Quais os riscos da tomografia em crianças? os danos são muito maiores nas crianças? é verdade que a capacidade de reparação dos danos ao dna são limitadas nas crianças porque esse mecanismo não está maduro ainda nelas?
Dúvida enviada no dia 21/11/2023, da cidade de Belo Horizonte (MG) no aguardo de respostas
Respostas
A tomografia é uma técnica de imagem médica que utiliza raios-X para obter imagens detalhadas do corpo. Embora seja uma ferramenta valiosa no diagnóstico e acompanhamento de várias condições médicas, é importante estar ciente dos potenciais riscos associados, especialmente em crianças.
Um dos principais riscos da tomografia é a exposição à radiação ionizante. As crianças são mais sensíveis aos efeitos da radiação do que os adultos, devido ao seu tamanho menor e ao fato de seus tecidos estarem em desenvolvimento. A exposição repetida à radiação ao longo da infância pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer no futuro. No entanto, é importante ressaltar que os benefícios diagnósticos da tomografia muitas vezes superam os riscos potenciais, especialmente em casos em que outras formas de imagem não fornecem informações suficientes.
Quanto à capacidade de reparação de danos ao DNA, é verdade que as crianças têm uma capacidade limitada de reparar danos ao DNA em comparação com os adultos. O sistema de reparo do DNA nas células ainda está em desenvolvimento durante a infância, o que torna as crianças mais vulneráveis aos danos causados pela radiação. No entanto, é importante ressaltar que a maioria das crianças não sofre danos significativos ao DNA devido a uma única tomografia computadorizada.
Os profissionais de saúde estão cientes desses riscos e normalmente adotam medidas para reduzir a exposição à radiação, como usar técnicas de imagem com baixa dose de radiação, limitar o número de exames de tomografia realizados e considerar alternativas de imagem sempre que possível. É essencial que os pais discutam qualquer preocupação com o médico responsável pelo cuidado da criança, para que juntos possam tomar a melhor decisão sobre a necessidade e os riscos envolvidos na realização de uma tomografia.