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Trabalho de mulheres no SUS durante pandemia de covid-19 é destaque no filme "Quando falta o ar"

08/03/2023

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Foto: Luciano Marques/MS

Nos últimos anos, os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentaram um desafio sem precedentes: o cuidado da população durante uma pandemia inicialmente desconhecida, altamente contagiosa e sem vacina disponível. Para retratar o trabalho e o legado dessas pessoas no enfrentamento à covid-19, entra em cartaz nesta semana o documentário Quando falta o ar. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, e outros representantes da pasta marcaram presença durante a pré-estreia, nessa noite (7), em Brasília (DF).
 
“A gente fica muito feliz com a presença do Ministério, porque são essas pessoas que, agora, têm a missão de reconstruir o SUS. E acho que esse filme pode ajudar um pouco na memória de tudo o que aconteceu e a ressaltar a importância do SUS para o Brasil”, pontuou Helena Petta, uma das diretoras, que também é médica infectologista.
 
A produção acompanhou, com mais atenção, o dia a dia de mulheres que trabalham no SUS - que são maioria, especialmente na enfermagem - e os desafios que elas enfrentaram no período tão crítico do início da pandemia, quando não havia vacinas disponíveis. O documentário aborda temas como a desigualdade socioeconômica e regional, o racismo, o descaso político com o vírus na época, as organizações comunitárias e a relação com a espiritualidade. “Estar aqui no dia 7 de março, no dia anterior ao Dia Internacional da Mulher, com essas mulheres, trazendo um filme dirigido por mulheres e para mulheres é um sonho”, disse a co-diretora Ana Petta (que é irmã de Helena).
 
O tamanho do SUS 
Além do cenário desesperador dos hospitais em 2020 e início de 2021 - a exemplo de situações de falta de oxigênio, presente no título do documentário - foram abordados os papéis cruciais dos demais níveis de atenção da Rede para vencer o vírus, com destaque para a Atenção Primária à Saúde. Entre eles, agentes comunitários de saúde, que iam até a casa das pessoas para conversar e informar sobre prevenção; profissionais das equipes de Saúde da Família Ribeirinhas, que levavam cuidado a locais de difícil acesso; profissionais das equipes de Atenção Primária Prisional, que auxiliavam pessoas privadas de liberdade; e enfermeiros, técnicos e auxiliares das Unidades Básicas de Saúde (UBS), responsáveis pelos primeiros atendimentos de casos leves,  testagem e monitoramento.
 
Para o secretário adjunto de Atenção Primária do Ministério da Saúde (Saps/MS), Felipe Proenço, o filme foi certeiro ao mostrar os desafios no cuidado de populações vulneráveis (que nem sempre tinham condições de cumprir com todas as medidas sanitárias) e ao valorizar profissionais do SUS que trabalharam sob condições adversas, inclusive do ponto de vista das orientações científicas. "É por isso que a Saps apoiou esse lançamento aqui em Brasília, justamente para que mais trabalhadoras e trabalhadores do SUS possam se ver representados em um documentário sensacional como esse”, ressaltou.
 
A pré-estreia ainda contou com a presença da primeira-dama, Janja Lula, de dirigentes de outros ministérios e de parlamentares, além das trabalhadoras que compartilharam suas histórias no filme - elas são oriundas de diversos estados (Bahia, São Paulo, Amazonas, Pará e Pernambuco)
 
Quando falta o ar teve produção da Paranoid e da Clementina Filmes, e estreia nos cinemas brasileiros no dia 9 de março, próxima quinta-feira.
 
Laísa Queiroz/MS


Fonte:Secretaria de Atenção Primária à Saúde