EPICOVID 2.0

Entenda como vai funcionar a segunda fase da maior pesquisa domiciliar sobre Covid-19

06/04/2023

O Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (5), em parceria com pesquisadores e epidemiologistas, a segunda fase da coleta de dados do maior estudo sobre Covid-19 no Brasil, o Epicovid 2.0. O estudo servirá de ferramenta para revelar a real dimensão da pandemia no país. Diferentemente dos inquéritos anteriores, o Epicovid 2.0 não utilizará testagem para Covid-19, mas questionários como instrumento de coleta de dados.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, sustenta que o Ministério da Saúde voltou a colocar a ciência como a grande mobilizadora para a instituição de políticas públicas. "Com a pesquisa, teremos dados para nos orientar. Hoje, por exemplo, não temos nenhuma estimativa sobre qual é o impacto da Covid-19 longa, ou seja, as sequelas da doença na nossa população”, explica.

De acordo com a secretária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-Covid. Neste sentido, segundo ela, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços como atendimento cardiológico, neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.

Com investimento de mais de R$ 8 milhões do governo federal, o estudo tem previsão de duração de 32 meses e será coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O inquérito domiciliar tem como foco os seguintes pontos:

  • Sintomas e complicações pós-Covid-19;
  • Infecções prévias por Covid-19, sua sintomatologia, tratamento e busca por atendimento de saúde;
  • Impactos da Covid-19: financeiros, alimentares, educacionais, comportamentais, bem como na saúde mental e física;
  • Vacinação contra a Covid-19.
Fonte:Ministério da Saúde