PROADI-SUS
Projeto do Ministério da Saúde em parceria com hospital de excelência aprimora tratamento para endometriose no SUS
29/06/2023
A endometriose é uma doença silenciosa e dolorosa que, se não diagnosticada e tratada, pode causar sérias dificuldades na vida de uma mulher. Estima-se que 10% das mulheres em idade reprodutiva são afetadas pela doença, conforme aponta o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a Endometriose (PCDT).
Diante dessa realidade, o Ministério da Saúde – em parceria com a Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP) – vem desenvolvendo o Projeto Endometriose Brasil: Programa de aprimoramento profissional para diagnóstico e tratamento da doença.
Financiado com recursos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), o projeto conta com investimentos na ordem de R$ 10,7 milhões.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a maioria das mulheres com endometriose não recebe diagnóstico, visto que não existe um teste único para avaliação, e pode-se levar anos para descobrir a doença, o que implica em sérias consequências para a qualidade de vida da paciente, principalmente em relação ao comprometimento da fertilidade na idade reprodutiva.
Assim, com o projeto, o Ministério da Saúde visa qualificar profissionais de saúde do SUS para atuarem com o PCDT, em todos os níveis de atenção à saúde. É oferecido um tutorial desde a triagem, diagnóstico e oferta de cuidado especializado, com o objetivo de apoiar as estruturas de saúde locais no atendimento integral, descentralizado e resolutivo.
A iniciativa prevê a criação de equipes habilitadas em diversas áreas geográficas do país, de modo a favorecer a assistência qualificada e capacitada para atender as demandas existentes, bem como a difusão de conhecimento e técnicas cirúrgicas, de forma a multiplicar o conhecimento em suas regiões de abrangência.
Cerca de 300 profissionais já foram capacitados no projeto. Participam da ação os hospitais universitários da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), Universidade do Amazonas (HUGV-UFAM) e Universidade do Mato Grosso (HUJM-UFMT), além do Hospital Escola Assis Chateaubriand (CE) e Hospital da Mulher Maria Luisa Costa dos Santos (BA). A partir de agosto, o curso será disponibilizado totalmente em formato EAD.
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