Foto: Paula Bittar
Gestores e profissionais da saúde compartilharam experiências nos espaços da atenção primária à saúde (APS), do Ministério da Saúde, durante o primeiro dia do Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems). Em sua trigésima sétima edição, realizada em Goiânia (GO), o evento, que é um dos maiores de saúde pública da América Latina, conta com mais de 10 mil participantes, sendo cerca de 1.700 secretários municipais de Saúde.
Para debater as principais estratégias de fortalecimento da atenção primária, porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) esteve presente em diferentes espaços, atuando na apresentação de programas e entregas, como também na interação direta com os congressistas.
A atividade que reuniu apresentações dos projetos estratégicos e planos executivos de ampliação e qualificação da APS do futuro contemplou relatos de gestores de Boa Vista, de Belém, de Recife e do Rio Grande do Norte, além de ouvintes de todo o Brasil. Na ocasião, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, reforçou que este é um importante momento para apresentar as entregas que a saúde pública alcançou nos primeiros meses de governo, uma vez que a paixão pelo SUS tem mobilizado a população, cada vez mais, desde a pandemia. “O que vocês estão vendo aqui é resultado da decisão política dos gestores locais, que usaram a sua influência no território para fazer a diferença, identificando as oportunidades de estratégias oferecidas pela Saps”, explicou Nésio na abertura da primeira palestra do evento, realizada no auditório do Ministério da Saúde (MS).
O espaço também contou com outras palestras da APS, que evidenciaram a importância da cooperação do MS com os municípios por meio da Saps, o envolvimento e o apoio das equipes nas diversas localidades, bem como o debate sobre os desafios para a recuperação das coberturas vacinais. Para Ricardo Gadelha, coordenador de Apoio à Imunização e Monitoramento das Coberturas Vacinais na Atenção Primária (CIMVAC/MS), a APS e sua articulação com os gestores municipais são fundamentais para superar esse desafio. “É necessário que nossos gestores conheçam seus territórios e trabalhem de forma coordenada com os diversos atores ali presentes, como assistência social, educação, esporte, entre outros”, disse Ricardo Gadelha.
O primeiro dia contou, ainda, com a palestra Desafios e potencialidades para fortalecer a alimentação e nutrição na APS, com a nutricionista, sanitarista e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Ana Laura Brandão. "A gente precisa compreender que duas questões estão relacionadas: para ter uma atenção primária forte é importante ter ações alimentares e de nutrição fortalecidas e vice-versa. Para isso, é importante a gente pensar e fomentar o trabalho interprofissional, multiprofissional no território, que faça uso de planejamento local, regular, com espaço para a participação da população”, destacou.
Agnez Pietsch e Carolina Sampaio
Ministério da Saúde