Ministério e Opas se reúnem para a preparação de evento internacional sobre combate ao racismo

Integrantes do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) se reuniram, nesta segunda-feira (5), em Brasília, para o planejamento de uma oficina internacional sobre a implementação de estratégias de enfrentamento ao racismo na região das Américas. Com sede no Brasil, o evento deve contar com a participação de 39 países para debate e proposta conjunta de ações com foco na Estratégia e Plano de Ação sobre Etnia e Saúde 2019–2025.

Essa política foi desenvolvida a partir de um reconhecimento das iniquidades em saúde da população indígena, negra e romani (cigana) que, em toda a região das Américas, sofre diferentes formas de discriminação e exclusão, que resultam em desigualdades e injustiça social. Nesse sentido, o documento elenca ações necessárias para garantir o acesso integral, levando em consideração o preconceito étnico-racial e o racismo institucional que interagem negativamente com outros determinantes como o gênero, acesso à educação e condição social, e impulsionam os ciclos de desigualdade.

Entre as linhas de ação a serem debatidas estão a geração de dados que evidenciem o panorama local da saúde étnico-racial, a criação de políticas para melhoria do acesso, o incentivo à participação social e alianças estratégicas, o reconhecimento dos conhecimentos ancestrais e da medicina tradicional e complementar e o desenvolvimento de capacidades em todos os níveis.

Por parte da Opas, participaram a diretora do Departamento de Determinantes Sociais e Ambientais da Equidade em Saúde, Gerry Eijkemans, a coordenadora da Unidade Técnica de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental, Elisa Pietro, e a consultora de direitos, Akemi Kamimura.