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Poliestirenossulfonato de Cálcio

Sobre este Remédio

Poliestirenossulfonato de Cálcio, para o que é indicado e para o que serve?

Poliestirenossulfonato está indicado no tratamento da hiperpotassemia em casos de insuficiência renal.

Quais as contraindicações do Poliestirenossulfonato de Cálcio?

Poliestirenossulfonato  não deve ser utilizado no tratamento de pacientes com hiperparatireoidismo, mieloma múltiplo, sarcoidose ou carcinoma metastático que possam apresentar insuficiência renal e hipercalcemia. Pacientes com litíase renal ou hipercalcemia de qualquer etiologia não devem receber o medicamento.

Como usar o Poliestirenossulfonato de Cálcio?

O medicamento pode ser administrado por via oral ou através de enemas de retenção. Sempre que possível, deve-se dar preferência à via oral uma vez que os resultados são mais evidentes. Posologia As recomendações posológicas descritas abaixo constituem orientação geral. As necessidades precisas devem ser decididas face a determinações regulares dos eletrólitos séricos. Via oral Adultos, incluindo idosos: 15 g, três ou quatro vezes ao dia. Crianças: 1 g por quilograma de peso por dia, administrada em doses divididas, em hiperpotassemia aguda. A dose pode ser reduzida para 0,5 g por quilograma de peso por dia, em doses divididas para tratamento de manutenção. Cada dose deve ser administrada na forma de suspensão em pequena quantidade de água. A quantidade de líquido usualmente varia de 20 a 100 ml, dependendo da dose. A suspensão pode também ser preparada adicionando-se 3 a 4 ml de líquido por grama de resina. O sorbitol pode ser administrado, a fim de evitar constipação. A resina não deve ser administrada em sucos de frutas que tenham um alto conteúdo de potássio. Se houver dificuldade na deglutição, a resina pode ser administrada através de sonda gástrica de 2 a 3 mm de diâmetro e, se desejado, misturada a uma dieta apropriada para insuficiência renal. Via Retal Adultos, incluindo idosos: Em casos onde vômitos tornem a administração oral difícil, o medicamento pode ser administrado por via retal na forma de suspensão de 30 g de resina em veículo aquoso (p. ex. 200 ml de metilcelulose a 1% ou 100 ml de sorbitol); como enema de retenção, diariamente. Cada dose é administrada como suspensão aquecida (à temperatura corporal). A suspensão deve ser levemente agitada durante a administração. Nos estágios iniciais, a administração por via retal associada à via oral pode ajudar a diminuir mais rapidamente os níveis séricos de potássio. Inicialmente se ambas as vias forem usadas, provavelmente será desnecessário continuar a administração retal após a resina oral ter atingido o reto. Se possível, o enema deve ser retido pelo menos por 9 horas, e então seguido por um enema de lavagem. Após um enema de lavagem inicial, uma sonda de borracha macia de tamanho grande (French 28) é inserida via retal por cerca de 20 cm, com a extremidade atingindo o sigmoide e fixada nessa posição. A resina é então suspensa em quantidade apropriada de veículo aquoso à temperatura corporal e introduzida por gravidade, enquanto as partículas são mantidas em suspensão por agitação. A suspensão é lavada com 50 a 100 ml de líquido, seguido do clampeamento da sonda, mantendo-a no local. Se ocorrer refluxo, os quadris devem ser elevados com travesseiros ou o paciente deve ficar temporariamente em posição genupeitoral. Pode-se utilizar uma suspensão um pouco mais densa; entretanto, deve-se evitar formação da pasta, que reduzirá a superfície de troca, sendo inefetiva se depositada na ampola retal. A suspensão deve ser mantida no cólon sigmoide por várias horas, se possível. Então, o cólon é lavado com solução que não contém cálcio, à temperatura corporal, a fim de remover a resina. Dois litros de solução para lavagem podem ser necessários. O retorno é drenado constantemente através de uma conexão em Y. Crianças: Quando recusada por boca, ou em caso de vômito, a resina pode ser administrada por via retal, usando uma dose no mínimo igual à que deveria ser administrada por via oral, diluída na mesma proporção descrita para adultos. A intensidade e duração da terapia dependem da severidade e persistência da hiperpotassemia. Poliestirenossulfonato não deve ser aquecido, pois suas propriedades de troca podem ser alteradas.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Poliestirenossulfonato de Cálcio?

As reações descritas a seguir ocorreram com frequência maior que 1% dos pacientes que utilizaram o medicamento: poliestirenossulfonato pode causar certo grau de irritação gástrica, anorexia, náusea, vômito e constipação também podem ocorrer, especialmente com altas doses. Ocasionalmente pode haver diarreia. Doses altas em pessoas idosas podem causar impactação fecal. Este efeito pode ser evitado pelo uso da resina em enemas. Hipopotassemia, hiponatremia, hipomagnesemia e retenção significante de cálcio podem ocorrer. Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Poliestirenossulfonato de Cálcio com outros remédios?

Alcalose sistêmica tem sido relatada após administração oral de resinas permutadoras de cátion, em combinação com antiácidos não-absorvíveis doadores de cátions e laxantes, como hidróxido de magnésio e carbonato de alumínio. Esse tipo de administração simultânea também pode reduzir a capacidade de troca da resina.

Quais cuidados devo ter ao usar o Poliestirenossulfonato de Cálcio?

Como a diminuição efetiva do potássio sérico com poliestirenossulfonato de cálcio pode levar de horas a dias, o tratamento apenas com este medicamento pode ser insuficiente para corrigir rapidamente a hiperpotassemia severa associada à destruição tecidual massiva (por exemplo, queimaduras e insuficiência renal) ou a hiperpotassemia intensa considerada emergência médica. Portanto, outras medidas definitivas, incluindo diálise, devem sempre ser consideradas e podem ser imperativas. Pode ocorrer séria deficiência de potássio durante o tratamento com poliestirenossulfonato de cálcio. O efeito deve ser cuidadosamente controlado por determinações frequentes do potássio sérico dentro de cada período de 24 horas. Uma vez que a deficiência intracelular de potássio nem sempre é reflexo dos níveis séricos de potássio, o nível em que o tratamento com poliestirenossulfonato de cálcio deve ser interrompido deve ser determinado individualmente para cada paciente. A condição clínica do paciente e o eletrocardiograma são importantes auxiliares na determinação da interrupção do tratamento. Os sinais clínicos precoces de hipopotassemia grave incluem um padrão de confusão com irritabilidade e retardo dos processos de pensamento. Eletrocardiograficamente, a hipopotassemia grave está frequentemente associada a prolongamento do intervalo Q-T, alargamento, achatamento ou inversão da onda T e ondas U proeminentes. Além disso, pode ocorrer arritmias cardíacas, como contrações ventriculares nodais e atriais prematuras e taquicardias ventriculares e supraventriculares. Os efeitos tóxicos dos digitálicos podem, provavelmente, estar exacerbados. A hipopotassemia severa pode também manifestar-se por fraqueza muscular grave, algumas vezes estendendo-se para paralisia franca. Como todas as resinas permutadoras de cátions, o poliestirenossulfonato de cálcio não é totalmente seletivo (para o potássio) em sua ação, e pequenas quantidades de outros cátions, como magnésio e sódio, podem também ser perdidas durante o tratamento. Em vista disso, os pacientes recebendo poliestirenossulfonato de cálcio devem ser monitorizados quanto a todos os distúrbios eletrolíticos pertinentes. Podem ocorrer hipercalcemia e hipercalciúria com o uso de poliestirenossulfonato de cálcio. Isto é mais provável em pacientes com hipoparatireoidismo (CID 10 – E20) que estejam recebendo altas doses de vitamina D, ou em pacientes com comprometimento da função renal, em tratamento de diálise ou não. Os sintomas de hipercalcemia incluem anorexia, náusea, vômito, constipação, dor abdominal, boca seca, sede e poliúria. O quadro pode ser evitado por avaliações frequentes dos níveis plasmático e urinário do cálcio. Os níveis urinários de cálcio podem elevar-se antes dos níveis plasmáticos. Muitos pacientes em insuficiência renal crônica têm níveis séricos baixos de cálcio e altos de fosfato, mas alguns, que infelizmente não podem ser identificados de antemão, apresentam uma rápida elevação das concentrações séricas de cálcio após o tratamento. Esse risco, portanto, enfatiza a necessidade de controle bioquímico adequado. Caso ocorra constipação, os pacientes podem ser tratados com sorbitol (10 a 20 ml de xarope a 70% a cada 2 horas ou conforme necessário, de modo a produzir uma a duas evacuações aquosas por dia), medida essa que também reduz qualquer tendência à impactação fecal. O poliestirenossulfonato pode ser utilizado em qualquer faixa etária, devendo o médico considerar os principais aspectos clínico-fisicos inerente a cada faixa etária, levando sempre em consideração a relação risco/benefício. Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes. Poliestirenossulfonato é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Qual a ação da substância Poliestirenossulfonato de Cálcio?

Resultados de eficácia Foi realizada uma avaliação clínica de resina troca cátions no tratamento e prevenção da hiperpotassemia no Hospital das Clínicas em São Paulo, que utilizou a resina troca cálcio no tratamento da hipercalemia em 20 pacientes com insuficiência renal, onde a dose administrada variou de 30 a 90 gramas diárias, com uma média de 50 gramas, em várias tomadas em intervalos de 4 a 6 horas. O tempo de tratamento foi de 3 a 50 dias, com média de 11,5 dias. A eficiência terapêutica foi considerada excelente pelos autores no controle da hiperpotassemia, onde 100% dos casos obtiveram sucesso. Não houve efeito sobre a acidose metabólica concomitante. Em nenhum caso houve aparecimento de hipercalcemia e os efeitos colaterais foram praticamente nulos. Características Farmacológicas Descrição O poliestirenossulfonato  é uma resina permutadora de cátions. Cada grama de poliestirenossulfonato de cálcio troca cerca de 1,3 mmol (1,3 mEq) de potássio. Propriedades Farmacocinéticas Após a administração do poliestirenossulfonato, os íons cálcio presentes nesta resina são parcialmente liberados e substituídos por íons potássio. A progressão da resina ocorre através do intestino ou então esta fica retida no cólon, após administração sob a forma de enema. É durante esta progressão que ocorre a permutação dos cátions. Esta ação ocorre principalmente no intestino grosso, que excreta os íons potássio em maior grau que o intestino delgado. A resina é então eliminada nas fezes. A eficiência deste processo é limitada e variável. A ação permutadora de íons se inicia com a progressão do poliestirenossulfonato de cálcio pelo intestino, principalmente o intestino grosso (ação imediata).

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