GESTÃO E EDUCAÇÃO
Oficina nacional inédita do programa PET-Saúde aconteceu em Brasília (DF). Veja como foi
05/04/2023
De forma inédita, o Ministério da Saúde reuniu, nos últimos dias 3 e 4 de abril, representantes de instituições de ensino e secretarias de saúde das cinco regiões do Brasil, para a Oficina Nacional PET-Saúde: Gestão e Assistência. O programa PET-Saúde visa a integração ensino-serviço-comunidade, ofertando bolsas e aprimorando o conhecimento dos profissionais da saúde e dos estudantes de graduação na área da saúde. A oficina, realizada em Brasília (DF), teve como objetivo discutir e aprimorar os processos de trabalho no âmbito dos 142 projetos aprovados no edital da 10ª edição do programa.
A secretária substituta de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Laíse Rezende, enalteceu a presença dos participantes que representaram a imensidão do Brasil, um país continental. "Aqui temos ações, programas e políticas ousadas, como é o caso de PET-Saúde, que possui um potencial de transformação, não só para os estudantes, mas para a docência e os serviços. É uma proposta que se fundamenta na ideia de mobilizar esses diferentes atores, que precisam estar mais articulados, para que possamos ter um SUS verdadeiramente forte”, explicou.
Para a diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde, Regina Gil, a temática dessa edição – gestão e assistência – é de extrema relevância, pois caminham juntas ao conhecimento, no planejamento e no fazer. “A população sofreu muito com a separação [entre gestão e assistência] que ocorreu nos últimos anos e essa oficina aconteceu para entender, justamente, como foi o desenvolvimento desses temas nos últimos tempos”, pontuou.
O coordenador do PET-Saúde na Faculdade de Medicina e Saúde da Universidade de Brasília (UnB), Rafael Mota, apresentou a satisfação dos participantes com a oficina. “Aqui tivemos a oportunidade de nos reunir e de sermos escutados. Os grupos dialogaram e levaram os resultados para a plenária. Esperamos que as demandas sejam escutadas pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde e que, assim, possamos trabalhar na construção de futuros editais do programa”, declarou.
Ângela Rodrigues, coordenadora do PET-Saúde na Universidade Federal de Jataí (UFJ), em Goiás, observou que o programa coloca as novas universidades em evidência, fazendo com que essas instituições ganhem espaço no cenário brasileiro. “Essa iniciativa nos lança para futuros projetos, nos colocando à frente de outros desafios que são apresentados às nossas universidades”, afirmou.
Também estiveram presentes na oficina representantes da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação; da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) no Brasil; do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems); e do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Sobre o programa
A atual edição do PET-Saúde busca estimular práticas de ensino-aprendizagem na realidade do trabalho em saúde, de acordo com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 8 mil pessoas estão envolvidas no desenvolvimento dos projetos, entre estudantes, docentes e profissionais da saúde.
O programa integra a agenda dos recursos humanos em saúde do Brasil há mais de 10 anos. Entre os objetivos está contribuir com a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) para formação e desenvolvimento de trabalhadores do SUS.
Conduzido pelo Ministério da Saúde, o PET-Saúde tem como premissa a qualificação da integração do ensino com a realidade dos serviços de saúde, aprimorando, na prática, as competências dos profissionais da saúde, dos docentes das universidades, bem como dos estudantes dos cursos de graduação na área da saúde.