Sobre este Remédio

Beriglobina, para o que é indicado e para o que serve?

Reposição* em: Síndromes de deficiência de anticorpos primária e secundária resultantes da síntese de anticorpos defeituosos; Hipogamaglobulinemia transitória prolongada, especialmente em crianças prematuras. Profilaxia de: Hepatite A Antes da exposição; Dentro de 2 semanas após exposição. Sarampo ou atenuação de sarampo Em indivíduos expostos não mais do que 1 semana previamente, se imunoglobulina específica para sempre não estiver disponível; Terapia mucosite radiogênica. *Imunoglobulina humana para aplicação intravenosa também está disponível para terapia de reposição em casos de imunodeficiência. Como o Beriglobina funciona? Beriglobina é utilizada para a profilaxia e tratamento em casos de deficiência de anticorpos.

Quais as contraindicações do Beriglobina?

Beriglobina não deve ser utilizada em pacientes com trombocitopenia grave ou outros distúrbios de coagulação nos quais a administração istramuscular é contra-indicada e hipersensibilidade a medicamentos contendo imunoglobulinas homólogas particularmente em pacientes com deficiência de IgA e presença concomitante de anticorpos IgA. Hipersensibilidade a qualquer outro componente da fórmula.

Como usar o Beriglobina?

Após abertura da ampola, o conteúdo deve ser usado imediatamente. Beriglobina é uma solução injetável pronta pra uso e deve ser administrada exclusivamente pela via intramuscular. Doses totais comparativamente elevadas são melhor dividas em doses individuais menores. Isto aplica-se no caso de doses acima de 2 mL em crianças de 20 kg de corporal, e não acima de 5 mL para indivíduos com maior peso corporal. Não injetar por via intravenosa. Não utilizar, se a solução estiver turva ou apresentardepósito. Após a abertura da ampola, o produto deve ser utilizado imediatamente. Não agitar. Beriglobina deve ser administrado somente por via intramuscular. Posologia do Beriglobina A dose a ser utilizada deverá ser orientada pelo seu médico. Não utilize o medicamento se a solução estiver turva ou apresentar depósitos. Síndromes de deficiência de anticorpo Beriglobina pode evitar infecções graves em pacientes com deficiências de imunoglobulinas, se o nível plasmático mínimo de 2 g/L de IgG circulante for mantido. A dosagem usual consiste em uma dose de 0,66 mL/kg de peso corporal administrada a cada 3 a 4 semanas, com o dobro da dose administrada no início da terapia. Esta dosagem deverá ser ajustada para manter o nível aproximado de 2 g/L de igG circulante. Hipogamaglobulinemia transitória prolongada, especialmente em crianças prematuras 5mL em intervalo de 4 semanas até que os valores de IgG atinjam níveis normais para a idade em questão. Proflaxia de hgepatite A Em casos de exposição às áreas endêmicas com duração menor que 3 meses, recomenda-se uma dose de 0,02 mL/kg de peso corporal; em casos de exposição por um período mais longo, recomenda-se 0,06 mL/kg de peso corporal e devendo a administração ser repetiuda após 4 e 6 meses. As seguintes dosagens provaram ser apropiradas: Individuos té 20kg de peso corporal Dose total de 2mL Indivíduos acima de 20kg de peso corporal Dose total de 5mL Indivíduos em contato com pacientes com hepatite A (contatos domésticos, institucionais) 0,02 mL/mk de peso coporal Profilaxia de sarampo 0,25mL/kg de peso corporal, se o tempo de exposição não foi superior a uma semana. Crianças imunocomprometidas expostas ao sarampo 0,5mL/kg de peso corporal. Terapia de mucosite radiogênica No primeiro dia da terapia, administrar 10 mL; no terceiro e quinto dia, administrar 5mL, respectivamente. O tratamento poderá ser repetido sempre que necessário. Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horarios, as doses e a duração do tratamento. O tratamento só pode ser interrompido a critério médico. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

Quais cuidados devo ter ao usar o Beriglobina?

Após a administração, o paciente deve ser observado por pelo menos 20 minutos. Não administrar por via intravenosa. Observar que há risco aumentado de injeção intravascular acidental em pacientes que receberam injeções instramusculares repetidamente. Uma administração instravascular pode levar o paciente a desenvolver sintomas semelhantes ao choque, especialmente no caso de uma síndrome de deficiência de anticorpo. Portanto, é recomendado assegurar por aspiração que nenhum vaso tenha sido penetrado. O uso deste produto é recomendado sob prescrição médica. O tratamento deve ser individual e não adaptável a outra pessoa.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Beriglobina?

Em casos raros, náusea, vômito, mal-estar, cefaléia e dificuldade respiratória, assim como reações cardiovasculares e reações alergóides/anafilactóides. Dor ou inchaço poderão ocorrer no local da aplicação. Ocasionalmente, poderá ocorrer elevação da tempratura corporal, reações cutâneas e calafrios. Em casos raros foram observadoas náusea, vômito, mal-estar, cefaléia e dificuldade respiratória, assim como reações cardiovasculares e reações alergóides/anafilactóides. Em casos isolados, os sintomas estendendo-se até a insuficiência cardiovascular (choque) poderão ocorrer, especialmente no caso de aplicação intravascular acidental. Qualquer suspeita de reações alergódes ou anafilactóides requer descontinuação imediata de aplicações. Especialmente em casos de aplicação intravenosa acidental, o paciente deverá ser monitorado por um período mais longo de tempo (cerca de 1 hora). Medidas imediatas dependem do grau de severidade: Anti-histamínicos; se necessário, adrenalina, doses elevadas de corciosteróides, reposição de volume, oxigênio. Quando medicamentos preparados a partir do plasmas ou sangue humanos são administrados, doenças infecciosas devidas à transmissão de agentes infecciosos não podem ser totalmente excluídas. Isto aplica-se também aos patógenos de natureza desconhecida. Para reduzir o risco de transmissão de agentes infecciosos, controles rigorosos são aplicados à seleção de doadores de sangue e às doenças. Além disso, procedimentos para remoção e/ou inativação de vírus são incluidos no processo de produção de Beriglobina. Quando forem realizados teste sorológicos após a administração de imunoglobulina, deverá ser lembrado que concentrados de imunogobulina suprem o paciente com uma ampla gama de anticorpos, os quais podem levar a resultados falso-positivos durante algum tempo. Quando tais ensaios sobre anticorpos são realizados, a quantidade de imunoglobulina adminsitrada, o intervalo de tempo entre a administração de imunoglobulina e o teste, e a sensibilidade do método do teste deverão ser levados em consideração. Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.

População Especial do Beriglobina

Gravidez e lactação A segurança de Beriglobina para uso na gestação de seres humanos não foi estabelecida em estudos clínicos controlados. Portanto, aconselha-se cautela quando Beriglobina for administrado a mulheres grávidas ou lactantes. A experiência clínica prolongada com imunoglobulinas, em particular a aplicação de imunglobulina Anti-D, demonstrou que não são esperados efeitos prejudiciais durante a gravidez, ao feto e ao recém-nascido. Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao seu médico se está amamentando. Uso em idosos Não foram incluídos suficientes números de pacientes com 65 anos de idade ou mais no estudos clínicos com o produto para determinar se eles respondem de maneira diferente aos pacientes jovens. A dosagem e a administração devem ser ajustadas em caso de tratamento repetido ou crônico com doses altas e repetidas em pacientes idosos com função renal reduzida (ex: em tratamento da síndrome de deficiência primária de anticorpos). Devem-se observar as precauções usuais e seguir estritamente as recomenações médicas.

Qual a composição do Beriglobina?

Cada 1 mL contém Imunoglobina humana 160 mg (Da qual) IgG Pelo menos 95% Anticorpos para vírus da hepatite Pelo menos 100 U.I HCI ou NaOH (em pequenas quantidades para ajustamente de pH) Excipientes: ácido aminoacético (glicina), cloreto de sódio e água para injetáveis. Apresentação do Beriglobina Solução injetável de 320 mg Embalagem com 1 ampola de 2mL. Uso instramuscular. Uso pediátrico e adulto.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Beriglobina maior do que a recomendada?

Até o momento não são conhecidos sintomas de superdosagem.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Beriglobina com outros remédios?

Algumas vacinas não devem ser administradas antes de, pelo menos, 3 meses após a administração de Beriglobina. Beriglobina não deve ser misturado a outros medicamentos. Após a administração de imunoglobulina, um intervalo de, pelo menos, 3 meses deverá ser observado antes de vacinação com vacinas de vírus vivos por via parental (por exemplo, parotidite, sarampo, rubéola e as vacinas combinadas relevantes, assim como a vacina para varicela). Não são necessários intervalos entre a administração de imunoglobulinas e vacinas orais (por exemplo, contra poliomielite, febre tifóide), vacinas contendo patógenos inativados (por exemplo, contra os vírus da gripe, tuberculose, raiva, coqueluche, vacinas HIB) ou vacinas toxóides (por exemplo, difteria, tétano e as vacinas combinadas relevantes). Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento. Não tome remedio sem o conhecimento do seu médico, pode ser perigoso para sua saúde.

Qual a ação da substância do Beriglobina (Imunoglobulina G)?

Resultado de Eficácia Imunodeficiências primárias (PID) Foram realizados dois estudos prospectivos, abertos e multicêntricos para investigar a eficácia, segurança e propriedades farmacocinéticas de Imunoglobulina G 5% em pacientes com PID: No Estudo 9411, Imunoglobulina G 5% foi administrado em 17 pacientes com PID por infusão intravenosa de cerca de 400 mg/kg de peso corporal (8 mL/kg) no intervalo de 3 a 4 semanas ao longo de um período de 6 meses. Critérios para avaliação da eficácia incluíram a taxa de infecção, uso de antibióticos e número de dias com febre acima de 38,0 °C. A taxa de infecção anual de 4,0 ± 3,6 infecções por paciente por ano sob tratamento com Imunoglobulina G 5% foi levemente superior à taxa calculada para os 6 meses anteriores ao estudo (2,5 ± 3,2 infecções por ano). Em uma coleta de dados retrospectiva para o período correspondente a um ano antes do estudo (inverno de 1999/2000), demonstrou-se que a taxa de infecção anual no inverno de 1999/2000 foi ligeiramente superior (4,5 ± 5,3 infecções por ano) do que a taxa quando sob tratamento com Imunoglobulina G 5%. O intervalo de confiança de 95% para a diferença entre os dois períodos de inverno variou entre -2,7 e 3,6 infecções por ano (p = 0,7572). No Estudo 9572 um total de 51 pacientes com PID estavam sob terapia infusional com Imunoglobulina G 5% 0,4-0,8 g/kg de peso corporal durante 12 meses em intervalos de dose de 4 semanas (n = 48) ou 3 semanas (n = 3). Critérios para avaliação da eficácia incluíram a taxa de infecção, ou seja, número de infecções bacterianas graves agudas (IBGA), uso de antibióticos, número de dias com febre acima de 38,0 °C, número de dias hospitalizado, dias de falta na escola / trabalho e ocorrência de novas infecções agudas relevantes (IAR). Apenas uma IBGA foi registrada para aqueles em terapia com Imunoglobulina G 5%. Em um período de observação total de 18.313 dias e 50,17 pacientes-ano no estudo, a taxa de infecção anual foi calculada em 0,02 IBGA / paciente / ano (IC 99%: [0,00; 0,11]). O número total médio de IBGA foi de 0,02 ± 0,14 (mediana: 0,00, intervalo: 0,00-1,00). Um total de 128/630 eventos (20,3%) foram classificados como infecções agudas relevantes (IAR) em 40/51 pacientes (78,4%; 101 respiratórias, 27 outras), mais frequentemente especificadas como bronquite, sinusite, infecção do trato respiratório, rinite e faringite. A taxa anual de IARs primárias respiratórias por paciente foi de 2,0 e a taxa anual por paciente para dias com IARs respiratórias apresentou boa correspondência com os dias em uso de antibióticos, excluindo profiláticos (40,38 vs 32,65). Tratamento de imunodeficiências secundárias As quatro doenças seguintes causam imunodeficiência secundária típica: (i) Em 50% dos pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC), as infecções são a causa mais comum de morte. Embora os distúrbios da imunidade celular (linfócitos T, células NK, leucopenia) sejam comuns, a hipogamaglobulinemia profunda foi a causa da alta taxa de infecção em um estudo clínico controlado por placebo (duplo-cego) em pacientes com LLC e hipogamaglobulinemia. Neste estudo, a eficácia de IVIg versus placebo sobre a taxa de infecção foi investigada3 e evidências foram obtidas mostrando que infecções bacterianas em pacientes com LLC podem ser prevenidas com terapia com IVIg, sem efeito sobre a incidência de complicações virais e fúngicas. Há um consenso geral de que os pacientes com LLC e um nível de IgG inferior a 6 g/L e infecções recorrentes (sobretudo com a falta de anticorpos específicos contra pneumococos) devem ser tratados com IVIg. (ii) Mieloma múltiplo. Os pacientes com mieloma múltiplo sofrem mais frequentemente de infecções bacterianas recorrentes, e há evidência de que eles se beneficiem da administração regular de imunoglobulina (0,5 g/kg de peso corporal a cada 4 semanas)4. (iii) Vírus da imunodeficiência humana. Pacientes com infecções por HIV sofrem de distúrbios da imunidade celular (linfócitos T). Deficiência na imunidade humoral também é comum em pacientes pediátricos e isso se correlaciona com infecções recorrentes causadas por Streptococcus pneumoniae. De acordo com os resultados de vários estudos clínicos bem controlados5, o tratamento combinado com antirretrovirais e IVIg é eficaz. As crianças com contagem de CD4 (+) acima de 200/μL se beneficiam significativamente da terapia com IVIg com uma diminuição menos rápida de células-auxiliares. Contudo, os respectivos estudos foram realizados antes da introdução da terapia antirretroviral altamente ativa (do inglês HAART). Ao contrário das crianças infectadas pelo HIV, IVIg em pacientes adultos infectados pelo HIV é ineficaz6. (iv) Transplante alogênico de medula óssea. IVIg provou ser eficaz como parte do regime de condicionamento e após o transplante. Para o tratamento de infecções e profilaxia do enxerto versus doença hospedeira a dosagem deve ser adaptada individualmente. Em caso de diminuição persistente dos níveis de anticorpos, substituições devem ser continuadas até que os níveis de anticorpos retornem ao normal. Tratamento de doenças autoimunes As imunoglobulinas intravenosas podem reduzir a resposta imune humoral pela sua ação direta sobre a ativação e a diferenciação de células-B. Outros mecanismos efetores discutidos são o bloqueio anti-idiotípico de auto anticorpos, a inibição de receptores Fcγ e a citotoxicidade celular mediada por anticorpos. A inibição de receptores Fcγ tem uma profunda influência sobre as células efetoras do sistema imune, por exemplo em células NK, monócitos, macrófagos e outros elementos do sistema fagocitário mononuclear (SFM). De um modo semelhante, a inibição dos receptores de complemento e a neutralização de produtos de degradação do complemento ativados têm um efeito anti-inflamatório. IVIg tem uma influência direta sobre a população de células T e pode neutralizar superantígenos e, assim, evitar os processos de ativação relevantes. A ligação plasmática de citocinas pró-inflamatórias, tais como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), a interleucina-1 (IL-1) e a interleucina-6 (IL-6) pode impedir os processos de ativação da inflamação. Os resultados das investigações sobre IVIg influenciaram a imunologia clínica e a imunofarmacologia e vêm ampliando a variedade de doenças autoimunes como indicações para o uso clínico destes medicamentos hematogênicos. Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) No Estudo 9427 Imunoglobulina G 5% foi administrado por via intravenosa em 24 pacientes com PTI 1g/kg de peso corporal por dia durante 2 dias ou 0,4 g/kg de peso corporal por dia, durante 5 dias consecutivos (dose total de 2 g/kg de peso corporal por curso de tratamento). O parâmetro de eficácia primária foi a resposta de plaquetas. Pacientes foram considerados respondedores se a contagem de plaquetas aumentasse acima de 50/nL durante o estudo. 22/24 pacientes responderam ao tratamento Imunoglobulina G 5%, ou seja, a taxa de resposta global foi de 91,7%; 14/15 (93,3%) no grupo de 2 dias versus 8/9 (88,9%) dos pacientes no grupo de 5 dias, mostrando assim uma resposta significativa para Imunoglobulina G 5% em ambos os regimes de dose. O tempo médio total de resposta foi de 4 ± 2 dias, a duração da resposta foi de 24 ± 4 dias. A média da contagem máxima de plaquetas na população respondedora foi de 245 ± 137/nL. O tempo médio total para até a contagem máxima de plaquetas foi de 9 ± 5 dias. Para a maioria dos pacientes, durante o período de estudo total de 28 dias, houve aumento na contagem de plaquetas até ao dia 7 ou o dia 14, respectivamente, com uma posterior diminuição nos dias 21 e 28. No entanto, ao final do período de estudo a contagem de plaquetas ainda estava acima de 50/nL em 11/22 respondedores. Síndrome de Guillain Barré Foram realizados dois estudos clínicos8,9 de larga escala em pacientes com Síndrome de Guillain Barré comparando a troca de plasma (PE) e terapia com IVIg. No estudo holandês9 publicado em 1992, 74 pacientes foram tratados com IVIg (2 g/kg de peso corporal) e 73 com troca de plasma. A proporção de pacientes cuja pontuação funcional melhorou em um ou mais graus dentro de 4 semanas após o fim do tratamento foi significativamente mais elevada no grupo tratado com IVIg do que no grupo tratado com a troca de plasma (IVIg; 53%, vs. PE: 34%). O tratamento com IVIg também foi superior em relação aos parâmetros-alvo secundários tais como a duração da ventilação, o número de pacientes ainda sendo ventilados 2 semanas após o final do tratamento, e o tempo de recuperação da capacidade de andar. Em um segundo estudo clínico multicêntrico randomizado8, 130 pacientes receberam IVIg, 121 foram tratados com PE, e 128 pacientes receberam uma combinação de PE e IVIg. Neste estudo, não houve diferença entre os grupos de tratamento no que diz respeito à pontuação funcional após 4 semanas. Os vários tratamentos foram também igualmente eficazes com relação à duração da ventilação, o tempo de recuperação da capacidade de caminhar, bem como a duração da internação. Além disso, verificou-se que a combinação de PE e IVIg não levou à uma melhora mais rápida das pontuações funcionais10. Síndrome de Kawasaki A condução da Síndrome de Kawasaki aguda é direcionada a uma redução na inflamação do miocárdio e da parede da artéria coronária e prevenção de trombose coronária. Ácido acetilsalicílico (AAS) em combinação com altas doses de IVIg é a atual terapia padrão-ouro11. O tratamento de pacientes com Síndrome de Kawasaki com AAS é considerado importante devido à ação anti-inflamatória e antitrombótica do AAS. No entanto, não há dados convincentes disponíveis mostrando que o AAS reduz anomalias da artéria coronária. A combinação de AAS com IVIg mostrou reduzir a febre, a toxicidade, e sintomas articulares dentro de 48 horas. É administrado em doses de 80-100 mg/kg de peso corporal por dia em quatro doses divididas para atingir um nível sérico de salicilato no soro de 20-25 mg/dL durante a fase aguda da doença. Vários estudos demonstraram que altas doses de IVIg (acima de 1 g/kg de peso corporal) em combinação com outra terapia é segura e eficaz na redução da prevalência de anomalias das artérias coronárias na Síndrome de Kawasaki. Rowley et al.12 demonstraram que IVIg não só reduziu a prevalência global de anomalias da artéria coronária, mas também impediu a formação de aneurismas gigantes, a forma mais grave de anomalia coronariana causada pela Síndrome de Kawasaki. As anomalias que afetam a função sistólica do ventrículo esquerdo e contratilidade melhoram mais rapidamente em crianças tratadas na fase aguda com altas doses de IVIg e AAS em comparação com aqueles tratados apenas com AAS. Referências Bibliográficas 1. Estudo 941. A multicentre, open, prospective study investigating clinical efficacy, safety, and pharmacokinetic properties of the human normal immunoglobulin for intravenous administration BT681 with intraindividual comparisons to previous standard treatment in patients with primary immunodeficiency disease (PID). 2. Estudo 957. A multicentre, open, prospective study investigating clinical efficacy, safety, and pharmacokinetic properties of the human normal immunoglobulin for intravenous administration BT681 in patients with primary immunodeficiency disease (PID). 3. Besa EC. Recent advances in the treatment of chronic lymphocytic leukemia: Defining the role of intravenous immunoglobulin. Semin Hematol 1992; 29 (Suppl 2):14-23. 4. Chapel HM et al. Randomised trial of intravenous immunoglobulin as prophylaxis against infection in plateau-phase multiple myeloma. Lancet 1994; 343:1059-63. 5. A National Institute of Child Health and Human Development Intravenous Immunoglobulin Study Group. Intravenous immune globulin for the prevention of bacterial infections in children with symptomatic human immunodeficiency virus infection. N Eng J Med 1991; 325:73-80. 6. Geha RS and Rosen FS. Intravenous immunoglobulin therapy. In: Therapeutic immunology. Austen KF, Burakoff SJ, Rosen FS and Storm TW (eds.). Blackwell science, Oxford, England 1996, pp 280-296. 7. Estudo 942. An open, prospective study investigating clinical efficacy and safety of the human normal immunoglobulin for intravenous administration BT681 comparing historical data with reference IVIG in patients with idiopathic thrombocytopenic purpura (ITP). 8. Plasma Exchange/Sandoglobulin Guillain-Barrè Syndrome Trial Group. Randomized trial of plasma exchange, intravenous immunogobulin, and combined treatments in Guillain-Barrè syndrome. Lancet 1997; 349:225-230. 9. van der Meché FGA et al. A randomized trial comparing intravenous immune globulin and plasma exchange in Guillain-Barré syndrome. N Engl J Med 1992; 326:1123-1129. 10. Hughes RAC and the GBS Steroid Trial Group. Double-blind trial of intravenous methylprednisolone in GBS; Lancet 1992, 341:586-590. 11. Leung DYM et al. The immunopathogenesis and management of Kawasaki syndrome. Arthritis & Rheumatism 1998; 41:1538-1547. 12. Rowley AH et al. Prevention of giant coronary artery aneurysms in Kawasaki disease by intravenous gamma globulin therapy. J Pediatr 1988; 113:290-294. Características Farmacológicas Propriedades Farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: soros imunizantes e imunoglobulinas: imunoglobulina humana normal, para administração intravenosa, código ATC: J06BA02. Imunoglobulina G contém principalmente imunoglobulina G (IgG) com um amplo espectro de anticorpos contra agentes infecciosos. Imunoglobulina G contém anticorpos IgG presentes normalmente na população. Geralmente é preparado a partir de um pool de plasma de não menos de 1.000 doações. Imunoglobulina G tem uma distribuição de subclasses IgG aproximadamente proporcional àquela do plasma humano natural. Doses adequadas deste medicamento podem restaurar níveis anormalmente baixos de IgG até a faixa da normalidade. O mecanismo de ação para outras indicações, além da terapia de reposição, não está totalmente elucidado, mas inclui efeitos imunomoduladores. População pediátrica Espera-se que as propriedades farmacodinâmicas na população pediátrica sejam as mesmas do que em adultos. Propriedades Farmacocinéticas A imunoglobulina humana normal está imediata e completamente biodisponível na circulação do paciente após a administração intravenosa. Ela é distribuída de forma relativamente rápida entre o plasma e o fluido extravascular, e após cerca de 3 a 5 dias, o equilíbrio é atingido entre os meios intra e extravasculares. Imunoglobulina G tem uma meia-vida de cerca de 27 dias. Esta meia-vida pode variar de paciente para paciente, em especial na imunodeficiência primária. IgG e os complexos de IgG são digeridos pelas células do sistema retículo-endotelial. Dados de segurança pré-clínicos As imunoglobulinas são constituintes normais do corpo humano. Testes de toxicidade por dose repetida e estudos de toxicidade embrionária e fetal são impraticáveis, devido à indução e interferência com anticorpos. Efeitos do produto sobre o sistema imunológico do recém-nascido não foram estudados. Como a experiência clínica não fornece dados sobre os efeitos carcinogênicos e mutagênicos das imunoglobulinas, estudos experimentais, principalmente em espécies heterólogas, não são considerados necessários.

Como devo armazenar o Beriglobina?

Beriglobina deve ser conservada na temperatura de 4oC a 8oC, na sua embalagem original. Não congelar. Uma vez que a ampola tenha sido aberta, seu conteúdo deverá ser utilizado imediatamente. Beriglobina solução injetável apresenta o prazo de validade de 42 meses, desde que sejam observados os cuidados de armazenamento. Não use medicamento com prazo de validade vencido, pois seu efeito pode não ser o desejado e ser prejudicial à sua saúde. Todo medicamento deve ser umantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Beriglobina

Número do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho. Reg. MS no 1.0151.0105 Farm. Resp.: Liu Tien Hsiang CRF-SP 34.781 Fabricado por: ZLB Behring GmbH Marburg - Alemanha Indústria Alemã Importado, embalado e distribuido por: ZLB Behring Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda. Rua profa Haidée Silva Martins, 510 CEP 04693-030 São Paulo - SP CNPJ 62.969.589/0001-98 Indústria Brasileira Venda sob prescrição médica.

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