Foto: Arquivo pessoal/Jéssica Pedroso/Saps/MS
A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), do Ministério da Saúde, participa do programa Food for Health: Transforming Policy and Outcomes, uma colaboração entre a Universidade de Cambridge e a Bloomberg Philanthropies. A cúpula de alto nível se reúne entre os dias 23 e 26 de abril na Inglaterra para dinâmicas centradas em como a formulação de políticas públicas pode impactar os resultados de saúde.
A Food for Health Summit foi especialmente projetada para que ministros e secretários de saúde de todo o mundo possam compartilhar as ações governamentais mais exitosas em busca da segurança alimentar e nutricional e de uma melhor saúde da população. O Ministério da Saúde está sendo representado em Cambridge pelo secretário adjunto e diretor de Programa da Saps, Felipe Proenço, e Jéssica Pedroso, consultora técnica da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição.
Segundo dados da Bloomberg Philanthropies, cerca de oito milhões de mortes evitáveis ocorrem a cada ano devido a alimentação não saudável, sendo a maioria em países de baixa e média renda. O objetivo do programa é reunir alguns dos principais especialistas e líderes em políticas alimentares do mundo para compartilhar estratégias promissoras para a melhoria da alimentação da população e prevenção de doenças, além de discutir experiências, lições aprendidas e desafios no avanço de iniciativas para promoção de uma alimentação adequada e saudável, o que servirá de apoio para a aprovação de políticas ainda mais eficazes.
Felipe Proenço apontou que o encontro tem sido uma oportunidade bem interessante de conhecer mais evidências internacionais sobre a repercussão de políticas na área de alimentação e destacou a oportunidade não só de levar a experiência do Brasil aos outros países como também aprender mais com as ações de outras nações. “Discutimos como é necessário ter iniciativas no âmbito da tributação, da rotulagem e da publicidade para garantir uma alimentação mais saudável, dinâmicas para tratar a problemática da desnutrição, da obesidade. O Brasil tem experiências importantes nessa área, principalmente nos âmbitos da publicidade e da rotulagem, mas podemos ver como são necessárias novas iniciativas que trazem um impacto muito grande para o sistema de saúde”, ressalta. “No momento em que você previne doenças, no momento que você promove uma alimentação de acordo com as políticas propostas, você acaba tendo benefícios em geral para a população e uma repercussão importante para o sistema de saúde. Por isso foi tão importante compartilhar mais o que o Brasil vem fazendo e agregar as melhores evidências científicas para aprofundar o desenvolvimento de políticas de alimentação para o Brasil.”
O encontro na Inglaterra está sendo presencial para que as autoridades presentes possam criar laços, redes e aliados na luta global por uma alimentação mais saudável, possam construir uma comunidade de prática sustentada por pesquisa, liderança de pensamento e experiência compartilhada, além de contribuir no engajamento por políticas pró-alimentação saudável.
A Cúpula, que conta com o apoio de um grupo de analistas de políticas e especialistas em saúde pública provenientes da Universidade de Cambridge, além de outros centros globais de excelência, focou, entre os assuntos principais, na tributação de bebidas açucaradas e alimentos não saudáveis, como os ultraprocessados; nas etiquetas de advertência na frente da embalagem para alimentos e bebidas não saudáveis; e nas restrições da publicidade de alimentos e bebidas não saudáveis, particularmente vistas por crianças.
Luciano Marques/Saps/MS