Sobre este Remédio

Clindacne, para o que é indicado e para o que serve?

Clindacne é indicado no tratamento de infecções da pele sensíveis à clindamicina, inclusive acne vulgar (cravos e espinhas). Como Clindacne funciona? Clindacne contém fosfato de clindamicina, um agente antibacteriano derivado da lincomicina. A clindamicina age inibindo a produção de proteínas bacterianas, impedindo o crescimento da bactéria Propionibacterium acnes (bactéria comumente presente na acne) sendo, portanto, eficaz no tratamento desta doença. Tempo de Ação Seis a oito semanas de tratamento podem ser necessárias antes de se observar um efeito terapêutico.

Quais as contraindicações do Clindacne?

Não use Clindacne se: Você for hipersensível à clindamicina, à lincomicina ou a qualquer componente da fórmula. Sofrer de inflamação de intestino delgado (enterite regional) ou inflamação do intestino grosso (colite), que pode estar relacionada à presença de úlceras (colite ulcerativa) ou associada ao uso de antibióticos. Tiver histórico de doença inflamatória intestinal ou colite associada a antibióticos (diarreia prolongada, intensa ou com sangue após o uso de antibiótico).

Como usar o Clindacne?

Clindacne é destinado para uso tópico. Aplicar uma camada fina de Clindacne sobre a área afetada, 2 vezes ao dia ou conforme orientação médica. Como aplicar: Remova completamente qualquer maquiagem, se for o caso. Lave a área afetada e seque cuidadosamente. Aplique uma fina camada na pele usando a ponta de seus dedos. Aplique em toda a área afetada, não apenas sobre cada cravo ou espinha. Tome cuidado para não aplicar Clindacne em excesso. Aplicar o medicamento em excesso ou com maior frequência não fará sua acne melhorar rápido e pode ainda causar irritação à pele. Lave as mãos após a aplicação. Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. O que fazer quando eu me esquecer de usar Clindacne? Caso se esqueça de administrar o medicamento, retome a aplicação no horário habitual. Não aplique uma quantidade dobrada para compensar a aplicação esquecida. Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Clindacne?

Antes de usar Clindacne seu médico precisa saber se: Você não tolera ou anteriormente teve uma reação na pele ou alergia à clindamicina, a qualquer componente da fórmula ou a preparações contendo lincomicina. Use Clindacne apenas na sua pele. Evite o contato de Clindacne com olhos, narinas, boca ou seus lábios. Caso isto ocorra, enxágue bem com água. Não use Clindacne em áreas da pele que estejam irritadas, tais como cortes, arranhões, queimadura solar ou pele rachada. Até o momento, não há informações de que a clindamicina possa causar doping, Em caso de dúvida, consulte o seu médico. Interações medicamentosas Informe ao seu médico ou farmacêutico se você está utilizando algum outro medicamento, se utilizou recentemente ou se iniciar a utilização de algum. Isto inclui medicamentos adquiridos sem prescrição médica. Clindacne pode afetar como os outros medicamentos funcionam. Tome cuidado para não utilizar clindamicina ao mesmo tempo que eritromicina (medicação antibiótica comumente utilizada para tratamento da acne). Tome cuidado para não utilizar Clindacne ao mesmo tempo que outros produtos para acne usados na pele, a menos que seu médico ou farmacêutico tenha dito que você pode. É provável que ocorra um possível efeito de irritação cumulativa, especialmente com o uso de agentes esfoliantes, descamantes ou abrasivos. Se ocorrer irritação ou dermatite, a clindamicina deve ser descontinuada. Gravidez e lactação Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe seu médico caso você esteja grávida ou planejando engravidar. Se você engravidar durante o tratamento com Clindacne informe ao seu médico. Informe ao seu médico se está amamentando, pois não se sabe se a clindamicina é liberada no leite após o uso de Clindacne. Entretanto, como a clindamicina administrada por via oral ou parenteral (pela veia) foi detectada no leite humano, a amamentação não deve ser efetuada durante o tratamento com Clindacne. Não use Clindacne no seu seio se você estiver amamentando. Diarreia, diarreia sanguinolenta, colite ulcerativa e colite pseudomembranosa (induzida por antibióticos), podem ocorrer com uso de antibióticos sistêmicos, inclusive a clindamicina, apesar de serem reações pouco frequentes ou mesmo raras quando a clindamicina é aplicada topicamente. Neste caso, o seu médico deve ser informado. Clindacne é dermatologicamente testado. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Clindacne?

Como todos os medicamentos, Clindacne pode causar reações adversas, entretanto nem todos os pacientes as apresentam. Pare de usar Clindacne e procure o seu médico imediatamente se: Você observar alguma reação alérgica (tal como inchaço do rosto, erupção cutânea irritante) ou apresentar diarreia intensa ou prolongada. As seguintes reações adversas comuns foram relatadas (ocorrem em pelo menos 1 de cada 100 pacientes): Sensação de queimação na pele, coceira, pele seca, vermelhidão da pele, dor, erupção cutânea e cefaleia (dor de cabeça). Reações adversas raras (podem ocorrer em até 1 de cada 1000 pacientes) incluem: Diarreia, dor abdominal, desconforto estomacal, urticária (erupção elevada e vermelha na pele associada à coceira ou “vergões”), brotoeja e inchaço do rosto. Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

Qual a composição do Clindacne?

Cada grama de Clindacne contém Fosfato de clindamicina 12 mg Clindamicina 10 mg Excipientes: propilenoglicol, aminometilpropanol, álcool etílico, essência de camomila, álcool isopropílico, metilparabeno, carbomer, água.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Clindacne maior do que a recomendada?

Se a medicação for aplicada excessivamente, não haverá resultados melhores ou mais rápidos e poderão surgir efeitos indesejáveis. Neste caso, suspenda o uso do produto e aguarde a pele recuperar seu aspecto normal. Caso as reações não desapareçam, procure um médico. Clindacne é indicado exclusivamente para uso tópico. Em caso de ingestão acidental, procure um médico. O fosfato de clindamicina aplicado na pele pode ser absorvido através dela em quantidade suficiente para produzir os mesmos efeitos indesejáveis quando administrado por via oral. Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. Informe também a empresa, através do seu Serviço de Atendimento ao Consumidor - 0800-0196660.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Clindacne com outros remédios?

Estudos demonstraram que a clindamicina apresenta propriedades de bloqueio neuromuscular que podem intensificar a ação de outros fármacos com atividade semelhante. Portanto, a clindamicina deve ser usada com cautela em pacientes sob terapia com tais agentes. A clindamicina é metabolizada predominantemente pela CYP3A4 e, em menor grau pela CYP3A5, para o metabólito principal sulfóxido de clindamicina e para o menor metabolito N-desmetilclindamicina. Deste modo, os inibidores de CYP3A4 e CYP3A5 podem reduzir a depuração da clindamicina e os indutores destas isoenzimas podem aumentar a depuração da clindamicina. Na presença de indutores fortes de CYP3A4 como a rifampicina, monitorar a perda de eficácia. Estudos in vitro indicam que a clindamicina não inibe CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19, CYP2E1 ou CYP2D6 e apenas inibe moderadamente a CYP3A4. Portanto, as interações clinicamente importantes entre clindamicina e fármacos coadministrados metabolizados por estas enzimas CYP são improváveis.

Qual a ação da substância do Clindacne (Clindamicina)?

Resultados de Eficácia Infecções de trato respiratório superior No tratamento de tonsilites a clindamicina (150 mg, por via oral, a cada 6 horas, por 10 dias) é mais eficaz que a penicilina V (250 mg, por via oral, a cada 6 horas, por 10 dias) e que a eritromicina (250 mg, por via oral, a cada 6 horas, por 10 dias). Infecções de trato respiratório inferior A clindamicina é superior ao metronidazol no tratamento de infecções pulmonares (incluindo abscessos e pneumonias necrotizantes) causadas por agentes anaeróbios. Infecções de pele e partes moles No tratamento de infecção de partes moles a combinação intravenosa de clindamicina (5 mg/kg a cada 6 horas) e gentamicina (1 mg/kg, a cada 8 horas) mostrou-se tão eficaz quanto cefotaxima (20 mg/kg, a cada 6 horas). Os tratamentos duraram de 5 a 10 dias e as taxas de cura foram de 71% para a combinação clindamicina e gentamicina vs 73% para o tratamento cefotaxima. A clindamicina (300 mg, a cada 8 horas, por 7 dias, via oral) foi tão efetiva quanto cloxacilina (500 mg, a cada 8 horas, por 7 dias, via oral) no tratamento de 61 pacientes com infecção de pele e tecido subcutâneo. Infecções ósseas e articulares A clindamicina (300 a 600 mg, a cada 6 horas, intravenosa, por 72 horas) é mais efetiva que a cloxacilina (2 g a cada 6 horas, intravenosa, por 72 horas) para a profilaxia de infecção após fraturas expostas tipo I e II de Gustillo. Dos pacientes que usaram a clindamicina, 9,3% evoluíram com infecção vs 20% dos que usaram cloxacilina. Infecções dentárias A clindamicina (150 mg, a cada 6 horas) tem eficácia comparável a da ampicilina (250 mg, a cada 6 horas) no tratamento de abscessos odontogênicos. Infecções ginecológicas No tratamento de vaginoses bacterianas a clindamicina alcança eficácia similar a do metronidazol, tanto oral como topicamente. A taxa de cura de ambos fica entre 70 a 90%. A clindamicina (900 mg, a cada 8 horas, por via intravenosa) é tão efetiva quanto ampicilina/sulbactam (2 g/1 g, a cada 6 horas, por via intravenosa) no tratamento da endometrite pós-parto. As taxas de cura foram de 88% e 83%, respectivamente. Resultados similares foram observados comparando clindamicina e gentamicina (900 mg/1,5 mg/kg, a cada 8 horas) com ampicilina/sulbactam (2 g/1 g, a cada 6 horas, por via intravenosa). Outro trabalho sobre endometrite pós-parto mostrou que a clindamicina (600 mg, a cada 6 horas) combinada com gentamicina (dose definida através do nível sérico, a cada 8 horas) é tão efetiva quanto a cefoxitina (2 g, a cada 6 horas, por via intravenosa) e a mezlocilina (4 g, a cada 6 horas, por via intravenosa). A taxa de cura foi de 92%, 82% e 87%, respectivamente. Os tratamentos duraram de 4 a 10 dias. Resultados similares foram obtidos por Herman et al (1986) comparando a combinação clindamicina e gentamicina (taxa de cura clínica 76%) com cefoxitina (75%). Em comparação com cefoperazona (2 g, a cada 12 horas, via intravenosa) a combinação clindamicina (600 mg, a cada 6 horas, via intravenosa) e gentamicina (1 a 1,5 mg/kg, a cada 8 horas, via intravenosa) mostrou eficácia similar em um estudo duplo-cego, randomizado no tratamento de infecção pélvica realizado com 102 mulheres. Em pacientes com doença inflamatória pélvica o tratamento intravenoso combinado de clindamicina (900 mg, a cada 8 horas) e gentamicina (dose de ataque de 120 mg e manutenção de 80 mg, a cada 8 horas) é tão eficaz quanto cefotaxima intravenoso (2 g, a cada 8 horas). Também nestes casos quando comparamos a clindamicina combinada com um aminoglicosídeo (amicacina ou gentamicina) com a combinação cefoxitina e doxiciclina, observamos que ambas as opções têm eficácia semelhante. Infecções por Chlamydia trachomatis A clindamicina (450 mg, a cada 6 horas, por via oral, durante 10 dias) é mais efetiva e melhor tolerada do que a eritromicina (500 mg, a cada 6 horas, por via oral, durante 10 dias). Referências Bibliográficas 1. Brook & Hirokawa: Treatment of patients with a history of recurrent tonsillitis due to group A beta-hemolytic streptococci: a prospective, randomized study comparing penicillin, erythromycin, and clindamycin. Clin Pediatr. 1985; 24: 331-336. 2. Perlino CA: Metronidazole vs clindamycin treatment of anaerobic pulmonary infection. Arch Intern Med. 1981; 141: 1424-1427. 3. Sanders CV, Hanna BJ & Lewis AC: Metronidazole in the treatment of anaerobic infections. Am Rev Respir Dis. 1979; 120: 337-343. 4. Strom PR, Geheber CE, Morris ES et al: Clinical comparison of cefotaxime versus the combination of gentamicin plus clindamycin in the treatment of polymicrobial soft-tissue surgical sepsis. Clin Ther. 1982; 5: 26- 31. 5. Pusponegoro EHD & Wiryadi BE: Clindamycin and cloxacillin compared in the treatment of skin and softtissue infections. Clin Ther. 1990; 12: 236-241. 6. Vasenius J, Tulikoura I, Vainionpaa S et al: Clindamycin versus cloxacillin in the treatment of 240 open fractures. A randomized prospective study. Ann Chir Gynaecol. 1998; 87: 224 a 228. 7. Mangundjaja S & Hardjawinata K: Clindamycin versus ampicillin in the treatment of odontogenic infections. Clin Ther. 1990; 12: 242-249. 8. Higuera F, Hidalgo H, Sanchez CJ et al: Bacterial vaginosis: a comparative, double-blind study of clindamycin vaginal cream versus oral metronidazole. Curr Ther Res. 1993; 54: 98-110. 9. Fischbach F, Petersen EE, Weissenbacher ER et al: Efficacy of clindamycin vaginal cream versus oral metronidazole in the treatment of bacterial vaginosis. Obstet Gynecol. 1993; 82: 405-410. 10. Schmitt C, Sobel JD & Meriwether C: Bacterial vaginosis: treatment with clindamycin cream versus oral metronidazole. Obstet Gynecol. 1992; 79: 1020-1023. 11. Greaves WL, Chungafung J, Morris B et al: Clindamycin versus metronidazole in the treatment of bacterial vaginosis. Obstet Gynecol. 1988; 72: 799-802. 12. Martens MG, Faro S, Hammill HA et al: Ampicillin/sulbactam versus clindamycin in the treatment of postpartum endomyometritis. South Med J. 1990; 83: 408-413. 13. Gall S & Koukol D: Ampicillin/sulbactam vs Clindamycin/gentamicin in the treatment of postpartum endometritis. J Reprod Med. 1996; 41: 575-580. 14. Faro S, Phillips LE, Baker JL et al: Comparative efficacy and safety of mezlocillin, cefoxitin, and clindamycin plus gentamicin in postpartum endometritis. Obstet Gynecol. 1987; 69: 760-766. 15. Herman G, Cohen AW, Talbot GH et al: Cefoxitin versus clindamycin and gentamicin in the treatment of postcesarean section infections. Obstet Gynecol. 1986; 67: 371-376. 16. Gilstrap LC III, St Clair PJ, Gibbs RS et al: Cefoperazone versus clindamycin plus gentamicin for obstetric and gynecologic infections. Antimicrob Agents Chemother. 1986; 30: 808-809. 17. Martens MG, Faro S, Hammill H et al: Comparison of cefotaxime, cefoxitin and clindamycin plus gentamicin in the treatment of uncomplicated and complicated pelvic inflammatory disease. J Antimicrob Chemother. 1990; 26A: 37-43. 18. Soper DE & Despres B: A comparison of two antibiotic regimens for treatment of pelvic inflammatory disease. Obstet Gynecol. 1988;72: 7-12. 19. Walters MD & Gibbs RS: A randomized comparison of gentamicin-clindamycin and cefoxitin-doxycycline in the treatment of acute pelvic inflammatory disease. Obstet Gynecol. 1990; 95: 867-872. 20. Campbell WT & Dodson MG: Clindamycin therapy for Chlamydia trachomatis in women. Fertil Steril. 1990; 53: 624-625. Características Farmacológicas A clindamicina é um antibiótico semi-sintético produzido pela substituição do grupo 7(R)-hidroxi de um derivado da lincomicina, pelo grupo 7(S)-cloro. Propriedades Farmacodinâmicas Mecanismo de ação A clindamicina é um antibiótico da classe das lincosamidas que inibe a síntese proteica bacteriana. Ela se liga à subunidade ribossomal 50S e afeta a montagem do ribossomo e o processo de tradução. Embora o fosfato de clindamicina seja inativo in vitro, a hidrólise rápida in vivo converte esse composto na clindamicina antibacteriana ativa. Em doses usuais, a clindamicina exibe atividade bacteriostática in vitro. Efeitos farmacodinâmicos A eficácia está relacionada ao período de tempo em que o nível do agente está acima da concentração inibitória mínima (CIM) do patógeno (% T/CIM). Resistência A resistência à clindamicina é mais frequente devido a mutações no sítio de ligação ao antibiótico do rRNA ou a metilação de nucleotídeos específicos no RNA 23S da subunidade ribossomal 50S. Essas alterações podem determinar a resistência cruzada in vitro a macrolídeos e estreptograminas B (fenótipo MLSB). A resistência é ocasionalmente devido a alterações nas proteínas ribossomais. A resistência à clindamicina pode ser induzida por macrolídeos em isolados bacterianos resistentes a macrolídeos. A resistência induzível pode ser demonstrada com teste de disco (teste de zona D) ou em caldo. Os mecanismos de resistência menos frequentemente encontrados envolvem modificação do antibiótico e do efluxo ativo. Há uma resistência cruzada completa entre clindamicina e lincomicina. Assim como acontece com muitos antibióticos, a incidência de resistência varia com as espécies bacterianas e a área geográfica. A incidência de resistência à clindamicina é maior entre os isolados estafilocócicos resistentes à meticilina e os isolados pneumocócicos resistentes à penicilina do que entre os organismos suscetíveis a esses agentes. Atividade antimicrobiana A clindamicina demonstrou ter atividade in vitro contra a maioria dos isolados dos seguintes microrganismos: Bactérias aeróbicas Bactérias gram-positivas: Staphylococcus aureus (isolados suscetíveis à meticilina); Estafilococos coagulase-negativas (isolados suscetíveis à meticilina); Streptococcus pneumoniae (isolados suscetíveis à penicilina); Estreptococos beta-hemolíticos dos grupos A, B, C e G; Estreptococos do grupo Viridans; Corynebacterium spp. Bactérias gram-negativas: Chlamydia trachomatis. Bactérias anaeróbicas Bactérias gram-positivas: Actinomyces spp.; Clostridium spp. (exceto Clostridium difficile); Eggerthella (Eubacterium) spp.; Peptococcus spp.; Peptostreptococcus spp. (Finegoldia magna, Micromonas micros); Propionibacterium acnes. Bactérias gram-negativas: Bacteroides spp.; Fusobacterium spp.; Gardnerella vaginalis; Prevotella spp. Fungos Pneumocystis jirovecii. Protozoários Toxoplasma gondii; Plasmodium falciparum. Pontos de interrupção A prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas e informações locais sobre resistência são desejáveis, particularmente no tratamento de infecções graves. Se necessário, deve ser procurado um parecer especializado quando a prevalência local de resistência é tal que a utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável. Particularmente em infecções graves ou falha terapêutica, o diagnóstico microbiológico com verificação do patógeno e sua susceptibilidade à clindamicina é recomendado. A resistência é geralmente definida pelo critério interpretativo de susceptibilidade (pontos de interrupção) estabelecidos pelo Instituto de Padrões Clínicos e Laboratoriais (CLSI) ou pelo Comitê Europeu de Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) para antibióticos administrados sistematicamente. Os pontos de interrupção do Instituto de Padrões Clínicos e Laboratoriais (CLSI) para organismos relevantes estão listados abaixo. Tabela 1. Critério interpretativo de susceptibilidade do CLSI para clindamicina Patógeno Concentrações Inibitória Mínima (mcg/mL) Disco-difusão (Diâmetro do halo em mm) a - S I R S I R Staphylococcus spp. ≤0,5 1–2 ≥4 ≥21 15–20 ≤14 Streptococcus spp. ≤0,25 0,5 ≥1 ≥19 16–18 ≤15 Bactéria anaeróbicab ≤2 4 ≥8 NA NA NA NA=não aplicável; S=suscetível; I=intermediário; R=resistente. aConteúdo do disco 2 microgramas de clindamicina. bFaixas de CIM para anaeróbicos são baseadas na metodologia de diluição em ágar. Um relatório de "Suscetíveis" (S) indica que o patógeno provavelmente será inibido se o composto antimicrobiano no sangue atingir as concentrações geralmente alcançáveis. Um relatório de "Intermediário" (I) indica que o resultado deve ser considerado equivocado e, se o micro-organismo não é totalmente suscetível a drogas alternativas, clinicamente viáveis, o teste deve ser repetido. Esta categoria implica em uma possível aplicabilidade clínica em locais do corpo onde o fármaco é fisiologicamente concentrado ou em situações em que pode ser utilizada uma dose elevada de fármaco. Esta categoria também fornece uma zona tampão que impede que fatores técnicos pequenos e não controlados causem grandes discrepâncias na interpretação. Um relatório de "Resistente" (R) indica que o patógeno não é susceptível a ser inibido se o composto antimicrobiano no sangue atingir as concentrações geralmente alcançáveis; outra terapia deve ser selecionada. Os procedimentos de teste de susceptibilidade padronizados exigem o uso de controles de laboratório para monitorar e garantir a acurácia e precisão dos suprimentos e reagentes utilizados no ensaio e as técnicas dos indivíduos que realizam o teste. O pó de clindamicina padrão deve fornecer as faixas de CIM na Tabela 2. Para a técnica de disco-difusão usando o disco de 2 mcg de clindamicina, os critérios fornecidos na Tabela 2 devem ser alcançados. Tabela 2. Faixas de Controle de Qualidade (CQ) aceitáveis do CLSI para a clindamicina a ser usada na validação dos resultados dos testes de suscetibilidade Cepa do CQ Faixa da concentração inibitória mínima (mcg/mL) Faixa de disco-difusão (diâmetro do halo em mm) Staphylococcus aureus ATCC 29213 0,06–0,25 NA Staphylococcus aureus ATCC 25923 NA 24–30 Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 0,03–0,12 19–25 Bacteroides fragilis ATCC 25285 0,5–2 a NA Bacteroides thetaiotaomicron ATCC 29741 2–8 a NA Eggerthella lenta ATCC 43055 0,06–0,25a NA NA=Não aplicável. ATCC® é uma marca registrada da American Type Culture Collection. aFaixas de CIM para anaeróbicos são baseadas na metodologia de diluição em ágar. Os pontos de interrupção do Comitê Europeu de Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) estão apresentados abaixo. Tabela 3. Critério Interpretativo de Susceptibilidade do EUCAST para clindamicina - Pontos de interrupção da CIM (mg/L) Pontos de interrupção do diâmetro do halo (mm)a Organismo S ≤ R > S ≥ R < Staphylococcus spp. 0,25 0,5 22 19 Streptococcus Grupos A, B, C e G 0,5 0,5 17 17 Streptococcus pneumoniae 0,5 0,5 19 19 Viridans group streptococci 0,5 0,5 19 19 Gram-positive anaerobes 4 4 NA NA Gram-negative anaerobes 4 4 NA NA Corynebacterium spp. 0,5 0,5 20 20 aConteúdo do disco de 2 µg de clindamicina. NA=não aplicável; S=suscetível; R=resistente. Faixas de CQ do EUCAST para determinação da CIM e do halo do disco estão na tabela abaixo. Table 4. Faixas de Controle de Qualidade (CQ) aceitáveis do EUCAST para a clindamicina a ser usada na validação dos resultados dos testes de suscetibilidade Cepa do CQ Faixa da concentração inibitória mínima (mcg/mL) Faixa de disco-difusão (diâmetro do halo em mm) Staphylococcus aureus ATCC 29213 0,06–0,25 23-29 Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 0,03–0,125 22-28 ATCC® é uma marca registrada da American Type Culture Collection. Propriedades Farmacocinéticas Estudos de níveis séricos conduzidos com uma dose oral de 150 mg de cloridrato de clindamicina em 24 voluntários adultos normais mostraram que a clindamicina foi rapidamente absorvida após administração oral. Foi atingido nível sérico médio de 2,50 µg/mL em 45 minutos; os níveis séricos foram em média de 1,51 µg/mL em 3 horas e de 0,70 µg/mL em 6 horas. A absorção de uma dose oral é quase completa (90%) e a administração concomitante de alimentos não modifica, de forma considerável, as concentrações séricas; os níveis séricos foram uniformes e previsíveis de pessoa para pessoa e entre as doses. Estudos de níveis séricos conduzidos após doses múltiplas de cloridrato de clindamicina por até 14 dias não apresentaram evidências de acúmulo ou de alteração do metabolismo do medicamento. A meia-vida sérica da clindamicina aumentou discretamente em pacientes com função renal acentuadamente reduzida. A hemodiálise e a diálise peritoneal não são eficazes na remoção da clindamicina do soro. As concentrações séricas da clindamicina aumentaram de forma linear com o aumento da dose. Os níveis séricos superaram a CIM (concentração inibitória mínima) para a maioria dos microrganismos indicados por, pelo menos, seis horas após a administração de doses usualmente recomendadas. A clindamicina é amplamente distribuída nos fluidos e tecidos corpóreos (incluindo ossos). Estudos in vitro em fígado humano e microssomas intestinais indicaram que a clindamicina é predominantemente oxidada pela CYP3A4, com menor contribuição da CYP3A5, para formar sulfóxido de clindamicina e um metabólito menor, a N-desmetilclindamicina. A meia-vida biológica média é de 2,4 horas. Aproximadamente 10% dos metabólitos ativos são excretados na urina e 3,6% nas fezes; o restante é excretado na forma de metabólitos inativos. Doses de até 2 gramas de clindamicina por dia, durante 14 dias, foram bem toleradas por voluntários sadios, com exceção da incidência de efeitos colaterais gastrintestinais ser maior com doses mais altas. Nenhum nível significativo de clindamicina é atingido no líquido cerebrospinal, mesmo na presença de meninges inflamadas. Estudos farmacocinéticos em voluntários idosos (61 – 79 anos) e adultos jovens (18 – 39 anos) indicam que apenas a idade não altera a farmacocinética da clindamicina (clearance, meia-vida de eliminação, volume de distribuição e área sob a curva) após administração IV do fosfato de clindamicina. Após administração oral de cloridrato de clindamicina, a meia-vida de eliminação aumentou para aproximadamente 4,0 horas (variação de 3,4 – 5,1 h) em idosos, em comparação com 3,2 horas (variação de 2,1 – 4,2 h) em adultos jovens. O grau de absorção, no entanto, não é diferente entre as faixas etárias e não é necessária alteração posológica para idosos com função hepática normal e função renal normal (ajustada para a idade). Adultos obesos com idade entre 18 e 20 anos Uma análise dos dados farmacocinéticos em adultos obesos com 18 a 20 anos de idade demonstrou que a depuração da clindamicina e o volume de distribuição normalizado pelo peso corporal total são comparáveis, independentemente da obesidade. Dados de Segurança Pré-Clínicos Carcinogênese Estudos de longa duração não foram realizados em animais para avaliar o potencial carcinogênico. Mutagenicidade Testes de genotoxicidade realizados incluíram o teste do micronúcleo em ratos e um teste de Ames Salmonella invertido. Ambos os testes foram negativos. Alterações na Fertilidade Estudos de fertilidade em ratos tratados com até 300 mg/kg/dia (aproximadamente 1,1 vezes a maior dose recomendada em adultos humanos; dose calculada em mg/m2), por via oral, não revelaram efeitos na fertilidade ou no acasalamento. Em estudos de desenvolvimento fetal em ratos com clindamicina oral não foi observado desenvolvimento de toxicidade, exceto em doses que produziram toxicidade materna.

Como devo armazenar o Clindacne?

Clindacne deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 º e 30°C). Proteger da luz, do calor e da umidade. Manter a bisnaga bem fechada. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Características físicas Clindacne é um gel incolor, translúcido, sem material aglomerado, isentos de matérias estranhas e com odor característico. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Clindacne

MS 1.0191.0240.002-0 Farmacêutica Responsável: Dra. Rosa Maria Scavarelli CRF –SP n° 6.015 Theraskin Farmacêutica Ltda. Marg. Direita da Via Anchieta Km 13,5 São Bernardo do Campo – SP CEP: 09696-005 CNPJ 61.517.397/0001-88 Indústria Brasileira Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com retenção de receita.

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