Telessaúde: as novas tecnologias de comunicação na formação de profissionais de saúde são discutidas por especialistas

A tecnologia pode ser uma aliada importante na rotina dos profissionais de saúde. A inovação traz diversos benefícios que aperfeiçoam o trabalho, simplificando-o e tornando-o mais eficiente. Esses foram temas da mesa discussão promovida pelo Ministério da Saúde nessa quinta-feira (2), em Brasília (DF). A série de debates reuniu vários especialistas após a regulamentação da telessaúde no Brasil, que estabelece critérios, normas e parâmetros para os atendimentos por meio da tecnologia da informação.

“Este projeto acontece em um momento muito importante para os profissionais que estão na linha de frente e principalmente para a nossa população” afirmou Carlos Roberto Carvalho, representante do Hospital das Clinicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP).

Ele ressaltou que os alunos que estão entrando na residência no HC já podem realizar o curso de telemedicina ofertado gratuitamente em dois módulos. Uma das prioridades é garantir que os atendimentos à distância tenham o mesmo padrão e cumpram os mesmos requisitos e preceitos éticos dos presenciais, garantindo a qualidade para o paciente.

Outro destaque importante é o Programa Saúde com Agente do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O programa é um dos maiores em formação técnica na área da saúde no formato hibrido (metodologia na qual estudantes vivenciam o processo de aprendizagem por meio das modalidades presencial e a distância, de forma integrada) do país.

O objetivo do programa é capacitar e formar até 200 mil Técnicos em Agente Comunitário de Saúde (ACS) e Técnico em Vigilância em Saúde com Ênfase no Combate às Endemias (ACE). Os alunos têm acesso a um aplicativo pedagógico desenvolvido apenas para utilizar durante o curso.

“A intenção é utilizar o telessaúde e a interoperabilidade de vários sistemas para conectar dados de diferentes fontes e ter uma visão ampla de como está a saúde nas comunidades, pois nota-se uma adesão de 98% dos municípios brasileiros ao programa”, afirmou o secretário da SGTES, Hélio Angotti.

O secretário ainda destacou que esses profissionais com a ajuda tecnologia irão trazer informações e experiências importantes para o SUS.

Telessaúde em debate

Após o evento que marcou a assinatura da portaria que regulamenta a telessaúde no Brasil, o Ministério da Saúde deu espaço para debates e discussões sobre essa tema. Vários especialistas, médicos, gestores, parlamentares, representantes de entidades e de universidades abordam os desafios e perspectivas da saúde digital dentro de várias áreas. Os debates ocorrem ao longo dessa quinta (2) e sexta-feira (3) com transmissão ao vivo. O conteúdo completo e na íntegra, além da programação, pode ser acessado na página especial: gov.br/telessaude.

Daniele Rodrigues
Ministério da Saúde