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Saúde promove seminário sobre doenças crônicas não transmissíveis nos dias 18 e 19 de maio

11/05/2022

Diabetes, obesidade e hipertensão fazem parte das chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as maiores causadoras de mortes no Brasil e no mundo. Para debater o tema, o Ministério da Saúde promove o I Seminário Nacional de Atenção às DCNT nas próximas quarta e quinta-feira (18 e 19 de maio). O evento é gratuito e on-line.

Aproximadamente 80% dos fatores de risco para o desenvolvimento desses agravos são preveníveis. Ainda assim, eles são considerados epidêmicos. “Mudanças no estilo de vida são suficientes para evitar a maior parte dos casos, mas diversos fatores estão envolvidos nesse processo, tornando a prevenção desafiadora”, lembra a coordenadora de Prevenção de Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, Patrícia Izetti. “Acesso à informação e aos serviços de saúde, tempo para se exercitar, condições para adquirir alimentos de qualidade, autonomia no cuidado e adesão ao tratamento proposto são alguns deles”, destaca.

Dessa forma, a proposta do encontro virtual é debater soluções para esses desafios, que incluem a qualificação das equipes de saúde e das gestões locais em ações de prevenção, diagnóstico precoce, tratamento de controle da morbimortalidade das DCNT, promoção da saúde e qualidade de vida para a população. Serão abordadas estratégias de organização do processo de trabalho, para contribuir com a resolutividade da assistência, e experiências exitosas de alguns municípios com ações longitudinais e integrais de cuidado no tema.

O seminário é aberto para qualquer interessado, com foco nos gestores e profissionais de saúde da Atenção Primária dos três entes federativos; pesquisadores, estudantes de graduação da área da saúde, residentes médicos e multiprofissionais atuantes no Sistema Único de Saúde (SUS); e sociedades brasileiras relacionadas à temática das DCNT, instituições afins e membros da sociedade civil organizada. Confira mais informações e assista aqui.

Sobre as DCNT

As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por aproximadamente 70% dos óbitos a nível mundial - sendo que em torno de 16 milhões de pessoas são vítimas de morte prematura, entre 30 e 69 anos, a cada ano - contribuindo significativamente para o desenvolvimento de incapacidades e na perda de qualidade de vida da população. No Brasil, essas doenças correspondem a 72% das causas de morte. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 52% da população com 18 anos ou mais afirma ter recebido o diagnóstico de ao menos uma doença crônica no ano de 2019.

A complexidade desse cenário requer atenção integral e longitudinal nos diversos pontos da rede de serviços, a necessidade de cuidado coordenado e articulado nos diferentes níveis de atenção, que tem importante centralidade na APS. Cabe lembrar que o manejo adequado conduzido pela APS pode evitar hospitalizações e maiores complicações relacionadas às DCNT. Nesse sentido, é necessário ofertar espaços de articulação e discussão para debater a qualificação do cuidado das DCNT no Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na APS.

Laísa Queiroz/MS


Fonte:Secretaria de Atenção Primária à Saúde