RIO GRANDE DO SUL

Força Nacional do SUS convoca voluntários para atuarem no RS; veja critérios

15/05/2024
Gabriel Galli/MS

O Ministério da Saúde iniciou a convocação de voluntários para atuação no Rio Grande do Sul por meio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). O estado sofre com severas enchentes em razão das chuvas dos últimos dias. A próxima seleção vai convocar, no mínimo, mais 100 profissionais. Atualmente, 134 profissionais da saúde atuam na emergência. 

É obrigatório que o profissional tenha vínculo público municipal, estadual ou federal. Além disso, para atuar, é necessário comprovar cinco anos de experiência em atendimento de emergência pré-hospitalar móvel e fixo e hospitalar. 

No caso de aeromédicos, é exigido diploma de medicina ou enfermagem com regularidade no conselho de classe. O interessado deve possuir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para tripular aeronave (macacão com tecido anti chama, cadeirinha com mosquetão, freio 8, capacete, luvas de raspa e botas). 

“É uma emergência de desastre, com uma complexidade imensa. Precisamos do melhor staff. É necessário ter perfil, não apenas vontade de ajudar”, salienta o coordenador da Força Nacional do SUS, Fausto Soriano Estrela Neto. Desde o início da calamidade, o número de inscritos no cadastro da FN-SUS subiu de 47 mil, em abril, para 68,4 mil, agora. 

Os coordenadores da Força Nacional do SUS explicam que são necessárias características específicas para a atuação, como experiência em soterramento, acompanhamento de questões mentais, entre outras. 

“Em ações específicas como essa, precisamos de profissionais com expertise para atuar em momento adverso. Uma coisa é atender em clínicas, na unidade de saúde, em situação normal. Outra é atuar com escassez de medicamentos, com dificuldade de acesso, com pessoas com múltiplos fatores de saúde. Por isso, precisamos de especialistas nessas áreas”, reforça o gerente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador, Ivan Paiva, que faz parte da Força Nacional do SUS. 

Veja critérios para atuar como voluntário na Força Nacional do SUS: 

Voluntários para os serviços de Urgência e Emergência - Hospitais de Campanha, Serviços de Saúde, Gestão e Aeromédico 

  • Médicos, enfermeiros e farmacêuticos: possuir 5 anos ou mais de experiência comprovada em atuação em serviços de emergência pré-hospitalar e/ou hospitalar.
  • Outras especialidades médicas: possuir residência médica ou RQE em áreas correlatas à urgência e emergência: Medicina de Emergência, Cirurgia Geral, Especialidades Cirúrgicas, Anestesiologia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Cardiologia, Terapia Intensiva, Psiquiatria.
  • Médicos e enfermeiros do Aeromédico: possuir mais de 5 anos de experiência comprovada, possuir habilitação para transporte aeromédico reconhecida conforme RBAC90, capacidade emocional para cumprir ações orientadas e sob comando, possuir EPIs para tripular aeronave (macacão com tecido anti chama, cadeirinha com mosquetão, freio 8, capacete, luvas de raspa, botas e óculos de proteção).

Voluntários para os serviços da Atenção Primária em Saúde - Abrigos, serviços de saúde, equipes volantes 

  • Médicos: possuir mais de 2 anos de experiência comprovada em atendimento na Atenção Primária à Saúde, título de especialista em Medicina de Família e Comunidade.
  • Médicos Psiquiatras: título de especialista em psiquiatria, experiência mínima de 2 anos em CAPS.
  • Enfermeiros e farmacêuticos: possuir mais de 2 anos de experiência comprovada em atendimento na Atenção Primária à Saúde.
  • Psicólogos: experiência de no mínimo 3 anos em atendimento na primeira fase de resposta a desastres e/ou em gestão, experiência de 5 anos em situações de desastres, experiência prática no atendimento em primeiros cuidados psicológicos, experiência com pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade, experiência de trabalho na gestão ou assistência de políticas públicas de saúde.

O Ministério da Saúde reforça que todos devem ter diploma e regularidade no seu respectivo conselho de classe, além de disponibilidade para missão por no mínimo 10 dias. 

Fonte:Ministério da Saúde