Saúde e Vigilância Sanitária

Conheça as ações feitas em 2021 para aperfeiçoar diagnóstico do sarampo no Brasil

23/02/2022

Em 2021, mesmo com a sobrecarga dos serviços em razão da pandemia de Covid-19, o Ministério da Saúde concentrou esforços no trabalho de vigilância laboratorial do sarampo e rubéola no Brasil. As ações integram o Plano de Ação de Fortalecimento de Vigilância Laboratorial da Secretaria de Vigilância em Saúde.

Em uma das primeiras atividades desenvolvidas pela Pasta, aproximadamente 23 mil pendências foram resolvidas referentes ao banco de dados do Gerenciador de Ambiente Laboratorial. Todos os exames em triagem e em análise de 2018 a 2020 foram cancelados, descartados ou processados e liberados.

Além disso, o Brasil atingiu uma meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O País experimentou uma melhora no percentual de liberação de resultados em tempo oportuno em relação aos anos anteriores: 88% das amostras para sarampo e rubéola foram processados em até quatro dias.

Em 2020, também os 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) aderiram ao processo de elaboração de boletins informativos, que serão produzidos mensalmente. Esses documentos têm o objetivo de atualizar a Vigilância Epidemiológica sobre doenças exantemáticas, ou seja, que se manifestam na pele, bem como as solicitações de exames laboratoriais para diagnóstico de sarampo ocorridos nos estados.

Os boletins informativos servem, ainda, para demonstrar possíveis não conformidades encontradas durante a fase pré-analítica, mais precisamente na coleta e envio das amostras, para elaboração de estratégias de resolução e redução de perda.

Capacitação
Em 2021, os Lacen receberam a visita do grupo técnico da Coordenação Geral de Laboratórios para ações de organização de fluxos, integração e diagnóstico situacional. Foram realizadas reuniões com profissionais das vigilâncias epidemiológicas e imunização local e discutidos dados laboratoriais no intuito de fortalecer os fluxos preconizados no diagnóstico de sarampo e rubéola.

Outra atividade promovida pelo Ministério foi a 1ª Reunião do Plano Operacional Unificado para Interrupção do Surto de Sarampo no Brasil, que une diversas áreas como laboratório, imunização, epidemiologia e atenção básica. O plano conta com diversos parceiros, dentre eles o Laboratório de Referência Nacional para o Sarampo e Rubéola (Fiocruz/RJ) e OPAS/OMS.

Leia mais no Boletim Epidemiológico. 

A doença
Altamente contagioso, o sarampo é propagado por meio das secreções nasofaríngeas (ou respiratórias) expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar, para pessoas doentes e para outros não imunizados. O período de incubação dura entre 7 e 21 dias. Depois começam a aparecer os principais sintomas, como pequenas erupções na pele (exantemas) de cor avermelhada, febre alta, tosse seca, coriza e conjuntivite.

Nathan Victor
Ministério da Saúde

Fonte:Ministério da Saúde