Foto: Francielle Caetano
Amamentar a criança durante a aplicação de vacinas injetáveis pode aliviar a dor. O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação de Saúde da Crianças (Cocam/Saps/MS), produziu a Nota Técnica Nº 39/2021 para endossar a amamentação enquanto medida não farmacológica para redução de dores e desconfortos de crianças, além de reforçar junto aos profissionais de saúde que incentivem essa prática antes e durante a aplicação de vacinas injetáveis.
O documento, baseado em evidências científicas, destaca que a efetividade da amamentação em dois momentos: antes e no momento da aplicação da vacina. Quando praticada durante o ato vacinal, a amamentação é capaz de reduzir o estresse por meio do conforto físico, da sucção, da distração, da ingestão de substâncias que podem ter, individualmente e em conjunto, efeitos de alívio.
“A amamentação melhora o vínculo entre a mãe e o bebê, fortalecendo o contato pele a pele, além de atuar como analgésico durante exames como teste do pezinho e coleta de sangue. Por isso, é importante que os profissionais orientem a prática, desde que seja desejo da mãe, fortalecendo também a presença e o apoio dos pais durante o procedimento”, destacou Janini Ginani, coordenadora da Cocam.
A nota técnica também orienta que os serviços de saúde responsáveis pela administração de imunológicos apliquem primeiro a vacina oral, se houver, e posteriormente as injetáveis, além de apresentar outras recomendações do Ministério da Saúde sobre o tema: o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação e a Estratégia de recuperação do esquema de vacinação atrasado de crianças menores de 5 anos de idade.
O texto completo da Nota Técnica nº 39 está disponível aqui.
Recomendações do documento Como se Comunicar sobre a segurança das vacinas (Opas e OMS):
• Profissionais de saúde que aplicam vacinas devem ter uma atitude calma e cooperativa. Usar uma linguagem neutra ao mencionar elementos possivelmente negativos: “Um, dois
e já!”, em vez de “Lá vai a agulha”, por exemplo;
• Não se recomenda a aspiração da seringa durante as aplicações intramusculares, já que pode aumentar a dor;
• A pessoa mais próxima do bebê deve estar sempre presente durante e depois da injeção, é um direito da mãe/pai ou responsável e da criança;
• É recomendável distrair as crianças menores de 6 anos. Oriente levar o brinquedo predileto, por exemplo.