Outros

Adenomiose: SUS realizou 11.463 procedimentos ambulatoriais em 2021

13/04/2022

Dados do Ministério da Saúde apontam que o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 11,4 mil procedimentos ambulatoriais e 3,7 mil procedimentos hospitalares no ano de 2021 por conta de um problema de saúde pouco conhecido entre as mulheres: adenomiose. Com maior incidência em mulheres com mais de 40 anos, a doença também pode afetar pacientes mais jovens, dificultando a gravidez.

Com diagnóstico e tratamento oferecidos de forma integral e gratuita no SUS, durante o Abril Roxo, mês de conscientização sobre a doença, o Ministério da Saúde chama a atenção para o agravo. Entre os principais sinais que podem indicar a doença estão cólica intensa, sangramento prolongado durante a menstruação e dificuldade para engravidar. Por isso, ao apresentar os sintomas, é necessário que um profissional de saúde seja consultado.

A adenomiose é uma alteração benigna do útero caracterizada pela presença e crescimento em localidade anormal do endométrio, tecido que reveste a cavidade uterina. O problema ocorre quando as células do endométrio se implantam na camada muscular desse órgão, o miométrio. Os sintomas variam ao longo do ciclo menstrual e também podem aparecer fora do período. Em casos mais graves, o excesso de sangramento menstrual pode gerar anemia.

Entre os fatores relacionados estão idade acima de 40 anos, menarca precoce, ciclos menstruais curtos, obesidade, histórico de aborto e curetagem, miomas e pólipos e, principalmente, endometriose. Evidências apontam até agora que a adenomiose pode ser um marcador da endometriose profunda.

Diagnóstico da adenomiose

Vale lembrar que o atendimento começa na atenção primária e, havendo necessidade, pode ser encaminhado para um especialista na média e alta complexidade. A adenomiose pode ser assintomática ou evoluir com diversos sintomas e intensidades, existindo diversos critérios utilizados para diagnosticá-la. Via de regra, o diagnóstico é clínico e por imagem. A suspeita clinica é feita com base nos sintomas apresentados pela paciente.

Na suspeita, pode-se solicitar exames complementares, como o ultrassom transvaginal. Outro exame ainda mais preciso é a ressonância nuclear magnética da pelve, pois consegue mostrar com detalhes o útero, endométrio e a pelve como um todo.

Tratamento para adenomiose

O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico. Entre os tratamentos disponíveis pelo SUS, está, por exemplo, prescrição de contraceptivos hormonais e antiflamatórios que podem melhorar os sintomas. Outras práticas podem ser adotadas conforme a necessidade de cada caso, entre paciente e profissional de saúde.

Ascom/MS


Fonte:Secretaria de Atenção Primária à Saúde