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Amamentar durante a aplicação da vacina pode diminuir a dor do bebê

29/10/2021

Foto: Francielle Caetano

Amamentar a criança durante a aplicação de vacinas injetáveis pode aliviar a dor. O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação de Saúde da Crianças (Cocam/Saps/MS), produziu a Nota Técnica Nº 39/2021 para endossar a amamentação enquanto medida não farmacológica para redução de dores e desconfortos de crianças, além de reforçar junto aos profissionais de saúde que incentivem essa prática antes e durante a aplicação de vacinas injetáveis.

O documento, baseado em evidências científicas, destaca que a efetividade da amamentação em dois momentos: antes e no momento da aplicação da vacina. Quando praticada durante o ato vacinal, a amamentação é capaz de reduzir o estresse por meio do conforto físico, da sucção, da distração, da ingestão de substâncias que podem ter, individualmente e em conjunto, efeitos de alívio. 

“A amamentação melhora o vínculo entre a mãe e o bebê, fortalecendo o contato pele a pele, além de atuar como analgésico durante exames como teste do pezinho e coleta de sangue. Por isso, é importante que os profissionais orientem a prática, desde que seja desejo da mãe, fortalecendo também a presença e o apoio dos pais durante o procedimento”, destacou Janini Ginani, coordenadora da Cocam.

A nota técnica também orienta que os serviços de saúde responsáveis pela administração de imunológicos apliquem primeiro a vacina oral, se houver, e posteriormente as injetáveis, além de apresentar outras recomendações do Ministério da Saúde sobre o tema: o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação e a Estratégia de recuperação do esquema de vacinação atrasado de crianças menores de 5 anos de idade.

O texto completo da Nota Técnica nº 39 está disponível aqui.

Recomendações do documento Como se Comunicar sobre a segurança das vacinas (Opas e OMS):

•    Profissionais de saúde que aplicam vacinas devem ter uma atitude calma e cooperativa. Usar uma linguagem neutra ao mencionar elementos possivelmente negativos: “Um, dois
e já!”, em vez de “Lá vai a agulha”, por exemplo;
•    Não se recomenda a aspiração da seringa durante as aplicações intramusculares, já que pode aumentar a dor;
•    A pessoa mais próxima do bebê deve estar sempre presente durante e depois da injeção, é um direito da mãe/pai ou responsável e da criança;
•    É recomendável distrair as crianças menores de 6 anos. Oriente levar o brinquedo predileto, por exemplo. 


Fonte:Secretaria de Atenção Primária à Saúde