Foto: Câmara dos Deputados/Divulgação
Para marcar os cinco anos do assassinato de Marielle Franco, que aconteceu em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro, a Câmara dos Deputados inaugurou a exposição ‘Marielle Franco – nesse lugar’ em memória da vereadora. A mostra foi aberta nesta terça-feira (14), em Brasília, e o Ministério da Saúde marcou presença.
Símbolo da luta por direitos para a população periférica, Marielle é retratada por meio de elementos de seu acervo biográfico, como fotografias e vídeos com trechos de discursos que ajudam a narrar diferentes momentos da sua atuação política. A exposição, que vai até 24 de março, apresenta cenas que vão desde a campanha eleitoral da socióloga e ativista, em 2016, até a última atividade da qual ela participou como parlamentar, em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.
A curadoria da mostra foi feita por Fernanda Chaves, sobrevivente do crime político que matou Marielle e Anderson, e Priscilla Brito, ex-integrante do mandato da vereadora e assessora técnica da Coordenação da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
“Quem mandou matar Marielle? Temos esperança que depois de cinco anos essas palavras deixem de ser somente gritos de resistência e se tornem afirmações, que nos coloquem mais perto da resposta, mais próximas da solução desse caso. E que a gente possa, com essa trajetória linda como a da Mari, inspirar outras mulheres, outros projetos e mandatos”, disse Priscilla Brito na abertura da mostra.
As imagens estão em um túnel no Espaço do Servidor, próximo à entrada do Anexo II, onde foi colocada uma linha do tempo que ilustra as ações de Marielle. No final da exposição, o visitante pode adentrar uma área escura, onde terá uma experiência singular sobre como foi o último dia de vida da vereadora. Na sequência, um painel fala do futuro e do legado político que ela deixou.
Legado
Também será lançada uma versão online e interativa de "Marielle Franco – Nesse lugar" com todo o material exibido na exposição em formato digital: fotos, trechos de discurso, vídeos e áudios.
A mostra se soma a outras iniciativas de organizações brasileiras e estrangeiras, como a Anistia Internacional e o Instituto Marielle Franco. O objetivo é manter viva a memória política da vereadora, uma das principais vozes da população periférica carioca.
Além da exposição, será lançado um livro no segundo semestre de 2023. Todo o acervo levantado pela pesquisa também ficará disponível no centro de memória da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, sediada em São Paulo, e responsável pela iniciativa.
Raiane Azevedo/Saps/MS