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Mucopolissacaridase

Sobre este Remédio

Mucopolissacaridase, para o que é indicado e para o que serve?

Este medicamento contém em sua fórmula uma preparação com enzimas mucopolissacaridases, substâncias indicadas para o tratamento de certos edemas e de distrofias localizadas do tecido subcutâneo. É também utilizado no tratamento dos edemas traumáticos, flebóticos ou cirúrgicos.

Quais as contraindicações do Mucopolissacaridase?

Esse medicamento é contraindicado para pacientes que apresentem hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Como usar o Mucopolissacaridase?

Aplicar 2 vezes ao dia, com leve massagem.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Mucopolissacaridase?

Ao classificar a frequência das reações, utilizamos os seguintes parâmetros: Reação muito comum (>1/10). Reação comum (>1/100 e <1/10). Reação incomum (>1/1.000 e <1/100). Reação rara (>1/10.000 e <1/1.000). Reação muito rara (<1/10.000). Nenhuma reação adversa pelo uso dessas substâncias presente em Mucopolissacaridase foi relatada até o momento. Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Mucopolissacaridase com outros remédios?

Não há relatos conhecidos de interações medicamentosas para os componentes deste medicamento na forma de creme dermatológico.

Quais cuidados devo ter ao usar o Mucopolissacaridase?

Nenhum caso de intolerância às mucopolissacaridases foi até o momento relatado para as formas de administração oral e tópica. A toxicidade de Mucopolissacaridase é praticamente nula. É prudente não usar enzimas difusantes com este medicamento em estados cancerosos. É importante ressaltar que, nos casos de infecções, o uso deste medicamento deve ter a cobertura de um antibiótico para melhora do processo infeccioso. Gravidez - Categoria de risco C Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação do risco/benefício. Quando utilizado, pode ser necessária monitorização clínica e/ou laboratorial do lactente.

Qual a ação da substância Mucopolissacaridase?

Resultados de Eficácia Em um estudo, o autor tratou mediante aplicação de Mucopolissacaridase creme, 24 casos de edemas dolorosos dos membros inferiores (pernas grossas e dolorosas, mixodermias, hipodermites com corrimento, eritrocianoses dolorosas e edemas diversos). A apreciação dos resultados foi baseada sobre: a redução ou desaparecimento das dores, diminuição do volume da perna, as modificações da cianose, o aumento da mobilidade da pele. Em 3 bons resultados, os 4 parâmetros de apreciação foram melhorados. Os resultados bons e médios abrangem os outros casos nos quais os sucessos, se bem que tangíveis, foram menos evidentes. Convém assinalar que: Grande porcentagem de sucessos obtidos nas pernas grossas (13 doentes) onde o autor demostrou: 7 muito bons resultados, 4 bons, 1 médio e um único fracasso; A melhoria quase constante dos fenômenos dolorosos, A relação entre a qualidade dos resultados ( e especialmente o desaparecimento dos fenômenos dolorosos) e o ritmo das aplicações de Mucopolissacaridase creme. O autor concluiu pela real eficácia deste processo terapêutico simples.1 24 mulheres acima de 18 anos de idade, apresentando hidrolipodistrofia localizada nos membros inferiores, associada ou não com obesidade moderada, não excedendo 30% do peso teórico ideal calculado conforme fórmula de Lorentz (ITW =T - 100-T-150: 2) e aceitando receber o tratamento sobre apenas uma coxa, foram incluídos no estudo. As pacientes não apresentaram qualquer tipo de alergia ao Mucopolissacaridase ou qualquer outro tipo de desordens que pudessem interferir no tratamento, e, não tomaram nenhuma droga diurética, anorexígena ou extratos de tireoide durante o estudo. Mucopolissacaridase creme foi aplicado 2 vezes ao dia ao redor do trocanter, superfície externa da coxa e do joelho. Apenas uma coxa foi tratada (a coxa tratada foi escolhida através da grade de distribuição aleatória, antecipadamente). O tratamento levou um mês e o critério de eficácia foi o seguinte: 1. Pele normal, 2. Endurecimento da pele, 3. Pele com aspecto de casca de laranja, 4. Associação do item 2 e 3. Após a admissão no estudo, as circunferências médias das coxas foram comparadas nos dois grupos (grupo de coxas tratadas e grupo de coxas não tratadas envolvendo as mesmas pacientes). Após 30 dias de tratamento, houve uma diminuição considerável na circunferência das coxas tratadas em relação àquelas que não foram tratadas, e esta diferença foi significativamente em favor do Mucopolissacaridase (p = 0,0005). Interessante notar que as pacientes que tiveram a sua pele melhorada em razão do tratamento, apresentavam uma pele endurecida, às vezes associada com uma aparência de "casca de laranja". O tratamento realizado com Mucopolissacaridase creme possibilitou o amaciamento da pele, ao ponto de tomar a pele normal novamente em muitos casos, considerando que no grupo não tratado, este aspecto de "casca de laranja" permaneceu inalterado. A finalização deste estudo foi excelente, não houve nenhuma baixa ou desistência por parte das pacientes e a segurança do medicamento também foi excelente, pois nenhum efeito adverso foi observado. Pode concluir-se também a eficácia do Mucopolissacaridase creme sobre a pele endurecida com aspecto de "casca de laranja", características da hidrolipodistrofia. Na verdade, notou-se uma redução significativa na associação pele com aspecto de casca de laranja com pele endurecida nas coxas tratadas com o produto em comparação às coxas não tratadas das mesmas pacientes.2 Referências bibliográficas: 1. Romani, JD. Experiência de um tratamento dos edemas localizados dos membros inferiores. Instituto Nacional de Higiene (prof. Bugnard) e Centro de Endocrinologia do Colégio de Medicina dos Hospitais de Paris. Hospital Laenneo (Prof. Albeaux-Fernet) – “les edemes Loçalisés. Gazette dês Hóspitaux. 1960;(13):515-25. 2. Lambert D. Study of efficacy of thiomucase cream in the treatment of localized hydrolipodystrophy. The Gazette Medicale. 1989;96(18). Características Farmacológicas Sabe-se que na vigência de um processo de obesidade ou formação de edema ocorre uma hiperpolimerização dos mucopolissacarídeos encontrados no tecido conjuntivo. Isso significa que na substância fundamental do tecido conjuntivo aparecerá um excesso de longas cadeias de mucopolissacarídeos. A água possui extrema afinidade pelos mucopolissacarídeos, devido a sua característica hidrofílica, dessa forma a água liga-se a essas moléculas, recebendo o nome de água de solvatação. Assim, a substância fundamental do tecido conjuntivo torna-se bem mais viscosa e, em decorrência, o metabolismo fica comprometido (o metabolismo celular não ocorre naturalmente porque os nutrientes encontram dificuldade para chegar até as células, de forma figurada, poderia dizer que as células ficam ilhadas). Os mucopolissacarídeos que se encontram associados à água de solvatação constituem parte de uma estrutura denominada proteoglicana, que por sua vez são complexos formados de mucopolissacarídeos (ácido hialurônico e ácido condrotino-sulfúrico) com proteínas. O tecido conjuntivo tem como principal função a ligação intercelular, onde se encontram diversos elementos: sais minerais, mucopolissacarídeos isolados e associados às proteínas (formando proteoglicanas) água, etc. No caso de células "normais" as macromoléculas são drenadas através dos vasos linfáticos e, o que é mais importante, os nutrientes são metabolizados normalmente: passam dos capilares para o meio intercelular, chegam com facilidade às células, ocorrendo seu aproveitamento e os resíduos retornam aos capilares sanguíneos. No caso do tecido conjuntivo de um paciente obeso ou edemaciado, existe um excesso de mucopolissacarídeos, ou melhor, uma hiperpolimerização dos mucopolissacarídeos; surge também uma grande quantidade de água de solvatação a qual está associada aos mucopolissacarídeos das proteoglicanas. Há também uma grande dificuldade dos nutrientes entrarem na célula, pois o aumento daviscosidade da substância fundamental do tecido conjuntivo dificulta as trocas metabólicas. Assim, esse medicamento despolimeriza as cadeias de mucopolissacarídeos, mobilizando assim a água retida, reduzindo, portanto, a viscosidade da substância fundamental e promovendo, em última análise, uma diurese fisiológica. As enzimas são também conhecidas como catalisadores biológicos ou substâncias capazes de acelerar determinadas reações químicas, sem interferir no produto final das mesmas. A classificação dessas substâncias pode ser feita de acordo com os seus substratos ou de acordo com sua origem. A mucopolissacaridase, enzima com ação lítica sobre o ácido hialurônico e o ácido condroitinsulfúrico, componentes da substância fundamental amorfa, age liberando a água de solvatação, facilitando as trocas metabólicas locais e a degradação do tecido queloide. É extraída dos testículos dos bovinos onde a ação principal é a diminuição da viscosidade da substância fundamental do tecido conjuntivo. Sua propriedade essencial é a despolimerização dos mucopolissacarídeos, corpos bioquímicos complexos, que entram na constituição da substância fundamental do tecido conjuntivo, e regulam, em grande parte, adistribuição de água nesses tecidos. Os mucopolissacarídeos podem formar um gel de viscosidade elevada que se constituem num obstáculo aos fenômenos vitais de difusão e intercâmbio celulares. Para facilitar o intercâmbio extracelular com o adipócito, a mucopolissacaridase auxilia na terapêutica da obesidade, diminuindo a viscosidade intercelular, facilitando a drenagem linfática, fator comprometido na gênese da celulite, e também facilitando a difusão de medicamentos. Sendo assim, são utilizadas para acelerar a velocidade de absorção e diminuir o desconforto causado por injeção subcutânea ou intramuscular de líquidos em excesso e sangue extravasados nos tecidos e para aumentar a eficácia dos anestésicos locais.

Fontes consultadas

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Thiomucase® (apresentação creme).

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