Saúde e Vigilância Sanitária

Entenda porque imunossuprimidos apresentam mais riscos para varíola dos macacos

19/08/2022

Pessoas com baixa imunidade, consideradas imunossuprimidas, apresentam enfraquecimento do sistema imunológico, seja por algumas doenças, por uso de medicamentos ou pela realização de procedimentos médicos. Por isso, são mais vulneráveis a infecções que podem se tornar graves. Entre elas, a varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. Estão nesse grupo:

  • Pessoas com HIV/AIDS;
  • Portadores de imunodeficiência primária grave e doenças autoimunes;
  • Pessoas em tratamento de quimioterapia para câncer;
  • Transplantados;
  • Pacientes em terapia renal substitutiva (hemodiálise);
  • Pessoas que fazem uso contínuo de imunossupressores.

O sistema imunológico é responsável pela proteção do corpo, criando mecanismos de defesa para agentes estranhos, como vírus e bactérias. No caso de indivíduos imunossuprimidos, a proteção fica deficiente. A transmissão do vírus da varíola dos macacos coloca em risco esses grupos considerados mais vulneráveis.

Pessoas com baixa imunidade devem manter o uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente infectados com o vírus e também devem evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas suspeitos, como febre e lesões de pele/mucosa. Em caso de algum sinal ou sintoma suspeito da doença, um médico deve ser procurado.

Resposta à varíola dos macacos

O Ministério da Saúde monitora a doença desde o primeiro caso suspeito relatado no Reino Unido, em maio de 2022. Desde o fim de julho, a Pasta ativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para Monkeypox (COE-Monkeypox), composto por representantes de todas as secretarias do Ministério, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Entre as ações, está o fortalecimento da rede de diagnósticos do Brasil para processamento e análise das amostras. Atualmente, oito laboratórios estão estruturados para fazer a testagem. O Ministério da Saúde também segue em tratativas junto a entidades internacionais e OPAS/OMS para aquisição de vacinas e antivirais para o tratamento da doença. 

Uma nota técnica com orientações para profissionais de saúde, gestantes, puérperas e lactantes foi publicada no início de agosto. Um webinário com todas as informações que um profissional de saúde precisa saber sobre a varíola dos macacos também foi realizado pela pasta, que está desenvolvendo ainda o curso de capacitação e vídeos formativos. 

Medicamentos e vacinas

O Ministério da Saúde poderá adquirir medicamentos e vacinas de forma mais célere contra a varíola dos macacos, isso porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (19), uma norma que prevê a dispensa do registro para importação.

 

Ministério da Saúde

Fonte:Ministério da Saúde