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Saúde autoriza uso da totalidade das vacinas distribuídas aos estados para primeira dose

21/03/2021

Com a garantia da estabilidade na entrega semanal de doses produzidas no Brasil, o Ministério da Saúde autorizou o uso da totalidade das vacinas distribuídas para aplicação da primeira dose, permitindo assim ampliar ainda mais a vacinação dos brasileiros, em andamento desde 18 de janeiro. A decisão consta no Sétimo Informe Técnico, distribuído neste sábado (20) aos estados. Assim, não será mais necessário fazer a reserva da segunda dose do imunizante do Butantan, como a pasta vinha orientando até então.

O Ministério da Saúde recomenda que os estados também apliquem essa estratégia para as doses entregues na 8ª pauta de distribuição, realizada nesta semana, com a distribuição de 4,5 milhões de doses do Instituto Butantan.

A pasta recebeu, na última semana, a primeira remessa de 1,08 milhão de vacinas da AstraZeneca/Oxford. A distribuição ocorre desde ontem e se estende ao longo deste domingo (21/03). O país poderá contar com novos lotes de entregas do imunizante produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) semanalmente, com matéria-prima (IFA) importada da China, totalizando 100,4 milhões de doses até julho.

Essa medida beneficia de forma proporcional e igualitária a todos os estados e ao Distrito Federal. O lote se junta à remessa de 3,9 milhões de doses das vacinas produzidas pelo Instituto Butantan com IFA importado da China. O documento orienta que estados e municípios apliquem todas as doses recebidas, respeitando o limite de quatro semanas para aplicação da segunda dose da vacina do Butantan. Até o momento, essa recomendação era destinada apenas para as doses da AstraZeneca, cujo intervalo de aplicações é de até três meses, o que dava fôlego para recebimento de novos lotes.

GRUPOS PRIORITÁRIOS

De acordo com o Sétimo Informe Técnico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), divulgado pela pasta, a nova remessa de vacinas da Fiocruz produzidas no país vai atender 100% das comunidades tradicionais ribeirinhas e 63% das comunidades quilombolas em todo o país. A estratégia considerou o intervalo maior entre as duas doses do imunizante – até 12 semanas – facilitando a vacinação em locais de difícil acesso.

No total, a 9ª pauta de distribuição, de mais de 5 milhões de doses, irá contemplar 95% dos profissionais de saúde e 100% dos idosos entre 75 e 79 anos. A expectativa é vacinar 78% dos idosos entre 70 e 74 anos com este novo lote.

Até agora, o Ministério da Saúde já destinou doses suficientes para imunização de 27% de todos os grupos prioritários estipulados pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. As últimas distribuições contemplaram 100% dos idosos institucionalizados acima de 60 anos, pessoas com deficiência institucionalizadas com mais de 18 anos, povos indígenas vivendo em terras indígenas ou atendidos pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (acima de 18 anos) e idosos entre 80 e 90 anos ou mais.

SOMOS UMA SÓ NAÇÃO

O Ministério da Saúde já coordenou nove pautas de distribuição de vacinas desde o dia 18 de janeiro, início da campanha de vacinação contra a Covid-19. Até o momento, foram enviadas a todas as Unidades Federativas (UF) mais de 29 milhões de doses de imunizantes – com alcance de 20,6 milhões de pessoas. A vacinação no País pode ser acompanhada pelo LocalizaSUS, plataforma do Ministério da Saúde abastecida pelos estados, Distrito Federal e municípios.

Entre o fim de janeiro e fevereiro, a pasta distribuiu 5.012.140 de doses da vacina do Butantan e outros 2 milhões de doses importadas da AstraZeneca/Oxford. Do fim de fevereiro até a metade de março, outros lotes com mais de 9,6 milhões de doses do Butantan foram enviados às Unidades Federativas (UF) de forma proporcional e igualitária.

Para o mês de março, o cronograma enviado à pasta pelos laboratórios, sujeito a alterações de acordo com a produção das vacinas, prevê a entrega de um total de 30 milhões de doses: 23,3 milhões do Instituto Butantan, enviados em remessas semanais e distribuídas na mesma periodicidade; 3,8 milhões da vacina da AstraZeneca/Oxford, produzida na Fiocruz; e mais 2,9 milhões de doses do mesmo imunizante adquiridos via consórcio Covax Facility.

Com as assinaturas dos contratos finalizadas, o Ministério da Saúde pretende garantir mais 100 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech e 38 milhões de doses da Jonhson & Jonhson (produzida pela Janssen) para reforçar a vacinação da população brasileira contra a covid-19. As doses das vacinas da Pfizer/BioNTech estão previstas para serem entregues no segundo e terceiro trimestres deste ano, e as da Johnson & Johnson a partir do segundo semestre de 2021.

Cabe ressaltar que a Sputnik V e a Covaxin também estão no cronograma da pasta, conforme os contratos celebrados com a União Química e Precisa Medicamentos, e já têm entregas previstas para março a junho, dependendo apenas da submissão à Anvisa e sua aprovação.

Ministério da Saúde
(61) 3313-2180

 

Fonte:Ministério da Saúde