Ministério da Saúde participa de avaliação da Cúpula das Nações Unidas sobre Sistemas Alimentares

A Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde participou da Cúpula das Nações Unidas sobre Sistemas Alimentares, na sede da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em Roma, na Itália, durante os dias 24 e 26 de julho. Este foi o primeiro momento de avalição que vai acontecer a cada dois anos para revisar o progresso de implementação das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Durante os três dias de evento foram realizadas reuniões e sessões plenárias para analisar a transformação global dos sistemas alimentares e seus meios de implementação. No encontro, o secretário de Atenção Primária, Nésio Fernandes, apresentou os avanços da APS e anunciou o Plano Brasil Sem Fome, que ratifica o compromisso do Governo Federal com a agenda. “Estamos somando esforços em diferentes ministérios para tirar o Brasil do mapa da fome. Nosso plano estratégico, que será lançado nas próximas semanas pelo presidente Lula, foi construído a partir da luta contra a fome, através de políticas e programas que abraçam todo o sistema alimentar”, explicou.

O plano tem como meta retirar o país do Mapa da Fome até 2030, além de reduzir a extrema pobreza e a insegurança alimentar e nutricional. “Ao final do governo Lula queremos que não existam crianças sem escola nem brasileiros que durmam sem saber o que comer no dia seguinte”, completou o secretário.

Dentre os assuntos abordados na Cúpula, os investimentos para ampliação de cobertura e qualidade dos serviços públicos de saúde esteve em debate. No Brasil, em especial na Atenção Primária à Saúde, tais investimentos se constituem como ações de duplo impacto.

Segundo o diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde, Andrey Lemos, “investir no SUS com respeito aos princípios de universalidade, equidade e integralidade do cuidado colabora para aumentar a oferta de ações gratuitas de prevenção e cuidado às múltiplas formas de má nutrição, desde a assistência pré-natal até o cuidado às pessoas adultas e idosas com condições crônicas”.

“Tais ações promovem a diminuição dos gastos das famílias com procedimentos médicos e medicamentos, o que acaba aumentando a sua disponibilidade de renda para comprar alimentos adequados e saudáveis”, acrescentou Andrey.

Convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas, o evento reúne chefes de Estado e líderes de diversos países. No Brasil, a delegação é composta pelo secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes; pelo diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde, Andrey Lemos; pela coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição, Kelly Alves; e das assessoras Gabriele Carvalho e Larissa Sales.

De forma a analisar a insegurança alimentar sob a ótica dos diferentes determinantes de impacto, como as crises climáticas e socioeconômicas, também estiveram presentes representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, da Educação e das Relações Exteriores, além da presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.