Sobre este Remédio

Zostavax, para o que é indicado e para o que serve?

Seu médico recomendou ou administrou Zostavax® para prevenir o herpes-zóster (também popularmente conhecido como “cobreiro”). Se você tiver herpes-zóster, mesmo após ser vacinado, Zostavax® poderá ajudar a prevenir a nevralgia prolongada (dor relacionada aos nervos) que pode acompanhar o herpes-zóster. Zostavax® também pode reduzir a intensidade e a duração da dor causada pelo herpes-zóster. Zostavax® é utilizada em adultos a partir de 50 anos de idade. Zostavax® pode ser administrada ao mesmo tempo que a vacina influenza (inativada).

Como o Zostavax funciona?

Zostavax® ativa o sistema imunológico para ajudar a protegê-lo do herpes-zóster. A exemplo de qualquer vacina, Zostavax® pode não proteger todas as pessoas que a recebem. Zostavax® não pode ser utilizada para tratar o herpes-zóster ou a dor associada a ele já existente. O risco de desenvolver herpes-zóster parece estar relacionado à diminuição da imunidade específica ao vírus varicela-zóster (VVZ) vivo. Zostavax® demonstrou aumentar a imunidade específica ao VVZ. Considera-se que essa imunidade seja o mecanismo que proteja o organismo contra o herpes-zóster e suas complicações. Por que devo receber Zostavax®? O herpes-zóster pode ser uma doença muito dolorosa e potencialmente debilitante. O herpes-zóster pode causar nevralgia prolongada e outras complicações graves. É uma doença imprevisível que pode ocorrer a qualquer momento, sem aviso. Quase todo adulto já teve catapora e, portanto, apresenta risco de ter herpeszóster. O risco aumenta com a idade, principalmente após os 50 anos de idade. Zostavax® é o único produto aprovado para a prevenção do herpes-zóster e da nevralgia relacionada ao mesmo. Se você tiver herpeszóster, mesmo após ser vacinado, Zostavax® poderá ajudar a reduzir a intensidade e a duração da nevralgia. O que é o herpes-zóster? O herpes-zóster é uma erupção cutânea dolorosa popularmente conhecida como "cobreiro", que se caracteriza pela formação de bolhas que podem resultar em pequenas feridas. As bolhas podem durar várias semanas. Elas frequentemente aparecem em uma parte do corpo. A nevralgia do herpes-zóster pode durar meses ou mesmo anos após a cicatrização das erupções cutâneas. O que causa o herpes-zóster? O herpes-zóster é causado pelo mesmo vírus que causa a catapora (varicela). Após a cura das bolhas da catapora, o vírus permanece silencioso nas células nervosas do seu corpo. O vírus pode ficar lá por muitos anos sem provocar problemas, mas, às vezes, ele se torna ativo novamente. Se isso ocorre, ele pode causar uma erupção cutânea bolhosa e dolorosa. O herpes-zóster é grave? O herpes-zóster pode ser grave. Às vezes, a nevralgia ocasionada pelo herpes-zóster pode ser intensa e durar meses ou anos. Em algumas pessoas, essa nevralgia pode interferir nas atividades diárias normais, como caminhar e dormir, e nas atividades sociais. A dor do herpes-zóster também pode causar distúrbios emocionais. As pessoas que têm herpes-zóster relatam a dor de várias formas: alguns como uma queimação ou pulsação, outros como perfurante, penetrante e/ou cortante. Pode ocorrer dor intensa a partir de situações tão corriqueiras como uma brisa ou um toque da roupa na pele. Além de dor intensa, as pessoas com herpes-zóster podem apresentar outras complicações, como: Cicatrizes; Infecções bacterianas na pele; Fraqueza; Paralisia muscular; Perda da audição ou da visão. O herpes-zóster pode levar à hospitalização. Em casos raros, o herpes-zóster pode levar à morte. Eu corro risco de contrair herpes-zóster? Quase todo adulto que teve catapora, apresenta risco de ter herpes-zóster. O risco aumenta com a idade, principalmente após os 50 anos de idade. Estima-se que, na população em geral, o risco de desenvolver herpes-zóster seja de cerca de 30% durante toda a vida. Nas pessoas com 85 anos de idade, calcula-se que uma em cada duas terá essa doença.

Quais as contraindicações do Zostavax?

Você não deve receber Zostavax® se: For alérgico a algum dos ingredientes (isso inclui alergia à gelatina ou à neomicina); Tiver o sistema imunológico comprometido; Tiver tuberculose ativa não tratada; Estiver grávida. Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Como usar o Zostavax?

Zostavax® é administrada em dose única injetável por via subcutânea (abaixo da pele). Zostavax® pode ser administrada ao mesmo tempo que a vacina influenza (inativada). Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Zostavax?

Zostavax® é administrada em dose única injetável. Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Zostavax?

Você deve dizer ao médico se: Apresenta ou apresentou qualquer problema de saúde; Está tomando medicamentos que podem enfraquecer seu sistema imunológico; Apresenta alergias, incluindo alergia à gelatina ou à neomicina; Apresenta febre; Apresenta infecção por HIV. Gravidez e amamentação Esta vacina não deve ser administrada a mulheres grávidas. Mulheres em idade fértil devem tomar as precauções necessárias para evitar a gravidez durante 3 meses após a vacinação. Informe o médico ou o profissional de saúde se estiver amamentando ou se pretende amamentar. O médico ou o profissional de saúde decidirá se Zostavax® deve ser administrada a você. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Crianças O uso de Zostavax® não é recomendado para essa faixa etária. Dirigir veículos ou operar máquinas Não há informações que indiquem que Zostavax® afete a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Atenção diabéticos: contém açúcar.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Zostavax?

A exemplo de qualquer vacina, Zostavax® pode causar eventos adversos. Nos estudos, os eventos adversos mais comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) ocorreram no local da injeção. Esses eventos adversos incluíram vermelhidão, dor, inchaço, nódulo duro, coceira, calor e ferimento no local da injeção. Também houve relato de dor de cabeça e dor no braço ou na perna. Os eventos adversos adicionais a seguir foram relatados com Zostavax®: Reações alérgicas, que podem ser graves e podem incluir dificuldade para respirar ou engolir. Se você apresentar uma reação alérgica, ligue imediatamente para seu médico; Catapora; Febre; Urticária no local da injeção; Dor articular; Dor muscular; Nausea; Erupção cutânea; Erupção cutânea no local da injeção; Herpes-zóster; Gânglios inchados próximo ao local da injeção (o inchaço pode durar alguns dias a algumas semanas); Síndrome de Guillain-Barré (fraqueza muscular, sensações anormais, formigamento nos braços, pernas e parte superior do corpo); Perda de movimentos do músculo facial. Consulte o profissional de saúde responsável para obter uma lista completa de eventos adversos. Informe imediatamente seu médico sobre sintomas incomuns ou graves que surgirem depois de receber Zostavax®. Se a condição persistir ou piorar, procure seu médico. Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Apresentações do Zostavax

Zostavax® é apresentada em cartucho contendo 1 frasco-ampola de dose única com pó liófilo injetável acompanhado de 1 frasco-ampola com diluente. Uso subcutâneo. Uso adulto (a partir de 50 anos de idade).

Qual a composição do Zostavax?

Cada dose de 0,65 mL contém: Pelo menos 19.400 UFP (Unidades Formadoras de Placa) de vírus varicela-zóster (VVZ) da cepa Oka/Merck. Zostavax®, quando reconstituída conforme indicado, é uma preparação estéril para administração subcutânea. Após reconstituição, a vacina deve ser imediatamente utilizada para minimizar a perda de potência. Excipientes: sacarose, gelatina (suína hidrolisada), ureia, cloreto de sódio, levoglutamato de sódio monoidratado, fosfato de sódio dibásico, fosfato de potássio monobásico, cloreto de potássio, componentes residuais de células MRC-5 incluindo DNA e proteína, traços de neomicina e soro de bezerro. O produto não contém conservantes. Diluente: água para injetáveis.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Zostavax maior do que a recomendada?

Não há dados disponíveis sobre superdosagem. Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Zostavax com outros remédios?

Zostavax® pode ser aplicada ao mesmo tempo que a vacina influenza (inativada). Zostavax® não deve ser misturada a nenhum outro medicamento na mesma seringa. Outros medicamentos devem ser administrados em injeções separadas e em locais diferentes do corpo. Zostavax® não deve ser aplicada ao mesmo tempo que a Pneumovax™ 23 [vacina pneumocócica 23- valente (polissacarídica)]. Para mais informações sobre estas vacinas, converse com seu médico ou profissional de saúde, pois pode ser melhor aplicar estas vacinas com, pelo menos, 4 semanas de intervalo. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Qual a ação da substância do Zostavax (Vírus da Varicela-Zoster)?

Resultados de Eficácia Estudos clínicos Avaliação da eficácia clínica conferida por Vírus da Varicela-Zoster Estudo de Segurança e Eficácia de Vírus da Varicela-Zoster (ESEZ) em indivíduos de 50 a 59 anos de idade No estudo (ESEZ) com Vírus da Varicela-Zoster , um ensaio clínico controlado com placebo e duplo-cego, no qual 22.439 indivíduos de 50 a 59 anos de idade foram distribuídos de maneira randômica para receber dose única de Vírus da Varicela-Zoster (n=11.211) ou placebo (n=11.228) e foram acompanhados quanto ao desenvolvimento do herpes-zóster por uma média de 1,3 anos (intervalo de 0 a 2 anos). Todos os casos suspeitos de herpes-zóster foram julgados por um comitê de avaliação clínica. A confirmação final dos casos de herpes-zóster foi realizada pela reação em cadeia da polimerase (PCR) (86%), ou na ausência de detecção do vírus, conforme determinado pelo comitê de avaliação clínica (14%). Vírus da Varicela-Zoster reduziu significantemente a incidência de herpes-zóster quando comparada com o placebo (30 casos [2,0/1.000 pessoas-ano] versus 99 casos [6,6/1000 pessoas-ano], respectivamente; p<0,001). A eficácia protetora de Vírus da Varicela-Zoster contra o herpes-zóster foi de 69,8% (IC 95%: 54,1 a 80,6%). Estudo de Prevenção do Zóster (EPZ) em indivíduos a partir de 60 anos de idade No Estudo de Prevenção do Zóster (EPZ), um ensaio clínico controlado com placebo e duplo-cego de Vírus da Varicela-Zoster , 38.546 indivíduos a partir dos 60 anos de idade foram distribuídos de maneira randômica para receber dose única de Vírus da Varicela-Zoster (n=19.270) ou de placebo (n=19.276) e foram acompanhados quanto ao desenvolvimento de herpes-zóster em média por 3,1 anos (intervalo de 1 dia a 4,9 anos). A randomização foi estratificada por idade, 60 a 69 e ≥70 anos de idade. Todos os casos suspeitos de herpes-zóster foram julgados por um comitê de avaliação clínica. Foi realizada a confirmação final dos casos de herpes-zóster por PCR, cultura local ou decisão do comitê de avaliação clínica, nessa ordem. Nos dois grupos vacinados (Vírus da Varicela-Zoster e placebo), os indivíduos que desenvolveram herpes-zóster receberam fanciclovir e, quando necessário, medicamentos para dor. A gravidade da dor foi avaliada de acordo com a pontuação de “pior dor” em uma escala de 0 a 10, utilizando o inventário resumido de dor do zóster, um questionário validado. Uma pontuação ≥3 foi considerada clinicamente significativa, pois se correlaciona com interferência significativa nas atividades da vida diária (AVD). Vírus da Varicela-Zoster reduziu significativamente o risco de desenvolvimento de herpes-zóster e NPH, em comparação ao placebo. Além disso, Vírus da Varicela-Zoster reduziu significativamente a dor aguda e crônica associada ao herpes-zóster, medida pela escala de impacto da doença (IDD) da dor do herpes-zóster (Tabela 1). Tabela 1 Eficácia de Vírus da Varicela-Zoster comparada ao placebo no Estudo de Prevenção do Zóster Desfecho Eficácia da vacina IC de 95% Incidência de herpes-zóster 51% 44% a 58% Incidência de neuralgia pós-herpética* 67% 48% a 79% IDD de dor do herpes-zóster** 61% 51% a 69% *Dor clinicamente significativa relacionada ao herpes-zóster que surge ou persiste pelo menos 90 dias após o início da erupção cutânea. **A pontuação IDD de dor do herpes-zóster é uma pontuação composta que incorpora incidência, gravidade e duração da dor aguda e crônica associada ao herpes-zóster ao longo do acompanhamento de 6 meses. Vírus da Varicela-Zoster diminuiu significativamente a incidência de herpes-zóster em comparação ao placebo (315 casos [5,4/1.000 pessoas-ano] versus 642 casos [11,1/1.000 pessoas-ano], respectivamente; p<0,001). A eficácia protetora de Vírus da Varicela-Zoster foi de 51% (IC de 95%: 44% a 58%). Vírus da Varicela-Zoster reduziu a incidência de herpes-zóster em 64% (IC de 95%: 56% a 71%) em indivíduos com 60 a 69 anos de idade e em 38% (IC de 95%: 25% a 48%) em indivíduos com ≥ 70 anos de idade. A incidência cumulativa de herpes-zóster ao longo do tempo naqueles que receberam a vacina também foi significativamente reduzida (p<0,001; Figura 1). Figura 1 - Curva de Kaplan-Meier da incidência cumulativa de herpes-zóster ao longo do tempo* no Estudo de Prevenção do Zóster * Um número limitado de indivíduos foi acompanhado após o ano 4. Vírus da Varicela-Zoster diminuiu a incidência de NPH em comparação ao placebo (27 casos [0,5/1.000 pessoas-ano] versus 80 casos [1,4/1.000 pessoas-ano], respectivamente; p<0,001). Nesse estudo, a definição de NPH foi dor clinicamente significativa associada ao herpes-zóster que surge ou persiste pelo menos 90 dias após o início da erupção cutânea. A eficácia protetora de Vírus da Varicela-Zoster contra NPH foi de 67% (IC de 95%: 48% a 79%) e a redução da incidência da NPH foi semelhante nos dois grupos etários (60 a 69 e ≥ 70 anos de idade). Além disso, a eficácia de Vírus da Varicela-Zoster não se alterou significativamente quando se definiu a NPH com outros limites alternativos de tempo (30, 60, 120 ou 182 dias) para duração da dor. Vírus da Varicela-Zoster reduziu significativamente a incidência cumulativa de NPH ao longo do tempo em comparação ao placebo (p<0,001; Figura 2). Figura 2.  Curva de Kaplan-Meier da incidência cumulativa de neuralgia pós-herpética ao longo do tempo* no Estudo de Prevenção do Zóster: * Foi acompanhado um número limitado de indivíduos após o ano 4. Vírus da Varicela-Zoster reduziu a pontuação da escala de IDD da dor do herpes-zóster em aproximadamente 61% (IC de 95% : 51% a 69%), em comparação ao placebo. Vírus da Varicela-Zoster reduziu a pontuação da escala de IDD da dor do herpes-zóster em extensão similar para as duas faixas etárias (60 a 69 e ≥ 70 anos de idade). A pontuação da escala de IDD da dor do herpes-zóster é uma pontuação composta que incorpora incidência, gravidade e duração da dor aguda e crônica associada ao herpes-zóster ao longo do acompanhamento de 6 meses. Vírus da Varicela-Zoster reduziu a incidência de dor grave e de longa duração associada ao herpes-zóster (pontuação de gravidade por duração da dor > 600) em 73% (IC de 95% : 46% a 87%) em comparação ao placebo. Onze pacientes que receberam Vírus da Varicela-Zoster apresentaram pontuações de gravidade por duração > 600, em comparação com 40 indivíduos que receberam placebo (Figura 3). Entre os indivíduos que desenvolveram herpes-zóster, Vírus da Varicela-Zoster reduziu significativamente a dor relacionada ao herpes-zóster em comparação ao placebo. Ao longo do período de acompanhamento de 6 meses, houve redução de 22% na pontuação de gravidade por duração (pontuações médias de 141 para Vírus da Varicela-Zoster e 181 para o placebo; p= 0,008). Figura 3. Pontuação de gravidade por duração da dor associada ao herpes-zóster ao longo do tempo no Estudo de Prevenção do Zóster*: * O suplemento apresenta o número de indivíduos com pontuação de gravidade por duração > 600. Por exemplo, a pior dor diária classificada com a pontuação máxima de 10 por > 60 dias resultaria em pontuação de gravidade por duração > 600. Entre os indivíduos vacinados que desenvolveram NPH, Vírus da Varicela-Zoster reduziu significativamente a dor associada à NPH em comparação ao placebo. No período de 90 dias após o início da erupção cutânea até o final do acompanhamento, houve redução de 57% na pontuação de gravidade por duração [pontuações médias de 347 para Vírus da Varicela-Zoster e 805 para o placebo; p= 0,016]. Para avaliar o impacto de Vírus da Varicela-Zoster na interferência nas AVD associadas ao herpes-zóster, foi calculada uma pontuação combinada para cada indivíduo, baseada na interferência nas atividades gerais, humor, deambulação, trabalho normal, relacionamentos sociais, sono e satisfação com a vida. Cada item foi avaliado em uma escala de 0 a 10 (0 – nenhuma interferência; 10 – interferência máxima). Em comparação com o placebo, Vírus da Varicela-Zoster proporcionou redução favorável, mas não estatisticamente significativa (8%), do risco de apresentar interferência significativa nas AVD (definida como pontuação combinada de interferência nas AVD ≥ 2 por ≥ 7 dias), além da eficácia da vacina para herpes-zóster. Entre os indivíduos vacinados que desenvolveram herpes-zóster, Vírus da Varicela-Zoster reduziu significativamente a interferência nas AVD em comparação ao placebo. Ao longo do período de acompanhamento de 6 meses, houve redução de 31% na pontuação de gravidade por duração para interferência nas AVD combinadas (pontuações médias de 57 para Vírus da Varicela-Zoster e 83 para o placebo; p= 0,002). O uso de medicamentos antivirais em até 72 horas do início da erupção cutânea do herpes-zóster não alterou a eficácia de Vírus da Varicela-Zoster na incidência de dor do herpes-zóster ou de NPH. As proporções de indivíduos que utilizaram medicamentos com efeitos analgésicos foram equilibradas entre os grupos, portanto o uso desses medicamentos provavelmente não contribuiu para a redução da incidência de dor do herpes-zóster ou de NPH. Foram relatadas menos complicações por indivíduos que receberam Vírus da Varicela-Zoster em comparação aos indivíduos que receberam placebo. O número de indivíduos com complicações específicas do herpes-zóster, relatado no EPZ com frequência ≥ 1%, encontra-se na Tabela 2. Tabela 2 - Número de indivíduos com complicações específicas* do herpes-zóster relatadas no Estudo de Prevenção do Zóster   Vírus da Varicela-Zoster Placebo Complicação (N = 19.270) (N = 19.276) (n = 321) (n = 659) Alodinia 135 310 Superinfecção bacteriana 3 7 Disseminação 5 11 Comprometimento da visão** 2 9 Paralisia de nervos periféricos (motora) 5 12 Ptose** 2 9 Cicatrizes 24 57 Perda sensorial 7 12 N= número de indivíduos randomizados. n= número de casos de herpes-zóster, incluindo casos que ocorreram até 30 dias pós-vacinação, com dados disponíveis. *Complicações relatadas com frequência ≥ 1% em pelo menos um grupo vacinado entre os indivíduos com herpes-zóster. **Houve herpes-zóster oftálmico em 35 indivíduos que receberam Vírus da Varicela-Zoster versus 69 indivíduos que receberam placebo. Foram relatadas complicações viscerais como pneumonite, hepatite e meningoencefalite por menos de 1% dos indivíduos com herpes-zóster (3 casos de pneumonite e 1 caso de hepatite no grupo placebo; 1 caso de meningoencefalite no grupo da vacina). Estudo de eficácia em longo prazo em indivíduos a partir de 50 anos de idade Uma análise interina de um grande estudo de coorte observacional prospectivo, em andamento nos Estados Unidos, sobre a eficácia a longo prazo de Vírus da Varicela-Zoster em indivíduos com idade ≥ 50 anos no momento da vacinação, mostrou que Vírus da Varicela-Zoster é eficaz na redução da incidência de herpes-zóster (HZ) e NPH em indivíduos vacinados quando comparados a um grupo referência não vacinado. Durante o período de 2007 a 2014, em um grupo de 1.355.720 participantes do estudo, 392.677 receberam Vírus da Varicela-Zoster. Um total de 48.889 casos confirmados de HZ e 3.316 casos confirmados de NPH (> 90 dias de dor associada ao zoster) foram observados. A eficácia da vacina (EV) contra HZ foi avaliada por até oito anos após a vacinação. A EV estimada por idade na vacinação e a taxa estimada de EV durante os primeiros 3 e 5 anos pós-vacinação são mostradas abaixo (ver Tabela 3). Tabela 3 - EV* de Vírus da Varicela-Zoster contra HZ ao longo do Período do Estudo e Taxa acima de 3 e 5 anos, por Idade de Vacinação. 2007 a 2014 *EV foi estimada para o primeiro episódio de herpes-zoster durante o acompanhamento e foi calculado como (1-relação de risco)*100. † Modelo Cox ajustado por tempo no calendário, idade, sexo, raça/ grupo étnico, utilização de recurso de cuidado da saúde (administração de vacina influenza (inativada), número de visitas ao ambulatório por ano), condições de comorbidade (taxa DxCG, pontuação de risco HCUP), estado imunocomprometido durante acompanhamento. ‡ EV ao longo do Período de Estudo é a EV calculada sob a duração total do estudo (2007-2014) no momento dessa análise interina. § Média EV foi calculada como a taxa medida da EV anual estimada através de 3 e 5 anos, respectivamente, nas quais as medidas são proporções do período total coberto. ¶ Dados não disponíveis no momento dessa análise interina. Abreviações: EV eficácia da vacina; IC intervalo de confiança; DxCG grupo de custo do diagnóstico; HCUP projeto de utilização e custo dos cuidados de saúde. Da mesma forma, EV contra NPH foi avaliada por até oito anos após a vacinação. EV estimada por idade na vacinação e a taxa de EV estimada sob os primeiros 3 e 5 anos após a vacinação são mostradas abaixo (ver Tabela 4). Tabela 4 - EV* de Vírus da Varicela-Zoster contra NPH ao longo do Período do Estudo e Taxa acima de 3 e 5 anos, por Idade de Vacinação. 2007 a 2014 *EV foi estimada para o primeiro episódio de herpes-zoster durante o acompanhamento e foi calculado como (1-relação de risco )*100. † Modelo Cox ajustado por tempo no calendário, idade, sexo, raça/ grupo étnico, utilização de recurso de cuidado da saúde (administração de vacina influenza (inativada), número de visitas ao ambulatório por ano), condições de comorbidade (taxa DxCG, pontuação de risco HCUP), estado imunocomprometido durante acompanhamento. ‡ EV ao longo do Período de Estudo é a EV calculada sob a duração total do estudo (2007-2014) no momento dessa análise interina. § Média EV foi calculada como a taxa medida da EV anual estimada através de 3 e 5 anos, respectivamente, nas quais as medidas são proporções do período total coberto. ¶ Dados não disponíveis no momento dessa análise interina. Abreviações: EV eficácia da vacina; IC intervalo de confiança; DxCG grupo de custo do diagnóstico; HCUP projeto de utilização e custo dos cuidados de saúde. Imunogenicidade de Vírus da Varicela-Zoster No Estudo de Segurança e Eficácia de Vírus da Varicela-Zoster (ESEZ), as respostas imunes à vacinação foram avaliadas em um subgrupo aleatório de 10% [n= 1.136 para Vírus da Varicela-Zoster e n= 1.133 para o placebo] dos indivíduos recrutados no ESEZ. Vírus da Varicela-Zoster induziu respostas imunes específicas para o VVZ mais acentuadas 6 semanas pós-vacinação em comparação ao placebo. Elevações dos níveis de anticorpos contra o VVZ, avaliados pelo ensaio de imunoadsorção enzimática da glicoproteína (gpELISA), foram demonstradas [diferença de 2,3 vezes (IC 95%: 2,2 a 2,4)], média geométrica dos títulos [MGT] de 664 versus 288 unidades/mL de gpELISA, p< 0,001). No Estudo de Prevenção do Zóster (EPZ), foram avaliadas as respostas imunes à vacinação em um subgrupo dos indivíduos recrutados (N=1.395). Seis semanas pós-vacinação, Vírus da Varicela-Zoster gerou maiores respostas imunes específicas para o VVZ em comparação ao placebo. Foi demonstrado aumento do título de anticorpos contra o VVZ, medido pelo ensaio de imunoadsorção enzimática da glicoproteína (gpELISA) (diferença de 1,7 vez, MGT de 479 versus 288 unidades/mL de gpELISA, p< 0,001) e da atividade de células T, medida pelo ensaio imunospot ligado a enzimas de gamainterferona para VVZ (IFN-y ELISPOT) (diferença de 2,2 vezes, MGT de 70 versus 32 células formadoras de mácula por milhão de células mononucleares do sangue periférico [SFC/106 PBMC], p< 0,001). Numa análise integrada de dois ensaios clínicos que avaliou a resposta imune de Vírus da Varicela-Zoster 4 semanas pós-vacinação, as respostas foram geralmente semelhantes em indivíduos de 50 a 59 anos de idade (N= 389) quando comparado à indivíduos ≥ 60 anos de idade (N= 731) (MGT de 668 versus 614 unidades/mL de gpELISA, respectivamente). A elevação da média geométrica da resposta imune pós-vacinação medida pelo gpELISA foi de 2,6 vezes (IC de 95%: 2,4 a 2,9) em indivíduos entre 50 a 59 anos de idade e 2,3 vezes (IC de 95%: 2,1 a 2,4) em indivíduos a partir de 60 anos de idade. Subestudo de Persistência em Curto Prazo (SPCP) do Estudo de Prevenção do Zóster (EPZ) O SPCP foi iniciado para ter informações adicionais sobre a persistência da eficácia da vacina e manter um subgrupo de indivíduos para o subestudo de persistência em longo prazo (SPLP). O SPCP incluiu 7.320 indivíduos previamente vacinados com Vírus da Varicela-Zoster e 6.950 indivíduos previamente vacinados com placebo no EPZ. A média etária no recrutamento no SPCP foi de 73,3 anos. Durante o SPCP, foi oferecido aos indivíduos que tinham recebido placebo a vacina Vírus da Varicela-Zoster , no momento em que foram considerados como tendo concluído o STPS. As análises do SPCP para a eficácia da vacina se baseiam em dados coletados, previamente 4 a 7 anos pós-vacinação no EPZ. A mediana de acompanhamento no SPCP foi aproximadamente 1,2 anos (intervalo de 1 dia a 2,2 anos). No SPCP, houve 84 casos notificados de herpeszóster no grupo de Vírus da Varicela-Zoster e 95 casos notificados no grupo do placebo. A eficácia estimada da vacina para a incidência de herpeszóster durante o período de acompanhamento do SPCP foi de 39,6% (18,2% a 55,5%). A eficácia estimada da vacina para a incidência de NPH foi de 60,1% (-9,8% a 86,7%). A eficácia estimada da vacina para a IDD de dor do herpes-zóster foi de 50,1% (14,1% a 71,0%). Não foram relatados eventos adversos graves relacionados à vacina no SPCP. Subestudo de Persistência em Longo Prazo (SPLP) do Estudo de Prevenção do Zóster (EPZ): Após a conclusão do SPCP, o estudo aberto SPLP avaliou a duração da proteção contra o herpes-zóster, NPH e IDD de dor associada ao herpes-zóster de Vírus da Varicela-Zoster em indivíduos vacinados no EPZ. Um total de 6.867 indivíduos previamente vacinados com Vírus da Varicela-Zoster no EPZ participou do SPLP. A média etária no momento do recrutamento no SPLP foi de 74,5 anos. Devido ao fato de ter sido oferecida a vacina aos indivíduos que haviam recebido previamente placebo durante o SPCP, não estava disponível grupo controle concorrente de placebo para o cálculo da eficácia da vacina no SPLP. Assim, os dados dos indivíduos que haviam recebido previamente placebo foram utilizados como grupo de referência para calcular a eficácia da vacina no SPLP. As análises do SPLP para a eficácia da vacina se baseiam em dados obtidos previamente a partir do ano 7 até o ano 10 pós-vacinação do EPZ. A mediana de acompanhamento durante o SPLP foi de aproximadamente 3,9 anos (intervalo de uma semana a 4,75 anos). Houve 263 casos notificados de HZ durante o SPLP. A eficácia estimada da vacina para a incidência de herpes-zóster durante o período de acompanhamento do SPLP foi de 21,1% (10,9% a 30,4%). A eficácia estimada da vacina para a incidência de NPH foi de 35,4% (8,8% a 55,8%). A eficácia estimada da vacina para a IDD de dor associada a herpes-zóster foi de 37,3% (26,7% a 46,4%). A eficácia observada da vacina no SPLP é geralmente consistente com a eficácia de Vírus da Varicela-Zoster observado durante o grupo de 70 anos de idade no EPZ, e é consistente com a idade atual do grupo do estudo. Não foram relatados eventos adversos graves relacionados à vacina no SPLP. Imunogenicidade após a administração concomitante: Em ensaio clínico controlado e, duplo-cego, 762 adultos a partir de 50 anos de idade foram randomizados para receberem dose única de Vírus da Varicela-Zoster administrada concomitantemente (N=382) ou não (N=380) com a vacina influenza (inativada). Indivíduos incluídos no grupo concomitante receberam Vírus da Varicela-Zoster e vacina influenza no dia 1 e o placebo na semana 4. Indivíduos incluídos no grupo não concomitante receberam a vacina influenza e placebo no dia 1 e Vírus da Varicela-Zoster na semana 4. As respostas de anticorpos para as duas vacinas, 4 semanas pós-vacinação, foi semelhante, quando administradas concomitantemente ou não. Em outro estudo duplo-cego, controlado, 882 adultos nos EUA, acima de 50 anos (idade média = 60 anos), foram randomizados para receber a vacina influenza quadrivalente (inativada) e Vírus da Varicela-Zoster simultaneamente (N=440), ou a vacina influenza quadrivalente (inativada) isoladamente após 4 semanas com Vírus da Varicela-Zoster isoladamente (N=442). As respostas de anticorpos para ambas as vacinas 4 semanas após vacinação foram semelhantes em ambos os grupos. Em ensaio clínico controlado e, duplo-cego, 473 adultos a partir dos 60 anos de idade foram randomizados para receber Vírus da Varicela-Zoster e PNEUMOVAXTM 23 (vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica)) concomitantemente (N= 237), ou PNEUMOVAXTM 23 isoladamente seguida 4 semanas depois de Vírus da Varicela-Zoster isoladamente (N= 236). Em quatro semanas pós-vacinação, os níveis de anticorpos VVZ após o uso concomitante foram significativamente menores que os níveis de anticorpos VVZ pós-administração não concomitante [MGT de 338 versus 484 unidades gpELISA/mL, respectivamente; razão de MGT = 0,70 (IC 95% : 0,61 a 0,80)]. Os níveis de anticorpos VVZ 4 semanas pós-vacinação aumentaram 1,9 vezes (IC 95% : 1,7 a 2,1); atingindo o critério de aceitação pré-especificado) no grupo concomitante versus 3,1 vezes (IC 95%: 2,8 a 3,5) no grupo não concomitante. Os MGT para os antígenos da PNEUMOVAXTM 23 foram comparáveis entre os dois grupos. O uso concomitante de Vírus da Varicela-Zoster e PNEUMOVAXTM 23 demonstrou perfil de segurança que foi geralmente similar ao das duas vacinas não administradas concomitantemente. Imunogenicidade em indivíduos com histórico de herpes-zóster (HZ) antes da vacinação: Em ensaio clínico randomizado, controlado com placebo e duplo-cego, Vírus da Varicela-Zoster foi administrada a 100 indivíduos ≥50 anos de idade com histórico de herpes-zóster (HZ) antes da vacinação para avaliar a imunogenicidade de Vírus da Varicela-Zoster. Vírus da Varicela-Zoster induziu resposta imune específica para o VVZ significativamente maior conforme medido por gpELISA 4 semanas pós-vacinação, em comparação ao placebo (diferença de 2,1 vezes (IC 95% : 1,5 a 2,9, p<0,001, MGT de 812 versus 393 unidades gpELISA/ml). As respostas de anticorpos VVZ foram geralmente similares em indivíduos com 50 a 59 em comparação com indivíduos ≥60 anos de idade. Imunogenicidade em indivíduos em uso de corticoterapia sistêmica ou uso crônico/de manutenção: Em ensaio clínico randomizado, controlado com placebo e duplo cego, Vírus da Varicela-Zoster foi administrada a 206 indivíduos a partir de 60 anos de idade que estavam em uso de corticoterapia sistêmica de manutenção/crônica com dose diária equivalente a 5 a 20 mg de prednisona por pelo menos 2 semanas antes da recrutamento no estudo e 6 semanas ou mais pós-vacinação para avaliar o perfil de imunogenicidade e segurança de Vírus da Varicela-Zoster. Comparado com o placebo, Vírus da Varicela-Zoster induziu maior resposta imune específica de anticorpos VVZ, medidos por gpELISA 6 semanas pós-vacinação (MGT de 531,1 versus 224,3 unidades gpELISA/mL, respectivamente). A elevação da média geométrica da resposta de anticorpos VVZ, medida por gpELISA, da pré-vacinação a pós-vacinação foi de 2,3 (IC 95% : 2,0 a 2,7) no grupo Vírus da Varicela-Zoster comparado com 1,1 (IC 95% : 1,0 a 1,2) no grupo placebo Imunogenicidade em indivíduos com infecção HIV: Em ensaio clínico randomizado, controlado com placebo e duplo cego, Vírus da Varicela-Zoster foi administrada em esquema de 2 doses em adultos infectados com HIV (a partir de 18 anos de idade) sob terapia antirretroviral combinada potente com função imune conservada (contagem células T CD4+ ≥200 células/L). Apesar do esquema de 2 doses ter sido utilizado neste estudo, Vírus da Varicela-Zoster é administrada em esquema de dose única. Neste estudo, um total de 295 indivíduos recebeu 1 dose e 286 indivíduos receberam 2 doses. Vírus da Varicela-Zoster induziu maior MGT de anticorpos específicos para o VVZ , medido por gpELISA em 6 semanas (6 semanas pós-vacinação de 1 dose) e em 12 semanas (6 semanas pós-vacinação de 2 doses) (MGT de 534,4 e 530,3 versus 263,7 e 250,3 unidades gpELISA/mL, respectivamente). A elevação da média geométrica da resposta dos anticorpos ao VVZ, medida por gpELISA, da pré-vacinação para 6 semanas e para 12 semanas pós-vacinação foram 1,78 (IC 95% : 1,64 a 1,92) e 1,80 (IC 95% : 1,66 a 1,95), respectivamente, em indivíduos que receberam a vacina e 1,05 (IC 95% : 0,98 a 1,12) e 1,04 (IC 95% : 0,96 a 1,13), respectivamente, em indivíduos que receberam o placebo. Características Farmacológicas Vírus da Varicela-Zoster é uma preparação liofilizada da cepa viva atenuada do VVZ da cepa Oka/Merck. O vírus foi inicialmente obtido de uma criança com varicela de ocorrência natural, depois introduzido em culturas de células pulmonares embrionárias, adaptado e replicado em culturas de células embrionárias de cobaias e finalmente replicado em culturas de células humanas diploides (WI-38). Realizou-se nos Laboratórios de Pesquisa da Merck (MRL, Merck Research Laboratories) uma passagem adicional do vírus em culturas de células humanas diploides (MRC-5) isentas de agentes adventícios. Herpes-zóster O herpes-zóster, comumente conhecido como “cobreiro” ou simplesmente “zóster”, é uma manifestação da reativação do VVZ que, na infecção primária, causa a catapora (varicela). Após infecção inicial, o vírus permanece latente na raiz dorsal ou nos gânglios sensoriais cranianos até reativação, causando o herpes-zóster. O herpes-zóster é geralmente caracterizado por erupção cutânea unilateral, dolorosa e vesicular, com distribuição que acompanha os dermátomos. Apesar de a erupção bolhosa ser a manifestação mais característica do herpes-zóster, o sintoma debilitante mais frequente é a dor, que pode ocorrer durante o pródromo, a fase eruptiva aguda e a fase pós-herpética da infecção. Durante a fase eruptiva aguda, relata-se dor local em até 90% dos indivíduos imunocompetentes. Qualquer indivíduo infectado com o VVZ, mesmo que não apresente histórico clínico de varicela, corre risco de desenvolver herpes-zóster, por causa da diminuição da imunidade ao VVZ. Quase todos os adultos (cerca de 98%) dos EUA estão suscetíveis ao herpes-zóster e estimase que ocorram 1 milhão de casos anuais. A expectativa é que esse número aumente conforme aumenta a média etária da população. A incidência e a gravidade do herpes-zóster, bem como a frequência e a gravidade de suas complicações, aumentam drasticamente com a idade, dois terços dos casos ocorrem em indivíduos a partir de 50 anos de idade. Em estudos recentes, estimou-se que o risco do herpes-zóster seja de 30% na população geral, durante toda a vida. Prevê-se que, aos 85 anos de idade, 50% dos indivíduos tenham apresentado um episódio de herpes-zóster. Setenta a 80% das hospitalizações decorrentes do herpes-zóster ocorrem em indivíduos imunocompetentes. Nos EUA, ocorrem a cada ano aproximadamente 50.000 a 60.000 hospitalizações relacionadas ao herpes-zóster, incluindo 12.000 a 19.000 cujo diagnóstico primário é zóster. O herpes-zóster pode estar associado a complicações sérias, como NPH, cicatrizes, superinfecção bacteriana, paralisia neuronal motora, pneumonia, encefalite, síndrome de Ramsay Hunt, comprometimento visual, perda de audição e óbito. A dor e o desconforto relacionados ao herpes-zóster podem ser prolongados e incapacitantes e diminuir a qualidade de vida e a capacidade funcional em grau comparável a doenças debilitantes, como insuficiência cardíaca congestiva, infarto do miocárdio, diabetes mellitus tipo 2 e depressão maior. Neuralgia pós-herpética A NPH é a complicação grave mais comum e a causa de morbidade relacionada ao herpes-zóster no hospedeiro imunocompetente. A literatura publicada estima que a prevalência da NPH na população dos EUA em 500.000 a 1.000.000 casos. A frequência e a gravidade da NPH aumenta com a idade, e a NPH pode complicar 25% a 50% dos casos de herpes-zóster em pacientes a partir de 50 anos de idade. A NPH foi descrita como dor somática, em queimação, pulsátil, perfurante, penetrante e/ou aguda que pode persistir por meses ou mesmo por anos, e pode também causar distúrbio emocional. A alodinia (dor causada por estímulo inócuo) ocorre em pelo menos 90% dos pacientes com NPH, tipicamente descrita como um dos piores e mais debilitantes tipos de dor. São amplamente utilizadas várias definições de NPH na comunidade médica, incluindo dor que persiste por mais de 90 dias após o início da erupção cutânea. Mecanismo de ação O risco de desenvolver herpes-zóster parece estar relacionado à diminuição da imunidade específica ao VVZ. Vírus da Varicela-Zoster mostrou aumentar a imunidade específica ao VVZ; na qual acredita-se que essa imunidade seja o mecanismo que proteja o organismo contra o herpes-zóster e suas complicações.

Como devo armazenar o Zostavax?

Durante o transporte, para garantir que não haja perda de potência, a vacina deve ser mantida em temperatura igual ou inferior a 8°C, mas sem exceder temperaturas inferiores a -50°C. O uso de gelo seco pode sujeitar Zostavax® a temperaturas mais frias do que -50°C. Zostavax® deve ser mantida refrigerada a temperatura de 2ºC a 8ºC ou menos, até que seja reconstituída para injeção. O diluente deve ser armazenado em geladeira (2°C a 8°C). Antes de ser reconstituída, a vacina deve ser protegida da exposição à luz. Após a reconstituição, recomenda-se que a vacina seja administrada imediatamente para minimizar a perda de potência. Descarte a vacina reconstituída caso não seja utilizada dentro de 30 minutos. Não congele a vacina reconstituída. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Aparência O pó liófilo injetável é uma massa cristalina compacta branca a esbranquiçada e, quando reconstituída, é um líquido semiopaco a translúcido, esbranquiçado a amarelo-claro. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Zostavax

MS 1.0029.0174 Farm. Resp.: Fernando C. Lemos CRF-SP nº 16.243 Registrado e importado por: Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda. Rua 13 de Maio, 815 - Sousas, Campinas/SP CNPJ: 45.987.013/0001-34 Brasil MSD On Line: 0800-0122232 Fabricado por: Merck Sharp & Dohme Corp. West Point, EUA Embalado por: Merck Sharp & Dohme B.V. Haarlem, Holanda Venda sob prescrição médica.

...
Composição
Categoria