Abertura da Conferência Livre Nacional APS do Futuro é marcada por exposição de propostas e estratégias

Foto: Marco Aurélio

A abertura da Conferência Livre Nacional APS do Futuro, nesta sexta-feira (26), foi marcada pela exposição de propostas e estratégias para o fomento da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. O evento reúne, até este sábado (27), a sociedade civil organizada, trabalhadores e gestores do SUS e autoridades em saúde.

A Conferência Livre Nacional APS do Futuro é realizada pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) do Ministério da Saúde, com o objetivo de contribuir na construção coletiva de ideais e mobilização social para a 17º Conferência Nacional de Saúde, que acontece em julho.

Na mesa de abertura, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, destacou que a Atenção Primária é um espaço da saúde pública em que a presença estatal é hegemônica e majoritária, com decisões em tripartite e com diálogo social, que posteriormente são executadas e operacionalizadas nos 5.570 municípios do nosso país.

“Aqui temos uma pluralidade de vozes para reconstruir o Brasil que queremos e para isso é preciso valorizar a Estratégia de Saúde da Família e Comunidade como modelo prioritário, capaz de garantir uma expertise diferenciada do SUS. A conferência livre é um dos espaços em que, junto do projeto do presidente Lula e da ministra Nísia, o Brasil se une e se reconstrói pelo povo e para o povo”, ressaltou o secretário.

Foto: Marco Aurélio

Um dos grandes destaques da mesa de abertura foi a apresentação do estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ed Junior, com uma poesia marginal que ressaltava a importância das conferências livres para democratizar a discussão do acesso à saúde pública de qualidade.

Em conversão com a ideia de pensar o Brasil que queremos, temática de um dos eixos da 17ª Conferência Nacional de Saúde, o secretário adjunto e diretor de programas da Saps, Felipe Proenço, apontou que ao iniciar o ano de 2023 já foi possível dialogar sobre esse futuro, a partir de uma análise dos últimos anos e das ações executadas pela secretaria. “É por isso que a gente precisa de momentos como esse, para aprofundar o diagnóstico da Atenção Primária à Saúde, para discutir a retomada de programas que novamente foram colocados como prioridades fundamentais e trazer novidades, mas a grande novidade a gente quer ouvir aqui”, pontuou.

O debate sobre a agilidade e estratégias de acesso à saúde, principalmente na Atenção Primária, porta de entrada do SUS, foi um tema amplamente mencionado por outros componentes da mesa, conforme o diretor da União de Negros e Negras pela Igualdade, Wellington Alves. “É muito caro para nós as Conferências Livres, é muito caro para nós a construção da Conferência Nacional, porque quando nós falamos em saúde, nós falamos em inclusão, nós falamos em educação, nós falamos em salvar vidas, e quando falamos em pensar uma APS do futuro, e para o futuro, nós precisamos pensar nessa APS que enxergue todos os seus povos e todas as suas peles”, disse.

Também estiveram presentes na mesa de abertura o membro da Comissão de Mobilização da 17ª Conferência Nacional de Saúde, Ronald Ferreira; o representante da Rede de Pesquisa em Atenção Primária, da rede APS, Luiz Facchini; a representante da União Nacional dos Estudantes (UNE) e Conselheira Nacional de Saúde, Vitória Davi; o coordenador de Sistemas e Serviços de Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Julio Pedrosa; a diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina, Família e Comunidade, Rafaela Pacheco;  a vice-presidente da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Bartíria Lima; a presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (Conacs), Ilda Agélica Correia; a diretora do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems/SP), Carmem Guariente; o presidente da Associação Nacional de Pós Graduados, Vinícius Soares; e, com uma participação especial por vídeo, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto.

Amanhã Vai Ser Outro Dia

Ainda no primeiro dia, o secretário Nésio Fernandes realizou uma exposição temática com o tema Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã Vai Ser Outro Dia, com destaque para os caminhos da APS do Futuro e para a retomada dos programas e estratégias como o novo Programa Mais Médicos para o Brasil, o Brasil Sorridente e o eMulti. “A Atenção Primária do futuro é aquela que a gente quer oferecer para a população brasileira hoje, por isso que nós temos pressa e alto grau de espírito prático para garantir que não percamos tempo e energia em outras discussões”, concluiu.

Foto: Marco Aurélio

Quem também marcou presença na Conferência Livre Nacional APS do Futuro foi o Zé Gotinha, fazendo a alegria dos participantes com diversos registros. Confira as fotos do evento.

Carolina Sampaio e Andreia Ferreira/Nucom Saps