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Canaquinumabe

Sobre este Remédio

Canaquinumabe, para o que é indicado e para o que serve?

Canaquinumabe é indicado para o tratamento das Síndromes Periódicas Associadas à Criopirina (CAPS), em adultos e crianças com 2 anos ou mais, incluindo: Síndrome Autoinflamatória Familiar desencadeada pelo Frio (FCAS) / Urticária Familiar ao Frio (FCU). Síndrome de Muckle-Wells (MWS). Doença Inflamatória Multissistêmica de Início Neonatal (NOMID) / Síndrome crônico-infantil-neurológica-cutâneo- articular (CINCA). Síndrome Periódica Associada ao Receptor do Fator de Necrose Tumoral (TRAPS) Canaquinumabe é indicado para o tratamento de Síndrome Periódica Associada ao receptor do Fator de Necrose Tumoral (TRAPS) em adultos e crianças com 2 anos ou mais. Síndrome da Hiperimunoglobulinemia D (HIDS)/Deficiência da Mevalonato Quinase (MKD) Canaquinumabe é indicado para o tratamento da Síndrome da Hiperimunoglobulinemia D (HIDS)/Deficiência da Mevalonato Quinase (MKD) em adultos e crianças com 2 anos ou mais. Febre Familiar do Mediterrâneo (FMF) Canaquinumabe é indicado para o tratamento da Febre Familiar do Mediterrâneo em adultos e crianças com 2 anos ou mais, nos quais a colchicina é contraindicada, não é tolerada, ou não apresenta uma resposta adequada, apesar da maior dose tolerável de colchicina. Canaquinumabe pode ser administrado como monoterapia ou em combinação com colchicina. Canaquinumabe também é indicado para o tratamento de Artrite Idiopática Juvenil Sistêmica (AIJS) Canaquinumabe é indicado para o tratamento da Artrite Idiopática Juvenil Sistêmica ativa em pacientes com 2 anos ou mais, que não tenham respondido adequadamente à terapia anterior com medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e corticosteroides sistêmicos. Canaquinumabe pode ser usado como monoterapia ou em combinação com metotrexato.

Quais as contraindicações do Canaquinumabe?

Hipersensibilidade confirmada à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes. Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.

Como usar o Canaquinumabe?

Método de administração Injeção subcutânea Após um treinamento adequado de técnica de injeção, caso o médico determine que seja apropriado, os próprios pacientes ou cuidadores poderão aplicar Canaquinumabe , com acompanhamento médico, conforme necessário. O tratamento deve ser iniciado e supervisionado por um médico especialista com experiência no diagnóstico e tratamento de CAPS ou AIJS. Instruções de uso e manuseio Canaquinumabe 150 mg pó para solução injetável é fornecido em um frasco-ampola de uso único. Qualquer produto não utilizado ou material residual deve ser descartado de acordo com as regulamentações locais. Reconstitua cada frasco-ampola de Canaquinumabe , injetando lentamente 1,0 mL de água para injeção com uma seringa de 1 mL e uma agulha de 18 G x 2”. Gire o frasco-ampola vagarosamente em um ângulo de aproximadamente 45° por cerca de 1 minuto e deixe descansar por 5 minutos. Em seguida, vire suavemente o frasco-ampola de cabeça para baixo e volte à sua posição inicial, 10 vezes. Se possível, evite tocar no batoque de borracha com seus dedos. Deixe descansar por 15 minutos em temperatura ambiente. Não agite. Não utilize se houver partículas na solução. Bata levemente no frasco-ampola para remover qualquer líquido residual do batoque de borracha. A solução deve ser livre de partículas visíveis e límpida a opalescente. A solução deve ser incolor ou pode ter uma ligeira coloração amarelo-acastanhada. Por razões microbiológicas, a solução preparada deve ser utilizada imediatamente após a reconstituição. Caso isso não seja possível, a duração e as condições de armazenamento são de responsabilidade do usuário e normalmente não deve exceder 24 horas a 2-8°C. Retire cuidadosamente o volume necessário, dependendo da dose a ser administrada (0,2 mL a 1,0 mL) e aplique por via subcutânea utilizando uma agulha de 27 G x 0,5”. A injeção sobre cicatriz deve ser evitada, pois pode resultar em exposição insuficiente ao Canaquinumabe . Precauções especiais para descarte Pacientes ou outros cuidadores devem ser instruídos sobre o procedimento apropriado para descarte dos frascos, seringas e agulhas de acordo com as regulamentações locais. Posologia CAPS A dose recomendada inicial de Canaquinumabe para pacientes com CAPS é: Adultos e crianças de 4 anos de idade ou mais: 150 mg para pacientes com peso corporal > 40 kg; 2 mg/kg com peso corporal ≥ 15 kg e ≤ 40 kg; 4 mg/kg com peso corporal ≥ 7,5 kg e < 15 kg. Crianças a partir de 2 a < 4 anos de idade: 4 mg/kg para pacientes com peso corporal ≥ 7,5 kg. Canaquinumabe é administrado em dose única a cada 8 semanas, por injeção subcutânea. Para pacientes com uma dose inicial de 150 mg ou 2 mg/kg, se uma resposta clínica satisfatória (resolução Canaquinumabe da erupção cutânea e outros sintomas de inflamação generalizada) não for atingida em 7 dias após o início do tratamento, uma Canaquinumabe segunda dose de 150 mg ou 2 mg/kg pode ser considerada. Se uma resposta completa ao tratamento for alcançada subsequencialmente, o regime de intensificação da dose de 300 mg ou 4 mg/kg a cada 8 semanas pode ser mantido. Se uma resposta clínica satisfatória não for alcançada em 7 dias após esta segunda dose, uma terceira dose de 300 mg ou 4 mg/kg pode ser considerada. Se uma resposta completa ao tratamento for subsequentemente alcançado, o esquema de dose intensificado de 600 mg ou 8 mg/kg a cada 8 semanas deve ser mantido. Para pacientes com a dose inicial de 4 mg/kg, se a resposta clínica satisfatória não for alcançada em 7 dias após o início do tratamento, uma segunda dose de 4 mg/kg pode ser considerada. Se uma resposta completa ao tratamento for alcançado, o esquema de dose intensificado de 8 mg/kg a cada 8 semanas deve ser mantido. A experiência clínica com intervalos de doses menores que 4 semanas ou com doses acima de 600 mg ou 8 mg/kg é limitada. TRAPS A dose inicial recomendada de Canaquinumabe para pacientes com TRAPS é: Adultos e crianças ≥ 2 anos de idade: 150 mg para pacientes com peso corporal > 40 kg; 2 mg/kg com peso corporal ≤ 40 kg É administrado de quatro em quatro semanas, como dose única, por injeção subcutânea. Se uma resposta clínica satisfatória não for alcançada 7 dias após a primeira dose, uma segunda dose de Canaquinumabe a 150 mg ou 2 mg/kg pode ser administrada. Se uma resposta completa ao tratamento é subsequentemente alcançada, o regime de intensificação da dose de 300 mg ou 4 mg/kg a cada 4 semanas deve ser mantido. HIDS/MKD A dose inicial recomendada de Canaquinumabe para pacientes com HIDS/MKD é: Adultos e crianças ≥ 2 anos de idade: 150 mg para pacientes com peso corporal > 40 kg; 2 mg/kg com peso corporal ≤ 40 kg. É administrado de quatro em quatro semanas, como dose única, por injeção subcutânea. Se uma resposta clínica satisfatória não for alcançada 7 dias após a primeira dose, uma segunda dose de Canaquinumabe a 150 mg ou 2 mg/kg pode ser administrada. Se uma resposta completa ao tratamento é subsequentemente alcançada, o regime de intensificação da dose de 300 mg ou 4 mg/kg a cada 4 semanas deve ser mantido. FMF A dose inicial recomendada de Canaquinumabe para pacientes com FMF é Adultos e crianças ≥ 2 anos de idade: 150 mg para pacientes com peso corporal > 40 kg; 2 mg/kg com peso corporal ≤ 40 kg É administrado de quatro em quatro semanas, como dose única, por injeção subcutânea. Se uma resposta clínica satisfatória não for alcançada 7 dias após a primeira dose, uma segunda dose de Canaquinumabe a 150 mg ou 2 mg/kg pode ser administrada. Se uma resposta completa ao tratamento é subsequentemente alcançada, o regime de intensificação da dose de 300 mg ou 4 mg/kg a cada 4 semanas deve ser mantido. AIJS A dose recomendada de Canaquinumabe para pacientes com AIJS com peso copóreo ≥ 7,5 kg é 4 mg/kg (até o máximo de 300 mg) administrado a cada quatro semanas através de injeção subcutânea. O tratamento com Canaquinumabe em pacientes sem melhora clínica deve ser reconsiderado pelo médico. Populações especiais Insuficiência renal Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. Indivíduos com comprometimento renal grave não foram avaliados nos estudos da AIJS. Como o Canaquinumabe é uma imunoglobulina IgG humana com tamanho molecular grande (~150 kDa) espera-se que poucos anticorpos sejam excretados pela urina e não se acredita que a insuficiência renal impacte em sua farmacocinética. Em indivíduos com CAPS, o impacto da função renal comprometida no clearance (depuração) do Canaquinumabe não foi clinicamente relevante. Insuficiência hepática Canaquinumabe não foi especificamente estudado em pacientes com insuficiência hepática. Uma vez que Canaquinumabe é uma imunoglobulina IgG humana, não se espera que insuficiência hepática impacte em sua farmacocinética. Pacientes pediátricos Canaquinumabe não é recomendado para crianças com CAPS e AIJS abaixo de 2 anos, devido à falta de dados clínicos. Dados limitados em pacientes com CAPS abaixo de 2 anos estão disponíveis. Pacientes geriátricos Não é necessário ajuste de dose em pacientes geriátricos.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Canaquinumabe?

Resumo de perfil de segurança Aproximadamente 2.300 pessoas foram tratadas com Canaquinumabe em estudos intervencionais, em pacientes com CAPS e AIJS ou outras doenças mediadas pela IL-1 e voluntários sadios. As reações adversas mais frequentemente relatadas foram infecções (por exemplo, nasofaringites e infecções do trato respiratório superior). A maioria dos eventos foi leve a moderado, embora infecções graves tenham sido relatadas. Não se observou impacto sobre o tipo ou frequência de reações adversas nos tratamentos prolongados. Reações de hipersensibilidade foram relatadas em pacientes tratados com canaquinumabe. Infecções oportunistas foram relatadas em pacientes tratados com canaquinumabe. CAPS Um total de 211 pacientes adultos e pediátricos com CAPS (incluindo FCAS/FCU, MWS e NOMID/CINCA) receberam Canaquinumabe em estudos clínicos. A segurança de Canaquinumabe comparada a do placebo foi investigada em um estudo pivotal de fase III, que consistiu de um período aberto de 8 semanas (Parte I), seguido de um período de 24 semanas, randomizado, duplo-cego, com retirada controlada por placebo (Parte II), e um período de 16 semanas de estudo aberto em tratamento com Canaquinumabe (Parte III). Todos os pacientes foram tratados com Canaquinumabe 150 mg subcutâneo ou 2 mg/kg, se o peso corpóreo fosse ≥ 15 kg e ≤ 40 kg. Alterações laboratoriais (CAPS) Hematologia Durante os ensaios clínicos com Canaquinumabe em pacientes com CAPS, os valores médios de hemoglobina aumentaram e houve diminuição dos glóbulos brancos, neutrófilos e plaquetas. Transaminases hepáticas Elevações das transaminases foram raramente observadas em pacientes com CAPS. Bilirrubina Elevações assintomáticas e discretas de bilirrubina sérica foram observadas em pacientes com CAPS tratados com canaquinumambe sem elevação concomitante das transaminases. População pediátrica Foram 80 pacientes com CAPS em uma faixa etária de 2 a 17 anos. No total, não houve diferenças clínicas significantes para o perfil de segurança e tolerabilidade de canaquinumabe, em pacientes pediátricos, comparados com a população total de CAPS (composta de adultos e pacientes pediátricos, n = 211) incluindo a frequência e a gravidade geral dos episódios de infecções. As infecções do trato respiratório superior foram as mais frequentemente relatadas. Adicionalmente, 6 pacientes abaixo de 2 anos foram avaliados em um estudo clínico aberto e pequeno. O perfil de segurança do Canaquinumabe se mostrou semelhante ao de pacientes com 2 anos ou mais. População geriátrica Não há diferença significativa no perfil de segurança observado em pacientes com idade igual ou maior que 65 anos. No longo prazo, em estudos abertos com o aumento da dose, os eventos de infecções (gastroenterite, infecção do trato respiratório, infecções do trato respiratório superior), vômitos e tonturas foram mais frequentemente relatados nos grupos de 600 mg ou 8 mg/kg do que em outros grupos. TRAPS, HIDS/MKD e FMF Um total de 169 pacientes adultos e pediátricos com TRAPS, HIDS/MKD e FMF receberam Canaquinumabe em um estudo clínico principal de fase III, que consistiu em um período de triagem de 12 semanas (Parte I), e um período de tratamento placebo controlado de 16 semanas, randomizado, duplo cego (Parte II). Os pacientes de Canaquinumabe foram tratados com 150 mg por via subcutânea ou 2 mg/kg se o peso corporal ≤ 40 kg. A segurança de Canaquinumabe comparada com a de pacientes tratados com placebo a partir do período de tratamento de 16 semanas (Parte II) é mostrado na Tabela 5. As categorias de frequência são definidas usando a seguinte convenção: muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100 a < 1/10); incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100); rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); muito rara (< 1/10.000). 1 Nenhuma reação no local de injeção levou à interrupção do estudo. 2 Com base em 168 pacientes tratados com Canaquinumabe e 79 pacientes tratados com placebo. Um paciente teve uma infecção leve do trato respiratório superior associada. 3 Com base em 169 pacientes tratados com Canaquinumabe e 80 pacientes tratados com placebo. Não houve sangramento associado. Infecções e infestações Infecções do trato respiratório superior (24,9%) representaram mais da metade dos eventos relatados, seguido por infecções do ouvido e do trato respiratório inferior e infecções pulmonares (4,1%, respectivamente). População pediátrica Foram observados 102 pacientes pediátricos de Canaquinumabe com uma faixa etária de 2 a 17 anos. No geral, não foram observadas diferenças clinicamente significativas no perfil de segurança e tolerabilidade do Canaquinumabe em pacientes pediátricos em comparação com a população geral. AIJS Um total de 201 pacientes com AIJS de 2 a < 20 anos de idade receberam Canaquinumabe em estudos clínicos. A segurança de Canaquinumabe em comparação ao placebo foi investigada em dois estudos pivotais de fase III. As reações adversas estão listadas de acordo com a classe de sistema-órgão MedDRA, versão 15.0. Em cada classe deste sistema, as reações adversas ao medicamento estão classificadas por categoria de frequência, com as mais comuns em primeiro. As categorias de frequência são definidas usando a seguinte convenção: muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100 a < 1/10); incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100); rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); muito rara (< 1/10.000); desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis). Em cada agrupamento de frequência, as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade. Anormalidades laboratoriais (AIJS) Hematologia Diminuição da contagem de leucócitos (WBC) ≤ 0,8 vezes o limite inferior de normalidade (LIN) foi relatada em 5 pacientes (10,4%) no grupo de Canaquinumabe em comparação a 2 (4,0%) no grupo de placebo. Diminuições transitórias das contagens absolutas de neutrófilos (CAN) para menos de 1 x 109/L foram relatadas em 3 pacientes (6,0%) no grupo de Canaquinumabe em comparação a 1 paciente (2,0%) no grupo de placebo. Um caso de contagens CAN < 0,5 x 109/L foi observado no grupo de Canaquinumabe e nenhum no grupo de placebo. Diminuições leves (< LIN e > 75 x 109/L) e transitórias nas contagens de plaquetas foram observadas em 3 (6,3%) pacientes tratados com Canaquinumabe versus 1 (2,0%) paciente tratado com placebo. ALT/AST Valores elevados de ALT e/ou AST > 3 vezes o limite superior de normalidade (LSN) foram relatados em 2 (4,1%) pacientes tratados com Canaquinumabe e 1 (2,0%) paciente tratado com placebo. Todos os pacientes apresentaram valores normais na visita seguinte. População geriátrica Não há diferença significativa no perfil de segurança observada em pacientes com idade igual ou maior que 65 anos. Atenção: Este produto é um medicamento que possui uma nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Canaquinumabe com outros remédios?

Interações entre Canaquinumabe e outros medicamentos não foram investigadas em estudos formais. A expressão de enzimas hepáticas da CYP450 pode ser suprimida pelas citocinas que estimulam a inflamação crônica, tais como a IL-1 beta. Assim, a expressão da CYP450 pode ser normalizada quando a terapia com um potente inibidor de citocinas, tal como o canaquinumabe, é introduzida. Isto é clinicamente relevante para os substratos da CYP450 com um índice terapêutico estreito, onde a dose é ajustada individualmente. Ao se iniciar Canaquinumabe em pacientes tratados com esse tipo de medicamento, o acompanhamento terapêutico dos efeitos ou da concentração da substância ativa deve ser realizado e as doses individuais do medicamento ajustadas conforme necessário. Uma incidência aumentada de infecções graves foi associada com a administração de outro bloqueador de IL-1 em combinação com inibidores de TNF. O uso de Canaquinumabe com inibidores de TNF não é recomendado, pois pode aumentar o risco de infecções graves. Não há dados disponíveis sobre os efeitos das vacinas vivas ou da transmissão secundária de infecção por vacinas vivas em pacientes em terapia com canaquinumabe. Portanto, vacinas vivas não devem ser administradas concomitantemente com canaquinumabe. Recomenda-se, se possível, que os pacientes pediátricos e adultos completem todas as imunizações de acordo com os guias atuais de imunização antes do início do tratamento com canaquinumabe. Os resultados de um estudo em indivíduos adultos sadios demonstraram que uma dose única de Canaquinumabe 300 mg não afetou a indução e persistência de respostas de anticorpos após vacinação contra influenza e vacinas meningocócicas baseadas em proteínas glicosiladas. Os resultados de um estudo de 56 semanas, aberto, de pacientes com CAPS com 4 anos ou menos demonstraram que todos os pacientes que receberam vacinação convencional infantil com agente inativado desenvolveram níveis protetores de anticorpos.

Quais cuidados devo ter ao usar o Canaquinumabe?

Infecções Canaquinumabe está associado ao aumento na incidência de infecções graves. Os médicos devem ter cautela quando da administração de Canaquinumabe a pacientes com infecções, histórico de infecções recorrentes ou condições subjacentes que podem predispô-los a infecções. Em pacientes com CAPS e AIJS O tratamento com Canaquinumabe não deve ser iniciado ou continuado em pacientes com infecção ativa que necessitem de intervenção médica. Casos isolados de infecções incomuns ou oportunistas (incluindo aspergilose, infecções por micobactérias atípicas, herpes zoster) foram reportados durante o tratamento com Canaquinumabe. Uma relação causal entre Canaquinumabe e estes eventos não pode ser excluída. O uso concomitante de Canaquinumabe com inibidores de fator de necrose tumoral (TNF) não é recomendado, pois isso pode aumentar o risco de infecções graves. Em aproximadamente 12% dos pacientes com CAPS submetidos ao teste cutâneo PPD nos ensaios clínicos, o teste de acompanhamento resultou em um teste positivo durante o tratamento com Canaquinumabe sem evidência clínica de uma infecção latente ou ativa por tuberculose. Não se sabe se o uso de inibidores IL-1, tais como o Canaquinumabe, aumentam o risco de reativação da tuberculose. Antes do início da terapia, todos os pacientes devem ser avaliados para ambas as infecções ativa e latente por tuberculose. Particularmente em pacientes adultos esta avaliação deve incluir um histórico médico detalhado. Exames de rastreabilidade adequados, por exemplo, teste cutâneo tuberculínico, exame de liberação gama interferon (IGRA) e radiografia de tórax devem ser realizados em todos os pacientes (recomendações locais podem ser aplicadas). Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados para os sinais e sintomas da tuberculose durante e após o tratamento com Canaquinumabe. Todos os pacientes devem ser instruídos a procurar assistência médica se sinais ou sintomas sugestivos de tuberculose (por exemplo, tosse persistente, perda de peso e temperatura subfebril) aparecerem durante o tratamento com Canaquinumabe. No caso da conversão de um teste de PPD negativo em positivo, especialmente em pacientes de alto risco, meios alternativos de detecção para uma infecção por tuberculose devem ser considerados. Neoplasias malignas Neoplasias malignas foram relatadas em pacientes tratados com Canaquinumabe. O risco de se desenvolver neoplasias malignas com a terapia com anti-interleucina (IL-1) é desconhecido. Reações de hipersensibilidade Reações de hipersensibilidade pela terapia com Canaquinumabe foram relatadas. A maioria destes eventos foi de gravidade leve. Durante o desenvolvimento clínico de Canaquinumabe, em aproximadamente 2.300 pacientes, reações anafilactoides ou anafiláticas não foram relatadas. Entretanto, não se pode excluir o risco de reações graves de hipersensibilidade, as quais não são incomuns para proteínas injetáveis. Vacinas Vacinas vivas não devem ser utilizadas concomitantemente com Canaquinumabe. Neutropenia e Leucopenia Neutropenia e leucopenia foram observadas com medicamentos que inibem a IL-1, incluindo Canaquinumabe. O tratamento com Canaquinumabe não deve ser iniciado em pacientes com neutropenia ou leucopenia. Recomenda-se que a contagem de leucócitos (WBC), incluindo a contagem de neutrófilos seja avaliada antes de iniciar o tratamento e, novamente, após 1 a 2 meses. Para terapias crônicas ou repetidas, também é recomendado avaliar a contagem de WBC periodicamente durante o tratamento. Se um paciente desenvolver neutropenia ou leucopenia, a contagem de leucócitos deve ser cuidadosamente monitorada e a descontinuação do tratamento deve ser considerada. Função hepática Casos de elevações transitórias e assintomáticas das transaminases séricas ou bilirrubina foram relatadas em ensaios clínicos. Síndrome de ativação macrofáfica (em pacientes com AIJS) A síndrome de ativação macrofágica (SAM) é um distúrbio conhecido, com risco à vida, e que pode se desenvolver em pacientes com doenças reumáticas, especialmente na AIJS, devendo ser tratada agressivamente. Os médicos devem atentar para os sintomas de infecção ou piora da AIJS, pois estes são sinais conhecidos da SAM. Com base nas experiências clínicas, Canaquinumabe não parece aumentar a incidência de SAM em pacientes com AIJS, porém não é possível fazer uma conclusão definitiva. Gravidez Dados sobre o uso de Canaquinumabe em mulheres grávidas ou mulheres em idade fértil são limitados. Estudos em animais indicam não haver efeitos prejudiciais diretos ou indiretos em relação à toxicidade reprodutiva. O risco fetal/materno é desconhecido. Tendo em vista que estudos reprodutivos com animais não são sempre preditivos da resposta humana, o Canaquinumabe somente deve ser administrado às mulheres grávidas se claramente necessário. Este medicamento pertence à categoria C de risco na gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Estudos em camundongos utilizando anticorpo murino anti-IL-1 beta murina não mostrou efeitos sobre o parto. Lactação Não se sabe se o Canaquinumabe é excretado no leite humano. Estudos em animais mostraram que o anticorpo murino anti-IL-1 beta murina é transferido para as crias de camundongos que estão sendo amamentadas, porém sem observação de reação adversa sobre o seu desenvolvimento. Amamentação não é recomendada durante o tratamento com Canaquinumabe. Mulheres e Homem com potencial reprodutivo Estudos formais dos potenciais efeitos de Canaquinumabe sobre a fertilidade humana não foram conduzidos. O Canaquinumabe não teve efeito nos parâmetros de fertilidade de macacos saguis machos (C. jacchus). Um anticorpo murino anti-IL-1 beta murina não teve efeitos indesejáveis sobre a fertilidade de camundongos machos e fêmeas. Atenção diabéticos: contém açúcar.

Qual a ação da substância Canaquinumabe?

Resultados de eficácia CAPS A eficácia e a segurança de canaquinumabe foram demonstradas em pacientes com diferentes graus de gravidade da doença e fenótipos de CAPS (incluindo FCAS/FCU, MWS e NOMID/CINCA). No estudo de fase I/II, o tratamento com canaquinumabe teve um rápido início de ação, com desaparecimento ou melhora clinicamente significativa dos sintomas dentro de 1 dia após a dose. Parâmetros laboratoriais, como altos níveis de PCR e SAA, alta contagem de neutrófilos e plaquetas, foram normalizados rapidamente dentro de alguns dias após a injeção de canaquinumabe. O estudo pivotal consistiu em um protocolo multicêntrico de três partes com duração de 48 semanas, isto é, com um período aberto de 8 semanas (Parte I), um período de 24 semanas randomizado, duplo-cego, com retirada controlada por placebo (Parte II), seguido por um período aberto de 16 semanas (Parte III). O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia, segurança e tolerabilidade do medicamento em pacientes com CAPS 1,2,3. Parte I Uma resposta completa do ponto de vista clínico e de biomarcadores a do medicamento (definido como composto de avaliação global do médico sobre doença autoinflamatória e de pele ≤ mínimo e valores de PCR ou SAA < 10 mg/L) foi observada em 97% dos pacientes e apareceu dentro de 7 dias do início do tratamento. Melhoras significativas foram observadas nas avaliações clínicas dos médicos sobre a atividade da doença autoinflamatória: avaliação global sobre a atividade da doença autoinflamatória, avaliação da doença de pele (erupção cutânea com urticária), artralgia, mialgia, cefaleia/enxaqueca, conjuntivite, fadiga/mal-estar, avaliação de outros sintomas relacionados e avaliação dos sintomas pelos pacientes. Parte II No período de retirada do estudo pivotal, o objetivo primário foi definido como recorrência ou agravamento da doença: nenhum (0%) dos pacientes randomizados para o grupo de canaquinumabe apresentou agravamento, comparado a 81% dos pacientes randomizados para o grupo placebo. Parte III Pacientes tratados com placebo na Parte II, que participaram da extensão aberta com canaquinumabe, novamente apresentaram significante melhora clínica e sorológica da atividade da doença, comparável aos pacientes que foram continuamente tratados com canaquinumabe. Foram realizados dois estudos de fase III, abertos, não controlados, de longo prazo. Um dos estudos foi de segurança, tolerabilidade e eficácia de canaquinumabe em pacientes com CAPS. A duração total do tratamento variou de 6 meses a 2 anos. O outro estudo aberto com canaquinumabe para foi para avaliar a eficácia e segurança em pacientes japoneses com CAPS durante 24 semanas com uma extensão de fase de até 48 semanas. O objetivo principal foi avaliar a proporção de pacientes que ficaram livres de recaída na Semana 24, incluindo aqueles pacientes cuja dose foi aumentada. Na análise de eficácia combinada para estes dois estudos, 65,6% dos pacientes que não tinham sido previamente tratados com canaquinumabe atingiram uma resposta completa com 150 mg ou 2 mg/kg, enquanto que 85,2% dos pacientes atingiram uma resposta completa com qualquer dose. Dos pacientes tratados com 600 mg ou 8 mg/kg (ou mesmo superiores), 43,8% atingiram uma resposta completa. Menos pacientes com idade entre 2 a < 4 anos alcançaram resposta completa (57,1%) do que pacientes pediátricos e adultos. Dos pacientes que tinham atingido uma resposta completa, 89,3% mantiveram a resposta sem recaídas. A experiência em pacientes individuais que alcançaram uma resposta completa seguindo um escalonamento de doses até 600 mg (8 mg/kg) a cada oito semanas sugere que uma dose maior pode ser benéfica em pacientes que não atingem ou não mantêm uma resposta completa com as doses recomendadas (150 mg ou 2 mg/kg para pacientes com ≥ 15 kg e ≤ 40 kg). Uma dose maior foi administrada com maior frequência em pacientes a partir de 2 a < 4 anos de idade e pacientes com sintomas de NOMID/CINCA comparado com FCAS ou MWS. População pediátrica Os estudos de CAPS com canaquinumabe incluíram um total de 80 pacientes pediátricos com uma faixa etária de 2 a 17 anos. Em geral, os perfis de eficácia, segurança e tolerabilidade de canaquinumabe em pacientes pediátricos são comparáveis aos da população geral com CAPS (composto de pacientes adultos e pediátricos, n = 211). A maioria dos pacientes pediátricos alcançou melhora nos sintomas clínicos e marcadores objetivos da inflamação (ex., SAA e PCR). Um estudo de 56 semanas, aberto, foi conduzido para avaliar a eficácia, segurança e tolerabilidade do Canaquinumabe em pacientes com CAPS menores de 4 anos. Dezessete pacientes (incluindo 6 pacientes abaixo de 2 anos) foram avaliados, utilizando a dose inicial baseada no peso de 2-8 mg/kg. O estudo também avaliou o efeito da canaquinumabe no desenvolvimento de anticorpos da vacinação convencional infantil. Não foram observadas diferenças na segurança e eficácia em pacientes abaixo de 2 anos comparados aos pacientes com 2 anos ou mais. Todos os pacientes que receberam vacinação convencional infantil com agentes inativados (n = 7) desenvolveram níveis protetores de anticorpos. TRAPS, HIDS/MKD and FMF  A eficácia e segurança de Canaquinumabe para o tratamento de TRAPS, HIDS/MKD e FMF foram demonstradas em um estudo (N2301) único,de 4 partes, pivotal, que consiste em três coortes de doenças distintas, e recrutamento de 185 pacientes com idade > 28 dias. Na Parte I, pacientes em cada coorte de doença com 2 anos de idade ou mais entraram em um período de triagem de 12 semanas durante o qual foram avaliados para o início da exacerbação da doença. Na Parte II, pacientes no início da exacerbação foram randomizados em um período de tratamento de 16 semanas, duplo-cego, placebocontrolado, no qual receberam por via subcutânea 150 mg de Canaquinumabe (2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) ou placebo a cada 4 semanas. Os pacientes que completaram 16 semanas de tratamento, e foram classificados como responsivos, foram então re-randomizados em uma fase de retirada da medicação de 24 semanas, duplo-cego (Parte III) no qual receberam por via subcutânea Canaquinumabe 150 mg (2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg ) ou placebo a cada 8 semanas. Todos os pacientes tratados com Canaquinumabe 150 mg (2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) a cada 8 semanas e ausência de surto foram então inseridos em um período de extensão de tratamento de 72 semanas de fase aberta (Parte IV), em tratamento com Canaquinumabe 150 mg (2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) a cada 8 semanas. Os pacientes tratados com Canaquinumabe que apresentaram exacerbação da doença foram autorizados a reduzir seu intervalo de dose para 150 mg a cada 4 semanas, e subsequentemente, escalonados para uma dose de 300 mg (4 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) a cada 4 semanas, se necessário. Os pacientes re-randomizados tratados com placebo e ausência de surto na Parte III entraram na Parte IV, mas não receberam tratamento adicional. Os pacientes re-randomizados tratados com placebo com surto entraram no braço de tratamento de fase aberta e receberam Canaquinumabe 150 mg (2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) a cada 8 semanas. Na Parte II, os pacientes tratados com Canaquinumabe cuja exacerbação da doença não foi solucionada, ou que apresentaram a atividade da doença persistente do dia 8 até o dia 14 (PGA ≥ 2 ou PCR > 10 mg/L e sem redução em pelo menos 40% do valor basal) receberam uma dose adicional de 150 mg (ou 2 mg/kg para pacientes com 40 kg ou menos). Os pacientes tratados com Canaquinumabe cuja exacerbação da doença não foi solucionada, ou que tiveram a atividade da doença persistente do dia 15 até o dia 28 (PGA ≥ 2 ou PCR > 10 mg/L e sem redução em pelo menos 70% do valor basal), também receberam uma dose adicional de 150 mg (ou 2 mg/kg para pacientes com 40 kg ou menos). Do dia 29 em diante, os pacientes tratados com Canaquinumabe na Parte II com PGA ≥ 2 e PCR ≥ 30 mg/L também tiveram suas doses escalonadas. Todos os pacientes com escalonamento da dose permaneceram com aumento da dose de 300 mg (ou 4 mg/kg para pacientes com 40 kg ou menos) a cada 4 semanas. O desfecho primário de eficácia no período de tratamento randomizado (Parte II) foi a proporção de pacientes responsivos dentro de cada grupo que apresentaram resolução da exacerbação inicial da doença no Dia 15, e não apresentaram novo surto durante o restante do período de tratamento de 16 semanas. A resolução da exacerbação inicial da doença foi definida como obtenção de uma pontuação na Avaliação global da atividade da doença pelo médico (PGA) < 2 (doença "mínima ou ausente") e PCR dentro da faixa normal (≤ 10 mg/L) ou redução ≥ 70% do valor basal. Um novo surto foi definido como uma pontuação de PGA ≥ 2 ("doença leve, moderada ou grave") e PCR ≥ 30 mg/L. Os desfechos secundários, todos baseados nos resultados da Semana 16 (final da Parte II), incluíram a proporção de pacientes que alcançaram uma pontuação de PGA < 2, a proporção de pacientes com remissão sorológica (definida como PCR ≤ 10 mg/L), e a proporção de pacientes que normalizaram as concentrações de SAA (definido como SAA ≤ 10 mg/L). Para o desfecho primário de eficácia, Canaquinumabe foi superior ao placebo para todos os 3 grupos de doença na proporção de pacientes que apresentaram resolução da exacerbação inicial da doença no dia 15 e não apresentaram nenhum novo surto durante o restante do período de tratamento de 16 semanas. Canaquinumabe também demonstrou eficácia superior em comparação ao placebo nos desfechos secundários da PGA < 2 e PCR ≤ 10 mg/L em todos os 3 grupos. Maiores proporções de pacientes normalizaram o SAA (≤ 10 mg/L) na Semana 16 no tratamento com Canaquinumabe comparado ao placebo em todos os 3 grupos, com uma diferença estatisticamente significativa observada em pacientes com TRAPS. Escalonamento da dose Em uma análise exploratória do desfecho primário, a proporção de pacientes responsivos para todos os 3 coortes de doença foi ainda melhor para os pacientes tratados com Canaquinumabe que receberam o escalonamento da dose no primeiro mês para uma dose de 300 mg (ou 4 mg/kg para pacientes com 40 kg ou menos) a cada 4 semanas. Melhora na Avaliação Global da atividade da doença pelo médico (PGA)ao longo do tempo Melhora rápida e sustenta na Avaliação global da atividade da doença pelo médico(PGA) foi observada em pacientes randomizados para receber Canaquinumabe 150 mg a cada 4 semanas em todos os 3 coortes de doença. Uma grande proporção de pacientes passou de atividade da doença "moderada" ou "grave" (PGA > 2) para atividade da doença "ausente" ou "mínima" (PGA < 2) até o dia 15, e esta resposta foi sustentada até o final da Parte II. Índice de atividade da doença autoinflamatória (AIDAI) A pontuação AIDAI é um diário do paciente formado pelos 12 seguintes componentes: febre ≥ 38 °C (100,4 °F), sintomas gerais, dor abdominal; náuseas/vômitos, diarreia, dores de cabeça, dor no peito, nódulos dolorosos, artralgia ou mialgia, inchaço das articulações, manifestações oculares, e erupção cutânea. Em geral, a redução da pontuação mediana de AIDAI foi observada pela Semana 2 para os pacientes randomizados para Canaquinumabe 150 mg a cada 4 semanas e continuou até a Semana 16 em todos os 3 coortes de doença. Tempo de resolução da febre O tempo mediano para a primeira resolução da febre foi de 1 a 1,5 dias mais curto para os pacientes randomizados para Canaquinumabe 150 mg a cada 4 semanas, em comparação com o placebo em todos os 3 coortes das doenças. Medidas de Qualidade de Vida relacionadas à Saúde Questionário de qualidade de vida (SF-12)As medidas do SF-12 consistiram de 12 questões com mais de 8 subescalas (função física, dor, saúde geral e mental, vitalidade, função social, saúde física e emocional). As subescalas foram agregadas para obter uma pontuação do Resumo do Componente Físico (PCS) e uma pontuação do Resumo do Componente Mental (MCS) em pacientes com 18 anos de idade ou mais. Em geral, foram observados aumentos nas pontuações médias da PCS e MCS na Semana 16 em todas as 3 coortes de doenças. Questionário de Saúde da Criança - Child Health Questionnaire - Parent Form 50 (CHQ-PF50) O CHQ-PF50, que consiste em 2 pontuações agregadas das pontuações dos resumos dos componentes físicos e psicológico, foi utilizado para avaliar o impacto de TRAPS, HIDS/MKD e FMF sobre a qualidade de vida da criança a partir da perspectiva dos pais. Em geral, foi observado aumento em ambas as pontuações na Semana 16 em todos os 3 grupos de doenças. TRAPS No grupo de TRAPS (n = 46), 45,5% dos pacientes tratados com Canaquinumabe 150 mg ou 2 mg/kg atingiram uma resposta completa contra 8,3% dos pacientes tratados com placebo (p = 0,005). Para os desfechos secundários, PGA < 2 (doença "mínima" ou "ausente") foi alcançada por 45,5% dos pacientes tratados com Canaquinumabe 150 mg (ou 2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) vs. 4,2% dos pacientes tratados com placebo no final da Parte II (p = 0,0028). A remissão sorológica como medido por PCR ≤ 10 mg/L foi obtida em 36,4% dos pacientes tratados com Canaquinumabe 150 mg (ou 2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) vs. 8,3% dos pacientes tratados com placebo (p = 0,0149). O tratamento com Canaquinumabe normalizou as concentrações de SAA (definidos como ≤ 10 mg/L) em uma proporção significativamente maior para pacientes tratados com Canaquinumabe (27,3%) em comparação com pacientes tratados com placebo (0%) (p = 0,0235). Escalonamento de dose O aumento da dose melhorou o controle dos surtos em pacientes com TRAPS. Com o escalonamento da dose para 300 mg a cada 4 semanas (ou 4 mg/kg) antes do Dia 29, a proporção de pacientes com TRAPS tratados com Canaquinumabe que obtiveram resolução da exacerbação inicial no Dia 29 e não tiveram nenhum novo surto por 16 semanas, foi elevada para 72,7%. Melhora na Avaliação Global da atividade da doença pelo médico (PGA) recuperação ao longo do tempo A proporção de pacientes com TRAPS tratados com Canaquinumabe com atividade de doença moderada ou grave foi reduzida de 59,1% (50,0% moderada e 9,1% grave) para 4,5% (apenas moderada, 0% grave) na Semana 16. A proporção de pacientes com TRAPS tratados com Canaquinumabe com atividade da doença ausente ou mínima aumentou de 0% para 81,8% (doença ausente, 63,6%e mínima, 18,2%) na Semana 16. Índice de atividade da doença autoinflamatória (AIDAI) Melhora rápida e sustentada na pontuação AIDAI foi observada em pacientes com TRAPS tratados com Canaquinumabe. As reduções na pontuação AIDAImediana basal foram observadas na Semana 2 e continuaram até a Semana 16. A pontuação AIDAI mediana basal de 3,71 nos pacientes com TRAPS tratados com Canaquinumabe foi reduzida para uma pontuação mediana de 0,62 (variação mediana de -2,13) na Semana 16. Tempo de resolução da febre Em pacientes com TRAPS, o tempo mediano para a primeira resolução da febre foi de 2,0 dias para os pacientes que receberam Canaquinumabe 150 mg a cada 4 semanas em comparação com 3,5 dias para os pacientes que receberam placebo (p = 0,0393). Questionário de qualidade de vida (SF-12) Melhoras nas pontuações do Resumo do Componente Físico (PCS) e do Resumo do Componente Mental (MCS) no SF- 12 foram observadas em pacientes com TRAPS após 16 semanas de tratamento com Canaquinumabe . A pontuação mediana de PCS melhorou de 36,12 no basal para 50,36 na Semana 16 e as pontuações medianas de MCS melhoraram de 40,20 no basal para 49,22 no Dia 29, porém foram reduzidas para 43,25 na Semana 16. Questionário de Saúde da Criança - Child Health Questionnaire - Parent Form 50 (CHQ-PF50) Em pacientes com TRAPS randomizados para Canaquinumabe , a pontuação mediana do resumo do componente físico aumentou de 30,8 no basal para 49,2 no final da Semana 16. A pontuação mediana do resumo do componente psicológico foi reduzida de 48,6 no basal para 48,2 no final da Semana 16. HIDS/MKD No grupo de HIDS/MKD (n = 72), 35,1% dos pacientes tratados com Canaquinumabe 150 mg ou 2 mg/kg atingiram uma resposta completa contra 5,7% dos pacientes tratados com placebo (p = 0,0020). Para os desfechos secundários, PGA < 2 (doença "ausente" ou "mínima") foi alcançada por 46,0% dos pacientes tratados com Canaquinumabe 150 mg (ou 2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) vs. 5,7% dos pacientes tratados com placebo no final da Parte II (p = 0,0006). A remissão sorológica medida por PCR ≤ 10 mg/L foi obtida em 40,5% dos pacientes tratados com Canaquinumabe 150 mg (ou 2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) vs.5,7% dos pacientes tratados com placebo (p = 0,0010). O tratamento com Canaquinumabe normalizou as concentrações de SAA (definidos como ≤ 10 mg/L) para uma proporção significativamente maior de pacientes tratados com Canaquinumabe (13,5%) em comparação com pacientes tratados com placebo (2,9%) (p = 0,0778). Escalonamento de dose O aumento da dose melhorou o controle dos surtos em pacientes com HIDS/MKD. Com o escalonamento da dose para 300 mg a cada 4 semanas (ou 4 mg/kg) antes do Dia 29, a proporção de pacientes com HIDS/MKD tratados com Canaquinumabe que obtiveram resolução da exacerbação inicial no Dia 29 e não apresentaram nenhum novo surto por 16 semanas, aumentou para 56,8%. Melhora na Avaliação Global da atividade da doença pelo médico (PGA) recuperação ao longo do tempo A proporção de pacientes com HIDS/MKD tratados com Canaquinumabe com atividade de doença moderada ou grave diminuiu de 73% (59,5% moderada e 13,5% grave) para 2,7% (apenas modera, 0% grave) na Semana 16. A proporção de pacientes com HIDS/MKD tratados com Canaquinumabe com atividade da doença ausente ou mínima aumentou de 0% a 91,9% (67,6% ausente e 24,3% mínima) na Semana 16. Índice de atividade da doença autoinflamatória (AIDAI) Melhora rápida e sustentada na pontuação AIDAI foi observada em pacientes com HIDS/MKD tratados com Canaquinumabe . As reduções na pontuação AIDAI mediana basal foram observadas na Semana 2 e continuaram até a Semana 16. A pontuação AIDAI mediana basal de 2,63 nos pacientes com HIDS/MKD tratados com Canaquinumabe foi reduzida para uma pontuação mediana de 0,40 (variação mediana de -1,55) na Semana 16. Tempo de resolução da febre Em pacientes com HIDS/MKD, o tempo mediano para a primeira resolução da febre foi de 2,0 dias para os pacientes que receberam Canaquinumabe 150 mg a cada 4 semanas em comparação com 3,5 dias para os pacientes que receberam placebo (p = 0,0006). Questionário de qualidade de vida (SF-12) Melhoras nas pontuações de PCS e MCS no SF-12 foram observadas em pacientes com HIDS/MKD após 16 semanas de tratamento com Canaquinumabe . A pontuação média de PCS melhorou de 30,57 no basal para 50,02 na Semana 16 e as pontuações médias de MCS melhoraram de 46,03 no basal para 50,06 no Dia 29, porém diminuíram para 48,08 na Semana 16. Questionário de Saúde da Criança - Child Health Questionnaire - Parent Form 50 (CHQ-PF50) Em pacientes com HIDS/MKD randomizados para Canaquinumabe , a pontuação média resumida dos componentes físicos aumentou de 23,6 no basal para 35,3 no final da Semana 16. A mediana do resumo do componente psicológico aumentou de 45,0 no basal para 46,8 no final da Semana 16. Pacientes pediátricos Dois pacientes, não randomizados, com HIDS/MKD, maiores de 28 dias e menores de 2 anos atingiram a resolução da exacerbação inicial no Dia 15. Adicionalmente, um dos pacientes não randomizados não apresentou novo surto até o final da Parte II. Este paciente também alcançou todos os desfechos secundários até o final da Parte II. O outro paciente não randomizado descontinuou o tratamento com Canaquinumabe devido a um evento adverso durante a Parte II. FMF No grupo de FMF (n = 46), 61,3% dos pacientes tratados com Canaquinumabe 150 mg ou 2 mg/kg atingiram uma resposta completa vs 6,3% dos pacientes do grupo placebo (p < 0,0001). Para os desfechos secundários, PGA < 2 (doença "ausente" ou "mínima") foi alcançada por 64,5% dos pacientes tratados com Canaquinumabe 150 mg (ou 2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) vs. 9.4% dos pacientes tratados com placebo no final da Parte II (p < 0,0001). A remissão sorológica medida por PCR ≤ 10 mg/L foi obtida em 67,7% dos pacientes tratados com Canaquinumabe 150 mg (ou 2 mg/kg para pacientes ≤ 40 kg) vs. 6,3% dos pacientes tratados com placebo (p < 0,0001). O tratamento com Canaquinumabe normalizou as concentrações de SAA (definidos como ≤ 10 mg/L) para uma proporção significativamente maior de pacientes tratados com Canaquinumabe (25,8%) em comparação com pacientes tratados com placebo (0%) (p = 0,0286). Escalonamento de dose O aumento da dose melhorou o controle dos surtos em pacientes com FMF. Com o escalonamento da dose para 300 mg a cada 4 semanas (ou 4 mg/kg) antes do Dia 29, a proporção de pacientes com FMF tratados com Canaquinumabe que obtiveram resolução da exacerbação inicial no Dia 29 e não apresentaram nenhum novo surto por 16 semanas, aumentou para 71,0 %. Melhora na Avaliação Global da atividade da doença pelo médico (PGA) recuperação ao longo do tempo A proporção de pacientes com FMF tratados com Canaquinumabe com atividade de doença moderada ou grave foi reduzida de 90,3% (54,8% moderada e 35,5% grave) para 3,2% (apenas moderada, 0% grave) na Semana 16. A proporção de pacientes com FMF tratados com Canaquinumabe com atividade da doença ausente ou mínima aumentou de 0% a 93,6% (74,2% ausente e 19,4% mínima) na Semana 16. Índice de atividade da doença autoinflamatória (AIDAI) Melhora rápida e sustentada na pontuação AIDAI foi observada em pacientes com FMF tratados com Canaquinumabe . As reduções na pontuação AIDAI mediana basal foram observadas na Semana 2 e continuaram até à Semana 16. A pontuação AIDAI mediana basal de 2,38 nos pacientes com FMF tratados com Canaquinumabe foi reduzida para uma pontuação mediana de 0,43 (variação mediana de -1,71) na Semana 16. Tempo de resolução da febre Em pacientes com FMF, o tempo mediano para a primeira resolução da febre foi de 2,0 dias para os pacientes que receberam Canaquinumabe 150 mg a cada 4 semanas em comparação com 3,5 dias para os pacientes que receberam placebo (p = 0,0589). Questionário de qualidade de vida (SF-12) Melhoras nas pontuações de PCS e MCS no SF-12 foram observadas em pacientes com FMF após 16 semanas de tratamento com Canaquinumabe . A pontuação mediana de PCS melhoraram de 38,74 no basal para 47,76 na Semana 16 e as pontuações medianas de MCS melhoraram de 40,27 no basal para 48,95 no dia 29, e 49,21 na Semana 16. Questionário de Saúde da Criança - Child Health Questionnaire - Parent Form 50 (CHQ-PF50) Em pacientes FMF randomizados para Canaquinumabe , a pontuação mediana do resumo do componente físico aumentou de 24,8 no basal para 43,1 no final da Semana 16. A mediana do resumo do componente psicológico também aumentou de 41,2 no basal para 45,7 no final da Semana 16. Artrite Idiopática Juvenil Sistêmica 8,9,10,11 A eficácia de canaquinumabe para o tratamento de AIJS ativa foi avaliada em dois estudos pivotais de fase III (G2305 e G2301). Os pacientes incluídos tinham de 2 a < 20 anos de idade (idade média no basal: 8,5 anos) com um diagnóstico confirmado de AIJS pelo menos 2 meses antes da inclusão (duração média da doença no basal: 3,5 anos). Os pacientes apresentavam doença ativa, definida como ≥ 2 articulações com artrite ativa (número médio de articulações ativas no basal: 15,4), pico febril intermitente documentado (temperatura corporal > 38°C) por no mínimo 1 dia, dentro de 1 semana antes da administração do medicamento de estudo e PCR > 30 mg/L (faixa normal < 10 mg/L) (PCR médio no basal: 200,5 mg/L). Os pacientes puderam continuar com sua dose estável de metotrexato, corticosteroides e/ou AINEs sem alterações, com exceção da redução gradual da dose de corticosteroide de acordo com o desenho de estudo no Estudo G2301 (a seguir).  Estudo G2305 O estudo G2305 foi um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, de dose única, de 4 semanas, para avaliar a eficácia em curto prazo de canaquinumabe em 84 pacientes randomizados para receber uma única dose subcutânea (s.c.) de 4 mg/kg de canaquinumabe ou placebo (43 pacientes receberam canaquinumabe e 41 pacientes receberam placebo). O objetivo primário deste estudo foi demonstrar a superioridade de canaquinumabe versus placebo na proporção de pacientes que obtiveram uma melhora de pelo menos 30%, no critério de resposta pediátrica adaptado do American College of Rheumatology (ACR30), que incluía a resposta ACR30 associada à ausência de febre (temperatura ≤ 38°C nos 7 dias anteriores) no Dia 15. Além disso, foi avaliada “doença inativa” (definida como ausência de artrite ativa, ausência de febre, ausência de erupção cutânea, ausência de serosite, ausência de hepatomegalia ou linfadenopatia atribuível a AIJS, PCR normal e avaliação global do médico indicando ausência de atividade da doença). As respostas ACR pediátricas são definidas como a melhora percentual (30%, 50%, 70%, 90% e 100%) em relação ao basal em 3 das 6 variáveis de evolução centrais, com agravamento de ≥ 30% em no máximo uma das demais variáveis. As variáveis de evolução centrais incluíram uma avaliação global do médico da atividade da doença, avaliação global do bem-estar do paciente ou dos pais, número de articulações com artrite ativa, número de articulações com limitação da amplitude de movimento, PCR e capacidade funcional (Questionário de Avaliação da Saúde na Infância - CHAQ). Todos os desfechos primários e secundários foram cumpridos. A porcentagem de pacientes por resposta ACR pediátrica e doença inativa é apresentada na Tabela 1. A diferença entre os tratamentos para todas as pontuações de ACR correspondeu a p ≤ 0,0001 e não está disponível para doença inativa. O tratamento com Canaquinumabe melhorou os componentes do conjunto ACR pediátrico central em comparação ao placebo nos Dias 15 e 29 (Tabela 2). Nenhum paciente tratado com Canaquinumabe apresentou febre no Dia 3 em comparação a 86,8% dos pacientes tratados com placebo (p = 0,0098). VAS – Escala analogica visual (0-100 mm). Um valor negativo indica melhora em comparação ao basal. *Apenas pacientes com valores no basal e nos Dias 15 e 29 são representados. Estudo G2301 O estudo G2301 foi um estudo de descontinuação, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, sobre prevenção de crise por canaquinumabe em pacientes com AIJS ativa. O estudo consistiu em duas partes principais, com dois desfechos primários independentes. Cento e setenta e sete (177) pacientes foram incluídos no estudo e receberam 4 mg/kg s.c. de canaquinumabe a cada 4 semanas na Parte 1 e 4 mg/kg s.c. de canaquinumabe ou placebo a cada 4 semanas na Parte II. Redução gradual da dose de corticosteroide A Parte I contou com um desenho aberto para avaliar se canaquinumabe permitia a redução gradual efetiva de corticosteroides em pelo menos 25% dos pacientes em uso de um corticosteroide no momento da entrada no estudo. O desfecho primário da Parte I foi obtido. Dos 128 pacientes que estavam recebendo corticosteroides quando entraram no estudo, 57 (45%) reduziram a dose de corticosteroide com sucesso (p < 0,0001) e 42 (33%) descontinuaram seus corticosteroides. Dos 92 pacientes que tentaram a redução gradual de corticosteroides, 57 (62%) reduziram com sucesso sua dose de corticosteroide, 42 (46%) descontinuaram os corticosteroides, 24 (26%) pacientes ainda em uso de corticosteroides tiveram sua dose reduzida para ≤ 0,2 mg/kg/dia (equivalente a prednisona). Os pacientes que tiveram uma redução efetiva da sua dose de corticosteroide reduziram sua dose média de corticosteroide equivalente a prednisona de 0,34 mg/kg/dia no basal para 0,05mg/kg/dia, representando uma redução média da dose de 90%. Entre os pacientes que tentaram uma redução da dose de corticosteroide e foram incluídos com uma dose equivalente a prednisona ≥ 0,5 mg/kg/dia (n = 28), 15 (54%) tiveram sua dose reduzida em pelo menos 0,3 mg/kg, resultando em uma dose equivalente a prednisona ≤ 0,5mg/kg/dia, incluindo 7 (25%) que descontinuaram os corticosteroides. Tempo até a crise A Parte II consistiu em um desenho de descontinuação para demonstrar que o tempo até a crise era mais longo com canaquinumabe do que com placebo. O desfecho primário da Parte II foi obtido. A probabilidade de apresentar uma crise na Parte II foi estatisticamente menor para o grupo de tratamento com canaquinumabe do que para o grupo de placebo. O tempo mediano até a crise correspondeu a 236 dias para o grupo de placebo e não pôde ser determinado para o grupo de canaquinumabe em razão de menos de 50% dos pacientes tratados com canaquinumabe apresentaram uma crise durante o período de observação (máximo de > 80 semanas). Isto correspondeu a uma redução estatisticamente significativa de 64% no risco relativo de ocorrência de um evento de crise para os pacientes do grupo de canaquinumabe em comparação ao grupo de placebo (razão de risco de 0,36; IC 95%: 0,17 a 0,75; p = 0,0032). Resposta ACR pediátrica adaptada e componentes centrais de ACR pediátrica As melhoras das respostas ACR pediátricas e de cada componente ACR pediátrico central, verificadas no estudo G2305 (Tabela 1 e Tabela 2), foram semelhantes durante o tratamento aberto com canaquinumabe na Parte I do G2301. Quase todos (139/141, 98,6%) os pacientes tratados com canaquinumabe demonstraram ausência de febre no Dia 3. Em 46 dos 120 pacientes (38,3%) incluídos no estudo com baixa hemoglobina, os níveis tinham aumentado para valores dentro da faixa normal em sua última visita da Parte I. Resultados relacionados à saúde e à qualidade de vida nos estudos G2305 e G2301 O tratamento com canaquinumabe resultou em melhoras rápidas, mantidas, e clinicamente relevantes na qualidade de vida e no funcionamento diário dos pacientes. No estudo G2305, foi observada uma melhora estatisticamente significativa da pontuação CHAQ em relação ao basal nos pacientes tratados com canaquinumabe versus placebo (p = 0,0002), com uma diferença estimada das médias LS entre os grupos de tratamento de - 0,69, representando 3,6 vezes a diferença clinicamente importante mínima (MCID) de -0,19. Também foram observadas melhoras estatisticamente significativas com canaquinumabe na pontuação de Saúde Física do CHQ- PF50 e na pontuação de Saúde Psicossocial do CHQ-PF50, com uma diferença estimada das médias LS entre os grupos de tratamento com canaquinumabe e placebo de 12,1 (p = 0,0012) e 7,3 (p = 0,0017), respectivamente. Melhoras da pontuação CHAQ e em cada pontuação de Saúde do CHQ-PF50 semelhantes às verificadas no estudo G2305 foram observadas durante o tratamento aberto com canaquinumabe na Parte I do estudo G2301. A melhora mediana da pontuação CHAQ do baseline até o final da Parte I correspondeu a - 0,88 (- 79%), 21,8 (+ 74%) para a pontuação de Saúde Física do CHQ-PF50 e 8,2 (+ 22%) para a pontuação de Saúde Psicossocial do CHQ-PF50. Dados sobre o tratamento inicial de 12 semanas de estudos combinados Os dados das primeiras 12 semanas de tratamento com canaquinumabe  nos estudos G2305, G2301 e estudos de extensão foram combinados para avaliar a manutenção da eficácia. O período de 12 semanas foi escolhido para minimizar qualquer efeito da redução de corticosteroides e para excluir a parte II de descontinuação do estudo G2301. Estes dados mostraram melhoras das respostas ACR pediátricas e em cada componente ACR pediátrico central semelhante às observadas nos estudos individuais (Tabela 3). Os dados de eficácia foram coerentes entre subgrupos de idade (2 a < 20 anos), gênero, duração da doença, nível basal de corticosteroide e exposição prévia a outras terapias, incluindo anticorpos monoclonais anti-IL-1ra ou anti-IL-6r. Um valor negativo indica melhora em comparação ao baseline. *Apenas pacientes com valores no baseline e após 12 semanas são representados. Dados de longo prazo Cento e quarenta e sete (147) pacientes entraram em um estudo de extensão de longo prazo e receberam 4 mg/kg de canaquinumabe em caráter aberto a cada 4 semanas. Pacientes que apresentassem respostas robustas e não necessitassem de um corticosteroide concomitante poderiam reduzir sua dose de canaquinumabe para 2 mg/kg a cada 4 semanas. No momento dos resultados interinos, 26 pacientes tinham recebido pelo menos três doses consecutivas de 2 mg/kg (mediana de 9 doses) por um período mediano de 224 dias de exposição à dose reduzida. Todos os 26 pacientes apresentaram uma resposta ACR100 pediátrica durante todo o período em que a dose reduzida foi administrada. Os resultados interinos com um acompanhamento mediano de 49 semanas mostraram que, entre os 40 pacientes (27%) que iniciaram o estudo como não responsivos (< ACR30 Pediátrica), 58% (23/40) conseguiram recuperar e manter no mínimo uma resposta ACR30 Pediátrica. Os outros 107 pacientes (73%) foram incluídos no estudo como responsivos (≥ ACR30 Pediátrica); destes, 94% (101/107) mantiveram seu estado de resposta e 6% (6/107) tinham perdido resposta (< ACR30 Pediátrica) no momento da análise interina. Setenta e seis (52%) dos 147 pacientes que entraram no estudo apresentavam doença inativa no momento da análise interina. Além disso, 43% (17/40) dos pacientes que não tinham conseguido reduzir sua dose de corticosteroide no estudo G2301 tiveram sucesso neste estudo, incluindo 10/40 (25%) pacientes que conseguiram descontinuar seus corticosteroides. Imunogenicidade Reações anafiláticas não foram observadas em pacientes tratados com canaquinumabe. Os anticorpos contra canaquinumabe foram observados em aproximadamente 1,5% e 3% dos pacientes tratados com canaquinumabe para CAPS e AIJS, respectivamente. Muitos dos estudos clínicos de AIJS empregaram uma maior sensibilidade no ensaio de detecção de anticorpos. Nenhum anticorpo neutralizante foi detectado. Nenhuma correlação aparente de anticorpos desenvolvidos para resposta clínica ou eventos adversos foram observados. Características farmacológicas Grupo farmacoterapêutico: Inibidores de interleucinas. Código ATC: L04AC08. Mecanismo de ação O canaquinumabe é um anticorpo monoclonal totalmente humano anti-interleucina–1 beta (IL–1 beta) humana do isótipo IgG1/kappa. O canaquinumabe se liga com alta afinidade à IL-1 beta humana, neutralizando sua atividade biológica pelo bloqueio de sua interação com os receptores IL-1 beta, desta forma, impedindo a ativação genética induzida pela IL-1 beta e a produção de mediadores inflamatórios, como a interleucina-6 ou a ciclo-oxigenase-2. O canaquinumabe, portanto, pode ser utilizado para o tratamento de doenças e patologias caracterizadas pela produção excessiva, local ou sistêmica de IL-1 beta. Farmacodinâmica A produção excessiva de IL-1 beta em doenças inflamatórias pode provocar inflamação local ou sistêmica, produção aumentada dos marcadores inflamatórios proteína–C reativa (PCR) ou proteína amiloide sérica A (SAA) e febre. CAPS Pacientes com CAPS, cuja produção excessiva de IL-1 beta não é controlada, que apresentam febre, fadiga, erupção cutânea, artrite, leucocitose intensa, alta contagem de plaquetas e elevação das proteínas de fase aguda, mostram uma rápida resposta à terapia com canaquinumabe. Após o tratamento com canaquinumabe, os níveis de PCR e SAA, leucocitose e alta contagem de plaquetas retornaram rapidamente ao normal. AIJS Artrite Idiopática Juvenil Sistêmica é uma doença autoinflamatória grave, desencadeada por imunidade inata através de citocinas pró-inflamatória, sendo a interleucina 1 beta (IL-1 beta) a citocina chave. As características comuns de AIJS incluem febre, rash, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, poliserosite e artrite. O tratamento com canaquinumabe resultou em rápida e sustentada melhora de ambas características articular e sistêmica da AIJS, com redução significante do número de articulações inflamadas, resolução rápida da febre e redução dos reagentes da fase aguda na maioria dos pacientes. Farmacocinética Absorção O pico de concentração plasmática (Cmáx) do canaquinumabe ocorreu em aproximadamente 7 dias após a administração de uma dose única subcutânea de 150 mg em pacientes adultos com CAPS. A meia-vida terminal foi de 26 dias. Baseado na análise farmacocinética populacional na população de CAPS incluindo crianças a partir de 2 anos de idade, a biodisponibilidade absoluta da administração subcutânea de canaquinumabe foi estimada como sendo 66%. Os parâmetros de exposição (como AUC e Cmáx) aumentaram proporcionalmente à dose, na faixa de dose de 0,30 a 10,0 mg/kg administrada por infusão intravenosa ou de 150 a 600 mg na forma de injeção subcutânea. Distribuição O canaquinumabe se liga ao IL-1 beta plasmático. O volume de distribuição (Vss) do canaquinumabe variou de acordo com o peso corpóreo. Foi estimado ser de 6,2 litros em um paciente com CAPS com peso corpóreo de 70 kg e 3,2 litros em um paciente com AIJS com peso corpóreo de 33 kg. A taxa de acumulação esperada era de 1,3 vezes e 1,6 vezes após 6 meses da administração subcutânea de 150 mg de canaquinumabe a cada 8 semanas e 4 mg/kg, a cada 4 semanas, respectivamente. Eliminação O clearance (depuração) de canaquinumabe variou de acordo com o peso corpóreo. Foram estimados como sendo 0,17 L/dia em pacientes com CAPS com peso corpóreo de 70 kg e 0,11 L/dia em pacientes AIJS com peso corpóreo de 33 kg, respectivamente. Levando-se em conta as diferenças de peso corpóreo, não foram observadas diferenças clinicamente significativas nas propriedades farmacocinéticas do canaquinumabe entre os pacientes com CAPS e AIJS. Após a administração subcutânea por 6 meses de 150 mg de canaquinumabe a cada 8 semanas e 4 mg/kg a cada 4 semanas, a taxa de acúmulo esperada foi de 1,3 e 1,6 vezes, para pacientes com CAPS e AIJS. Os parâmetros de exposição (como AUC e Cmáx) aumentaram proporcionalmente à dose, na faixa de dose de 0,30 a 10,0 mg/kg administrada por infusão intravenosa ou de 150 a 300 mg na forma de injeção subcutânea. Não houve indício de clearance (depuração) acelerado ou alteração tempo-dependente das propriedades farmacocinéticas de canaquinumabe após repetidas administrações. Não foram observadas diferenças farmacocinéticas relacionadas ao sexo ou à idade após a correção pelo peso corpóreo. População pediátrica O pico das concentrações plasmáticas de canaquinumabe ocorreu entre 2 e 7 dias após a administração subcutânea única de canaquinumabe 150 mg ou 2 mg/kg em pacientes pediátricos com idade igual ou superior a 4 anos de idade. A meia- vida terminal variou de 22,9 a 25,7 dias, semelhante às propriedades farmacocinéticas observadas em adultos. Com base na análise da modelagem farmacocinética populacional no CAPS, a farmacocinética do canaquinumabe em crianças a partir de 2 a < 4 anos de idade foram similares aos pacientes de 4 anos de idade ou mais. Adicionalmente, a análise farmacocinética da canaquinumabe em 6 pacientes pediátricos com CAPS abaixo de 2 anos se mostrou similar à farmacocinética em pacientes com 2 anos ou mais. Propriedades farmacocinéticas semelhantes nas populações pediátricas de CAPS e AIJS. Em AIJS, os parâmetros de exposição (como AUC e Cmax) foram comparáveis nos grupos com idade de 2 a < 20 anos seguido de administração subcutânea de canaquinumabe de 4 mg/kg a cada 4 semanas. População geriátrica Nenhuma alteração dos parâmetros farmacocinéticos, baseados no clearance (depuração) ou volume de distribuição, foi observada entre pacientes idosos e adultos com menos de 65 anos de idade. Dados de segurança pré-clínicos Os dados pré-clínicos não demonstraram um risco especial para humanos, baseados em estudos de reatividade-cruzada, repetição de dose, imunotoxicidade, toxicidade reprodutiva e juvenil realizados com canaquinumabe ou com um anticorpo murino anti-IL-1 beta murina. Tendo em vista que canaquinumabe liga-se a IL-1 beta de macacos saguis (C. jacchus) e IL-1 beta humana com uma afinidade semelhante, a segurança de canaquinumabe foi estudada em macacos saguis. Não foram observadas reações adversas em macacos saguis após a administração de canaquinumabe 2 vezes por semana, por até 26 semanas ou em um estudo de toxicidade de desenvolvimento embriofetal em macacas saguis prenhas. As concentrações plasmáticas, que são bem toleradas em animais, são em excesso de no mínimo 42 vezes (Cmax) e 78 vezes (Cavg) a concentração plasmática de pacientes pediátricos com CAPS, tratados com doses clínicas de canaquinumabe de até 8 mg/kg subcutaneamente a cada 8 semanas. As concentrações plasmáticas que são bem toleradas em animais excederam, pelo menos, 62 vezes (Cmax) e 104 vezes (Cavg), as concentrações plasmáticas em pacientes pediátricos com AIJS tratados com até 4 mg/kg s.c. por 4 semanas com Canaquinumabe. Adicionalmente, anticorpos contra canaquinumabe não foram detectados nesses estudos. Não foi demonstrada reatividade-cruzada de tecido não específico quando da aplicação de canaquinumabe em tecidos humanos normais. Estudos de carcinogenicidade formais não foram conduzidos com canaquinumabe. Em um estudo de desenvolvimento embriofetal em macacos saguis, o canaquinumabe não demonstrou toxicidade materna, embriotoxicidade ou teratogenicidade, quando administrado durante a organogênese. Adicionalmente, o canaquinumabe não provocou reações adversas sobre o crescimento fetal e neonatal quando administrado no final da gestação, parto ou amamentação. Não foram observadas reações adversas de um anticorpo murino anti-IL-1 beta murina em um conjunto de estudos reprodutivos e juvenis completos em camundongos. A alta dose utilizada nesses estudos foi mais alta que a dose máxima efetiva em termos de supressão e atividade da IL-1 beta. Um estudo de imunotoxicologia em camundongos com anticorpo murino anti-IL-1 beta murina mostrou que a neutralização da IL-1 beta não possui efeito sobre os parâmetros imunes e não causou redução da função imune em camundongos.

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