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Ciclesonida

Sobre este Remédio

Ciclesonida, para o que é indicado e para o que serve?

Este medicamento é utilizado para o tratamento de sintomas de rinite alérgica, incluindo congestão/entupimento do nariz, coriza, coceira e espirros.

Quais as contraindicações do Ciclesonida?

Ciclesonida é contraindicado em pacientes com alergia a qualquer dos seus componentes. Ciclesonida não deve ser usado se você tiver uma infecção nasal não-tratada.

Como usar o Ciclesonida?

O medicamento está contido num frasco de vidro, revestido por uma capa de plástico.  No interior do invólucro há um sachê contendo sílica para absorver a umidade. Seu conteúdo não deve ser ingerido. Ciclesonida não contém conservantes em sua composição. Por isso, é importante que o paciente registre a data de validade do medicamento após a retirada da embalagem. Oriente o paciente a contar quatro meses a partir da retirada do frasco de spray nasal de Ciclesonida da embalagem. O frasco do spray nasal deverá ser descartado após essa data, evitando que o paciente use o medicamento com o prazo de validade vencido. Enquanto o spray nasal estiver lacrado na embalagem de alumínio, sua validade é de 24 meses. Antes do primeiro uso, o frasco deve ser agitado suavemente e o aplicador acionado pressionando-o para baixo oito vezes (Figura 1). Se o paciente não usar o spray nasal por quatro dias, o frasco deverá ser agitado suavemente e o aplicador acionado novamente para liberar uma dose ou até que apareça uma névoa fina. Isto serve para promover o preenchimento interno da válvula e proporcionar a dose exata no momento de utilização. Usando o spray O paciente deverá assoar o nariz. O frasco deverá ser agitado suavemente e a tampa protetora retirada. O paciente deverá segurar o frasco firmemente com os dedos indicador e médio nos lados da ponta do spray enquanto sustenta a base do frasco com o polegar (Figura 1). Figura 1 Introduzir a ponta do spray em uma narina. Segurar o frasco com a mão esquerda para introduzir a ponta do spray na narina direita e vice-versa. Direcionar a ponta do spray para a parede lateral externa da narina (Figura 2 e Figura 2.1). Figura 2 Para atomizar o medicamento na narina esquerda, utilize a mão direita. Figura 2.1 Para atomizar o medicamento na narina esquerda, utilize a mão esquerda. O paciente deverá inclinar a cabeça levemente para a frente, manter o frasco em pé e pressionar o aplicador rápida e firmemente. Por fim, deverá puxar o ar pelo nariz enquanto a dose é liberada. Repetir as etapas 3 a 5 para a segunda dose. A quantidade de spray nasal restante pode ser observada através do frasco. Instruções de limpeza do aplicador Após o uso diário do spray nasal, o paciente deverá limpar o aplicador com um pano limpo e seco e recolocar a tampa protetora. Se o aplicador nasal estiver entupido ou precisar de uma limpeza mais completa, devem-se observar as seguintes instruções de limpeza (o paciente não deve tentar desentupir o frasco com objetos afiados através do pequeno furo de jatos no aplicador nasal): Retirar a tampa protetora e puxar suavemente para cima para liberar o aplicador nasal. Lavar a tampa protetora e o aplicador com água morna. Não ferver. Secar e recolocar o aplicador nasal. Acionar a válvula para liberar uma dose ou até que apareça uma névoa fina. Recolocar a tampa protetora. Posologia Para crianças acima de seis anos de idade e adultos recomendam-se duas doses (jatos) em cada narina uma vez ao dia (50 mcg por jato; total 200 mcg por dia). Não se devem aplicar mais de duas doses (jatos) em cada narina diariamente. Ciclesonida deve ser administrado exclusivamente pela via intranasal. A dose máxima diária recomendada é de 200 mcg por dia. A duração do tratamento dependerá da resposta ao uso da medicação e deve ser estabelecida pelo médico.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Ciclesonida?

As reações adversas mais comuns que podem ocorrer durante o uso prolongado de Omnaris * são dor de cabeça, sangramento no nariz e infecções das vias aéreas superiores. Nenhum paciente sofreu perfuração do septo nasal ou úlcera nasal. A incidência global dos eventos adversos para os pacientes tratados com Omnaris * nos estudos clínicos foi comparável com a dos pacientes tratados com placebo. Os eventos adversos não diferiram significativamente com base em idade, sexo ou raça, e foram os seguintes Reações comuns (> 1/100 e < 1/10) Respiratórias Sangramento do nariz (8,4%), irritação da mucosa do nariz (4,3%). Sistema nervoso Dor de cabeça (1,6%). Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100) Gastrintestinais Boca seca (0,2%), dispepsia (0,2%). Infecções Candidíase (0,2%), rinite (0,2%). Respiratórias Ressecamento nasal (0,4%), dor na garganta (0,4%), secreção nasal (0,3%,), irritação na garganta (0,2%), transtorno do septo nasal (0,2%). Outras Transtorno do paladar (0,2%), aumento do número de leucócitos (0,3%). Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo quando indicado e utilizado corretamente podem ocorrer eventos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Ciclesonida com outros remédios?

Com base em estudos in vitro em microssomos de fígado humano, a des-ciclesonida parece não ter potencial inibitório ou de indução sobre o metabolismo de outros medicamentos metabolizados pelas enzimas CYP450. O potencial inibidor da ciclesonida nas isoenzimas CYP450 não foi estudado. Estudos in vitro demonstraram que a ligação da desciclesonida com a proteína plasmática não foi afetada por varfarina ou ácido salicílico, não indicando potencial para interações medicamentosas baseadas em ligação proteica. Em um estudo de interação medicamentosa, a coadministração de ciclesonida inalada por via oral e eritromicina oral, um inibidor do citocromo P450 3A4, não teve efeito sobre a farmacocinética da des-ciclesonida ou da eritromicina. Em um outro estudo de interação medicamentosa, a coadministração de ciclesonida inalada por via oral e de cetoconazol oral, um potente inibidor do citocromo P450 3A4, aumentou a exposição (AUC) da des-ciclesonida em aproximadamente 3,6 vezes no equilíbrio dinâmico (steady state), enquanto os níveis de ciclesonida permaneceram inalterados. Portanto, cetoconazol deve ser administrado com cuidado com ciclesonida intranasal. Não existem relatos de interferência do uso de Ciclesonida em exames de laboratório. Não se estabeleceram interações com produtos fitoterápicos.

Quais cuidados devo ter ao usar o Ciclesonida?

Doses de Ciclesonida maiores que as recomendadas devem ser evitadas. Quando usados em doses excessivas, efeitos corticóides sistêmicos podem ocorrer, como hipercoticismo e supressão adrenal, retardo de crescimento em crianças e adolescentes, diminuiçaõ na densidade mineral dos ossos, catarata e glaucoma. Se tais alterações ocorrerem, a dose de Ciclesonida deve ser descontinuada devagar, consistente com os procedimentos aceitos para a descontinuação de terapia corticóide oral. Raramente podem ocorrer reações imediatas de hipersensibilidade ou dermatite de contato após a administração de corticosteroides intranasais. Os pacientes com reação de hipersensibilidade conhecida a outros preparados de corticosteroides devem tomar cuidado quando usarem spray nasal de ciclesonida, pois pode ocorrer reação cruzada com outros corticosteroides. Por causa do efeito inibitório dos corticosteroides sobre a cicatrização de ferimentos, pacientes que tenham tido recentes úlceras no septo nasal ou sofrido cirurgia nasal ou trauma nasal não devem usar um corticosteroide nasal até que tenha ocorrido a cicatrização. Em estudos clínicos com Ciclesonida, foi raro o desenvolvimento de infecções localizadas por Candida albicans no nariz e na faringe. Quando tal infecção surge, ela pode exigir tratamento com terapia local apropriada e descontinuação de Ciclesonida. Portanto, pacientes em tratamento com Ciclesonida por vários meses ou por um período mais longo devem ser examinados periodicamente quanto à evidência de infecção por Candida ou outros sinais de efeitos adversos sobre a mucosa nasal. Os corticosteroides intranasais devem ser administrados com cuidado principalmente a pacientes com infecções por tuberculose ativa ou inativa do trato respiratório, com infecções fúngicas ou bacterianas locais ou sistêmicas, com infecções virais ou parasitárias sistêmicas ou com Herpes simplex ocular. O risco de glaucoma foi analisado pelas avaliações da pressão intraocular em 3 estudos incluindo 943 pacientes, não se tendo observado diferenças significativas nas mudanças da pressão ocular entre os pacientes tratados com Ciclesonida 200 mcg e placebo. Também não se observaram diferenças significativas entre os pacientes tratados com Ciclesonida 200 mcg e placebo durante o estudo de 52 semanas em pacientes adultos e adolescentes nos quais se realizaram avaliações oftalmológicas completas, inclusive avaliação de formação de catarata por meio de exames por lâmpada de fenda. Há raros relatos de sibilação, perfuração de septo nasal, catarata, glaucoma e aumento na pressão intraocular após a aplicação intranasal de corticosteroides. Deve-se assegurar estreito acompanhamento de pacientes com mudança na visão e com histórico de glaucoma e/ou catarata. A substituição de um corticosteroide sistêmico por um corticosteroide tópico pode ser acompanhada de sinais de insuficiência adrenal. Além disso, alguns pacientes podem apresentar sintomas de abstinência de corticosteroide, como por exemplo dor articular e/ou muscular, cansaço e depressão. Os pacientes tratados por períodos prolongados com corticosteroides sistêmicos e transferidos para corticosteroides tópicos devem ser cuidadosamente monitorados quanto a insuficiência adrenal aguda em resposta ao estresse. Em pacientes com asma ou outras condições clínicas que exijam tratamento com corticosteroide sistêmico por longo prazo, rápidas reduções nas doses de corticosteroide sistêmico podem provocar exacerbação grave dos sintomas. Pacientes em tratamento com medicamentos supressores do sistema imune são mais suscetíveis a infecções do que os indivíduos sadios. Varicela e sarampo, por exemplo, podem ter um curso mais grave ou até mesmo fatal em crianças ou adultos usuários de corticosteroides. Em crianças ou adultos que não tenham tido estas doenças ou não tenham sido adequadamente imunizadas, deve-se tomar cuidado particular para evitar sua exposição. Não se sabe como a dose, a via e a duração da administração de corticosteroides afetam o risco do desenvolvimento de uma infecção disseminada. Em caso de exposição a varicela ou a sarampo, o paciente deve procurar orientação médica adequada para tratamento profilático. Gravidez e lactação A experiência com corticosteroides orais desde a sua introdução demonstra que, pelo fato de haver um aumento natural na produção de corticosteroides durante a gestação, a maioria das mulheres precisará de uma dose exógena de corticosteroide menor. Muitas nem precisarão de tratamento com corticosteroides durante a gestação. Categoria C de Risco na Gravidez. Não existem estudos clínicos bem controlados em gestantes. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Não se sabe se a ciclesonida é excretada no leite humano. Entretanto, outros corticosteroides são excretados no leite humano. Deve-se tomar cuidado se Ciclesonida for administrado a lactantes. Ciclesonida só deve ser administrado quando o benefício para a mãe for considerado maior que o risco potencial ao feto ou à criança. Efeitos não-teratogênicos Pode ocorrer hipoadrenalismo em bebês nascidos de mães que tenham recebido corticosteroides durante a gestação. Esses bebês devem ser cuidadosamente monitorados. Pacientes pediátricos Estudos clínicos controlados demonstraram que os corticosteroides intranasais podem causar redução na velocidade de crescimento de pacientes pediátricos. Este efeito tem sido observado na ausência de evidência laboratorial de supressão do eixo hipófise-hipotálamo-adrenal (HPA), sugerindo que a velocidade de crescimento é um indicador mais sensível de exposição sistêmica ao corticosteroide em pacientes pediátricos do que alguns testes de função do eixo HPA usados comumente. Não se conhecem os efeitos de longo prazo dessa redução da velocidade de crescimento associada aos corticosteroides intranasais, incluindo a influência final na altura do adulto. O potencial de retomada de crescimento após descontinuação do tratamento com corticosteroide intranasal não foi adequadamente estudado. O crescimento de pacientes pediátricos em uso de corticosteroide intranasal, incluindo Ciclesonida, deve ser monitorado rotineiramente (p.ex. por meio de estadiometria). Os potenciais efeitos sobre o crescimento do tratamento prolongado devem ser ponderados com os benefícios clínicos obtidos e a disponibilidade de tratamentos seguros e efetivos alternativos aos corticosteroides. Para minimizar os efeitos sistêmicos dos corticosteroides intranasais, cada paciente deve receber a menor dose que controle eficazmente seus sintomas. Pacientes idosos Os estudos clínicos de Ciclesonida não incluíram um número suficiente de indivíduos com 65 anos de idade ou mais para determinar se eles respondem de maneira diferente dos indivíduos mais jovens. Em geral, a seleção da dose para um paciente idoso deve ser cuidadosa, normalmente começando na extremidade inferior da faixa de dosagem, considerando a maior freqüência de diminuição da função hepática, renal ou cardíaca e de doenças concomitantes ou aplicação de outras terapias.

Qual a ação da substância Ciclesonida?

Resultados de eficácia Rinite alérgica intermitente e persistente Pacientes adultos acima de 12 anos A eficácia e a segurança do Ciclesonida foram avaliadas em quatro estudos clínicos multicêntricos duplo-cegos randomizados, de grupos paralelos controlados por placebo, com duração de duas semanas a um ano, com adolescentes e adultos com rinite alérgica. Três desses estudos tiveram duração de duas a seis semanas e foram primariamente destinados a avaliar a eficácia. Um destes estudos teve duração de um ano e destinou-se primariamente a avaliar a segurança. Os três estudos com duração de duas a seis semanas incluíram um total de 1.524 pacientes (495 homens e 1.029 mulheres), com idades entre 12 e 86 anos, dos quais 79 eram adolescentes (com idades entre 12 e 17 anos), com histórico de rinite alérgica intermitente ou persistente, teste cutâneo positivo para no mínimo um alérgeno relevante e sintomas de rinite alérgica ativa na admissão ao estudo. Destes, 546 pacientes receberam Ciclesonida 200 mcg uma vez ao dia administrado na forma de duas doses em cada narina. A avaliação da eficácia nestes estudos foi baseada no registro pelos pacientes de quatro sintomas nasais (coriza nasal, prurido nasal, espirros e congestão nasal) em uma escala categórica de gravidade de 0-3 (0 = ausente; 3 = grave) na forma de pontuações reflexivas (que registravam a gravidade dos sintomas nas últimas 12 horas) ou instantâneas (que registravam a gravidade dos sintomas no momento do registro). Segundo os resultados desses estudos, os pacientes tratados com Ciclesonida 200 mcg uma vez ao dia apresentaram reduções maiores nas pontuações de sintomas nasais totais estatisticamente significativas do que os pacientes tratados com placebo. Em geral, as medidas secundárias de eficácia também foram favoráveis. No estudo clínico de duas semanas para determinação de dose de, a diferença entre Ciclesonida 200 mcg uma vez ao dia e placebo foi estatisticamente significativa. Tabela 1. Variação média das pontuações dos sintomas nasais totais reflexivos no período de duas semanas em pacientes com rinite alérgica intermitente: *Soma das pontuações matutinas e vespertinas; pontuação máxima = 24. Nos estudos de quatro a seis semanas em pacientes com rinite alérgica intermitente e persistente, respectivamente, ao diferença entre Ciclesonida 200 mcg uma vez ao dia e placebo foi estatisticamente significativa. Diferenças estatisticamente significativas na pontuação total instantânea de sintoma nasal pré-dose matinal indicam que o efeito se manteve por todo o intervalo posológico de 24 horas. Tabela 2. Variação média das pontuações dos sintomas nasais totais reflexivos e instantâneos nos estudos de rinite alérgica: *Soma das pontuações reflexivas e instantâneas matutinas e vespertinas; máximo = 12. Um estudo duplo-cego randomizado e controlado por placebo realizado em 502 adultos com rinite alérgica com pelo menos dois anos de duração, observou que Ciclesonida (na dose de 200 mcg/dia) iniciava sua ação após a primeira hora de administração (p=0,001 em relação a placebo). A duração de sua ação também foi avaliada em outros dois estudos nos quais também se observaram os efeitos de Ciclesonida durante 24 horas, com melhora sintomática adicional observada em uma a duas semanas em rinite alérgica intermitente e em cinco semanas em rinite alérgica persistente. Pacientes pediátricos com idade de 6 a 11 anos A eficácia de doses de até 200 mcg de Ciclesonida uma vez ao dia foi avaliada em dois estudos clínicos multicêntricos duplo-cegos randomizados, de grupos paralelos controlados por placebo, de duas e 12 semanas de duração, em1.283 pacientes com rinite alérgica, de 6 a 11 anos de idade. No estudo de duas semanas com doses diárias de 200 mcg e de 100 mcg de Ciclesonida em pacientes com rinite alérgica intermitente, apenas a dose de 200 mcg proporcionou diferenças estatisticamente significativas em comparação com placebo nas médias dos escores totais dos sintomas nasais reflexivos matinais e noturnos em relação aos valores basais. Tabela 3. Variação média das pontuações dos sintomas nasais totais reflexivos em um estudo de rinite alérgica intermitente em crianças de 6 a 11 anos de idade: *Soma das pontuações matutinas e vespertinas; pontuação máxima =12. Pacientes pediátricos com idade de dois a cinco anos A eficácia de Ciclesonida em doses de até 200 mcg diários foi avaliada em dois estudos duplo-cegos randomizados, de grupos paralelos controlados por placebo, de 6 e 12 semanas de duração, em 258 pacientes de dois a cinco anos de idade com rinite alérgica persistente. Embora fossem primariamente de segurança, ambos os estudos mostraram evidências de eficácia. No estudo de 12 semanas, a dose diária de 200 mcg de Ciclesonida spray nasal proporcionou uma redução maior e estatisticamente significativa no escore total dos sintomas nasais em relação ao placebo. No estudo de seis semanas, observou-se uma tendência numérica de redução do escore de sintomas nasais avaliado pelo médico em comparação com placebo em todos os grupos tratados com as diversas doses de ciclesonida (200 mcg, 100 mcg e 25 mcg). O uso de medicações de resgate foi semelhante nos quatro grupos avaliados. De maneira geral, Ciclesonida foi seguro e bem tolerado nesta faixa etária. A incidência global de eventos adversos foi similar em ambos os grupos de tratamento, sendo os eventos mais comuns irritação ocular, epistaxe e irritação nasal. Em ambos os grupos, 2,4% dos pacientes descontinuaram o tratamento devido a eventos adversos. Não se observaram alterações de significado clínico no exame físico geral, nos sinais vitais e na pressão intraocular. Características farmacológicas Propriedades farmacodinâmicas O componente ativo do Ciclesonida é a ciclesonida, um glicocorticoide não-halogenado, uma pró-droga que é enzimaticamente hidrolisada após aplicação intranasal em um metabólito farmacologicamente ativo, o C21-desisobutirilciclesonida (des-ciclesonida ou RM1). A des-ciclesonida tem atividade anti-inflamatória com afinidade pelo receptor glicocorticoide 120 vezes maior que o composto principal. Assim como ocorre com os demais corticosteroides nasais, o exato mecanismo de ação da ciclesonida na rinite alérgica não é bem conhecido. Demonstrou-se que os corticosteroides exercem uma ampla gama de efeitos sobre diversos tipos de células (mastócitos, eosinófilos, neutrófilos, macrófagos e linfócitos) e mediadores (histamina, eicosanoides, leucotrienos e citocinas) envolvidos na inflamação alérgica. Um estudo de 52 semanas de duração não registrou alterações significativas nos níveis de cortisol em urina de 24 horas, cortisol sérico matutino, pressão intraocular e opacificação dos cristalinos em adolescentes (maiores de 12 anos) e adultos, quando comparados aos usuários de placebo. Em crianças de 6 a 11 anos de idade, um estudo de 12 semanas de tratamento mostrou que o cortisol plasmático matinal médio não sofria nenhum efeito consistente diferente de placebo em relação aos valores basais. Propriedades farmacocinéticas Ciclesonida começa a agir desde a primeira aplicação, com melhora inicial dos sintomas observada geralmente dentro da primeira hora após a primeira dose. Em alguns casos podem ser necessárias 24 a 48 horas após a primeira dose para uma melhora mais intensa dos sintomas. Melhoras adicionais dos sintomas podem ocorrer em até uma ou duas semanas ou em até cinco semanas na rinite alérgica persistente. Absorção A administração intranasal de ciclesonida nas doses recomendadas resulta em concentrações séricas insignificantes de ciclesonida. A ciclesonida e a des-ciclesonida têm biodisponibilidade oral insignificante (ambas menores que 0,1%) devido à baixa absorção gastrintestinal e ao alto metabolismo de primeira passagem. Os imunoensaios aplicados nestes testes detectaram até 25 pg/ml de ciclesonida e 10 pg/ml de des-ciclesonida. Distribuição Após administração intravenosa de 800 mcg de ciclesonida, os volumes de distribuição de ciclesonida e des-ciclesonida foram de aproximadamente 2,0 l/kg e 12,1 l/kg, respectivamente. A porcentagem de ciclesonida e des-ciclesonida ligada às proteínas plasmáticas humanas foi em média >99%. Portanto, menos de 1% do medicamento não ligado a proteínas plasmáticas foi detectado na circulação sistêmica. A des-ciclesonida não se liga significativamente à transcortina humana. Metabolismo A ciclesonida intranasal é hidrolisada por esterases na mucosa nasal em um metabólito biologicamente ativo, a des-ciclesonida. A des-ciclesonida passa por metabolismo adicional no fígado para outros metabólitos principalmente pela isozima CYP 3A4 e, em menor extensão, pelo CYP 2D6. A gama total de metabólitos potencialmente ativos da ciclesonida não foi caracterizada. Eliminação Após administração intravenosa de 800 mcg de ciclesonida, os valores de depuração da ciclesonida e da des-ciclesonida foram altos (aproximadamente 152 l/h e 228 l/h, respectivamente). Ciclesonida marcada com 14C foi excretada predominantemente através das fezes após administração intravenosa (66%), indicando que a excreção através da bile é a principal via de eliminação. Cerca de 20% da radioatividade relativa ao medicamento foi excretada na urina. Populações especiais A farmacocinética da ciclesonida administrada por via intranasal não foi avaliada em subpopulações de pacientes porque os níveis sanguíneos de ciclesonida e des-ciclesonida resultantes são insuficientes para os cálculos farmacocinéticos. As informações obtidas após a inalação oral de ciclesonida não foram significativamente influenciadas por características do indivíduo, como peso corporal, idade, raça e sexo, nem indicam necessidade de ajuste de dose em caso de insuficiência hepática. Não foram realizados estudos em pacientes com insuficiência renal. Propriedades toxicológicas Carcinogênese, mutagênese, prejuízo à fertilidade Em estudos com animais, a ciclesonida não apresentou potencial carcinogênico nem mutagênico. A ação clastogênica foi similar à da dexametasona. Não se observou em estudos com animais nenhuma evidência de prejuízo à fertilidade com doses de até 35 vezes a dose intranasal diária humana máxima em adultos expressa em mcg/m².

Interação alimentícia: posso usar o Ciclesonida com alimentos?

Não se verificaram interações de Ciclesonida com a alimentação.

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