Sobre este Remédio

Orap, para o que é indicado e para o que serve?

Orap® alivia distúrbios que afetam seus pensamentos, sentimentos ou seu comportamento. Estas doenças podem fazer com que você tenha uma desconfiança anormal, acreditando em coisas que não são verdadeiras (delírios); escute, veja ou sinta de forma diferente alguma coisa que não é real (alucinações); ou tenha dificuldade em se relacionar com outras pessoas.

Como o Orap funciona?

Orap® é um medicamento neuroléptico que possui a propriedade de bloquear seletivamente um tipo de receptor denominado receptor dopaminérgico. A melhora dos sintomas é observada progressivamente com o decorrer do tratamento.

Quais as contraindicações do Orap?

Orap® não deve ser tomado se você: Tiver sonolência e lentidão decorrentes da doença, ou do uso de medicamentos, ou álcool. Tem uma conhecida sensibilidade exacerbada à Orap® (alergia); Tem depressão; Toma certos medicamentos; Tem Doença de Parkinson; Possui batimentos cardíacos com frequência muito baixa; Possui problemas de coração, principalmente, batimentos irregulares do coração, anormalidades na atividade elétrica do coração (às vezes conhecida como “prolongamento do intervalo QT”), histórico familiar de anormalidades nas atividades elétricas do coração, ou se você estiver usando medicamentos que possam alterar a atividade elétrica do coração; Tem níveis mais baixos de minerais no sangue (eletrólitos) que o normal. Seu médico irá orientá-lo. Em caso de dúvida, contate seu médico.

Como usar o Orap?

Orap® deve ser tomado uma vez ao dia de preferência pela manhã. A dose ideal deve ser estabelecida pelo médico responsável pelo tratamento. É muito importante que você tome a quantidade certa de Orap®. Seu médico pode solicitar um exame de sangue para decidir se a dose de Orap® pode ser aumentada. As quantidades a seguir somente fornecem uma ideia de quantos comprimidos você precisará tomar. Seu médico dirá exatamente quantos comprimidos você deve tomar. Adultos Em geral, o tratamento é iniciado com 2 a 4 mg uma vez ao dia. O médico pode aumentar a dose até obter o efeito desejado. A quantidade máxima que você pode tomar por dia é 20 mg (ou seja, 20 comprimidos de Orap® 1 mg ou 5 comprimidos de Orap® 4 mg). Idosos O tratamento é iniciado com metade da dose recomendada para adultos. O médico pode ajustar a dose de acordo com o efeito obtido. Crianças Orap® tem sido usado principalmente em crianças maiores de 3 anos. A dose recomendada para crianças é menor do que a de adultos. O médico irá indicar a dose exata para o tratamento. Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Orap?

Se você se esquecer de tomar seu medicamento, tome a próxima dose normalmente e continue com seu medicamento como recomendado pelo médico. Não tome o dobro da dose. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Orap?

Crianças A experiência de uso em crianças abaixo de 3 anos é muito limitada. A dose recomendada para crianças é menor do que a de adultos. O médico irá indicar a dose exata para o tratamento. Pacientes idosos com demência Se você é um paciente idoso com demência, que é uma doença que causa diminuição da atividade mental com sintomas como perda de memória, perda de atenção e maior dificuldade para falar; tomar Orap® pode ser associado a riscos adicionais. Seu médico irá discutir isto com você. Exame de sangue Se o seu médico achar necessário administrar doses maiores que 4 mg/dia (pacientes adultos ou idosos) ou maiores que 0,05 mg/kg/dia (pacientes pediátricos), ele poderá solicitar um exame de sangue para decidir se a dose de Orap® pode ser aumentada. Tome cuidado especial com Orap® Verifique com o seu médico antes de tomar Orap® se: Você tem epilepsia ou qualquer outro problema que pode causar convulsões; Você pratica exercícios físicos pesados, vai para algum lugar muito quente ou não bebe o suficiente; Você tem problemas no fígado. Informe seu médico imediatamente se você apresentar: Febre, rigidez muscular intensa, suor ou diminuição dos níveis de consciência (uma doença também chamada de “síndrome neuroléptica maligna”). Tratamento médico imediato poderá ser necessário; Movimentos involuntários rítmicos da língua, boca e face. A descontinuação de Orap® é necessária. Informe seu médico se você apresentar: Anormalidades de coordenação ou movimentos musculares involuntários (também conhecidos como “sintomas extrapiramidais - SEP” ou Parkinsonismo). Os sintomas podem incluir movimentos lentos, rigidez ou movimentos bruscos dos membros, pescoço, face, olhos ou boca e língua, que podem resultar postura involuntária ou expressões faciais incomuns. Pode ser necessário iniciar medicação para acabar com estes efeitos adversos; Alterações hormonais que podem causar: em algumas mulheres pode causar produção de leite materno inesperada; inchaço das mamas, menstruação irregular, menstruação rara ou muito leve ou ausência de menstruação; alguns homens podem apresentar inchaço das mamas ou dificuldade de ereção. Iniciar ou descontinuar Orap®: Após o início do tratamento com Orap® pode levar algum tempo para os sintomas começarem a desaparecer e iniciar o efeito do medicamento. Somente pare de tomar Orap® se o seu médico permitir. Se o seu médico pedir para você parar o tratamento, você deverá parar gradualmente, especialmente se você estiver tomando uma dose alta. Se você parar de tomar Orap® de repente, você poderá sentir os seguintes sintomas: dor de estômago, vômito, movimentos espasmódicos temporários e sonolência. Então mantenha contato com o seu médico a partir do momento que você parar de tomar o medicamento. Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas No início do tratamento, Orap® pode produzir sonolência. Isto pode fazer com que você fique menos atento e reduzir sua capacidade de dirigir e operar máquinas. Então, você só deverá dirigir ou operar máquinas se o seu médico permitir. Gravidez e amamentação Não se aconselha o uso de Orap® durante a gestação e a amamentação. Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se está amamentando. Recém-nascidos expostos a medicamentos antipsicóticos (incluindo pimozida) durante o terceiro trimestre de gravidez correm o risco de apresentar sintomas extrapiramidais e/ou de retirada, que podem variar em gravidade após o parto. Estes sintomas em recém-nascidos podem incluir agitação, aumento ou redução anormal do tônus muscular, tremor, sonolência, dificuldade respiratória ou transtornos alimentares. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Orap?

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) Tontura, sonolência, suor excessivo, micções excessivas durante a noite. Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) Perda de apetite, boca seca, produção de saliva em excesso, vômito, constipação, ganho de peso; Depressão, dificuldade para iniciar ou manter o sono, nervosismo ou inquietação; Anormalidades da coordenação, movimentos involuntários do músculo (também conhecido como “sintomas extrapiramidais - SEP” ou Parkinsonismo), dor de cabeça e tremores; Lentidão; Rigidez ou inflexibilidade dos músculos; Visão embaçada, Pele oleosa; Micções frequentes; Impotência ou disfunção erétil (“DE”); Exaustão extrema. Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento) Lentidão, rigidez ou solavanco nos movimentos dos membros, movimentos do tipo roda denteada dos músculos quando a força é utilizada na tentativa de dobrar um dos membros, postura incomum, involuntária ou expressões faciais, fala arrastada, movimento espástico do globo ocular em uma posição fixa, geralmente para cima. Coceira na pele, erupção cutânea; Atraso do período menstrual; Inchaço da face. Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento) Aumento do açúcar sanguíneo em pacientes diabéticos, açúcar na urina; Aumento dos níveis no sangue do hormônio prolactina, aumento das mamas, mesmo em homens, saída de secreção pelos mamilos, perda do desejo sexual; Diminuição da temperatura do corpo; Níveis de sódio no sangue insuficientes; Urticária;  Rigidez dos músculos do pescoço; SEP intensos associados à febre alta; Convulsões; Movimentos involuntários dos músculos da face, olhos, ou boca e língua com efeitos de longa duração que, algumas vezes, podem continuar após a interrupção do medicamento ou aparecer após a descontinuação do medicamento; Distúrbios graves no ritmo cardíaco resultando em perda da efetividade dos batimentos cardíacos; Anormalidades no traçado cardíaco (eletrocardiograma, ECG); Anormalidades no exame das atividades elétricas do cérebro (EEG). Importante Se você apresentar palpitações, tontura, desmaio, febre alta, rigidez muscular, respiração rápida, suor excessivo ou diminuição do alerta mental, entre em contato com seu médico imediatamente. Seu corpo pode não estar reagindo de maneira adequada ao medicamento. Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe à empresa através do seu serviço de atendimento.

Apresentações do Orap

Comprimidos de 1 mg e 4 mg Em embalagens com 20 comprimidos. Uso oral. Uso adulto e pediátrico.

Qual a composição do Orap?

Cada comprimido Orap® 1 mg contém: 1 mg de pimozida. Excipientes: amido, celulose microcristalina, amarelo crepúsculo, laca de alumínio; fosfato de cálcio dibásico dihidratado, óleo vegetal hidrogenado, óxido de ferro amarelo, povidona e talco. Cada comprimido Orap® 4 mg contém: 4 mg de pimozida. Excipientes: amido, celulose microcristalina, azul de indigotina, laca de alumínio; fosfato de cálcio dibásico dihidratado, óleo vegetal hidrogenado, óxido de ferro amarelo, povidona e talco.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Orap maior do que a recomendada?

Contate seu médico se você ingeriu uma quantidade maior de Orap®. Os possíveis sinais de uma superdose são: rigidez muscular pronunciada, batimento cardíaco irregular, incapacidade de se movimentar ou inabilidade de se manter sentado. Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Orap com outros remédios?

Antes de tomar Orap® informe seu médico se você estiver tomando qualquer um dos seguintes medicamentos: Certos medicamentos denominados azólicos que são usados para infecções causadas por fungos. Exemplos de azólicos são cetoconazol, itraconazol, miconazol e fluconazol e alguns antibióticos denominados macrolídeos, tais como eritromicina, claritromicina ou troleandomicina. No entanto, a associação de Orap® com as formas para uso tópico destas substâncias (por exemplo cremes, loções, óvulos vaginais) não apresenta problema; Certas drogas anti-AIDS; Certos antidepressivos, tais como a nefazodona, amitriptilina maprotilina, sertralina, paroxetina, citalopram e escitalopram; Algumas outras drogas utilizadas no tratamento de doença mental, tais como a clorpromazina e o sertindol; Certos medicamentos que atuam no coração, tais como a quinidina, disopiramida, procainamida, amiodarona, sotalol e bepridil; Certos anti-histamínicos, tais como o astemizol e a terfenadina; Cisaprida, uma droga utilizada para certos problemas digestivos; O antimalárico halofantrina; O antibacteriano esparfloxacino; Certos medicamentos que alteram o nível de minerais (eletrólitos) no sangue e alguns usados para tirar o excesso de água do organismo e aumentar o volume de urina. Orap® pode alterar os efeitos de medicamentos para Doença de Parkinson. Informe seu médico se você está tomando algum destes medicamentos. Ele decidirá quais os medicamentos você poderá tomar junto com Orap®. Interação com álcool Orap® potencializa os efeitos do álcool. Portanto, você não deve ingerir bebidas alcoólicas se estiver tomando Orap®. Interação com alimento Você deve evitar consumir suco de “grapefruit” (também conhecido como pomelo ou toranja) junto à Orap®. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Qual a ação da substância do Orap (Pimozida)?

Resultados de Eficácia A Pimozida foi estudada em um estudo internacional. Cento e oitenta pacientes psicóticos crônicos em 36 centros, de 8 países e 3 continentes. O estudo foi conduzido em cinco etapas: Etapa I: seleção dos pacientes. Todos os pacientes estavam sob tratamento de manutenção com neurolépticos clássicos (geralmente com haloperidol e/ou clorpromazina); Etapa II: descontinuação do tratamento de manutenção clássico até recaída. Pacientes sem recaída em quatro semanas foram excluídos do estudo; Etapa III: reinstituição do tratamento de manutenção clássico; Etapa IV: substituição de todos os tratamentos com antipsicóticos e antiparkinsonianos por uma dose diária de Pimozida (dose mediana: 6 mg); Etapa V: avaliação duplo-cega de Pimozida (manutenção da dose ótima individual determinada na Etapa IV, comparado com placebo). Os resultados mostraram que todos os 180 pacientes demonstraram sinais de deterioração clínica dentro de quatro semanas após interrupção do tratamento de manutenção com um neuroléptico clássico. Dos 154 pacientes que notadamente melhoraram, 141 entraram no estudo duplo-cego, controlado por placebo: 84 dos quais tiveram recaída, dentro do previsto, quatro semanas após a descontinuação da Pimozida (P = 9,8 X 10-25, teoria binomial). Análises estatísticas do item 36 da escala de avaliação dos 84 pacientes que completaram o estudo com sucesso e dos 26 pacientes que deterioraram durante o tratamento com a Pimozida demonstraram que a Pimozida produziu benefícios adicionais aos pacientes que foram sensíveis aos efeitos antipsicóticos e de socialização dos neurolépticos clássicos. Pacientes que não foram responsivos aos efeitos incisivos dos neurolépticos, mas presumivelmente se beneficiaram dos efeitos de contenção ou sedativos, deterioraram quando tratados com Pimozida. A Pimozida aparentemente é um medicamento de escolha para tratamento de manutenção de longa duração de pacientes psicóticos crônicos. A segurança e eficácia de Pimozida nos indivíduos com esquizofrenia foi investigada em um estudo duplo-cego controlado por placebo. Oitenta homens e mulheres com esquizofrenia crônica, com idade entre 20 e 60 anos, foram divididos em cinco grupos: 3 mg de Pimozida uma vez ao dia, 6 mg de Pimozida uma vez ao dia, 5 mg de trifluoperazina três vezes ao dia, 15 mg de trifluoperazina uma vez ao dia e placebo. Os pacientes foram comparados antes, durante e após os 70 dias do período do estudo usando escalas de sintomas psiquiátricos e de comportamento, e escala de avaliação de sintomas extrapiramidais. Os resultados demonstraram que análises da Escala Breve de Avaliação Psiquiátrica (BPRS) feitas ao final do período de 70 dias de tratamento não apresentaram heterogeneidade significativa nos cinco grupos tratados. Adicionalmente ao escore total, quatro itens que pareciam ser mais facilmente observáveis foram analisados. Estes itens foram: distanciamento emocional, afeto embotado, desorganização conceitual e maneirismo e postura. As comparações simultâneas não alcançaram níveis significativos para nenhum destes itens. Contudo, a análise de covariância do total dos escores na Escala de Observação e Avaliação das Enfermeiras dos Pacientes Internados [Nurses Observation Scale for Inpatient Evaluation (NOSIE)] revelaram diferença significativa (p<0,01) no efeito dos cinco medicamentos no comportamento dos pacientes. Quinze (15) mg de trifluoperazina uma vez ao dia e 3 mg de Pimozida diariamente não diferem nas comparações dois a dois com placebo. Todos os pacientes nestes grupos de tratamento deterioraram em algum grau (Figura 1). Entretanto, 6 mg de Pimozida e 5 mg de trifluoperazina três vezes ao dia provaram ser superiores ao placebo (p<0,05 e p<0,01, respectivamente, Figura 1). Não houve, no entanto, diferença significativa entre estes dois grupos de tratamento. Os pacientes recebendo 6 mg de Pimozida e 5 mg de trifluoperazina três vezes ao dia gradualmente melhoraram ao longo dos 70 dias de estudo (Figura 2). Houve também diferença significativa entre os cinco medicamentos no efeito quanto aos sintomas extrapiramidais na escala de avaliação dos cinco medicamentos (p<0,01). Os pacientes que receberam 15 mg de trifluoperazina em uma dose diária ou 3 mg ou 6 mg de Pimozida melhoraram, estatisticamente, em comparação com o grupo placebo, que deteriorou (Figura 3). Estes resultados, apesar de aparentemente paradoxais, parecem demonstrar que neurolépticos eficazes protegem dos sintomas extrapiramidais pacientes que receberam medicamentos psicotrópicos por um período prolongado. Quando distonia e discinesia foram estudadas separadamente do escore total, todos os quatro medicamentos foram estatisticamente superiores ao placebo com valores p de 0,05 e 0,01, respectivamente (Figura 4). Seis (6) mg de Pimozida uma vez ao dia e 5 mg de trifluoperazina três vezes ao dia, provaram que são medicamentos antipsicóticos eficazes, enquanto protegem pacientes que receberam medicamentos psicotrópicos durante um período prolongado de distonia e discinesia. Figura 1: Efeito do tratamento no comportamento (NOSIE) Figura 2: Efeito do tratamento no comportamento (NOSIE) Figura 3: Efeito do tratamento no sistema extrapiramidal na escala de avaliação Figura 4: Efeito do tratamento na distonia e discinesia Em um estudo duplo-cego controlado por placebo, a eficácia da Pimozida na manutenção e tratamento de ressocialização em pacientes esquizofrênicos crônicos não internados foi avaliada, usando a tioridazina como medicamento referência. Quarenta mulheres esquizofrênicas crônicas (entre 24 e 60 anos de idade) pacientes do Centro de Saúde Mental em Norman, Oklahoma foram incluídas. Todas estavam em boa condição física e foram mantidas por ao menos 3 meses, com medicação, não internadas. Quinze pacientes receberam Pimozida, quinze pacientes receberam tioridazina e dez pacientes receberam placebo. A dose média diária foi de 5,5 mg de Pimozida (faixa de 2 a 16 mg), 188,8 mg de tioridazina (faixa de 75 a 375 mg) e 3,3 cápsulas de placebo (faixa de 1 a 10). A tioridazina em dose única oral, não excedendo 375 mg/dia e Pimozida em dose única oral, não excedendo 16 mg/dia por 6 meses demonstraram ser efetivas nos tratamentos de manutenção comparados com placebo. O desenho do estudo foi baseado na retrogressão antecipada dos indivíduos tratados com placebo durante período de 6 meses do estudo, o que refletiu em 5 e 9 (56%) “falhas de tratamento” no grupo placebo quando comparados com 2 e 14 (14%) e 2 e 12 (17%) nos grupos da tioridazina e Pimozida, respectivamente. Adicionalmente, em alguns casos, a avaliação de melhora acima da linha de base foi notada em ambos grupos de medicamentos, particularmente na impressão global (p=0,05). Os efeitos adversos mais comumente observados com tioridazina foram sedação, anormalidades da função hepática e no eletrocardiograma. Cefaleia e inquietação ocorreram em sua maioria com Pimozida. Sintomas extrapiramidais e insônia foram observados mais comumente nos pacientes tratados com Pimozida que em indivíduos igualmente tratados com placebo. Referências: 1. N23 - Brugmans, J. A multicentric clinical evaluation to Pimozide. Preliminary report. Acta Neurologica et Psychiatrica Bélgica 68, 875-887, 1968. 2. N5184 - G. Pinard, Y. Prénoveau, W. Fliesen et al. Pimozide: A Comparative Study in the Treatment of Chronic Schizophrenic Patients. International Journal of Clinical Pharmacology, Therapy and Toxicology, 6/1, p.22-27, 1972. 3. N6804 - Clark ML, Huber UK, Hill P et al. Pimozide in chronic schizophrenic outpatients. Diseases of the nervous system 36 (3), p. 137-141, 1975. Características Farmacológicas  Propriedades Farmacodinâmicas Pimozida contém Pimozida, um derivado difenilbutilpiperidínico. A Pimozida possui atividade antipsicótica, que tem se mostrado útil no tratamento e controle de pacientes esquizofrênicos em fase crônica. Pimozida pode ser administrado em dose única diária e sua possibilidade de provocar sedação é discreta. Pimozida melhora seletivamente os distúrbios da percepção e ideação, promovendo um maior contato social, interesse, iniciativa e discernimento. Em estudos com pacientes emocionalmente instáveis, Pimozida demonstrou que é possível se obter uma estabilização emocional e melhora da motivação, realizações e sensação de bem-estar. Admite-se que o mecanismo básico de ação da Pimozida relaciona-se à propriedade de bloquear seletivamente os receptores dopaminérgicos centrais tendo ação noradrenérgica apenas em doses elevadas. Os efeitos extrapiramidais típicos de outros compostos antipsicóticos também são observados com Pimozida, porém têm ocorrido menos efeitos colaterais autonômicos. Da mesma maneira que com outros antipsicóticos, também foram descritos efeitos endócrinos e alterações eletrocardiográficas com o uso da Pimozida. Dados pré-clínicos Estudos in vitro têm demonstrado que a Pimozida bloqueia o canal hERG cardíaco e prolonga a duração do potencial de ação em corações isolados perfundidos. Estes efeitos no canal hERG podem ser atenuados pelo efeito bloqueador da Pimozida nos canais de cálcio L. Um prolongamento significativo do intervalo QTc foi demonstrado em um número de estudos in vivo em animais com administração de Pimozida intravenosa ou oral. As doses que prolongaram o intervalo QTc não causaram arritmias. Carcinogenicidade e mutagenicidade Os resultados de estudos de mutagenicidade não indicam genotoxicidade. Os estudos de carcinogenicidade não revelaram tumores relacionados ao tratamento em ratos ou camundongos machos, mas o aumento na incidência de adenomas pituitários e adenocarcinomas da glândula mamária em fêmeas de camundongo. Acredita-se que estes achados histopatológicos na glândula mamária e na pituitária sejam mediados pela prolactina e eles ocorrem em roedores após hiperprolactinemia causada por uma variedade de fármacos antipsicóticos e a sua relevância para os seres humanos é desconhecida. Propriedades Farmacocinéticas Absorção Mais de 50% da dose administrada de Pimozida por via oral é absorvida. Os picos plasmáticos ocorrem geralmente de 6 a 8 horas (faixa: 4 a 12 horas) após a administração. Houve uma diferença interindividual maior do que 10 vezes na área sob a curva de nível sérico de pimozida-tempo e um grau de variação equivalente nos níveis dos picos séricos entre os pacientes estudados. O significado dessas variações não é claro, já que existem poucas relações entre níveis plasmáticos e achados clínicos. Metabolismo A Pimozida aparentemente sofre um metabolismo significativo de primeira passagem no fígado. A Pimozida é amplamente metabolizada, principalmente por N-desalquilação no fígado. Este metabolismo é catalisado principalmente por CYP3A4 e CYP2D6 e, em menor extensão, pelo CYP1A2. Foram identificados dois metabólitos principais: 1-(4-piperidil)-2-benzimidazolinona e ácido 4,4-bis-(4-fluorofenil)butírico. Estes metabólitos não possuem atividade antipsicótica. Eliminação Apenas uma pequena fração de Pimozida é excretada inalterada na urina. A via mais importante de eliminação dos metabólitos é a renal. Em pacientes esquizofrênicos, a meia-vida de eliminação situou-se em aproximadamente 55 horas.

Como devo armazenar o Orap?

Você deve conservar Orap® em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Aspecto físico Os comprimidos de Orap® 1 mg Possuem coloração alaranjada e são circulares. Os comprimidos de Orap® 4 mg Possuem coloração verde e são circulares. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Orap

MS – 1.1236.0006 Farm. Resp.: Marcos R. Pereira CRF-SP n° 12.304 Registrado por: Janssen-Cilag Farmacêutica LTDA. Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, São Paulo – SP CNPJ 51.780.468/0001-87 Fabricado por: Lusomedicamenta - Sociedade Técnica Farmacêutica S.A. Queluz de Baixo, Portugal Importado e Embalado por: Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda. Rodovia Presidente Dutra, km 154 São José dos Campos, SP CNPJ 51.780.468/0002-68 Indústria Brasileira ® Marca Registrada. Venda Sob Prescrição Médica. Só Pode Ser Vendido com Retenção da Receita.

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