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Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina Ems

Pele e Mucosa
Ems S/A
Sobre este Remédio

Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina EMS, para o que é indicado e para o que serve?

Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina proporciona resposta satisfatória e rápida nas dermatoses inflamatórias onde há presença, suspeita ou probabilidade de ocorrer uma infecção bacteriana. Nestes casos já está estabelecido o emprego da corticoterapia tópica. Dentre as indicações do Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina incluem-se eczema, inclusive atópico, infantil e discoide; psoríase, exceto a psoríase em placa disseminada; neurodermatoses, incluindo líquen simples e líquen plano; dermatite seborreica; intertrigo anal e genital e dermatites de contato. O efeito anti-inflamatório do Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina é igualmente útil para controle de picadas de inseto e miliária rubra.

Quais as contraindicações do Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina EMS?

Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula. Devido ao conhecido potencial ototóxico e nefrotóxico do sulfato de neomicina, o uso de Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina em grandes quantidades ou em áreas extensas por períodos prolongados é contraindicado nas circunstâncias em que possa ocorrer absorção sistêmica. As condições a seguir não devem ser tratadas com Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina: Rosácea, acne vulgar, dermatite perioral, prurido sem inflamação, prurido perianal e genital, infecções cutâneas primárias causadas por vírus, lesões primárias de pele causadas por infecções bacterianas ou fúngicas, infecções primárias ou secundárias causadas por leveduras, infecções secundárias causadas por Pseudomonas sp. ou Proteus sp. A combinação também não deve ser usada para tratamento de otite externa em caso de perfuração do tímpano, devido ao risco de ototoxicidade. Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.

Como usar o Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina EMS?

Pomada Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina é adequado para lesões secas, escamosas ou liquenificadas. Aplicar uma camada fina e espalhar suavemente utilizando quantidade suficiente apenas para cobrir toda a área afetada. Creme Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina é apropriado para superfícies úmidas e exsudativas. Aplicar uma camada fina e espalhar suavemente utilizando quantidade suficiente apenas para cobrir toda a área afetada. Posologia do Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina Adultos e adolescentes Aplicar uma ou duas vezes ao dia por até 7 dias. Se tratamento adicional for requerido, então substitua por outro corticosteroide que não contenha sulfato de neomicina. Aguardar tempo suficiente para absorção após cada aplicação antes de aplicar um emoliente. Nas lesões mais resistentes, como no caso das placas espessas de psoríase nos cotovelos e joelhos, o efeito de Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina pode ser aumentado, se necessário, pelo tratamento oclusivo da área com filme de polietileno. A oclusão somente à noite é usualmente adequada para obtenção de uma resposta satisfatória em muitas lesões. Depois disso, a melhora pode ser mantida pela aplicação regular sem oclusão. O tratamento não deve ser continuado por mais de 7 dias sem supervisão médica. Se as condições piorarem ou não melhorarem dentro de 7 (sete) dias, o tratamento e o diagnóstico devem ser reavaliados. Crianças com dois ou mais anos de idade Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina é adequado para uso em crianças maiores de 2 anos de idade na mesma dose dos adultos. Existe a possibilidade de um aumento na absorção do produto em crianças menores de 2 anos e em neonatos. Desta forma, este produto é contraindicado para esses pacientes. As crianças são mais propensas a desenvolver efeitos colaterais, locais ou sistêmicos, de corticosteroides tópicos e, em geral, necessitam de períodos mais curtos de tratamento e medicamentos menos potentes do que os adultos. Devem ser tomados cuidados quando usado Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina para garantir que a quantidade aplicada seja a mínima necessária para fornecer um beneficio terapêutico. Pacientes Idosos Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina é adequado para uso em idosos. Estudos clínicos não identificaram diferenças de resposta entre idosos e pacientes mais jovens. A elevada frequência de diminuição nas funções hepática e renal em idosos pode retardar a eliminação se ocorrer absorção sistêmica, portanto uma quantidade mínima deve ser usada pelo menor período de tempo possível para alcançar o benefício clínico desejado. Insuficiência renal A dosagem deve ser reduzida em pacientes com a função renal diminuída.

Quais cuidados devo ter ao usar o Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina EMS?

Hipersensibilidade Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina deve ser usado com precaução em pacientes com história de hipersensibilidade local à betametasona, à neomicina ou a qualquer excipiente da formulação. As reações de hipersensibilidade local (ver 9.Reações Adversas) podem assemelhar-se aos sintomas da doença em tratamento. Colite pseudomembranosa Foram reportados casos de colite pseudomembranosa com o uso de antibióticos, cuja gravidade pode variar de leve à fatal. Entretanto, é importante considerar este diagnóstico em pacientes que desenvolverem diarreia durante ou após o uso de antibióticos, apesar de ser menos provável isto ocorrer com o uso tópico de Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina. Em caso de diarreia prolongada ou significativa ou o paciente apresentar cólicas abdominais, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente e o paciente deve ser posteriormente examinado. Supressão reversível do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) Manifestações de hipercortisolismo (Síndrome de Cushing) e supressão reversível do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), levando à insuficiência glicocorticosteroide, podem ocorrer em alguns indivíduos como resultado do aumento da absorção sistêmica de corticosteroides tópicos. Se qualquer uma das manifestações acima forem observadas, interrompa o uso da droga gradualmente, reduzindo a frequência de aplicação, ou substituindo por um corticosteroide menos potente. A interrupção abrupta do tratamento pode resultar em insuficiência glicocorticosteroide. Os fatores de risco de aumento dos efeitos sistêmicos são: Potência e formulação do corticosteroide tópico; Duração da exposição; Aplicação em uma área de grande extensão; Uso em áreas oclusivas da pele (por exemplo, em áreas intertriginosas ou sob curativos oclusivos; em recém-nascidos a fralda pode atuar como curativo oclusivo); Aumento da hidratação do estrato córneo; Uso em áreas de pele fina, como a face; Uso sobre a pele lesada ou em condições nas quais a barreira da pele esteja comprometida. Distúrbios visuais Distúrbio visual foi reportado por pacientes usando corticosteroides sistêmico e/ou tópico. Se um paciente apresentar visão embaçada ou outras alterações visuais, considere a avaliação de possíveis causas, as quais podem incluir catarata, glaucoma ou corioretinopatia central serosa. Uso em crianças Em comparação com os adultos, crianças e bebês podem absorver quantidades proporcionalmente maiores de corticosteroides tópicos e, assim, mostram-se mais suscetíveis aos efeitos colaterais sistêmicos. Isso se deve ao fato de as crianças terem a barreira da pele ainda imatura e a área de superfície corporal maior em relação ao peso, em comparação aos adultos. Em crianças com menos de 12 anos de idade, o tratamento prolongado com corticosteroide tópico deve ser evitado quando possível, já que uma supressão adrenal pode ocorrer. Uso no tratamento da psoríase Os corticosteroides tópicos devem ser usados com cautela no tratamento da psoríase, pois foram reportados alguns casos de recidivas rebotes, desenvolvimento de tolerância, risco de psoríase pustulosa generalizada e desenvolvimento de toxicidade local ou sistêmica devido à deficiência na função de barreira da pele. Se usado na psoríase, recomenda-se a supervisão cuidadosa do paciente. Diluição Não se deve diluir produtos que contêm agentes antimicrobianos. Sensibilização por contato A aplicação repetida ou em áreas extensas de Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina pode aumentar o risco de sensibilização por contato. Ototoxicidade e nefrotoxicidade Após absorção sistêmica significativa, aminoglicosídeos como a neomicina podem causar ototoxicidade irreversível. Além disso, a neomicina também tem potencial nefrotóxico. Insuficiência renal Na insuficiência renal, o clearance plasmático da neomicina é reduzido. Aplicação na face Aplicações prolongadas na face não são desejáveis, visto que é uma área mais suscetível a alterações atróficas. Aplicação nas pálpebras Se aplicado nas pálpebras deve-se ter cuidado para que o produto não entre em contato com os olhos, pois a exposição repetida poderá resultar em catarata e glaucoma. Infecção A disseminação da infecção pode ocorrer devido ao “efeito mascarador” do esteroide. Qualquer disseminação da infecção requer a interrupção da corticoterapia tópica e a administração da terapia antimicrobiana sistêmica adequada. Risco de infecção em caso de oclusão A infecção bacteriana é estimulada pelas condições quentes e úmidas do interior das dobras de pele ou resultantes de curativos oclusivos. Nos tratamentos oclusivos, a pele deve ser adequadamente limpa antes da aplicação de novo curativo, a fim de evitar infecção bacteriana induzida pela oclusão. Úlceras crônicas nas pernas Os corticosteroides tópicos são por vezes utilizados para tratar a dermatite em torno de úlceras crônicas nas pernas. No entanto, tal uso pode estar associado a maior ocorrência de reações de hipersensibilidade local e a aumento do risco de infecção local. Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas Não há estudos sobre o efeito de valerato de betametasona + sulfato de neomicina sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Não se espera que Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina tenha efeito prejudicial sobre essas atividades, considerando-se o perfil de reações adversas desse medicamento no uso tópico. Gravidez e lactação Fertilidade Não há dados em seres humanos para avaliar o efeito de Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina na fertilidade. Gravidez Há dados limitados sobre o uso de valerato de betametasona + sulfato de neomicina em mulheres grávidas. A administração tópica de corticosteroides em animais prenhes pode causar anormalidades ao desenvolvimento do feto. A relevância deste achado para os seres humanos não foi estabelecida. Entretanto, a neomicina presente no sangue materno pode atravessar a placenta e aumentar o risco teórico de toxicidade fetal. Assim, o uso de Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina não é recomendado na gravidez. Não foram realizados estudos clínicos com Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina. O valerato de betametasona e sulfato de neomicina foram avaliados individualmente em testes de toxicidade em animais e as informações seguintes refletem informações disponíveis dos componentes individuais. Administração subcutânea de valerato de betametasona em ratos ou camundongos com doses ≥ 0,1 mg/kg/dia ou em coelhos com doses ≥ 12 mcg/kg/dia durante a prenhez produziu anormalidades fetais, incluindo fenda palatina. Lactação O uso seguro de valerato de betametasona + sulfato de neomicina durante a lactação não foi estabelecido. Não se sabe se a administração tópica de corticosteroides pode resultar em absorção sistêmica suficiente para produzir quantidades detectáveis no leite materno. Assim, não se recomenda o uso do Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina durante a lactação. Categoria D de risco na gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina EMS?

Estudos clínicos e dados pós-comercialização As reações adversas, listadas adiante, são classificadas, de acordo com sua frequência, como: Reação muito comum (>1/10); Reação comum (>1/100 e <1/10); Reação incomum (>1/1.000 e <1/100); Reação rara (>1/10.000 e <1/1.000); Reação muito rara (<1/10.000). Reações adversas comuns (> 1/100 e < 1/10) Prurido, ardor/dor local na pele. Reações adversas muito raras (< 1/10.000) Infecções oportunistas, hipersensibilidade local, supressão do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA): Características da Síndrome de Cushing (p. ex. “cara de lua cheia”, obesidade central), ganho de peso retardado/atraso de crescimento em crianças, osteoporose, glaucoma, hiperglicemia/glicosúria, catarata, hipertensão, aumento de peso/obesidade, diminuição do nível de cortisol endógeno; Dermatite alérgica de contato/dermatite, eritema, erupção cutânea, urticária, psoríase pustulosa, afinamento da pele*/atrofia cutânea*, enrugamento da pele*, ressecamento da pele*, estrias*, telangiectasias*, alterações da pigmentação*, hipertricose, exacerbação dos sintomas subjacentes, alopecia* e tricorrexe*; Irritação ou dor no local da aplicação. *Características cutâneas da supressão do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - Notivisa, disponível em portal.anvisa.gov.br/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina EMS maior do que a recomendada?

Sintomas e Sinais Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina aplicado topicamente pode ser absorvido em quantidade suficiente para produzir efeitos sistêmicos. A superdosagem aguda é muito improvável de ocorrer, entretanto, no caso de superdosagem crônica ou uso inadequado, o hipercortisolismo pode ocorrer. Tratamento Em caso de overdose ou de uso inadequado de corticosteroides tópicos, deve ser retirado gradualmente pela redução da frequência de aplicações ou pela substituição por um corticosteroide menos potente, devido ao risco de insuficiência adrenal. Também se deve considerar a possibilidade de absorção sistêmica significativa do sulfato de neomicina. Nesses casos, é necessário descontinuar o uso do produto e monitorar o estado geral, a capacidade auditiva e as funções renais e neuromusculares do paciente. Também se deve determinar os níveis sanguíneos de sulfato de neomicina, que se necessário podem ser reduzidos através de hemodiálise. Cuidados adicionais devem ser considerados conforme o estado clínico. Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina EMS com outros remédios?

A coadministração de medicamentos que podem inibem o citocromo CYP3A4 (p. ex. ritonavir e itraconazol) demonstrou a capacidade de inibir o metabolismo dos corticosteroides, levando ao aumento da exposição sistêmica. A relevância clínica dessa coadministração depende da dose e da via de administração do corticosteroide e da potência do inibidor do citocromo CYP3A4. Após absorção sistêmica significativa, o sulfato de neomicina pode intensificar e prolongar os efeitos depressores respiratórios dos agentes bloqueadores neuromusculares. Deve-se considerar a possibilidade de toxicidade cumulativa quando o sulfato de neomicina é aplicado topicamente em combinação com a terapia sistêmica com aminoglicosídeo.

Qual a ação da substância do Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina EMS (Valerato de Betametasona + Sulfato de Neomicina)?

Resultados de Eficácia Pomada Estudo restropectivo com 364 pacientes sob tratamento de eczemas infectados por Staphylococcus aureus observou-se eficácia bacteriológica em 86% dos casos com a combinação valerato de betametasona + sulfato de neomicina creme e em 89,6% com valerato de betametasona + ácido fusídico creme. Não houve diferença estatisticamente significativa em relação à eficácia bacteriológica entre os dois tratamentos (p=0,74).1 Em um estudo clínico randomizado e duplo-cego, 12 pacientes do sexo masculino e 10 pacientes do sexo feminino e com idade entre 27-78 anos, utilizaram valerato de betametasona (0,1%) e 10 pacientes do sexo masculino e 11 do sexo feminino e com idade entre 19-91 anos, utilizaram valerato de betametasona (0,1%) + sulfato de neomicina (0,5%) para o tratamento da otite externa. A melhora do escore de sintomas dos pacientes com otite externa ocorreu em 82,8% dos que utilizaram a combinação valerato de betametasona + sulfato de neomicina, em comparação aos tratados apenas com valerato de betametasona (47,8% de alteração no escore de sintomas).2 Referências Bibliográficas 1. MENDAY, AP. et al. Topical betamethasone/fusidic acid in eczema: efficacy against and emergence of resistance in Staphylococcus aureus. Journal of Dermatological Treatment, 11: 143-149, 2000. 2. ABELARDO, E. et al. A double blind randomized clinical trial of the treatment of otitis externa using topical steroids alone versus topical steroids-antibiotic therapy. Eur Arch Otorhinolaryngol, 266: 41-45, 2009. Creme Estudo restropectivo com 364 pacientes sob tratamento de eczemas infectados por Staphylococcus aureus observou-se eficácia bacteriológica em 86% dos casos com a combinação valerato de betametasona + sulfato de neomicina creme e em 89,6% com valerato de betametasona + ácido fusídico creme. Não houve diferença estatisticamente significativa em relação à eficácia bacteriológica entre os dois tratamentos (p=0,74).1 Em um estudo clínico randomizado e duplo-cego, 12 pacientes do sexo masculino e 10 pacientes do sexo feminino e com idade entre 27-78 anos, utilizaram valerato de betametasona (0,1%) e 10 pacientes do sexo masculino e 11 do sexo feminino e com idade entre 19-91 anos, utilizaram valerato de betametasona (0,1%) + sulfato de neomicina (0,5%) para o tratamento da otite externa. A melhora do escore de sintomas dos pacientes com otite externa ocorreu em 82,8% dos que utilizaram a combinação valerato de betametasona + sulfato de neomicina, em comparação aos tratados apenas com valerato de betametasona (47,8% de alteração no escore de sintomas).2 Estudo clínico randomizado, duplo-cego, comparou a eficácia da combinação de ácido fusídico (2%) + betametasona (0,1%) creme com a combinação de neomicina (0,5%) + betametasona (0,1%) creme em um total de 65 pacientes com dermatoses inflamatórias infectadas (como dermatite de contato, eczema numular, dermatite seborreica, dermatite atópica, picada de inseto, líquen simples, neurodermatoses, prurido mitis e intertrigo) por um período de uma a duas semanas. 32 pacientes, sendo 14 indivíduos do sexo masculino e 18 do sexo feminino e com idade entre 4-66 anos, foram tratados com neomicina/betametasona. Entre os patógenos isolados nas lesões, Staphylococcus aureus foi o mais frequente. Houve pouco crescimento de cocos gram-positivos e bacilos gramnegativos. Ambas as preparações foram igualmente efetivas, com resposta clínica satisfatória em 81% dos pacientes tratados com neomicina + betametasona creme. Os dois tratamentos reduziram a gravidade dos sinais e sintomas e mostraram a mesma eficácia para erradicar as bactérias patógenas.3 Outro estudo clínico randomizado, duplo-cego, comparou a eficácia da combinação de ácido fusídico (2%) + betametasona (0,1%) creme com a combinação de neomicina (0,5%) + betametasona (0,1%) creme em um total de 100 pacientes com diversos tipos de eczema infectado ou potencialmente infectado (como dermatite atópica, dermatite discoide, dermatite de contato, dermatite irritante, dermatite seborreica e outras dermatoses). 46 pacientes, sendo 30 indivíduos do sexo masculino e 16 do sexo feminino e com idade entre 2-84 anos, foram tratados com neomicina/betametasona. Staphylococcus aureus foi o patógeno mais frequentemente isolado nas lesões infectadas, seguido do estreptococos beta-hemolíticos. Após duas semanas de tratamento, ambas as preparações foram igualmente efetivas, com melhora clínica das lesões em 95% dos pacientes na opinião do médico. Os dois tratamentos foram igualmente efetivos, do ponto de vista clínico e na erradicação do Staphylococcus aureus.4 Leyden e Klingman (1977) endossaram ainda mais a eficácia da combinação corticóide-neomicina ao relatar o resultado de um estudo duplo-cego em que 36 pacientes foram aleatoriamente designados para creme acetonido de flucinolona 0,025% ou o mesmo creme com 0,5 % de sulfato de neomicina. O creme foi aplicado duas vezes por dia durante uma semana. Os autores descobriram que S. aureus era o organismo dominante e constituía mais de 90% da flora total. Após uma semana do esteroide sozinho, a contagem foi reduzida para 65.000 / cm2 (não significativa), enquanto a combinação reduziu significativamente a contagem para 350 / cm2 (p <0,01).5 Referências Bibliográficas 1. MENDAY, AP. et al. Topical betamethasone/fusidic acid in eczema: efficacy against and emergence of resistance in Staphylococcus aureus. Journal of Dermatological Treatment, 11: 143-149, 2000. 2. ABELARDO, E. et al. A double blind randomized clinical trial of the treatment of otitis externa using topical steroids alone versus topical steroids-antibiotic therapy. Eur Arch Otorhinolaryngol, 266: 41-45, 2009. 3. JAVIER, PR. et al. Fusidic acid/betamethasone in infected dermatoses - a double-blind comparison with neomycin/betamethasone. Br J Clin Pract. 40(6): 235-8, 1986. 4. WILKINSON JD, LEIGH DA, MENDAY AP. Comparative efficacy of betamethasone and either fusidic acid or neomycin in infected or potentially infected eczema. Curr Ther Res, 38: 177, 1985. 5. LEYDEN JJ, KLIGMAN AM. Contact dermatitis to neomycin sulfate. JAMA 1979;242: 1276-1278.  Características Farmacológicas Propriedades farmacodinâmicas Mecanismo de ação Valerato de betametasona Os corticosteroides tópicos atuam como agentes anti-inflamatórios através de vários mecanismos para inibir as reações alérgicas de fase tardia, incluindo diminuição da densidade dos mastócitos, diminuição da quimiotaxia e da ativação dos eosinófilos, diminuição da produção de citocinas por linfócitos, monócitos, mastócitos e eosinófilos e inibindo o metabolismo do ácido araquidônico. Sulfato de neomicina A neomicina interfere na síntese de proteínas bacterianas através da ligação às subunidades ribossomais 30S. Efeitos farmacodinâmicos Valerato de betametasona Corticosteroides tópicos apresentam propriedades anti-inflamatórias, antipruriginosas e vasoconstritoras. A betametasona liga-se a receptores específicos de glicocorticoides intracelulares e subsequentemente liga-se ao DNA para modificar a expressão gênica. A síntese de certas proteínas anti-inflamatórias é induzida enquanto a síntese de outros mediadores inflamatórios é inibida. Como resultado, há uma redução geral na inflamação crônica e nas reações autoimunes. Sulfato de neomicina A neomicina é uma aminoglicosídeo com atividade bactericida dependente da concentração. Apresenta atividade bactericida contra a maioria dos bacilos aeróbicos gram-negativos e anaeróbicos facultativos, mas não contra os anaeróbicos gram-negativos, como a Pseudomonas aeruginosa. Possui atividade parcial contra bactérias gram-positivas. Aminoglicosídeos como a neomicina são conhecidos por sua capacidade de se ligar com alta afinidade ao RNA fita dupla.Tal ligação leva à tradução imprecisa do RNAm e, por conseguinte, biossíntese de proteínas que estão truncadas ou que possuem composição de aminoácidos alteradas em pontos específicos. O efeito antibiótico resulta, especificamente, de uma revisão de tradução prejudicada ou uma leitura errada da mensagem do RNA, finalização prematura ou ambas. Propriedades farmacocinéticas Absorção Valerato de betametasona Corticosteroides tópicos podem ser absorvidos sistemicamente através da pele intacta e saudável. A extensão da absorção percutânea de corticosteroides tópicos é determinada por vários fatores, incluindo o veículo e a integridade da barreira epidérmica. Oclusão, inflamação e outras patologias de pele também podem aumentar a absorção percutânea. Para avaliar a exposição sistêmica a corticosteroides tópicos é necessário utilizar parâmetros farmacodinâmicos, devido ao fato de os níveis circulantes estarem bem abaixo do nível de detecção. Sulfato de neomicina Há relatos de absorção sistêmica da neomicina aplicada em feridas e peles inflamadas. Quando administrada oralmente, a neomicina é fracamente absorvida no trato gastrointestinal. Distribuição Valerato de betametasona A extensão da absorção percutânea de corticosteroides tópicos é determinada por vários fatores, incluindo o veículo, a integridade da barreira epidérmica, e o uso de curativos oclusivos. Corticosteroides tópicos podem ser absorvidos através da pele normal intacta. Inflamação e/ou outras patologias na pele aumentam a absorção percutânea. Curativos oclusivos substancialmente aumentam a absorção percutânea de corticosteroides tópicos e devem ser um valioso adjuvante terapêutico para o tratamento de dermatoses resistentes. Uma vez absorvido pela pele, a disposição farmacocinética de corticosteroides tópicos é similar aos corticosteroides administrados sistemicamente. Corticosteroides são ligados à proteínas plasmáticas em diversos graus. Corticosteroides são metabolizados primariamente no fígado e depois são excretados pelos rins. Alguns dos corticosteroides tópicos e seus metabólitos são também excretados na bile. Sulfato de neomicina Em estudos com neomicina oral, apenas cerca de 3% da dose é absorvida pelo trato gastrointestinal. A neomicina absorvida é distribuída aos tecidos e concentra-se no córtex renal e pode acumular-se no ouvido interno. O sulfato de neomicina não é absorvido após aplicação tópica na pele intacta; entretanto, é protamente absorvido através de áreas desnudas ou desgastadas da pele, ou em feridas, queimaduras, úlceras em que a pele perdeu a camada de queratina. A ligação às proteínas é baixa (0 – 30%). Metabolismo Valerato de betametasona Uma vez absorvido pela pele, os corticosteroides tópicos apresentam uma farmacocinética similar aos corticosteroides sistêmicos e são metabolizados primariamente pelo fígado para uma variedade de metabólitos que são excretados na urina principalmente como glucuronídeos conjugados. A eliminação é rápida com cerca de 90% da dose absorvida excretada em 24 horas. Sulfato de neomicina Não existem dados sobre o metabolismo do sulfato de neomicina administrado topicamente. Após a administração parenteral, a neomicina sofre uma biotransformação insignificante. Eliminação Valerato de betametasona Corticosteroides tópicos são eliminados pelos rins. Além disso, alguns corticosteroides e seus metabólitos também são excretados na bile. Sulfato de neomicina A neomicina absorvida é rapidamente eliminada pelos rins e apresenta meia-vida de 2 a 3 horas.

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