Com o objetivo de criar redes locais de comunicação, o Ministério da Saúde realiza mobilização Pela Reconquista das Altas Coberturas Vacinais (PRCV). Será uma série de encontros, principalmente em cidades da Região Norte, com representantes de diferentes esferas e órgãos de governo, gestores, profissionais e conselhos de saúde, universidades, movimentos sociais e sociedade civil.
O PRCV dialoga diretamente com quem atua na ponta do sistema de saúde e nas instâncias de participação social. A adoção de ações estratégicas é necessária para fortalecer uma ampla rede de colaboração interinstitucional em torno da melhoria da cobertura vacinal no País.
Um dos coordenadores gerais da iniciativa, o assessor científico sênior de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Akira Homma, ressaltou a importância dos eventos. Para Homma, é fundamental fortalecer a colaboração entre instituições dos setores público e privado, nacionais e internacionais. “Só vamos reconquistar as metas de vacinação ideais conhecendo a realidade e as dificuldades na ponta, nas Unidades Básicas de Saúde, nas comunidades, trabalhando junto com os representantes e líderes locais. É agindo no território diretamente que podemos desenvolver estratégias mais eficazes”, defendeu.
A iniciativa é coordenada pelo Programa Nacional de Imunizações do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde, pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz e pela Sociedade Brasileira de Imunizações.
Para o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, é fundamental unir esforços. “As baixas nas coberturas vacinais têm reflexo na saúde pública. Apesar dos esforços do Ministério da Saúde em garantir que as vacinas cheguem em todo território nacional, não estamos conseguindo atingir bons índices de cobertura. Não podemos aceitar o retorno de doenças que podem ser evitadas pelas vacinas”, destacou.
Serão avaliadas as ações do projeto realizadas na primeira fase, ocorrida entre novembro de 2021 e junho de 2022, envolvendo coordenadores estaduais e municipais de imunizações, da atenção primária e profissionais das salas de vacinas. A segunda fase estará voltada para o monitoramento e aprimoramento dos planos.
Ministério da Saúde