Sobre este Remédio

Octavi SDOptimum, para o que é indicado e para o que serve?

Profilaxia e tratamento e prevenção de sangramentos em pacientes com: deficiência congênita ou adquirida de fator VIII da coagulação humana, conhecida como hemofilia A. Tratamento de pacientes hemofílicos com inibidores contra o fator VIII. Como o Octavi SDOptimum funciona? Octavi SDOptimum é um complexo concentrado de duas moléculas: O fator VIII (FVIII) e o fator de von Willebrand (FvW) da coagulação sanguínea, com diferentes funções fisiológicas. O fator VIII é responsável pela atividade de coagulação; como cofator do fator IX, ele acelera a conversão do fator X em Fator X ativado. O fator X ativado promove a conversão da protrombina em trombina, que por sua vez converte o brinogênio em brina e então o coágulo se forma. O concentrado de fator VIII humano é um componente normal do plasma humano, e atua tal qual a molécula siológica. Após a infusão do produto, cerca de 2/3 a 3/4 de fator VIII permanece na circulação.

Quais as contraindicações do Octavi SDOptimum?

O Octavi SDOptimum não deve ser administrado em pessoas que sejam alérgicas a um dos componentes da fórmula do produto.

Como usar o Octavi SDOptimum?

Os acessórios de preparação e infusão do produto devem ser usados corretamente de forma a manter a esterilidade do produto. A solução reconstituída deve ser usada imediatamente após a reconstituição e de uma única vez. A solução não utilizada deve ser descartada. Posologia do Octavi SDOptimum A dosagem e a duração da terapia de substituição depende da gravidade da disfunção hemorrágica, da localização e extensão da hemorragia, além da condição clínica do paciente. A quantidade a ser administrada e a frequência de aplicação devem ser sempre orientadas de acordo com a eficácia clínica, individualmente. Em certas circunstâncias, doses superiores às calculadas podem ser necessárias, especialmente na dose inicial. Em grandes cirurgias, é indispensável o monitoramento da concentração do fator VIII plasmático. Na profilaxia a longo prazo, em pacientes com hemofilia A grave, doses de 10 a 50 UI de fator VIII/Kg de peso corporal devem ser administradas em intervalos de 2 a 3 dias. Em alguns casos, especialmente em pacientes jovens, pode-se necessitar reduzir os intervalos entre as doses. Em hemofílicos com inibidores anti-FVIII , faz-se necessário terapias específicas. A imunotolerância pode ser desenvolvida durante o tratamento com concentrados do fator VIII humano. Interrupção do tratamento A quantidade a ser administrada e a freqüência da aplicação devem sempre ser orientadas pelo médico que avaliará a efetividade clínica individualmente. Não interromper o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

Quais cuidados devo ter ao usar o Octavi SDOptimum?

Cuidados especiais com Octavi SDOptimum Reações de hipersensiblidade tipo alérgicas ou anafiláticas são possíveis com produtos protéicos intravenosos. Nestes casos, deve-se interromper a infusão imediatamente e o médico deve ser consultado e a terapia específica de choque deve ser aplicada. Quando medicamentos preparados a partir do plasma ou sangue humano são administrados, doenças infecciosas devido a transmissão de agentes infecciosos não devem ser totalmente excluídas. Isto também se aplica a doenças causadas por agentes desconhecidos. Recomenda-se vacinação apropriada de pacientes que recebem concentrados de fator VIII. A formação de inibidores do fator VIII é uma complicação conhecida no tratamento de hemofílicos. Estes inibidores são imunoglobulinas IgG contra atividade do fator VIII. Pacientes tratados com fator VIII de coagulação humano devem ser monitorados cuidadosamente quanto ao desenvolvimento de anticorpos por observação clínica e testes laboratoriais. Riscos de automedicação Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a saúde. Capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas Não há nenhuma indicação de que o produto prejudique a habilidade de dirigir ou operar máquinas. Advertências do Octavi SDOptimum O tratamento com Octavi SDOptimum deve ser iniciado sob a supervisão de um médico experiente no tratamento de hemofilia. A quantidade e duração do tratamento com o medicamento depende da gravidade da de ciência do fator VIII, a localização e extensão do sangramento e das condições clínicas do paciente.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Octavi SDOptimum?

Em raros casos foram observadas reações alérgicas ou anafiláticas. Entretanto, podem ocorrer febre, calafrios, náuseas, urticária, respiração curta e choque. Caso ocorram reações alérgicas ou anafiláticas, deve-se interromper imediatamente a infusão e contatar o médico. Reações leves podem ser controladas com o uso de glicocorticóides ou anti-histamínicos. Reações graves devem ser tratadas de acordo com as indicações específicas para terapia de choque. O desenvolvimento de anticorpos anti-FVIII (inibidores) deve ser analisado por testes apropriados (teste Bethesda). Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.

População Especial do Octavi SDOptimum

Gravidez e Lactação Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao seu médico se está amamentando. Por isso, recomenda-se a administração de Octavi SDOptimum durante a gravidez e lactação humana somente se claramente indicado.

Qual a composição do Octavi SDOptimum?

Octavi SDOptimum 250 contém: 250 UI de fator VIII de coagulação humano, em forma de pó liofilizado para uso intravenoso, correspondente a um conteúdo protéico ≤ 5,5 mg, a ser reconstituído em 5 mL de água para injeção. Octavi SDOptimum 500 contém: 500 UI de fator VIII de coagulação humano, em forma de pó liofilizado para uso intravenoso, correspondente a um conteúdo protéico ≤ 11 mg, a ser reconstituído em 10 mL de água para injeção. Octavi SDOptimum 1000 contém: 1000 UI de fator VIII de coagulação humano, em forma de pó liofilizado para uso intravenoso, correspondente a um conteúdo protéico ≤ 22 mg, a ser reconstituído em 10 mL de água para injeção. Atividade Específica: ≥ 100 UI/mg de proteína. Cada frasco-ampola de Octavi SDOptimum contém: Excipientes 250 UI 500 UI 1000 UI Citrato de sódio 14,7 mg 29,4 mg 29,4 mg Cloreto de sódio 33 mg 66 mg 66 mg Cloreto de cálcio 0,7 mg 1,5 mg 1,5 mg Glicina 45 mg 90 mg 90 mg Apresentação do Octavi SDOptimum 250 UI pó liofilizado cartucho c/ 01 frasco-ampola de vidro + diluente x 5 mL + equipo. 500 UI pó liofilizado cartucho c/ 01 frasco-ampola de vidro + diluente x 10 mL + equipo. 1000 UI pó liofilizado cartucho c/ 01 frasco-ampola de vidro + diluente x 10 mL + equipo. Uso adulto e pediátrico. Uso intravenoso.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Octavi SDOptimum maior do que a recomendada?

Nenhum sintoma de superdosagem com fator VIII de coagulação humano foi relatado até o momento.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Octavi SDOptimum com outros remédios?

Não são conhecidas interações do fator VIII de coagulação humano com outros medicamentos. Entretanto, Octavi SDOptimum não deve ser combinado com outros medicamentos durante a infusão.

Qual a ação da substância do Octavi SDOptimum (Fator VIII de Coagulação)?

Resultados de Eficácia Estudo Original Segurança e Eficácia 0699011,2 A segurança, eficácia hemostática, farmacocinética e imunogenicidade do Fator VIII de Coagulação foram avaliadas em um estudo aberto, duplo-cego, randomizado, cruzado, em 111 indivíduos com idade igual ou superior a 10 anos. O estudo clínico foi conduzido em indivíduos previamente tratados (PTPs com ≥ 150 dias de exposição) diagnosticados com hemofilia A moderada a grave (nível de FVIII ≤ 2% do normal) com ≥ 10 anos de idade (20 apresentaram 10 a < 13, 22 apresentaram 13 a < 16 e 69 apresentaram 16 anos ou mais). Foram excluídos os indivíduos com histórico ou nível detectável de inibidor do FVIII. Os indivíduos autoadministraram o Fator VIII de Coagulação para profilaxia de rotina (≥ 25 UI/kg de peso corporal, 3-4 vezes por semana) e para o tratamento conforme a demanda de episódios hemorrágicos. Uma avaliação geral da eficácia foi realizada pelo indivíduo (para o tratamento residencial) ou pelo investigador do centro do estudo (para o tratamento sob supervisão médica), utilizando uma escala de excelente, boa, regular ou nenhuma, com base na qualidade do hemostase atingida com o Fator VIII de Coagulação para o tratamento de cada novo episódio hemorrágico. Ao todo, 510 episódios hemorrágicos foram relatados, com média (± DP) de 6,1 ± 8,2 episódios hemorrágicos por indivíduo. Destes 510 episódios, 439 (86%) foram classificados como excelentes ou bons em sua resposta ao tratamento com Fator VIII de Coagulação, 61 (12%) foram classificados como regulares, 1 (0,2%) foi classificada como sem resposta e, para 9 (2%), a resposta ao tratamento foi desconhecida. Um total de 411 (81%) episódios hemorrágicos foi tratado com uma única infusão, 62 (12%) exigiu 2 infusões, 15 (3%) exigiu 3 infusões e 22 (4%) exigiu 4 ou mais infusões de Fator VIII de Coagulação para uma resolução satisfatória. Um total de 162 (32%) episódios hemorrágicos ocorreu de forma espontânea, 228 (45%) resultou de trauma antecedente e, para 120 (24%) episódios hemorrágicos, a etiologia foi desconhecida. Tabela 1: Resultados de Eficácia Hemostática do Estudo 069901 Endpoint Resultados em 510 novos episódios hemorrágicos tratados com Fator VIII de Coagulação   162 (32%) espontâneos, 228 (45%) com trauma antecedente, 120 (24%) etiologia desconhecida Qualidade da hemostase Resposta excelente ou boa 439 (86%) Resposta regular 61 (12%) Sem resposta 1 (0,2%) Resposta desconhecida 9 (2%) Número de infusões necessárias Infusão única (1) 411 (81%) Duas (2) infusões 62 (12%) Três (3) infusões 15 (3%) Quatro (4) ou mais infusões 22 (4%) A taxa de novos episódios hemorrágicos durante o regime profiláctico de 75 dias de exposição foi calculada em função da etiologia dos episódios hemorrágicos, para 107 indivíduos avaliáveis (n = 274 episódios hemorrágicos). Essas taxas são apresentadas na Tabela 2. A taxa global de novos episódios hemorrágicos no estudo da profilaxia foi de 0,52 ± 0,71. Tabela 2: Taxa de Novos Episódios Hemorrágicos durante a Profilaxia Etiologia do Episódio Hemorrágico Média (± DP) de Novos Episódios Hemorrágicos Indivíduo/ Mês Espontâneo 0,34 ± 0,49 Pós-traumático 0,39 ± 0,46 Desconhecido 0,33 ± 0,34 Estudo de Continuação 0601023,4 Foram coletados dados de segurança e eficácia adicionais (abertos) sobre 82 indivíduos que continuaram com o tratamento após a participação no estudo original de segurança e eficácia. Os episódios hemorrágicos foram tratados com Fator VIII de Coagulação e o resultado do tratamento foi classificado como excelente, bom, regular ou nenhum, com base na qualidade da hemostase alcançada. A análise final da eficácia foi conduzida para 81 indivíduos que autoadministraram o Fator VIII de Coagulação em um regime profilático de rotina, por um período mínimo de 75 dias de exposição. Ao todo, houve 837 episódios hemorrágicos em 70 dos 81 indivíduos. Os outros 11 indivíduos não apresentaram nenhum episódio hemorrágico. A resposta ao tratamento com Fator VIII de Coagulação foi classificada como excelente ou boa para 80,4% de todos os episódios hemorrágicos. A maioria (88%) dos episódios hemorrágicos exigiu apenas 1 ou 2 infusões para obter a hemostase. Entre os 837 episódios hemorrágicos, 2 (0,3%) não exigiram tratamento (0 infusões), 521 (62,2%) exigiram 1 infusão, 216 (25,8%) exigiram 2 infusões, 23 (2,7%) exigiram 3 infusões e 75 (9,0%) exigiram 4 ou mais infusões. Por etiologia, 45,3% destes eventos hemorrágicos foram secundários ao trauma e 27,7% ocorreram espontaneamente; os outros 27% apresentaram etiologia indeterminada. Tabela 3: Resultados de Eficácia Hemostática do Estudo 060102 Endpoint Resultados em 837 novos episódios hemorrágicos tratados com Fator VIII de Coagulação 232 (27,7%) espontâneos, 379 (45,3%) com trauma, 226 (27%) de etiologia desconhecida Qualidade da hemostase Resposta excelente ou boa 673 (80,4%) Resposta regular 140 (16,7%) Sem resposta 1 (0,1%) Resposta desconhecida 23 (2,7%)a Número de infusões necessárias Infusão única (1) 521 (62,2%) Duas (2) infusões 216 (25,8%) Três (3) infusões 23 (2,7%) Quatro (4) ou mais infusões 75 (9%) Sem tratamento 2 (0,3%) a Dos 23 episódios hemorrágicos na categoria "Desconhecido", 20 de 23 não apresentaram registro de tratamento ou não foi possível discernir a necessidade de tratamento, 2 de 23 em 2 indivíduos não exigiram tratamento, e 1 de 23 foi tratado, em parte, com um produto à base do fator VIII não pertencente ao estudo (agrupado como "desconhecido"). Em um estudo com 53 crianças tratadas anteriormente (pelo menos 50 dias de exposição com diferentes preparações derivadas de plasma e de ator VIII de coagulação recombinante) com idade inferior a 6 anos (24 dos quais possuíam < 3 anos), 430 episódios hemorrágicos em 47 crianças foram registrados. Cinquenta e sete (13,3%) destes episódios não exigiram infusão; em 345 das hemorragias tratadas (93,8%) a eficácia de Fator VIII de Coagulação foi avaliada como excelente ou boa, em 18 (4,9%) como moderada, e para 5 (1,4%) episódios não existem dados disponíveis. A profilaxia padrão (n = 21; 25 – 50 UI/kg, 3 – 4 x/semana) em relação à profilaxia modificada (n = 37) apresentou uma taxa anual de hemorragias de 4 (mediana) em comparação com um regime “sob demanda” (n = 5) com 24 hemorragias (mediana). Em 89% dos 368 episódios hemorrágicos tratados, 1 ou 2 injeções foram suficientes (duração de ≤ 5 minutos) para alcançar a hemostasia. Além disso, em 7 procedimentos cirúrgicos geralmente de pequeno porte em 7 pacientes, a eficácia intraoperatória e pós-operatória foi satisfatória. Em uma duração média de exposição de 156 dias, o inibidor não foi detectado em qualquer destas 53 crianças tratadas. Estudo do Tratamento Perioperatório 0699023,5 A segurança e eficácia do Fator VIII de Coagulação para o tratamento perioperatório foram investigadas em 59 indivíduos com hemofilia A grave ou moderadamente grave (fator VIII ≤ 2%), com idades entre 7 a 65 anos (3 apresentaram 7 a < 13, 6 apresentaram 13 a < 16 e 50 apresentaram ≥ 16). Um indivíduo optou por não se submeter à cirurgia planejada. Assim, 58 indivíduos foram submetidos a 65 procedimentos cirúrgicos, dentre os quais 6 indivíduos realizaram mais de 1 procedimento cada. Um sujeito foi retirado durante o período pós-operatório; portanto, 57 indivíduos concluíram o estudo. Dos 65 procedimentos, 22 em 22 indivíduos foram classificados como importante, 35 em 28 indivíduos foram classificados como menores e 8 em 8 indivíduos foram odontológicos. Antes da cirurgia, os indivíduos receberam uma dose de ataque pré-operatória, destinada a aumentar o nível plasmático do fator VIII para 60% a 100% do normal, para os procedimentos odontológicos, ou 80% a 120% do normal, para todos os demais procedimentos cirúrgicos. Durante a cirurgia, os indivíduos receberam terapia de reposição por bolus (47 procedimentos) ou infusão contínua (18 procedimentos). Para infusão contínua, a taxa inicial foi de 4 UI/kg/h para os indivíduos com idade de > 12 anos e 5 UI/kg/h para indivíduos de 5 a 12 anos de idade. Após a alta hospitalar, os indivíduos continuaram a receber o Fator VIII de Coagulação para o controle da hemostase, conforme prescrito pelo investigador, por até 6 semanas para os procedimentos ortopédicos importantes e até 2 semanas para todos os demais procedimentos. A eficácia intraoperatória foi classificada como excelente ou boa (a perda sanguínea intraoperatória excelente foi inferior à esperada para o tipo de procedimento realizado; a perda sanguínea intraoperatória boa foi conforme a esperada para o tipo de procedimento realizado) para 61 (93,9%) dos 65 procedimentos; a classificação não foi realizada para 3 procedimentos, sendo desconhecida para 1 procedimento. A eficácia pós-operatória foi classificada como excelente ou boa para 62 (95,4%) dos 65 procedimentos; a avaliação era desconhecida para 2 procedimentos e não foi feita para 1 procedimento. Dos 24 procedimentos que exigiram drenos cirúrgicos, as avaliações da eficácia no momento da remoção do dreno foram classificadas como excelentes ou boas para 20 (83,3%) procedimentos e regulares (a perda sanguínea intraoperatória regular foi superior à esperada para o tipo de procedimento executado) para 2 (8,3%) procedimentos; a classificação foi desconhecida para 1 procedimento e não foi realizada para 1 procedimento. Ambos os procedimentos que exigiram drenos cirúrgicos com classificações regulares foram cirurgias ortopédicas importantes. Tabela 4: Resultados de Eficácia Hemostática do Estudo 069902 Endpoint Resultados em 58 indivíduos submetidos a 65 procedimentos cirúrgicos durante o tratamento com Fator VIII de Coagulação (57 indivíduos concluíram o estudo) (22 procedimentos importantes, 35 menores, 8 odontológicos) 24 avaliações realizadas no momento da remoção do dreno Qualidade da hemostase intra pós-operatória Avaliação intraoperatória Excelente ou boa 61 de 65 (93,9%) Avaliação pós-operatória Excelente ou boa 62 de 65 (95,4%) Controle da hemorragia no local do dreno cirúrgico no momento da remoção Excelente ou bom 20 de 24 (83,3%) Regular 2 (8,3%) Desconhecido 1 Nenhum 1 Estudo da Profilaxia de Rotina 0602013,6 Em um estudo clínico multicêntrico, aberto, prospectivo, randomizado, controlado, pós-comercialização do uso de Fator VIII de Coagulação em dois regimes profiláticos de tratamento, em comparação ao tratamento conforme a demanda, 53 pacientes de 7 a 65 anos de idade com hemofilia A grave a moderadamente grave (nível de FVIII < 2 UI/dL) foram analisados no grupo de acordo com o protocolo. Os indivíduos foram tratados, inicialmente, por 6 meses de terapia conforme a demanda e, em seguida, randomizados para 12 meses de um regime profilático padrão (20-40 UI/kg a cada 48 horas) ou regime profilático direcionado pela PK (20-80 UI/kg a cada 72 horas). Todos os indivíduos apresentaram histórico de, pelo menos, 8 episódios de hemorragia articular por ano ao entrar no estudo clínico. Cada sujeito do grupo de acordo com o protocolo aderiu a > 90% do número prescrito de infusões profiláticas; nenhum sujeito no estudo clínico ultrapassou o limite superior de 110% do número prescrito de infusões profiláticas. A equação utilizada para determinar a dose do produto, ajustada pelo peso, utilizado no grupo da profilaxia direcionada pela PK, calculada a partir dos valores de recuperação incremental e meia-vida do participante individualmente, para atingir um nível mínimo ≥ 1 UI/dL no intervalo entre as administrações de 72 horas, é definida a seguir: Di = (2)72/ti / ri (i é o indivíduo). D = dose alvo de FVIII (UI/kg) que garante que um nível mínimo ≥1 IU/dL seja atingido após 72 horas; r = Recuperação incremental do FVIII (UI/dL / UI/kg) determinada pela análise PK do indivíduo; t = Meia-vida do FVIII (horas) determinada pela análise PK do indivíduo. A mediana da taxa de sangramento anual durante o período de terapia conforme a demanda foi de 44 sangramentos por indivíduo por ano, em comparação a 1 sangramento por indivíduo por ano durante qualquer regime profilático, o que foi uma diferença estatisticamente significativa (p < 0,0001). Vinte e dois de 53 (42%) indivíduos não apresentaram nenhum episódio de sangramento durante a profilaxia por um ano. Embora não tenha havido nenhuma diferença estatisticamente significativa na frequência de sangramento observada entre os dois regimes profiláticos estudados, o estudo clínico não apresentou poder para demonstrar equivalência na taxa de sangramento entre os dois grupos de profilaxia. Tabela 5: Taxa de Sangramento Anual de Profilaxia em Comparação ao Tratamento Conforme a Demanda Parâmetros Clínicos Conforme a Demanda (n=53) Profilaxia Padrão (n=30) Profilaxia Direcionada pela PK (n=23) Profilaxia Padrão ou Direcionada pela PK (n=53) Taxa de Sangramento Anual (ABR) mediana (IQR) 1 44,0 (20,8) 1,0 (2,1) 1,0 (4,1) 1,0 (4,1) ABR Articular Mediana (IQR) 1 38,7 (24,8) 0,5 (2,0) 1,0 (4,1) 1,0 (2,1) ABR Não Articular Mediana (IQR) 1 4,0 (11,9) 0,0 (0,0) 0,0 (0,0) 0,0 (0,0) ABR Espontânea Mediana (IQR) 1 32,0 (26,8) 0,0 (1,9) 0,0 (2,0) 0,0 (1,9) ABR Traumática Mediana (IQR) 1 11,5 (17,2) 0,0 (1,0) 1,0 (1,0) 0,0 (1,0) 1 Variação interquartis (IQR) é definida como a diferença entre o 75º percentil (3º quartil) e o 25o percentil (primeiro quartil). As taxas de sangramento anualizadas por categoria de idade tanto durante os regimes de profilaxia sob demanda e padrão ou conduzidos por PK são mostradas na Tabela 6. Tabela 6: Taxa de Sangramento Anualizada por Faixa Etária e Qualquer Profilaxia versus Conforme a Demanda (de Acordo com o Protocolo) Faixa Etária Sob Demanda Sob Mediana Percentagem de Indivíduos com Zero Sangramentos Mediana Percentagem de Indivíduos com Zero Sangramentos Crianças (≥7 a <12 anos de idade) 3 5,2 33% 44,0 Todos os indivíduos apresentaram sangramento durante a terapia conforme a demanda Adolescentes (≥12 a <16 anos de idade) 4 5,0 25% 58,0 Adultos (≥16 anos de idade ou mais) 46 1,0 43% 44,7 Todos os Indivíduos 53 1,0 42% 44,0 Indução da Tolerância Imunológica Os dados sobre a indução da tolerância imunológica (ITI) em pacientes com inibidores foram coletados em um total de 85 indivíduos. 11 PUPs pediátricos (estudo de PUP 060103), 30 indivíduos pediátricos a partir da revisão do quadro retrospectivo (estudo 060703) e 44 indivíduos pediátricos e adultos dos quais 36 concluíram a terapia de ITI (Estudo de Segurança Pós-autorização - PASS-INT-004) foram documentados com o tratamento de ITI. Nos pacientes em que a tolerância imunológica foi alcançada, os sangramentos foram prevenidos ou controlados com Fator VIII de Coagulação, e os pacientes continuaram com o tratamento profilático com Fator VIII de Coagulação como terapia da manutenção. 7,8,9,10 Referências bibliográficas: 1. Fator VIII de Coagulação (rAHF-PFM) Module 2.7.3 Summary of Clinical Efficacy. Version Date: 05 APR 17. 2. Fator VIII de Coagulação Full Clinical Study Report 069901. 05 JUN 2002. 3. Saenko E L, Ananyeva N M, Tuddenham E G D, and Kemball-Cook G; Factor VIII – Novel Insights into Form and Function. Brit J Haematol 2002; 119: 323-331. 4. ADVATE Full Clinical Study Report 060102. 15 MAR 2006 5. ADVATE Full Clinical Study Report 069902. 23 OCT 2005 6. ADVATE Full Clinical Study Report 060201. 09 DEC 2010 7. ADVATE Full Clinical Study Report 060103. 23 FEB 2011 8. ADVATE Full Clinical Study Report 060703. 22 FEB 2010 9. ADVATE Full Clinical Study Report (PASS-INT-004). 09 OCT 2015 10. ADVATE Module 2.5 Clinical Overview and Module 2.7.3 Summary of Clinical Efficacy. 05 MAR 2018 Características Farmacológicas Propriedades Farmacodinâmicas O complexo fator VIII/fator de von Willebrand é composto por duas moléculas (fator VIII e fator de von Willebrand) com diferentes funções fisiológicas. Fator VIII de Coagulação possui o fator VIII de coagulação recombinante, uma glicoproteína com uma sequência de aminoácidos semelhante ao fator VIII humano, e com modificações pós-translacionais similares àquelas dos produtos derivados de plasma. O fator VIII ativado atua como um cofator para o fator IX ativado, acelerando a conversão do fator X em fator X ativado. O fator X ativado converte a protrombina em trombina. A trombina, então, converte o fibrinogênio em fibrina e um coágulo de fibrina é formado. A hemofilia A é um distúrbio da coagulação sanguínea hereditário, ligado ao sexo, causado pela diminuição dos níveis de atividade do fator VIII e resulta em sangramento profuso em articulações, músculos ou órgãos internos, seja espontaneamente ou como resultado de trauma acidental ou cirúrgico. Os níveis plasmáticos do fator VIII são aumentados pela terapia de reposição, permitindo assim uma correção temporária da deficiência do fator e correção da tendência hemorrágica. O nível necessário para que uma hemostase adequada seja atingida varia, dependendo da localização anatômica e gravidade do insulto traumático, se presente. O fator VIII de coagulação recombinante é produzido a partir de células de ovário de hamster chinês (CHO) geneticamente modificadas contendo o gene humano do fator VIII de coagulação. Fator VIII de Coagulação contém traços de IgG murina, proteínas das células CHO e fator de von Willebrand recombinante. A atividade (UI) é determinada utilizando um teste cromogênico comparado a um padrão interno, referenciado no padrão nº 6 da OMS. A atividade específica é de aproximadamente 4000 – 1.0000 UI/mg de proteína. Fator VIII de Coagulação é uma preparação estéril, apirogênica e liofilizada, sem conservantes ou aditivos de origem animal ou humana. Fator VIII de Coagulação é uma glicoproteína composta por 2332 aminoácidos com um peso molecular de cerca de 280 kD. O fator VIII injetado em um paciente com hemofilia A se liga ao fator de von Willebrand na corrente sanguínea. Propriedades Farmacocinéticas Todos os estudos farmacocinéticos com Fator VIII de Coagulação foram conduzidos em pacientes com hemofilia A grave ou moderada (atividade de fator VIII ≤ 2%). Ao todo, 260 indivíduos forneceram os parâmetros PK que foram incluídos no conjunto total da análise PK. Deste conjunto de análise, 208 indivíduos forneceram os parâmetros PK incluídos no conjunto de análise da PK de acordo com o protocolo. As categorias destas análises para os bebês (1 mês a < 2 anos de idade), crianças (2 a < 12 anos de idade), adolescentes (12 a < 16 anos de idade) e adultos (16 anos de idade ou mais) foram utilizadas para resumir os parâmetros PK, onde a idade foi definida como a idade no momento da infusão de PK. Tabela 7: Resumo dos parâmetros farmacocinéticos de Fator VIII de Coagulação por faixa etária Parâmetro PK (média ± Desvio padrão [DP]) Crianças pequenas (1 mês até < 2 anos) n = 7 Crianças (2 até < 12 anos) n = 56 Adolescentes (12 até < 16 anos) n = 35 Adultosa (16 anos e superior) n = 162 AUC total (UI * h/dL) 1240 ± 330 1263,40 ± 470,90 1300 ± 469 1554,88 ± 507,92 Recuperação incremental ajustada na Cmax (UI/dL por UI/kg)b 2,07 ± 0,54 1,91 ± 0,50 2,05 ± 0,49 2,23 ± 0,61 Meia-vida (h) 8,67 ± 1,43 10,22 ± 2,72 12,00 ± 2,92 12,96 ± 4,02 Concentração máxima de plasma após infusão - Cmax (UI/dL) 104 ± 27 97,16 ± 27,13 103 ± 25 112,35 ± 30,27 Tempo médio de permanência (h) 10,42 ± 2,54 12,87 ± 3,70 14,89 ± 4,61 16,37 ± 5,80 Volume de distribuição no estado estacionário [Vss] (dL/kg) 0,43 ± 0,10 0,55 ± 0,15 0,60 ± 0,14 0,55 ± 0,17 Clearance (mL/kg*h) 4,26 ± 1,00 4,53 ± 1,51 4,21 ± 1,16 3,56 ± 1,21 a Avalição de PK de 162 indivíduos.  b Calculada como (Cmax - fator VIII basal) dividida pela dose em UI/kg, em que C máx é a medida máxima do fator VIII pós-infusão. Crianças Não houve diferenças nos parâmetros farmacocinéticos entre as faixas etárias observadas em adultos (16 anos ou mais em comparação com 18 anos ou mais). Entre as crianças (2 até <12 anos), as crianças mais velhas (5 até <12 anos) apresentaram valores mais elevados do que as crianças mais jovens (2 até < 5 anos) nos parâmetros farmacocinéticos AUC total, recuperação incremental na Cmax, t½, Cmax e tempo de retenção médio. O parâmetro farmacocinético Vss foi semelhante para ambos os subgrupos de crianças e o CI foi menor em crianças mais velhas (5 até < 12 anos) do que em crianças mais jovens (2 até < 5 anos). A recuperação corrigida e a meia-vida foram inferiores em cerca de 20% do que nos adultos. Atualmente, não existem dados sobre a farmacocinética de Fator VIII de Coagulação em pacientes não tratados anteriormente. Absorção Consulte a tabela 7 acima para um resumo da recuperação, AUC e VSS ajustadas nas populações de crianças pequenas, crianças, adolescentes e adultos. Distribuição Quando infundido em um paciente hemofílico, o Fator VIII de Coagulação liga-se ao fator de von Willebrand endógeno na circulação do paciente. O complexo do fator VIII/fator de von Willebrand é distribuído primariamente no espaço intravascular. Metabolismo Não se aplica. Eliminação O clearance do fator VIII é mediado por receptores vasculares, incluindo proteínas relacionadas ao receptor de lipoproteínas de baixa densidade (LPR) e proteoglicanos de sulfato de heparina (HSPGs), por mecanismos que não foram totalmente elucidados. Estudos não clínicos Toxicologia Reprodutora Não foram realizados estudos reprodutores em animais. Devido à resposta imunológica a proteínas heterólogas em animais, após a administração repetida e devido ao risco de reações de incompatibilidade baseadas numa reação de antígeno-anticorpo, os estudos da toxicidade reprodutora e do desenvolvimento não seriam representativos da situação em humanos.

Como devo armazenar o Octavi SDOptimum?

Conservar o produto na embalagem original; armazenar sob refrigeração, em temperaturas entre +2°C a +8°C, protegido da luz. Não congelar Se o espaço no refrigerador for reduzido, armazenar neste apenas o liofilizado. Os acessórios de infusão e a água para injeção (diluente) podem ser armazenados à temperatura ambiente. O produto deve ser usado imediatamente após a reconstituição e de uma única vez. Octavi SDOptimum é fornecido em frascos ampolas contendo pó liofilizado + frasco ampola contendo o diluente água para injeção para reconstituição do produto. Características Organolépticas O pó liofilizado apresenta-se branco a levemente amarelo. O diluente água para injeção não deve apresentar turvação ou depósito. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Octavi SDOptimum

Registro M.S.: 1.3971.0006.003-7 Registro M.S.: 1.3971.0006.002-9 Registro M.S.: 1.3971.0006.001-0 Farmacêutico(a) responsável: Ana Carolina Almeida CRF/RJ 10.515 Importado / Distribuído por: Octapharma Brasil Ltda. Av. Ayrton Senna, 1850, loja 118. Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ CNPJ.: 02.552.927/0001-60 Tel.: 0XX21-2430-3183 Fabricado por: Octapharma Pharmazeutika Produktionsges m.b.H. Oberlaaer Strasse 235, A -1100 Viena Áustria Octapharma AB SE-112 75 Estocolmo Suécia Ou  Octapharma S.A. 70-72 rue du Maréchal Foch BP 33, 67381 Lingolsheim Cedex França Embalado por: Octapharma Pharmazeutika Produktionsges m.b.H. Oberlaaer Strasse 235, A-1100 Viena Áustria Ou  Octapharma Dessau GmbH Otto-Reuter-Str. 3, 06847, Dessau Alemanha

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