Saúde e Vigilância Sanitária

Ministério da Saúde entrega equipamentos para combate ao Aedes aegypti em Rio Branco (AC)

18/08/2021

A capital do Acre, Rio Branco, recebeu do Ministério da Saúde equipamentos para reforçar o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de arboviroses como dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. Ao todo, foram entregues oito pulverizadores e 250 mil pastilhas espinosade, um tipo de larvicida que ajuda a matar as larvas do mosquito, que possui listras brancas no tronco, cabeça e pernas, o que o diferencia dos demais.

O mosquito sobrevive e pode transmitir as doenças em qualquer época do ano. Porém, o aumento do número de casos ocorre nos meses mais quentes e chuvosos, geralmente de outubro a março, em razão das condições ambientais estarem mais propícias ao desenvolvimento dos ovos. Por isso, o Ministério da Saúde realiza entrega preventiva para o enfrentamento ser mais efetivo na região, que tende a registrar muitos casos em função da própria característica climática local.

“Em Rio Branco, o período das chuvas tem início em meados de novembro e essa ação vai nos ajudar muito a diminuir a proliferação dos mosquitos”, explicou o superintendente do Ministério da Saúde no Acre, Éden Miranda, que fez a entrega dos materiais durante cerimônia no Palácio do Comércio, ao lado do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e do Secretário Municipal de Saúde, Frank Lima.

Para fazer o uso adequado dos equipamentos, 210 agentes de combate às endemias do município receberam treinamento e capacitações. São materiais de borrifação usados no fumacê dentro das casas, usados para eliminar possíveis focos do mosquito, o que ajuda a reduzir o número de casos e óbitos.

Ciclo de vida do Aedes aegypti

O ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti compreende quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. Os ovos são depositados em condições adequadas, ou seja, em lugares quentes e úmidos, preferencialmente depositados em lugares próximos a linha d’água, em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas dentro ou nas proximidades das casas, apartamentos, hotéis, ou em qualquer local com água limpa parada. Apesar disso, alguns estudos apontam focos do mosquito em água suja também.

O macho alimenta-se de seivas de plantas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue humano para o amadurecimento dos ovos, que são depositados separadamente nas paredes internas dos objetos, próximos a superfícies de água, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. “Os equipamentos serão usados justamente para controlar as fêmeas adultas e frear o avanço de arboviroses na região”, concluiu Miranda.

A população também pode ajudar

As principais ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti e eliminação das doenças que ele transmite são focadas na atuação consciente e permanente da população, importante parceira do Governo Federal.

É necessário evitar água parada em qualquer local em que ela possa se acumular, em qualquer época do ano. Além disso, as pessoas também podem contribuir com hábitos simples, como, por exemplo:

  • Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
  • Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
  • Manter caixas d’agua bem fechadas;
  • Remover galhos e folhas de calhas;
  • Não deixar água acumulada sobre a laje;
  • Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana;
  • Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
  • Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
  • Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
  • Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
  • Acondicionar pneus em locais cobertos;
  • Fazer sempre manutenção de piscinas;
  • Tampar ralos;
  • Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
  • Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
  • Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;
  • Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
  • Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
  • Catar sacos plásticos e lixo do quintal.

Gustavo Frasão
Ministério da Saúde
(61) 3315-3580 / 2746

Fonte:Ministério da Saúde