Saúde e Vigilância Sanitária

No Nordeste, Alagoas registra maior aumento de casos de dengue em 2021

30/11/2021

Brasileiros que vivem em Alagoas devem intensificar os cuidados com o Aedes aegypti, mosquito vetor da dengue, chikungunya e zika, especialmente nesta época, que precede o verão. Apesar de o País registrar uma tendência de queda no número de casos e óbitos por dengue neste ano em comparação ao ano anterior, os dados referentes ao estado são motivo de atenção: os casos de dengue em 2021 chegaram a 6.357, uma variação de 187% a mais que no ano passado, quando os números chegaram a 2.215.

Os dados da Secretaria de Vigilância em Saúde foram apresentados nesta terça-feira (30), no lançamento da campanha “Combata o mosquito todo dia”, que tem como objetivo mobilizar a população e evitar surtos e epidemias das doenças causadas pelos arbovírus. No Nordeste, Paraíba e Pernambuco também apresentaram um aumento no número de casos de dengue, com 14.078 e 35.928, o que representa, respectivamente, um aumento de 120,5% e 89,4% em relação aos dados de 2020.

No País, a taxa de positividade por sorologia para a dengue foi de 34,5% neste ano. De acordo com os dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, Alagoas está ainda entre as que apresentaram taxas maiores que a do Brasil, com 35,4%. Para zika, o cenário epidemiológico também mostra que o estado está com a taxa de positividade por sorologia maior que o Brasil (24,3%), com 44,2%.

Números gerais

Até novembro, foram notificados 494.992 casos de dengue no Brasil, o que representa uma queda de 46,6% em comparação com o mesmo período de 2020, que registrou 927.060 casos. Já o número de óbitos pela doença apresenta uma redução de 62% dos óbitos confirmados. Em 2021 foram 212, enquanto 2020 registrou 564 óbitos.

Com relação aos casos e óbitos pela chikungunya o número de casos aumentou em 2021, diferente do número de óbitos que caiu 64%. Este ano, foram registrados 90.147 casos e 10 óbitos em todo o País. Todas as regiões apresentaram aumento nas notificações em comparação com o ano de 2020, sendo a Região Sudeste a com maior incidência. Os três estados que mais registraram casos da doença foram Pernambuco (29,7 mil), São Paulo (18,1 mil) e Paraíba (9 mil), respectivamente.

Entre as principais arboviroses de circulação urbana, dengue, Zika e chikungunya, Zika foi a única que não registrou óbitos em 2021. Ao todo, foram registrados 5.710 casos prováveis em todo o Brasil, uma queda de 17,6% em comparação com o mesmo período de 2020 no país. Porém, as únicas regiões que registraram aumento no número de casos de Zika, em relação ao ano anterior, foram as regiões Norte (28,3%) e Sul (36,6%).

Medidas adotadas pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde tem tratado as arboviroses com prioridade, ainda que enfrentando uma pandemia como a da Covid-19. A pasta tem dado apoio técnico, além da oferta de insumos para o combate ao vetor. Até novembro deste ano, foram adquiridos mais de 80 milhões de tabletes do larvicidas, dos quais, mais de 21 milhões já foram distribuídos aos estados e ao Distrito Federal. A expectativa é que em 2022 sejam adquiridos mais de 84 milhões de tabletes.

Além disso, mais de 277 milhões de litros do adulticida foram adquiridos e 165 milhões de litros distribuídos às unidades federadas. Outra medida adotada pelo Ministério da Saúde foi a aquisição de mais de 22 mil quilos do inseticida utilizado em pontos estratégicos. Desses, mais de 5 mil quilos foram distribuídos.

Ações para combate ao mosquito

Ações simples podem ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti e o segredo está nos cuidados com os diferentes ambientes, principalmente no quintal de casa. Toda comunidade precisa estar ciente que é papel de todos evitar a proliferação do Aedes aegypti. Entre as medidas que podem ser adotadas estão: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de planta; manter a caixa d’água sempre fechada e realizar limpezas periódicas; vedar poços e cisternas;descartar o lixo de forma adequada. Os gestores devem também reforçar a limpeza urbana, promover ações educativas nas escolas e estimular ações conjuntas entre diversos setores como saúde, educação, saneamento e meio ambiente, segurança pública, entre outros.


Ministério da Saúde

Fonte:Ministério da Saúde