Saúde e Vigilância Sanitária

Encontro on-line debate prevenção do câncer do colo do útero

17/03/2022

O câncer do colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é um dos tumores mais frequentes entre as mulheres, sendo o terceiro mais incidente entre as brasileiras. Para colaborar com o enfrentamento à doença, o Ministério da Saúde promove um webinário com foco na prevenção, na quinta-feira (24), das 14 às 16 horas.

Para participar do evento on-line e gratuito, basta assistir à transmissão ao vivo pelo canal do DataSUS . A gravação também ficará disponível após o término das atividades. A ação faz parte da campanha Março Lilás – mês da conscientização e combate ao câncer do colo do útero – e tem como público-alvo gestores e profissionais de saúde da atenção primária, mas está aberto a todos os interessados.

O webinário contará com a presença de representantes do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e das secretarias de Vigilância Sanitária e de Atenção Primária (APS) do Ministério da Saúde. “A unidade básica de saúde (UBS) é o local de referência onde as mulheres podem fazer a detecção precoce da doença por meio do exame citopatológico, que permite a identificação de lesões precursoras e malignas em estágios iniciais e um tratamento mais efetivo”, explica o secretário de Atenção Primária, Raphael Câmara, responsável pela abertura.

Além de rastrear os casos, também é papel da APS desenvolver estratégias de prevenção e ações de educação e promoção da saúde e vacinação. “É importante lembrar, ainda, que mesmo casos avançados da doença passam pela atenção primária, que faz o encaminhamento para a rede de atenção especializada e garante a integralidade do cuidado”, pontua a diretora do Departamento de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Juliana Rezende.

A doença
O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV) do tipo oncogênico, podendo infectar pele e mucosas e é transmitido por meio da relação sexual. Entretanto, o HPV isoladamente não é suficiente para o desenvolvimento da doença. É necessária a infecção persistente somada à influência de fatores como imunidade e genética.

O risco de desenvolvimento do câncer do colo do útero é de cerca de 30% se as lesões precursoras não forem avaliadas e tratadas. As alterações celulares que progridem para o câncer ocorrem, geralmente, de forma lenta, podendo levar de 10 a 20 anos, período em que podem se apresentar como lesões pré-neoplásicas assintomáticas. Apesar das possibilidades de prevenção, é um dos cânceres mais frequentes entre as mulheres no Brasil, com alta taxa de mortalidade. O Ministério da Saúde estima uma incidência anual de mais de 16.590 casos de 2020 a 2022, com risco de 15,4 casos a cada 100 mil mulheres.

“São muitos os desafios para melhorarmos as taxas de detecção precoce do câncer do colo do útero no Brasil, desde a identificação e busca ativa de mulheres elegíveis para a coleta do citopatológico pelas equipes até a organização da rede para disponibilização do laudo em tempo adequado” ressalta a coordenadora-geral de Prevenção de Doenças Crônicas e Controle do Tabagismo, Patricia Izetti.

Programação

14 horas – Abertura
-Raphael Câmara - secretário de Atenção Primária à Saúde

14h10 – Panorama da prevenção e detecção precoce do câncer do colo do útero no âmbito da Atenção Primária à Saúde
- Patricia Izetti (CGCTAB/Depros/Saps)

14h30 – Vacinação contra o HPV e taxas de cobertura vacinal
-Ana Goretti Kalume (CGPNI/DIDT/SVS)

14h50 – Organização dos serviços de atenção primária à saúde para o melhor enfrentamento do câncer do colo do útero
-Karoliny Duque (CGCTAB/Depros/Saps)

15h10 – Padrões técnicos para qualificação da coleta e análise do exame citopatológico
-Flávia Correa (Inca)

15h30 – Debate

16 horas – Encerramento

Ministério da Saúde

Fonte:Ministério da Saúde