Saúde e Vigilância Sanitária

Relatório aponta que número de adultos com hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil

17/05/2022
Relatório aponta que número de adultos com hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil

No Dia Mundial da Hipertensão Arterial, celebrado nesta terça-feira (17), o Ministério da Saúde publicou um relatório apontando que o número de adultos com diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. Os índices saíram de 22,6% em 2006 a 26,3% em 2021. O relatório mostra ainda um aumento na prevalência do indicador entre os homens, variando 5,9% para mais.

Os dados foram levantados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da pasta que levou em conta a evolução temporal dos indicadores das últimas 16 edições do principal inquérito de saúde do Brasil, o Vigitel, Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico.

Adicionalmente, foi observada uma queda nos registros em determinadas faixas etárias sendo a maior redução observada entre adultos de 45 a 64 anos, variando de 32,3% em 2006 a 30,9% em 2021 para aqueles entre 45 e 54 anos; e variando entre 49,7% em 2006 e 49,4% em 2021 para aqueles entre 55 e 64 anos.

Saiba mais

  • Com investimento de R$ 100 milhões, ação do Ministério da Saúde estimula atividade física em 5 mil municípios

  • QualiSUS Cardio: Ministério da Saúde lança programa que monitora a qualidade da assistência cardiovascular no SUS

  • Cada segundo importa: Ministério da Saúde lança Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio

  • Governo Federal anuncia R$ 20 milhões para prevenção e controle de doenças cardiovasculares

  • Dia de conscientização: mulheres entre 35 e 45 anos são mais vulneráveis a doenças cardiovasculares

  • INCA lança documento sobre hábitos de vida saudáveis e otimização de recursos públicos

  • Hipertensão Arterial Sistêmica: Saúde explica o que é, quais os riscos e como prevenir a doença e os agravos

De acordo com o diretor do DASNT, Giovanny França, o intuito da produção e divulgação oportuna do relatório é impulsionar a formulação de ações e estratégias para a qualificação do cuidado da hipertensão ao fornecer subsídios que permitem o conhecimento das necessidades de saúde da população.

“As informações de monitoramento exercem papel fundamental no processo de planejamento, implementação e avaliação das políticas públicas, bem como no cumprimento das metas propostas nos planos de ações de promoção, prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis, como um todo”, finalizou.

Acesse o Relatório Vigitel

Segundo os dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019, os Estados com maiores prevalências de diagnóstico médico de hipertensão arterial são: Rio de Janeiro (28,1%), Minas Gerais (27,7%) e Rio Grande do Sul (26,6%). Os Estados com menores prevalências de diagnóstico médico de hipertensão arterial são: Pará (15,3%), Roraima (15,7%) e Amazonas (16%).

O indicador se refere à população brasileira com mais de 18 anos que referiu ter diagnóstico médico de hipertensão arterial, exceto mulheres que tiveram diagnóstico durante a gravidez. Os dados da PNS, podem ser acessadas no painel de indicadores da Pesquisa Nacional de Saúde.

Mortalidade por doenças hipertensivas

De acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), de 2010 a 2020, foram registradas 551.262 mortes por doenças hipertensivas, sendo 292.339 em mulheres e 258.871 em homens. Entre os estados com maior taxa de mortalidade em 2020, estão: Piauí (45,7 óbitos / 100 mil habitantes), Rio de Janeiro (44,6 óbitos / 100 mil habitantes) e Alagoas (38,8 óbitos / 100 mil habitantes).

A Hipertensão arterial integra um grupo de doenças passíveis de serem evitadas por meio de hábitos modificáveis relacionados ao consumo de álcool, tabaco, alimentação inadequada e sedentarismo, considerados fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

A Hipertensão

Considerada o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), mais conhecida como “pressão alta”, quando não controlada, leva a complicações como insuficiência cardíaca, insuficiência renal e acidente vascular cerebral, contribuindo de forma expressiva para a perda de anos de vida saudável na população.

A hipertensão arterial, por fazer parte do grupo das Doenças Crônicas não Transmissíveis, está relacionada a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que propõe, até 2030, reduzir, em um terço, a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis por meio de prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar.

Ministério da Saúde

Fonte:Ministério da Saúde