Quem tem varizes no esôfago pode fazer cirurgia
Dúvida enviada no dia 07/02/2024, da cidade de Pirapora (MG) no aguardo de respostas
Respostas
Pessoas que possuem varizes no esôfago, também conhecidas como varizes esofágicas, podem sim ser submetidas a cirurgia, dependendo do caso e da recomendação médica.
As varizes esofágicas são dilatações anormais das veias localizadas no esôfago, que ocorrem principalmente em pessoas com cirrose hepática. Essa condição é resultante de uma pressão aumentada no sistema venoso portal, que é responsável por levar o sangue do intestino para o fígado. Quando há um aumento da pressão nesse sistema, as veias do esôfago podem se dilatar e se tornarem varizes.
O tratamento das varizes esofágicas tem como objetivo principal prevenir o sangramento, que é uma complicação grave e potencialmente fatal. Em casos de varizes esofágicas que já sangraram ou apresentam risco iminente de sangramento, a cirurgia pode ser indicada para controlar a hemorragia.
Existem diferentes técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas para tratar as varizes esofágicas. Uma delas é a ligadura elástica, na qual são colocados elásticos nas varizes para interromper o fluxo de sangue e promover a cicatrização. Outra opção é a escleroterapia, na qual uma substância esclerosante é injetada nas varizes para causar sua obstrução. Além disso, em casos mais graves, pode ser necessário realizar uma cirurgia chamada de derivação portossistêmica, que consiste em criar uma nova rota para o sangue, desviando-o do fígado.
No entanto, é importante ressaltar que a decisão de realizar a cirurgia e qual técnica utilizar deve ser feita pelo médico especialista, levando em consideração a gravidade das varizes esofágicas, o risco de sangramento e a condição geral do paciente. Cada caso é único e requer uma avaliação individualizada.
É fundamental que a pessoa que possui varizes esofágicas siga corretamente o tratamento recomendado pelo médico, que pode incluir medicamentos para controlar a pressão portal, mudanças na dieta e estilo de vida, além do acompanhamento regular para monitoramento da condição.