes, o tratamento com Bromocriptina resulta, frequentemente, em diminuição do tumor e no rápido desenvolvimento dos defeitos do campo visual. Em casos graves, a compressão de outro nervo craniano ou óptico pode necessitar de cirurgia emergencial da hipófise. O comprometimento do campo visual é uma conhecida complicação de macroprolactinoma. O tratamento efetivo com Bromocriptina leva a uma redução em hiperprolactinemia e frequentemente a uma resolução do comprometimento visual. Entretanto, em alguns pacientes, uma deterioração secundária dos campos visuais pode subsequentemente desenvolverse apesar dos níveis normalizados de prolactina e diminuição do tumor, que pode resultar a partir da tração no quiasma óptico o qual é rebaixado para a sela agora parcialmente vazia. Nestes casos o defeito do campo visual pode melhorar na redução da dosagem de Bromocriptina enquanto houver alguma elevação de prolactina e alguma reexpansão do tumor. A monitoração dos campos visuais em pacientes com macroprolactinoma é, portanto, recomendada para um reconhecimento precoce da perda de campo secundário devido à herniação quiasmal e adaptação da dosagem do medicamento. Em alguns pacientes com adenomas secretores de prolactina, tratados com Bromocriptina, foi observado rinorreia de líquido cefalorraquidiano. Os dados disponíveis sugerem que isto pode ser resultado do encolhimento do tumor invasivo. Pacientes com problemas hereditários de intolerância a galactose, de deficiência grave de lactase ou malabsorção de glicose-galactose não devem tomar este medicamento. Pacientes idosos (65 anos ou mais) Estudos clínicos com Bromocriptina não incluíram um número suficiente de indivíduos com 65 anos ou mais para determinar se os idosos respondem diferentemente dos indivíduos mais jovens. Entretanto, outros relatos de experiência clínica, incluindo relatos de eventos adversos pós-comercialização, não identificaram diferenças na resposta ou tolerabilidade entre idosos e pacientes mais jovens. Ainda que, não tenha sido observada variação nos perfis de reação adversa em pacientes idosos em tratamento com Bromocriptina, uma importante sensibilidade em alguns indivíduos idosos não pode ser descartada. Em geral, a escolha da dose para um paciente idoso deve ser cuidadosa, começando com a mais baixa e terminando na faixa de dose, atentar para as frequentes e importantes diminuições na função hepática, renal ou cardíaca e nas doenças concomitantes ou terapias com outros medicamentos nessa população. Adolescentes A eficácia e a segurança da Bromocriptina em pacientes pediátricos foram estabelecidas apenas nas indicações para adenomas que secretam prolactina e para acromegalia, em pacientes acima de 15 anos de idade. Entretanto, outros relatos de experiências clínicas, incluindo relatos de eventos adversos após comercialização, não identificaram diferenças na tolerabilidade entre adultos e adolescentes. Ainda que, não tenha sido observada variação nos perfis de reação adversa em pacientes pediátricos em tratamento com Bromocriptina, uma importante sensibilidade em alguns indivíduos jovens não pode ser descartada, e recomenda-se que a titulação de dose em pacientes pediátricos seja cuidadosa. Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ ou operar máquinas Uma vez que reações hipotensivas podem ocorrer ocasionalmente e resultar em diminuição do estado de alerta, especialmente durante os primeiros dias de tratamento, deve-se ter cautela ao dirigir veículos e/ou operar máquinas. Bromocriptina foi associado com sonolência e episódios de início súbito de sono, particularmente em pacientes com doença de Parkinson. Foram relatados muito raramente casos de início súbito de sono durante as atividades diárias, em alguns casos sem consciência ou sinais de aviso. Os pacientes devem ser informados disso e alertados a não dirigir veículos ou operar máquinas durante o tratamento com Bromocriptina. Pacientes que tiverem experimentado sonolência e/ou um episódio de início súbito de sono não devem dirigir veículos ou operar máquinas. Além disso, uma redução da dosagem ou término da terapia deve ser considerada. Gravidez e lactação Gravidez Bromocriptina deverá ser descontinuado assim que a gravidez for confirmada em mulheres a menos que haja uma razão terapêutica para continuar. Não se tem observado aumento da incidência de aborto após a retirada de Bromocriptina neste período. A experiência clínica indica que Bromocriptina, administrado durante a gravidez, não afetou adversamente o curso ou o fim da gravidez. Se ocorrer gravidez na presença de adenoma de hipófise e o tratamento com Bromocriptina tiver que ser interrompido, é essencial uma supervisão precisa desde o início até o fim da gravidez. Em pacientes que demonstrarem sintomas de aumento de prolactinoma, por exemplo, cefaleia ou deterioração do campo visual, o tratamento com Bromocriptina pode ser restabelecido ou, apropriadamente, pode-se realizar uma cirurgia. Este medicamento pertence à categoria de risco B na gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Lactação Uma vez que Bromocriptina inibe a lactação, ele não deve ser administrado a mães que amamentam. Mulheres com potencial de engravidar A fertilidade pode ser restaurada pelo tratamento com Bromocriptina. Mulheres em idade fértil que não pretendem engravidar devem ser aconselhadas a utilizar algum método contraceptivo.

Qual a ação da substância Bromocriptina?

Resultados de Eficácia Como inibidor específico da secreção de prolactina, Bromocriptina demonstrou ser eficaz no tratamento dos estados patológicos induzidos pela prolactina. Na amenorreia e/ou anovulação (com ou sem galactorreia), Bromocriptina pode ser empregado para restabelecer o ciclo menstrual e a ovulação. Tem-se demonstrado que Bromocriptina interrompe o crescimento, ou reduz o tamanho, dos adenomas hipofisários secretores de prolactina (prolactinomas). Em pacientes acromegálicos, além de diminuir os níveis plasmáticos dos hormônios do crescimento e prolactina, Bromocriptina tem efeito benéfico nos sintomas clínicos e sobre a tolerância à glicose. Devido a sua atividade dopaminérgica, Bromocriptina, em doses normalmente superiores às recomendadas para as indicações endocrinológicas, é eficaz no tratamento da doença de Parkinson, caracterizada por uma deficiência de dopamina nigroestriatal específica. Nessa condição, a estimulação dos receptores dopaminérgicos por Bromocriptina pode restabelecer o equilíbrio neuroquímico no corpo estriado. Clinicamente, Bromocriptina melhora o tremor, a rigidez, a bradicinesia e outros sintomas parkinsonianos em todos os estágios da doença. Normalmente a eficácia terapêutica perdura por vários anos (até o momento, foram observados bons resultados em pacientes tratados por até 8 anos). Bromocriptina pode ser administrado isoladamente, tanto no início como nos estágios avançados da doença, ou em combinação com outros medicamentos antiparkinsonianos. A associação com levodopa resulta na potencialização dos efeitos antiparkinsonianos, permitindo frequentemente uma redução da dose de levodopa. Bromocriptina oferece benefícios especiais a pacientes sob tratamento com levodopa, que apresentam uma resposta terapêutica decrescente ou complicações tais como movimentos involuntários anormais (discinesia coreoatetósica e, ou distonia dolorosa), falha na manutenção do efeito (end-of-dose failure) e fenômeno on-off. Bromocriptina melhora a sintomatologia depressiva frequentemente observada em parkinsonianos. Este efeito é devido a propriedades antidepressivas inerentes, conforme evidenciado em estudos controlados em pacientes não-parkinsonianos com depressão endógena ou psicogênica. Referências Bibliográficas 1. Brun Del Re R, Del Pozo E, De Grandi P, Friesen H, Hinselmann M, Wyss H. Prolactin inhibition and suppression of puerperal lactation by a Br-ergocryptine (CB 154). A comparison with estrogen. Obstet & Gynec 1973;41:884-890 [PLO 39]. [4] 2. Wenner R, Varga L, The prolactin-inhibiting action of 2-Br-alpha-ergocryptine. 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Rass Studi Psichiat 1976;65:541-7. [108] Características Farmacológicas Farmacodinâmica Grupo farmacoterapêutico: Agonista de dopamina (código ATC: N04B C01), inibidor de prolactina (código ATC: G02 B01). Bromocriptina inibe a secreção do hormônio da hipófise anterior, a prolactina, sem afetar os níveis normais de outros hormônios hipofisários. No entanto, pode reduzir níveis anormalmente elevados do hormônio de crescimento (GH) em pacientes com acromegalia. Esses efeitos são decorrentes da estimulação dos receptores dopaminérgicos. No puerpério, a prolactina é necessária para dar início e manter a lactação puerperal. Em outras circunstâncias, a secreção elevada da prolactina dá lugar à lactação patológica (galactorreia) e/ou transtornos da ovulação e da menstruação. Farmacocinética Absorção Após administração oral, Bromocriptina é bem absorvido. Quando os comprimidos são administrados a voluntários saudáveis, a meia-vida de absorção é de 0,2 a 0,5 hora e os picos plasmáticos de Bromocriptina são atingidos em 1 a 3 horas. Uma dose oral de 5 mg de Bromocriptina resulta em uma Cmax de 0,465 ng/mL. O efeito de redução da prolactina inicia-se 1 a 2 horas após a ingestão, atinge redução máxima, isto é, redução da prolactina no plasma em mais de 80%, em 5 a 10 horas e permanece próximo dessa redução máxima por um período de 8 a 12 horas. Efeitos da alimentação A taxa de absorção (Cmáx) de comprimidos / cápsulas padrão de Bromocriptina pode ser reduzida pela ingestão de alimento a uma extensão de 10-40%. No entanto, a biodisponibilidade (AUC) dos comprimidos / cápsulas padrão não é significativamente influenciada. De forma geral, não há efeito clinicamente significante da alimentação sobre Bromocriptina. Distribuição A ligação às proteínas plasmáticas é de 96%. Biotransformação / Metabolismo A Bromocriptina sofre uma biotransformação extensiva de primeira passagem no fígado, refletida por um perfil de metabólitos complexos e pela ausência quase completa do medicamento inalterado na urina e nas fezes. Isto mostra uma alta afinidade pelo CYP3A e as hidroxilações no anel de prolina da porção média do ciclopeptídeo constituem uma via metabólica principal. Inibidores e/ou potentes substratos para CYP3A4 podem inibir o clearance (depuração) de Bromocriptina e elevar os seus níveis. A Bromocriptina é também, um potente inibidor do CYP3A4 com um valor calculado de IC50 de 1,69 microM. Entretanto, devido à baixa concentração terapêutica de Bromocriptina livre em pacientes, não deve ser esperada uma alteração significante do metabolismo de medicamentos secundários cujo clearance (depuração) é mediado pelo CYP3A4. Eliminação A eliminação plasmática do medicamento inalterado é bifásica, com meia-vida terminal de cerca de 15 horas (variação de 8 a 20 horas). O medicamento inalterado e seus metabólitos são excretados quase que completamente pelo fígado, sendo que somente 6% são eliminados pelos rins. Populações especiais Idosos O efeito da idade sobre a farmacocinética da Bromocriptina e seus metabólitos não foi avaliado. Insuficiência hepática Em pacientes com função hepática prejudicada, a velocidade de eliminação pode ficar mais lenta e os níveis plasmáticos aumentados. Insuficiência renal O efeito da função renal sobre a farmacocinética da Bromocriptina não foi avaliado. O fármaco inalterado e seus metabólitos são quase completamente excretados pela via hepática e apenas 6% é eliminado pela via renal. Portanto, é pouco provável que haja impacto para pacientes com insuficiência renal. Estudos clínicos Bromocriptina é um produto estabelecido. Nenhum estudo clínico recente foi conduzido. Dados de segurança pré-clínicos Os dados de segurança pré-clínicos para Bromocriptina não revelaram danos especiais para humanos, baseados nos estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade de dose única e de doses repetidas, genotoxicidade, mutagenicidade, potencial carcinogênico, ou toxicidade para reprodução. Efeitos em estudos pré-clínicos foram observados apenas em exposições consideradas suficientemente excessivas à exposição humana máxima, indicando pequena relevância para uso clínico. Carcinomas uterinos foram observados apenas em estudos pré-clínicos com ratos em altas doses. Esses carcinomas são considerados devido à sensibilidade espécie-específica dos animais teste à atividade farmacológica da Bromocriptina.

Fontes consultadas

Bula do Profissional do Medicamento Parlodel®.

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