COMBATE AO MOSQUITO

Em nova ação, campanha contra a dengue une ministros do governo federal

15/02/2024
divulgação/MS

Em nova iniciativa de união e sensibilização sobre o enfrentamento das arboviroses e o combate à dengue, o governo federal reuniu ministros das mais diferentes pastas, como Fernando Haddad (Fazenda), Ricardo Lewandowski (Justiça), Camilo Santana (Educação), Anielle Franco (Igualdade Racial), além da titular da pasta da Saúde, Nísia Trindade, para a campanha ‘Brasil Unido Contra a Dengue’. A ação consiste em vídeos para as redes sociais com dicas para a eliminação de criadouros do mosquito Aedes Aegypti. A ação começou a ser exibida nas redes sociais nesta quinta-feira (15), nos perfis oficiais do governo federal.

A mobilização contra a dengue já conta com a participação de artistas, personalidades do esporte, influenciadores digitais, entre outros. Os conteúdos sugerem ao cidadão que separe 10 minutos por semana de sua rotina para a tarefa de combater a dengue. Cerca de 75% dos criadouros do mosquito transmissor estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos e outros).

Médico de formação, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ressaltou a importância de eliminar o vetor da doença. “O controle do Aedes Aegypti ainda é o principal método para a prevenção da dengue”, assegurou no vídeo. “Esse combate compete não apenas às autoridades públicas ou sanitárias, mas a todo o povo brasileiro”, alertou o ministro Lewandowski em sua fala.

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Ampliação de recursos para emergências de saúde pública Na sexta-feira (9), o Ministério da Saúde anunciou a ampliação para R$ 1,5 bilhão os recursos reservados para apoiar estados, municípios e o Distrito Federal no enfrentamento de emergências, como a alta de casos de dengue no país. Em 2023, a pasta já havia reservado R$ 256 milhões para esse fim. Em portaria, a Saúde também anunciou otimização para acelerar a liberação de recursos para estados e municípios que decretarem emergência, seja por dengue, outras arboviroses ou situações que acometam a saúde pública.

O apoio financeiro será destinado para medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública em situações que podem ser epidemiológicas, de desastres, ou de desassistência à população. Para receber o recurso, o estado ou município deve enviar ao governo federal um ofício com a declaração de emergência em saúde. Os repasses serão mensais durante a vigência do decreto de emergência.

Pacote de estratégias contra a dengue

Com o início do período das chuvas e das altas temperaturas, e diante do alerta emitido pela OMS sobre o aumento das arboviroses em razão das mudanças climáticas ocasionadas pelo El Niño, o Ministério da Saúde coordenou uma série de atividades preparatórias para a sazonalidade de 2024.

Em novembro, como parte das ações de comunicação regionalizada, foram lançadas novas campanhas de mobilização social, voltadas à realidade de cada região do país e peculiaridades desse cenário epidemiológico. Em dezembro, foi instalada a Sala Nacional de Arboviroses, um espaço permanente de monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência das doenças. Com a medida, é possível direcionar as ações de vigilância de forma estratégica nas regiões mais afetadas. Ainda em 2023, a pasta qualificou 12 mil profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, para atuarem como multiplicadores para manejo clínico, vigilância e controle da doença.

Outra medida foi a normalização dos estoques de inseticidas, que estavam em situação crítica desde o início de 2023. Ao todo, foram distribuídos 142,5 mil quilos de larvicida; 9,6 mil quilos de adulticida para aplicação residual em pontos estratégicos; e 156,7 mil litros do adulticida para aplicação espacial a Ultra Baixo Volume (UBV). Para 2024, já foram

realizadas novas aquisições, sendo 400 mil quilos de larvicida e 12,6 mil quilos de adulticida para aplicação residual. Todos os estados estão abastecidos com os insumos.

O reabastecimento também foi possível para os testes diagnósticos de controle da dengue: 126,04 mil reações de teste sorológico foram distribuídas, além de 47,6 mil unidades de exames de biologia molecular. Houve aquisição, ainda, de sais de reidratação oral, equipamentos portáteis para contagem de hemácias e de plaquetas.

A nova gestão do Ministério da Saúde também expandiu, em 2023, o método Wolbachia como estratégia adicional de controle das arboviroses. A pasta fez o repasse de R$ 30 milhões para ampliar a tecnologia em seis municípios: Natal, Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC), além das cidades já incluídas na pesquisa.

E, por fim, desde o último dia 9, foi iniciada a vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) em regiões endêmicas e públicos prioritários. Serão imunizadas nos próximos meses crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização pela doença. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

Confira outras ações do Ministério da Saúde no combate à dengue

Acesse a página da campanha Combate ao Mosquito

Fonte:Ministério da Saúde