Minha filha tem síndrome de borderline desde os 13 anos,levei ao médico e ele receitou lamotrigina 100mg, daí com a pandemia em 2020 ela foi morar com o pai em caxias do sul, não davam a medicação a ela,dizendo não ser preciso,este ano,em janeiro ela veio passar as férias comigo em cerro largo,e pude perceber mutilações pelo braço,pulso e coxas, perguntei a ela sobre,e ela se abriu comigo,me falando de várias crises que aconteciam,e para acalmar,ela se auto mutilava,voltou morar comigo,foi encaminhada para psiquiatra que receitou gradativamente o lamotrigina, já está tomando 200mg/dia,e ritalina para tdah,mesmo com tratamento,ela é muito nervosa,brava, não quer interagir,quer ficar só no quarto,tem impulsividade e irritabilidade constante,ela tem hj 16 anos,e não sei mais o que fazer para ajudar,ela vai em psicóloga,ela trabalha e estuda,tem o tempo dela bem ocupado,mas , é difícil manter um diálogo com ela,sem que ela estoure. alguém poderia me aconselhar sobre ,com o que mais posso ajudar, porque eu não sei mais o que fazer🥹🥹
Dúvida enviada no dia 17/09/2023, da cidade de Santa Maria (RS) com 1 resposta de profissionais
Respostas
Considerando a situação que você descreveu, é encorajador saber que sua filha está recebendo tratamento adequado com a medicação prescrita pelo psiquiatra. A lamotrigina é frequentemente usada para tratar a síndrome de borderline, ajudando a controlar os sintomas de instabilidade emocional. A Ritalina, por sua vez, é um medicamento comumente utilizado para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). É importante seguir as orientações do médico em relação à dosagem e ao uso desses medicamentos.
Além do tratamento medicamentoso, é encorajador saber que sua filha também está recebendo suporte psicológico através das consultas com a psicóloga. A terapia pode ser uma parte fundamental do tratamento da síndrome de borderline, ajudando sua filha a desenvolver habilidades de enfrentamento, compreender suas emoções e melhorar sua qualidade de vida.
No entanto, mesmo com o tratamento em andamento, você observou que sua filha continua a apresentar comportamentos de irritabilidade, impulsividade e isolamento social. É compreensível que isso seja preocupante para você como mãe. É importante lembrar que cada indivíduo é único e pode responder de maneira diferente ao tratamento. Além disso, o processo de recuperação pode levar tempo e exigir paciência.
Para ajudar sua filha, é essencial que você continue oferecendo seu apoio e compreensão. Tente criar um ambiente seguro e acolhedor em casa, onde ela se sinta à vontade para compartilhar seus sentimentos e preocupações. Seja um ouvinte atento, demonstrando interesse genuíno em suas experiências e emoções. No entanto, lembre-se de respeitar os limites dela e não forçar a comunicação se ela não estiver pronta.
Além disso, incentivar atividades saudáveis e realizar exercícios físicos regulares pode ajudar a liberar a tensão e melhorar o humor. Encoraje-a a participar de atividades que ela goste, seja hobbies, esportes ou qualquer outra coisa que possa ser benéfica para sua saúde mental.
É importante também informar a psicóloga e o psiquiatra sobre as dificuldades adicionais que sua filha está enfrentando, para que eles possam ajustar o tratamento, se necessário. Eles podem ter sugestões específicas com base em seu conhecimento e experiência profissional.
Lembre-se de que você está fazendo o possível para ajudar sua filha, oferecendo apoio, buscando tratamento adequado e incentivando sua participação nas sessões de terapia. No entanto, lembre-se de que você também precisa cuidar de si mesma. Procure apoio de outros familiares, amigos ou grupos de apoio, onde você possa compartilhar suas preocupações e obter suporte emocional.
No geral, é importante lembrar que cada pessoa é única e que a síndrome de borderline é uma condição complexa, que requer um tratamento individualizado. Continue apoiando sua filha e trabalhando em estreita colaboração com os profissionais de saúde envolvidos em seu tratamento. Eles serão capazes de fornecer orientações específicas e ajudar a adaptar o plano de tratamento para as necessidades dela.
"Olá, espero que você esteja bem, apesar da preocupação com sua filha. Uma reavaliação do quadro e diagnóstico podem ser válidos! Se manter isolada, irritabilidade intensa, automutilação são sintomas. A ritalina pode aumentar a irritabilidade e os impulsos, portanto é importante pesar o custo x benefício do uso do medicamento. Boa sorte!"