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Ministério da Saúde debate Primeiro Relatório Nacional sobre a Demência no dia 21 de setembro

13/09/2022

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Foto: Freepik/Divulgação

Em alusão ao Dia Mundial da Doença de Alzheimer e ao Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, 21 de setembro, o Ministério da Saúde promoverá uma mesa-redonda virtual sobre as impressões iniciais do Primeiro Relatório Nacional sobre a Demência. O encontro contará com especialistas da saúde e será realizado na próxima quarta-feira (21), das 9h às 12h, no canal do DataSUS no Youtube.

O mapeamento produzido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e financiado pelo Ministério da Saúde pretende fornecer um retrato detalhado sobre a demência no País, para apoiar no planejamento de ações para o cuidado dessas pessoas e de suas famílias. O relatório completo será finalizado em 2023.

Criar estratégias e abordar o assunto com profissionais de saúde e a sociedade como um todo requer planejamento para levar o cuidado às pessoas com demência e seus familiares. Em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, em Genebra, Suíça, o Plano de Ação Global para as Demências 2017 – 2025, adotado por 194 países, ressaltando a necessidade urgente de medidas, por parte dos governos, quanto ao cuidado às pessoas com demência.

Em resposta a essa demanda, o governo brasileiro, por meio da Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária, desenvolveu diversas iniciativas, como o financiamento de uma pesquisa com a Unifesp para a produção do relatório. Ela visa a estimar o número de pessoas com demência hoje e com projeções para o futuro, assim como a  mortalidade relacionada à doença, as taxas de subdiagnóstico e o estigma relacionado à demência. 

Essa proposta vem ao encontro de outras iniciativas do governo federal, como a validação da plataforma iSupport, em curso, voltada para os cuidadores de pessoas idosas com demência; e a elaboração de guias com orientações técnicas para a identificação e o rastreio das síndromes geriátricas, incluindo os problemas cognitivos (demências e transtornos cognitivos leves). Tais ações contribuem para ampliar a discussão e reflexão sobre o tema, subsidiando, também, a tomada de decisão por parte dos gestores. 

Para participar do encontro, em que serão apresentados os achados iniciais do Primeiro Relatório Nacional sobre a Demência e algumas ações do Ministério da Saúde dirigidas às pessoas com doença de Alzheimer, clique aqui. 

Contexto
No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas vivem com alguma forma de demência, e a expectativa é que esse número triplique até 2050. Segundo estimativas do projeto Global Burden of Disease, os números poderão chegar a mais de 150 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da população. Esse cenário mostra que a doença deve ser entendida como uma prioridade em saúde pública. No Brasil, estimativas prévias sugerem que mais de 70% das pessoas com demência não estão diagnosticadas, e essa estimativa está sendo revisada no Primeiro Relatório Nacional, que usará dados mais robustos de todo o País. 

A condição da pessoa com doença de Alzheimer tem importante repercussão para a saúde dos indivíduos e suas famílias. À medida que a doença progride, a pessoa vai perdendo a autonomia, e fica cada vez mais difícil fazer as atividades do dia a dia sozinho, sendo necessário um cuidador. Na maioria das vezes, esse apoio é realizado por familiares e mulheres que acabam tendo a  própria saúde comprometida devido a essa responsabilidade. 

Existem maneiras de melhorar a qualidade de vida das pessoas com demência e de seus familiares. No entanto, por ser uma doença progressiva e atualmente sem cura, a prevenção se torna ainda mais relevante. Diversas doenças e comportamentos de saúde que aumentam o risco de desenvolver demência: diabetes, hipertensão, tabagismo, sedentarismo, obesidade, perda auditiva, entre outros. 

Recentemente, em um estudo comissionado pela revista The Lancet, foram identificados 12 fatores de risco modificáveis, que são responsáveis por 40% dos casos de demência no mundo. Portanto, promover ações para a prevenção, para reduzir as taxas de subdiagnóstico; assim como a oferta de cuidados imediatos e a longo prazo, que atendam às necessidades das pessoas com demência são fundamentais para reduzir o impacto dessa condição no Brasil. 

Saiba mais

  • Leia aqui portaria que aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Alzheimer
  • Confira o Curso da UNA-SUS para capacitar profissionais para cuidado integral a idosos e que aborda a doença de Alzheimer
  • Mais detalhes sobre o iSupport-BR, treinamento online para apoiar cuidadores que sofrem de demência, no site do programa
  • Acesse, também, o site da Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), que traz importantes informações na temática
  • Para quem não puder acompanhar o evento, a gravação do encontro sobre o primeiro relatório brasileiro sobre doença de Alzheimer poderá ser conferida no canal do DataSUS no Youtube. 

Deciv/Saps/MS


Fonte:Secretaria de Atenção Primária à Saúde