Saúde e Vigilância Sanitária

Hospital de Base do DF conseguiu aplicar o protocolo de alta segurança na recuperação de 71% dos pacientes pós Covid-19

26/02/2021

Os primeiros resultados do projeto piloto “Reabilitação pós-Covid-19” mostram que os pacientes que tiveram a doença podem ter uma melhora na condição motora e funcional no Sistema Único de Saúde (SUS). No Hospital de Base do Distrito Federal (DF), por exemplo, foi possível aplicar em 71% dos pacientes pós Covid-19 o protocolo de alta segurança e, com as ferramentas de reabilitação, diminuir em até 43% a permanência desses pacientes nos leitos de cuidados prolongados. 

Esse resultado foi avaliado após três visitas presenciais e dois encontros virtuais em cinco hospitais do SUS, localizados nas cinco regiões do país, entre novembro e dezembro de 2020, para avaliar o desempenho na assistência hospitalar em pacientes pós-Covid-19. Outro destaque avaliado no hospital DF foram as ações implementadas, que chegaram a 60% das propostas na iniciativa. 

“O nosso objetivo é proporcionar mais qualidade de vida aos nossos usuários, principalmente àqueles que ficam debilitados, acometidos pela Covid-19 e outra doença crônica associada, diminuindo assim o aparecimento de novas patologias indesejáveis”, comenta o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Otavio Franco Duarte. 

REAB-COVID-19 

A iniciativa é do Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), executada pelo Hospital Sírio Libanês. Os projetos implementados no Hospital Geral de Fortaleza (CE), Hospital de Base (DF), Hospital Municipal de Contagem (MG), Hospital Geral de Palmas (TO) e Hospital Geral do Trabalhador (PR), tem como objetivo trabalhar a reabilitação de pacientes críticos pós Covid-19, implementar a alta segura, o giro de leitos e promover a retomada segura das atividades hospitalares eletivas no SUS. 

Um dos desafios do projeto foi implementar o trabalho das equipes multiprofissionais e capacitar esses profissionais em meio a pandemia. Na fase piloto, cerca de 250 profissionais foram capacitados em mais de 320 horas de troca de conhecimento mútuo. O projeto conseguiu um aumento de 26% na evolução dos pacientes em relação a independência motora e funcional, além de elevar para 120% o valor agregado da internação até a alta de cada paciente, ou seja, mais qualidade nos serviços de saúde prestados e melhor experiência vivida por eles. 

O“Reabilitação pós-Covid-19” tem duas fases, a primeira tem duração de dois meses de intervenção e a segunda consiste em quatro meses de monitoramento. A equipe de intervenção é composta por: médico, especialista em gestão hospitalar, fisioterapeuta, nutricionista, enfermeiro, fonoaudiólogo e assistente social. 

Para realizar esse projeto, foi utilizada a filosofia Lean e ferramentas como, o plano de resposta hospitalar, o Round interdisciplinar e também as cartilhas de apoio. 

O projeto se mostrou necessário e foi muito bem recebido pelas instituições participantes. Ele continuará no próximo triênio 2021-2023 e deverá atender dez hospitais por ano.  

Bruno Cassiano
Ministério da Saúde
(61) 3315-3580 / 2351

 

 

Fonte:Ministério da Saúde