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Curitiba se destaca na atenção primária entre as metrópoles brasileiras

27/09/2022

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Foto de Mariane Sanches

A capital paranaense está em segundo lugar entre as metrópoles brasileiras com melhor desempenho no cuidado primário à saúde da população. A experiência até o alcance dos resultados curitibanos, medidos com o atingimento de metas do programa Previne Brasil, pôde ser conhecida pelo secretário de Atenção Primária, Raphael Câmara, e pela sua equipe durante visita técnica ministerial à cidade, nesta segunda-feira (26).

A comitiva foi recebida por membros da Secretaria de Saúde do Estado, que apresentaram estratégias e números que garantiram o alcance do diferencial. A cidade hoje conta com 180 Equipes de Saúde da Família (eSF) e 163 Equipes de Atenção Primária (eAP) financiadas pelo Ministério da Saúde. Diante de 1.948.626 habitantes, conseguiu realizar o cadastro de 1.489.479 usuários, cobrindo 75,84% da população local.

No primeiro quadrimestre de 2022, Curitiba teve ótima pontuação em três dos sete indicadores estipulados pelo programa Previne. O destaque foi para o número de gestantes com pelo menos seis consultas pré-natal realizadas; a proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV e a proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado.

Para alcançar o bom resultado, a secretaria municipal de saúde desenvolveu estratégias específicas. Entre elas, destacam-se a criação de um painel de monitoramento das condições crônicas atendidas pela APS, com presença de indicadores que contemplam o Previne, e a implantação do agendamento da coleta de preventivo na APS pela Central de Atendimento Saúde Já.

A busca ativa dos faltosos de vacina, com envio de mensagem pelo App Saúde, no esforço de aumentar a cobertura vacinal, também trouxe resultados. Assim como a realização do Seminário Previne Brasil para a equipe gestora, com apresentação dos indicadores e das experiências para melhora no atingimento das metas. Mais do que este momento, o encontro com o grupo gerencial das Unidades Saúde e dos Distritos Sanitários para discutir a mortalidade materna infantil por distrito também teve destaque entre as ações importantes.

O município instituiu, ainda, um processo de trabalho nas Unidades Básicas de Saúde com vistas à atenção às condições crônicas, especialmente ao usuário com diabetes (alto risco), com capacitação das equipes, criação de vídeos, instituição de fluxo de atendimento e monitoramento dos usuários.

Na pauta de saúde bucal, o destaque foi para o atendimento na odontologia logo após a vinculação da gestante ou no dia do pré-natal (consulta oportuna). O monitoramento por meio dos relatórios gerenciais e painel da APS e a conscientização da equipe multiprofissional sobre a importância da consulta na odontologia também.

O secretário de atenção primária pontuou a importância de estar próximo das vivências exitosas municipais, que podem ser levadas como exemplo para outras regiões brasileiras. “Estamos aqui para parabenizar Curitiba e para seguir conhecendo o que tem dado certo para a resolutividade da APS brasileira. Vamos continuar rodando o país para conhecer essas diversas realidades e resultados e fazer com que mais municípios se inspirem com eles”, afirmou Raphael Câmara. 

Rede materna e infantil de Curitiba

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Destaca-se que a estruturação da rede de atenção materna e infantil curitibana é um diferencial para o alcance do bom desempenho da capital paranaense. O melhor desempenho de Curitiba está nos indicadores que se referem às gestantes. A secretária de saúde de Curitiba, Beatriz Battistella Nadas, mencionou o Programa Mãe Curitibana Vale a Vida, uma estratégia exitosa da capital para atenção à saúde de gestantes, puérperas, bebês e crianças, criada em 1999,  que irá se expandir para todo estado.

Desde a criação do programa, os resultados apontam para o aumento na cobertura do pré-natal na rede municipal; da redução da mortalidade infantil e materna, do número de óbitos fetais, da gravidez na adolescência e do número de crianças infectadas pelo vírus da Aids. Além disso, foi verificada uma melhoria no atendimento às gestantes e aos seus filhos.

A agenda ministerial no estado contou, aliás, com a presença da diretora do Departamento de Saúde Materno Infantil, Lana de Loures, que, junto à comitiva, visitou pessoalmente a Unidade de Saúde Mãe Curitibana, onde foi apresentada toda a logística da linha de cuidado em rede desenvolvida pela cidade. Esse fluxo é um diferencial para o alcance satisfatório no Indicador Sintético Final (ISF) do Previne Brasil.

De Mariane Sanches e Priscilla Leonel (Saps)


Fonte:Secretaria de Atenção Primária à Saúde