INFORMAÇÃO E SAÚDE DIGITAL

Ministério da Saúde destaca potencial de dados do SUS e criação da Seidigi em fórum internacional no Chile

28/04/2023

Uma das representantes do Ministério da Saúde durante o Fórum Regional de Regência de Dados (Regional Forum on Data Analytics and Forecasting for Public Health), organizado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC-USA), em Santiago, no Chile, a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad, destacou o potencial do Sistema Único de Saúde (SUS) para estimular o desenvolvimento nacional. O CDC é a principal organização dos Estados Unidos orientada para a ciência e para a proteção da saúde pública.

A uma plateia de representantes de 60 países – sendo 19 da América Latina –, a titular da Seidigi lembrou que o SUS é o maior sistema universal de saúde do mundo, criado pela Constituição de 1988, e que atende a uma população de 211 milhões de pessoas. “A informação gerada pelo SUS tem um enorme potencial para gerar novos conhecimentos, serviços e produtos em atenção às demandas da sociedade”, afirmou durante sua palestra sobre ‘Desafios e fatores críticos de sucesso no estabelecimento de recursos avançados para análise e previsão de dados’. Também integraram a delegação brasileira na comitiva representantes da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA).

Ana Estela Haddad apresentou o novo organograma do Ministério da Saúde, explicou a estrutura de sua recém-criada secretaria e descreveu a atuação dos departamentos. Sobre o Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS) – que responde pela área de dados – ressaltou que, em quase 35 anos de atividade, desenvolveu aproximadamente 400 sistemas de informação que apoiam o Ministério da Saúde no processo de construção e fortalecimento do SUS.

“O Brasil tem uma infraestrutura de informação que deve ser entendida como patrimônio nacional pela defesa e promoção da vida e do bem-estar social”, salientou.

Competências

De acordo com Ana Estela, cabe à Secretaria de Saúde Digital apoiar as demais secretarias do Ministério da Saúde, os gestores, os trabalhadores e os usuários no planejamento, no uso e na incorporação de produtos e serviços de informação e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) – incluídos telessaúde, infraestrutura de TIC, desenvolvimento de software, interoperabilidade, integração e proteção de dados e disseminação de informações.

Diante desta perspectiva, a Seidigi tem a competência de monitorar o portfólio de tecnologias de saúde digital do Ministério da Saúde, inclusive dicionários de dados, sistemas nacionais de informação em saúde, sistemas internos de gestão, tecnologias de telessaúde, padrões semânticos e tecnológicos e demais soluções de hardware e software.

Além disso, é responsável por coordenar a Política de Monitoramento e Avaliação do SUS, a Política de Inovação em Saúde Digital do Ministério da Saúde e as políticas de prospecção e incorporação de tecnologias digitais e telessaúde ao Sistema Único de Saúde.

A titular da Seidigi apresentou, ainda, dados do painel ‘vacinômetro’ contra a Covid-19. O LocalizaSUS é a plataforma que traz informações dispostas de forma analítica, com dados dos municípios, número e distribuição de recursos, leitos, testes, medicamentos, ventiladores e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Fórum

Para o diretor de Programa da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mauro Sanchez – que também representou o Ministério da Saúde no evento internacional – o encontro permitiu o compartilhamento de informações.

“São vários parceiros, com os quais estamos trocando experiências e posicionando o Brasil como um ator importante nessa área de análise e estruturação de dados para a tomada de decisão. Esperamos encaminhamentos positivos que possam melhorar nosso trabalho no Ministério da Saúde”, pontuou.

O Forum on Data Analytics and Forecasting for Public Health reuniu representantes de nove países, entre governos, especialistas em saúde e acadêmicos, com o objetivo de compartilhar conhecimentos sobre os desafios locais e avançar em uma cooperação internacional.

Fonte:Ministério da Saúde