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Encontro no Chile sobre saúde da pessoa idosa tem participação do Ministério da Saúde

07/03/2023

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Foto: Divulgação

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) promoveu um encontro em Santiago (Chile) com o objetivo de desenhar uma estratégia de implementação do Programa de Atenção Integrada para a Pessoa Idosa (ICOPE) nas Américas. A agenda aconteceu entre 28 de fevereiro e 2 de março e contou com a participação do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps).

O ICOPE foi desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) visando o futuro dos cuidados daqueles com 60 anos ou mais, uma vez que em menos de três décadas a proporção da população global dessa faixa etária quase dobrará. O encontro também teve o objetivo de alinhar os serviços de saúde às necessidades dos idosos e promover o envelhecimento saudável.

O Brasil foi representado pela coordenadora de saúde da pessoa idosa na Atenção Primária, do Departamento de Gestão do Cuidado Integral da Saps, do Ministério da Saúde, a geriatra e médica de família Lígia Iasmine Pereira dos Santos Gualberto e pelo pesquisador e professor Dr. Eduardo Ferrioli (USP).  A agenda contou também com a participação de pesquisadores e especialistas de Cuba, México, Peru, Chile, Costa Rica, Colômbia e Argentina.

Oferecer cuidados integrados centrados nas pessoas e serviços de saúde primários que respondam às necessidades dos idosos é uma das áreas de atuação propostas para a Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030. O Ministério da Saúde já está alinhado com as diretrizes na busca por uma vida digna e saudável das pessoas idosas e de suas famílias, de acordo com Lígia.

“De modo geral, o ICOPE pode ser visto de duas formas, uma como lógica de cuidado, outra como uma ferramenta para auxiliar a implementação dessa lógica de cuidado. O cuidado integral busca avaliar a pessoa como um todo, não somente as doenças isoladamente, como hipertensão ou diabetes. Com essa lógica do cuidado, é importante que a equipe assistencial ou que os serviços de saúde estejam atentos a como aquela pessoa funciona no dia a dia e a sua capacidade intrínseca, o que reforça a necessidade de avaliação multidimensional da pessoa idosa na Atenção Primária”, explica.

As afecções associadas ao declínio da capacidade intrínseca estão inter-relacionadas. Portanto, entende-se que é possível evitar a dependência de cuidados se certas condições prioritárias associadas ao declínio da capacidade intrínseca forem prontamente diagnosticadas e controladas.

A OMS define capacidade intrínseca como a combinação das capacidades físicas e mentais (inclusive psicológicas) do indivíduo. A habilidade funcional é a combinação e interação da capacidade intrínseca com o ambiente no qual a pessoa está inserida.

A atenção integrada, especialmente para as pessoas idosas e com condições crônicas de saúde, é amplamente aceita como um mecanismo para melhorar os resultados de saúde e a eficiência do sistema.

Lígia explica, ainda, que instrumentos que auxiliem a identificação precoce de declínios na capacidade intrínseca e que contenham o aspecto multidimensional da pessoa idosa são essenciais para esse cuidado mais adequado, especialmente por equipes na Atenção Primária.

Mais sobre ICOPE

O ICOPE propõe a atenção aos idosos com base em:

• Avaliação das necessidades, preferências e objetivos individuais;

• Elaboração de um plano de cuidados personalizado;

• Serviços coordenados, voltados para o objetivo único de manter a capacidade intrínseca e a habilidade funcional e prestados o máximo possível por meio de atenção primária na comunidade.

“Precisamos fortalecer nossa rede, fortalecer nosso sistema de saúde, capacitar nossas equipes, permitir que elas tenham ferramentas necessárias para fornecer esse cuidado integral e ter, com isso, diversos resultados positivos, como a diminuição no número de internações, redução de morbidade, redução de declínio funcional e melhores índices de saúde como um todo. Tudo isso já faz parte da agenda das ações que estão sendo desenvolvidas pelo Ministério”, finaliza Lígia.

Nucom/Saps/MS


Fonte:Secretaria de Atenção Primária à Saúde