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Magaldrato

Sobre este Remédio

Magaldrato, para o que é indicado e para o que serve?

Na hiperacidez gástrica: Pirose, profilaxia da úlcera péptica por estresse, distúrbios funcionais do estômago (intolerância a certos alimentos ou medicamentos), irritação gástrica devido ao consumo de álcool, fumo ou café.

Quais as contraindicações do Magaldrato?

Este medicamento não deve ser utilizado em casos de hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula e de insuficiência renal. Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos de idade. Não existe experiência suficiente no tratamento desta faixa etária com o produto.

Como usar o Magaldrato?

Em casos de distúrbios gástricos leves, como distúrbios funcionais do estômago (intolerância a certos alimentos ou medicamentos), irritação gástrica devido ao consumo de álcool, fumo ou café, a dose recomendada é de duas colheres de chá (10 mL) da suspensão quando da ocorrência de sintomas, quatro vezes ao dia, de preferência uma hora após as refeições e ao deitar, ou a critério médico. Não ultrapassar a dose máxima de 80 mL da suspensão (16 colheres de chá) por dia. Esta dose máxima não deve ser administrada por período superior a duas semanas. Se os sintomas persistirem por mais de duas semanas durante o tratamento, um exame clínico deve ser realizado a fim de excluir alguma doença maligna. O frasco da suspensão deve ser agitado antes de ser usado.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Magaldrato?

A seguinte convenção é utilizada para classificar a frequência das reações adversas, baseada nos guias do Conselho de Organizações Internacionais de Ciências Médicas (CIOMS) Muito comum (≥ 1/10); Comum (≥ 1/100 a < 1/10); Incomum (≥ 1/1,000 a < 1/100); Rara (≥ 1/10,000 a < 1/1,000); Muito rara (< 1/10,000); Desconhecida (não pode ser estimada com os dados disponíveis)*. Frequência/ Sistema de classificação de órgão Muito comum Comum Incomum Rara Muito rara Desconhecida Distúrbios do sistema nervoso central - - - - - Neurotoxicidade, encefalopatia ** Distúrbios gastrointestinais Fezes amolecidas; - - - Diarreia Constipação, náusea, vomito e dor abdominal Distúrbios de metabolismo e nutrição - - - - Em pacientes com insuficiência renal e durante o uso prolongado de altas doses, toxicidade por alumínio e magnésio pode ocorrer. Esta manifestação inclui: Hipermagnesemia (sintomas incluem rubor na pele, sede, hipotensão, sonolência, perda de reflexos dos tendões devido a bloqueio neuromuscular, fraqueza, depressão respiratória, arritmias cardíacas, coma e parada cardíaca) Manifestações de toxicidade por alumínio e magnésio também incluem: Hipofosfatemia que pode levar a raquitismo renal e osteomalácia *As reações adversas incluídas como termos preferenciais são baseados na versão 21.0 do MedDRA. **Em pacientes com insuficiência renal e durante o uso prolongado de altas doses, sais de magnésio podem causar depressão do sistema nervoso central e alumínio pode ser depositado, particularmente em tecido nervoso e ósseo, e depleção de fosfato pode ocorrer. Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos - VIGIMED, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Magaldrato maior do que a recomendada?

Casos de superdosagem com sais de alumínio podem ocorrer mais facilmente em pacientes com insuficiência renal grave crônica com os seguintes sintomas: Encefalopatia, convulsões e demência. Em casos de superdosagem, o tratamento deve ser sintomático, adotando medidas gerais de suporte. Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Magaldrato com outros remédios?

Interações que aumentam o efeito de Magaldrato A administração concomitante de antiácidos contendo alumínio e bebidas ácidas (sucos de fruta, vinho, etc.) aumenta a absorção intestinal do alumínio. O mesmo se aplica a comprimidos efervescentes contendo ácido cítrico ou tartárico. Interações que afetam outros medicamentos Uma vez que antiácidos podem prejudicar a absorção de outros medicamentos administrados concomitantemente, a princípio deve haver um intervalo de uma a duas horas entre a administração de Magaldrato e outros medicamentos. A coadministração de Magaldrato com digoxina, isoniazida, compostos de ferro, indometacina e clorpromazina pode levar a uma pequena diminuição na sua absorção. A coadministração de Magaldrato pode levar a uma potencialização dos efeitos anticoagulantes dos derivados da cumarina. Da mesma forma que outros preparados antiácidos, Magaldrato pode reduzir a absorção de medicamentos como tetraciclinas, derivados de quinolonas (ciprofloxacino, ofloxacino e norfloxacino), , benzodiazepínicos, bisfosfonatos, derivados imidazólicos (fluconazol e outros), cimetidina e hormônios tireoidianos.. A absorção de levodopa aumenta quando administrada simultaneamente com Magaldrato.

Quais cuidados devo ter ao usar o Magaldrato?

Em pacientes com insuficiência renal e durante o tratamento prolongado em altas doses, o alumínio pode ser depositado, particularmente em tecido nervoso e ósseo, e também pode ocorrer depleção de fosfato. Em pacientes com função renal reduzida (clearance de creatinina < 30 mL/min), o malgadrato somente deve ser utilizado se houver monitoramento dos níveis plasmáticos de magnésio e alumínio. Os níveis de alumínio não devem exceder 40 ng/mL. Manifestações de toxicidade por alumínio e magnésio podem ocorrer, incluindo: Hipermagnesemia, hipofosfatemia que podem levar a raquitismo renal e osteomalácia e sintomas de absorção excessiva de alumínio, como constipação e encefalopatia induzida por alumínio. Agitar o frasco da suspensão antes de usar. Sendo bem tolerado e ainda livre de sacarose e pobre em sódio, Magaldrato suspensão pode ser administrado inclusive a pacientes diabéticos ou hipertensos. A não ser em indicações muito especiais, sob cuidadosa supervisão médica, aconselha-se não ultrapassar a dose máxima de 80 mL da suspensão (16 colheres de chá) por dia nem administrar esta dose diária máxima durante período superior a duas semanas. Se os sintomas persistirem por mais de duas semanas durante o tratamento, deve-se realizar um exame clínico para excluir a presença de alguma doença maligna. O pH elevado do suco gástrico aumenta o risco de colonização da mucosa gástrica por organismos patogênicos, os quais podem, por exemplo, levar a uma incidência maior de pneumonia nosocomial em pacientes sujeitos à ventilação artificial. Gravidez e lactação Não existem estudos com o produto na gravidez humana. Magaldrato só deve ser usado na gestação quando os benefícios forem superiores aos possíveis riscos. Durante a gravidez, Magaldrato deve ser usado apenas por curto período, a fim de evitar sobrecarga de alumínio para o feto. Estudos em animais demonstraram que os sais de alumínio podem ter efeitos prejudiciais sobre a descendência. Não existem dados sobre a excreção de magaldrato/simeticona no leite humano, mas admite-se que os compostos de alumínio passam para o leite. Devido à baixa absorção, acredita-se não haver risco para o recém-nascido. Fertilidade Os possíveis efeitos do magaldrato na fertilidade masculina e feminina não são conhecidos devido à ausência de dados. Categoria B de risco na gravidez - Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe seu médico se estiver amamentando. Populações Especiais Pacientes pediátricos Magaldrato não deve ser administrado a crianças menores de 12 anos, uma vez que não existe experiência suficiente no tratamento desta faixa etária com o produto. Pacientes idosos Não existem restrições ou cuidados especiais quanto ao uso de Magaldrato por pacientes idosos. Pacientes portadores de nefropatias Não devem fazer uso prolongado da dose máxima, exceto sob expressa recomendação e vigilância médica. Pacientes com função renal prejudicada (clearance de creatinina <30 mL/min) Somente devem fazer uso de Magaldrato com regular monitoração dos níveis séricos de magnésio e alumínio. O nível sérico de alumínio não deve ultrapassar 40 ng/mL. Nesses pacientes, podem ocorrer altas concentrações plasmáticas e teciduais (depósitos de alumínio no tecido nervoso e ósseo), além de fenômenos de superdosagem. Pacientes que necessitam de diálise Devem ter cuidadosa e particular atenção devido à possível relação entre elevados níveis de alumínio sérico e o desenvolvimento de encefalopatias. No tratamento a longo-prazo, as concentrações de alumínio no sangue devem ser avaliadas regularmente e não exceder 40 ng/mL. Pacientes com doenças renais não devem usar esse produto sem prescrição médica. Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas Não há efeito conhecido de Magaldrato na habilidade de dirigir e operar máquinas.

Qual a ação da substância Magaldrato?

Resultados de Eficácia O uso de antiácidos como o magaldrato na terapia dos transtornos cloridropépticos mantém sua importância devido à capacidade comprovada de neutralização quase imediata do pH intragástrico, o que se reflete na redução da sintomatologia.1 A eficácia clínica está estabelecida há várias décadas, e recentes evidências indicam que o uso de antiácidos como primeiro passo na terapêutica escalonada (step-up) das doenças ácido-relacionadas é tão eficaz quanto o uso dos IBPs, além de econômica. 2,3 A ação do magaldrato sobre o pH intragástrico foi avaliada em um estudo comparativo em voluntários adultos com um antiácido à base de carbonato de cálcio e carbonato de magnésio (doses equimolares) e com um placebo; a pH-metria intragástrica por um período de três horas mostrou elevação consistente do pH durante os primeiros 30 minutos após a administração dos antiácidos, com diferença significativa em relação ao placebo (p<0,05). Somente o Magaldrato proporcionou aumento estatisticamente significativo do pH durante os primeiros 5 minutos, demonstrando um início de ação mais rápido.4 Estes resultados confirmam os observados em um estudo sobre o perfil circadiano do pH gástrico em pacientes sob cuidados intensivos tratados com magaldrato: 10 mL a cada duas horas mantiveram o pH entre 6 e 7 num período de 24 horas.5 Referências bibliográficas: 1. Scarpignato C, et al. Acid supression therapy: where do we go from here. Dig Dis 2006;24(1-2):11-46. 2. Ford AC, Moayyedi P. Managing dyspepsia. Curr Gastroenterol Rep 2009;11(4):288-94. 3. Van Marrewijk CJ, et al. Effect and cost-effectiveness of step-up versus step-down treatment with antacids, H2-receptor antagonists, and proton pump inhibitors in patients with new onset dyspepsia (DIAMOND study): a primary-care-based randomised controlled trial. Lancet 2009;373(9659):215-25. 4. Sulz MC, te al. Comparison of two antacid preparations on intragastric acidity – a twocentre open randomised cross-over placebo-controlled trial. Digestion 2007;75(2-3):69-73. 5. Dammann HG, et al. [Effects of magaldrate on circadian profile of gastric juice pH in medical intensive care patients.] Dtsch Med Wochenschr 1981;106(44):1457-8. Características Farmacológicas O magaldrato (aluminato de magnésio hidratado), princípio ativo de Magaldrato, não é uma simples mistura física dos dois componentes - magnésio e alumínio -, mas uma monossubstância em que estes elementos são ligados de maneira a formar uma entidade química. Como se comprovou experimentalmente, a atividade adsorvente e neutralizante deste composto é bastante elevada, superando consideravelmente a proporcionada por uma simples mistura. Uma vez que a ativação intragástrica de Magaldrato (liberação dos hidróxidos de alumínio e magnésio) é proporcional ao grau de acidez gástrica, o seu efeito neutralizante se adapta automaticamente às necessidades momentâneas de cada caso, evitando a neutralização total ou até a formação de um meio gástrico alcalino, indesejável por várias razões. Por esta autorregulação, o pH obtido pelo Magaldrato oscila dentro da faixa ideal de pH, de 3,5 a 5,0, não ultrapassando este último valor, mesmo com administrações repetidas e prolongadas. Propriedades farmacodinâmicas O magaldrato presente em Magaldrato é um composto de estrutura química uniforme formado por uma ligação firme de hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio, que se apresenta como substância finamente dividida e, portanto, de grande superfície total com forte atividade superficial, o que explica em parte sua alta capacidade de neutralização (tamponamento) e a rapidez do seu efeito. A ação do magaldrato está baseada na neutralização do ácido gástrico: 800 mg de magaldrato neutralizam cerca de 18-25 mEq de ácido clorídrico. A atividade antiácida é atribuída à ligação de prótons aos íons sulfato e hidróxido da camada intersticial entrelaçada, fazendo com que a estrutura entrelaçada se decomponha durante a neutralização. Também ocorre ligação “dose-dependente” e “pH-dependente” a ácidos biliares e lisolecitina. Em complemento à sua capacidade de neutralização, o magaldrato contribui para a atividade de citoproteção da mucosa pela estimulação da síntese de prostaglandina E2 (PGE2) endógena. Relatou-se, ainda, que ocorre um aumento da gastrina sérica basal e uma diminuição da densidade das células-G antrais, permanecendo inalterada a secreção de ácido gástrico na administração de magaldrato, refletindo uma ação direta independente do pH sobre as células–G antrais. Propriedades farmacocinéticas O magaldrato não é absorvido no trato gastrintestinal. Durante o processo de neutralização, pequenas quantidades de íons magnésio e alumínio são liberadas e, durante o trânsito intestinal, convertidas em fosfatos solúveis e excretadas pela evacuação. A mesma proporção de cátions é absorvida. Um pequeno aumento no nível de alumínio sérico pode ocasionalmente ser encontrado mesmo em pessoas com função renal normal. O uso prolongado de antiácidos contendo alumínio pode reduzir a absorção de fosfato. Populações especiais Devido a possíveis ligações entre o nível plasmático de alumínio e o desenvolvimento de encefalopatias, deve ser tomado cuidado especial com pacientes que requerem diálise. Em tratamentos a longo prazo, as concentrações plasmáticas de alumínio devem ser medidas regularmente e não devem exceder 40 ng/mL. Em pacientes com função renal prejudicada podem ocorrer altos níveis plasmáticos e teciduais de alumínio (depósitos de alumínio predominantemente nos nervos e no tecido ósseo) e fenômenos de superdose. Dados de segurança pré-clínica A toxicidade aguda para antiácidos não foi determinada devido à baixa absorção (10% para magnésio e cerca de 1% para alumínio) e excreção renal relativamente rápida. O potencial mutagênico do magaldrato ainda não foi suficientemente investigado. Para compostos de alumínio não há evidência relevante de potencial mutagênico. Não há estudos sobre potencial carcinogênico do magaldrato nem estudos sobre embriotoxicidade em animais. Não há evidência de algum risco ou malformação em humanos. Efeitos embriotóxicos e fetotóxicos foram observados com outros compostos de alumínio. Estudos em ratos mostraram aumento da mortalidade pós-natal e desenvolvimento neuromotor retardado.

Fontes consultadas

Bula do Profissional do Medicamento Riopan®.

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